A Capa Invisível



A capa invisível


 


-E o Slughorn também convidou a tagarela?


-Sim.Foi mau ele não ter te convidado.


-Tudo bem.-Falou Scorpio após aula, no salão comunal da Sonserina.-Meu pai disse que era bem provável que eu não fosse convidado. Parece que tem algo a ver com algo que ele e vovô fizeram no passado.Ele não me explicou direito e eu achei melhor não insistir.


Depois desta frase sombria os dois concluíram suas lições em silêncio.Na hora do almoço toparam com uma surpresa nada agradável.Tiago tinha preparado uma poção que muda a cor da pele.Colocou na sopa de Alvo e em pouco tempo a pele do menino estava rosada.Em segundos, todos no salão principal estavam rindo, com a exceção de Scorpio, Dominique e Rose.Alvo saiu correndo, entrou no dormitório do primeiro ano e ficou lá por muito tempo.Queria falar com seu pai, mas não tinha coragem de pegar o espelho e conversar com ele todo rosado.Decidiu se esconder.Talvez passasse.Mas e se não passasse? E se ele ficasse assim para sempre?E lá estava ele, de novo, pensando nas possibilidades mais absurdas. Foi quando Scorpio abriu a porta do Salão comunal acompanhado do professor Slughorn.


-O professor trouxe o antídoto para você.


-Soube do que seu irmão fez, rapaz.Não se preocupe.Este elixir vai fazê-lo voltar ao normal.


Alvo bebeu o conteúdo do frasco e num instante, sua pele atingiu o tom que tinha antes.


-Como se sente rapaz?-Perguntou o professor com um tom meio divertido meio preocupado.


-Bem melhor.


Descanse agora.Vou pedir que o professor Flitwick libere você da aula de feitiços.


-Obrigado senhor.


Alvo e Scorpio ficaram sozinhos.O silêncio durou um tempo até Alvo perguntar:


-Você tem irmãos?


-Não.Sou filho único.


-Sorte a sua!Disse Al. Scorpio caiu na gargalhada.O animo de Al voltou e Scorpio lembrou que Rose e Nick estavam do lado de fora do salão, esperando pra falar com Al.


Mal o garoto pôs os pés pra fora, as duas meninas lhe lotaram de perguntas: Se ele tinha sentido alguma dor na pele, se o antídoto tinha um gosto bom, Dominique até perguntou se ele havia gostado do penteado novo que ela fez.


-Pelo amor de Deus!-Gritou Rose, indignada-Depois do que o Tiago aprontou, você pergunta sobre o seu penteado ridículo?!


-Ridículos é você, com esse ninho de ratos que você chama de cabelo!


-Pois eu tenho cérebro!Coisa que vale muito mais que essa aparência de princesa, sua feiticeira patricinha!!!


-Patricinha é a...


Foi então que os quatro ouviram uma gargalhada vinda de cima.Era Pirraça, o Poltergeist, que adorava uma confusão.Ele vibrava de alegria toda vez que tinha uma confusão.E era óbvio que as duas meninas tinha aberto o seu apetite por encrenca.Ele berrava para elas partirem pra violência.O que por pouco não aconteceu.Se a discussão não tivesse chamado a atenção do Professor Macmillam, diretor de Lufa-Lufa.As duas se acalmaram num instante.O professor pediu que se fossem pra outro lugar.O corredor não era lugar de discussão.Quando elas se afastaram, Scorpio se voltou para Alvo.


-Pela primeira vez, estou feliz por ter uma família pequena.


Os dias se passaram com a amizade Alvo e Scorpio crescendo, ao ponto deles se chamarem de Al e Corp, seus apelidos em família.Rose também estava sempre perto deles, mesmo dizendo não gostar de Scorpio.


Claro que Tiago não os deixava em paz, sempre dando um jeito de atormentar ainda mais a vida do pobre Alvo.Claro que o garoto estava farto das brincadeiras do irmão.Por isso, resolveu dar um jeito na situação.Chamou Scorpio e resolveu mostrar o presente que seu pai lhe dera.


-O que é isso?-Perguntou Scorpio.


-é uma capa de invisibilidade.Meu pai me deu Poe que sabia que eu era mais responsável que o Tiago.


-E o que você vai fazer?


-Vou seguir um conselho que meu pai me deu.Mas antes, quer me ajudar a dar um susto no meu “querido” irmão?


-Demorou!


Era treino do time de Quadribol da Grifinória.O banheiro dos monitores ficava lotado nesses dias.Scorpio lamentou que não houvesse mulheres no time de Grifinória.O que eles iam fazer seria muito mais interessante.Os dois botaram a capa e entraram no vestiário.Quando Tiago colocou a toalha do lado de fora, Scorpio pegou uma latinha cheia de pó de mico e espalho por toda a toalha.Quando Tiago começou a usar sentiu uma enorme coceira.


Fred ria feito um louco.Alvo aproveitou a chance e tacou pó de mico pra todos os lados.O time inteiro estava se coçando.Então Alvo pegou a toalha começou a bater no irmão.


-Mas o que é isso?-Gritou Tiago em desespero.


-Uuuhuuu!-Fez Scorpio, se esforçando pra não cair na gargalhada.Al comprou a idéia


-Nós somos os fantasmas do mal!


Todos os alunos correram feitos loucos.Para a alegria Alvo, Tiago gritava feito uma menininha.Alvo e Scorpio começaram a gargalhar.


-Você viu a cara deles?-Perguntou Alvo na saída.


-Eles devem estar correndo até agora!Mas será que não tem perigo deles descobrirem?


-Descobrirem o quê, Puro-Sangue?-Perguntou Rose que estava saindo do banheiro feminino quando escutou a conversa dos dois.


-Descobrirem o quanto você é chata, Sabe-Tudo!-Respondeu Scorpio, cordial como sempre.


-Chato é você, seu metido!


-É você, sua tagarela!


-Calma, pessoal.-Disse Alvo.-Rosie, a gente fez uma coisa, mas o Tiago não pode saber.


E a contragosto de Scorpio, Alvo contou tudo a prima que só conseguiu dizer uma coisa:


-Vocês dois são loucos!


-Louco é aquele seu primo que não deixa a gente em paz.


-Corp tem razão, Rosie.Nem acabou a semana e ele espalhou pra todo mundo que eu estou na Sonserina por que sempre fui uma cobra criada.


-E toda vez que eu passo, ele grita que escorpião se defende com o rabo!


-Isso foi engraçado!


-Hunf!


Se os três tivessem olhado pra cima teriam visto o Poltergeist ouvindo toda a conversa deles.Pirraça abriu um enorme sorriso.Tinha uma novidade pra contar ao Tiago.


Mais tarde, Alvo decide ir até a sala do diretor.Mcgonagall tinha saído.Era o momento perfeito para conversar com o bruxo que lhe deu o primeiro nome.Alvo pôs a capa e partiu.Subiu os degraus da escadaria e finalmente chegou até a gárgula.O zelador, senhor Sanders estava passando e quase tropeçou em Alvo.Quando ele se afastou, Alvo se aproximou da Gárgula e disse:


-Sorvete de creme!


Ao chegar na sala, se assustou ao ver tanto quadro.E logo topou com o de Dumbledore. Impossível não reconhecer aquela enorme barba branca e aquela aparência serena.Alvo se aproximou do quadro


-Com licença.O senhor é o Professor Dumbledore?


-Pode-se dizer que sim.-Respondeu o quadro com tranqüilidade.-E você deve ser Alvo Severo Potter,o filho do meio de Harry Potter e Gina Weasley.Correto?


-Sim.


-E em que posso ajudá-lo?


-Eu agradeceria muito se o senhor pudesse me falar sobre o homem que me deu o segundo nome: Severo Snape.


E dumbledore abriu um enorme sorriso e passou o resto da tarde falando sobre Snape para Alvo. De como ele se arriscou para salvar Harry Potter.De como bravamente espionou os Comensais da Morte e de como cumpriu as mais difíceis ordens.No final, Alvo, emocionado só pôde dizer: ”Uau!”.


-E foi isso.Severo Snape foi o mais nobre e corajoso membro da Ordem da Fênix.


-E por que o quadro dele não está aqui?


-Por causa de um feitiço muito antigo, que não o considerou digno de estar entre os diretores de Hogwarts.


-Mas que injustiça!


-Vejo que o Senhor herdou o caráter de seu pai,Sr.Potter!Talvez haja um quadro de Snape na casa da família Prince, nos arredores de Hogsmeade.E é uma grande sorte sua que exista uma passagem até lá debaixo da poltrona no salão principal da Sonserina.


Alvo ficou surpreso com a revelação, mas não pôde comentar nada, pois neste momento foi surpreendido pela diretora que estava de volta.


-Mas o que está fazendo aqui, Senhorpotter?-Falou ela com um ar de irritação começando a aparecer.Alvo sentiu que estava numa grande encrenca...


 


 


Continua


 


 

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