Pedido



Na manhã seguinte, Sophie acordou cedo, e, enquanto as meninas ainda dormiam, saiu com Selena. Cavalgou por cerca de meia hora pelos campos ao redor da mansão, e depois rumou para o bosque. Jael a esperava à orla.


- Bom dia, minha estrela. – cumprimentou ele, enquanto ela desmontava.


- Bom dia. – respondeu Sophie.


- Vamos? – convidou o centauro.


Os dois seguiram andando por entre as árvores, rumo ao centro do bosque. Sophie contava a Jael sobre a escola, e ele, por sua vez, relatava a ela os acontecimentos do bosque desde a última vez em que ela ali estivera.


- Ah, mas eu já esperava por isso. – disse Sophie, quando Jael contou a ela sobre um casamento iminente – Lembra de como eles eram grudados?


- Quase tanto quanto eu e você. – respondeu Jael, e ambos sorriram.


TOC.


Sophie parou de andar, olhando para o lado de onde viera o barulho.


TOC.


- Eles estão treinando? – perguntou Sophie.


- Sim. – respondeu Jael – Você ainda se lembra?


- Claro que sim! – disse Sophie – Faz tempo que não treino, mas minha mira continua boa.


- Hmm... – fez o centauro.


- Duvida, é? – perguntou Sophie, e Jael riu – Vamos até lá e eu mostro pra você.


Os dois então desviaram da pequena trilha, e se embrenharam entre as árvores. Depois de caminhar por alguns minutos, chegaram a uma pequena abertura entre as árvores, onde um grupo de jovens centauros praticava tiro com o arco.


- Olá, aprendizes.


- Bom dia, mestre Jael! – responderam os centauros, em uníssono – Bom dia, Niniane.


- Será que eu posso atirar uma vez? – pediu Sophie.


- Niniane quer provar que ainda sabe atirar com o arco. – disse Jael, e alguns dos centauros deram risinhos. Um deles entregou a Sophie um arco e uma aljava.


- Você acha mesmo que eu já esqueci, não é? – perguntou ela a Jael, que apenas sorriu – Vai ver só.


Ela colocou a flecha no arco, e esticou a corda, tocando a boca de leve com o punho, concentrando-se no alvo alguns metros à sua frente.


- Use a boca como apoio. – instruiu Jael.


- Eu sei.


- Só estava lembrando.


Sophie revirou os olhos, mas logo voltou a se concentrar no tiro, os olhos cravados em seu alvo. Nenhum dos centauros fazia qualquer ruído para não desconcentra-la. Ela então soltou a corda, e a flecha zuniu, indo cravar-se exatamente no centro do alvo. Os centauros riram e alguns até mesmo aplaudiram.


- E então? – perguntou Sophie a Jael, a sobrancelha erguida de forma levemente petulante.


- Muito bem! – disse ele, batendo palmas também – Seu professor a ensinou muito bem.


- Convencido! – disse Sophie, e os dois riram – Agora vamos, Jaspe deve estar nos esperando. Obrigada, rapazes.


- Até, Niniane.


Como de costume, Jaspe os aguardava, de pé, ao centro da pequena clareira, porém, diferentemente das outras vezes, Cristal estava ao seu lado, e pela primeira vez desde que Sophie podia se lembrar, a jovem centaura sorria ao vê-la. Sophie curvou-se diante de Jaspe, que a abençoou, sorrindo.


- Bem vinda à casa, filha.


- Obrigada, senhora. – agradeceu a garota – É bom estar de volta. – disse ela, e então voltou-se para Cristal – Olá, Cristal.


- Bem vinda de volta, Niniane.


Sophie, Jaspe e Jael acomodaram-se a um lado da clareira, onde conversaram durante certo tempo. Jael não revelou a Sophie o que havia visto nos céus, mas Jaspe alertou a garota sobre o que o futuro reservava, o que deixou Sophie bastante inquieta. Ela lembrou dos sonhos que vinha tendo, e falou à centaura sobre eles.


- Não sei o que significam. – disse ela – E continuam se repetindo. Eu a vejo perto, mas fora de alcance, e sinto que preciso encontrá-la de alguma forma.


- É algo que pertence a você, Niniane. – disse Jaspe – E somente a você cabe descobrir. Agora deve voltar.


- Sim. As meninas devem estar acordando. – concordou Sophie – Não haverá mesmo problemas se eu as trouxer ao lago?


- Sabe que não, filha. – disse Jaspe, afetuosamente – Este bosque é tão seu quanto nosso.


Sophie então se despediu da centaura, e voltou com Jael até a orla do bosque. Ao alcançarem o ponto onde Selena pastava, Jael parou, segurando a mão de Sophie por um momento e passando gentilmente o dedo sobre a aliança no dedo dela.


- Jael... – começou Sophie.


- Ele estará aqui amanhã, não estará? – perguntou o centauro, ainda fitando a aliança.


- Será uma grande reunião de amigos. – respondeu Sophie.


- Verei você antes de partir? – perguntou Jael, mudando de assunto.


- Trarei as meninas ao bosque, lembra-se? – disse Sophie – E elas querem conhecer você.


- Me conhecer? – perguntou o centauro, surpreso.


- Eu falo muito em você.


- Nos vemos mais tarde, então. – disse Jael, mas sua voz era triste.


Sophie assentiu, e, montando em Selena, partiu rumo à mansão, cavalgando rápido. Chegou à casa no instante em que Hermione e Gina desciam as escadas.


- Bom dia, meninas! – cumprimentou ela.


- Bom dia. – respondeu Hermione, e Gina, que abrira um bocejo, acenou com a mão.


- Passamos no seu quarto, e você não estava. – comentou a garota, depois que terminou de bocejar.


- É, eu fui dar uma volta com Selena – disse Sophie –, e depois passei pelo bosque.


- Pediu permissão para entrarmos? – perguntou Hermione, e Sophie assentiu.


- Levo vocês mais tarde. – disse ela.


Elas foram então até a cozinha, onde a avó de Sophie dava ordens às empregadas da casa. Ela queria que tudo estivesse perfeito para o jantar de Natal, à noite, quando os Weasley, os Granger, Sirius e Remo viriam até a mansão.


- Oh, bom dia, meninas.


- Bom dia. – responderam Gina e Hermione, ao mesmo tempo.


- Bom dia, vovó.


- Seu café está servido na sala de jantar. – disse Violet – Estamos organizando tudo por aqui.


As meninas foram então para a sala de jantar, onde se acomodaram à mesa para tomar café. Enquanto comiam, combinavam o passeio que fariam pelo bosque, mais tarde.


- Mas eu não sei andar a cavalo! – disse Gina, quando Sophie sugeriu que elas fossem cavalgando.


- É fácil, Gina! – disse Sophie – Eu ensino você, antes do almoço. Daí, se ainda não se sentir segura, eu levo você comigo na Selena.


Depois do café, ela emprestou roupas de montaria para Gina e Hermione, e as três foram até o estábulo, onde Sophie escolheu o cavalo mais manso para ensinar a ruivinha a montar. Depois de darem muitas risadas das tentativas de Gina de montar no cavalo, Hermione, que montava razoavelmente, deu algumas voltas, pelo lado de fora do redondel, enquanto Sophie, segurando o cavalo de Gina pelas rédeas, ensinava a ruivinha como controlar o animal.


- ... e quando quiser que ele pare, é só puxar as rédeas, mas bem devagar, ou ele pode empinar. – dizia ela – Agora, vai, segura as rédeas, vou soltar vocês.


Ela passou as rédeas às mãos de Gina, e se afastou do cavalo. Gina instigou delicadamente o animal para frente, seguindo num passo não muito acelerado, e depois em um trote leve, e por fim, depois de algumas voltas pelo redondel, freando devagar.


- É, não é muito difícil... – disse ela – Mas acho que ainda prefiro ir com você. Eu não sei se consigo ir mais rápido, e se formos no meu ritmo, chegaremos lá só amanhã, à tardinha! – disse ela, e as duas riram.


Depois do almoço, Sophie voltou a selar Selena, e outro cavalo, o mesmo em que Hermione andara pela manhã, e, com Gina bem segura atrás de si sobre a égua, e Hermione já montada no outro cavalo, fincou os calcanhares delicadamente nos flancos de Selena, partindo num trote rápido, e depois a galope, rumo ao bosque.


Elas chegaram à orla do bosque e desmontaram. Hermione amarrou o cavalo em uma árvore, estranhando ao ver que Sophie não fez o mesmo com Selena.


- Não vai prendê-la? – perguntou ela.


- Não é preciso. – respondeu Sophie – Ela não vai fugir.


As três seguiram caminhando para o meio das árvores, e Gina e Hermione olhavam para todos os lados, admiradas com a beleza do bosque. Elas caminharam por algum tempo, e Sophie sorria ao perceber alguns filhotes de centauros espiando por entre as árvores.


- Eles nunca viram outro humano além de mim, dentro do bosque. – explicou ela, quando, entre risadinhas, dois centaurinhos saíram correndo.


Chegaram então ao lago, e Sophie achou graça das expressões admiradas das amigas, que ficaram a observar o espelho d’água levemente boquiabertas.


- Soph, isso é lindo demais! – disse Hermione.


- Bem vindas ao meu pequeno paraíso. – disse Sophie, sorrindo.


- É mais do que lindo... – disse Gina – É maravilhoso!


- E Jael, virá nos encontrar? – perguntou Hermione.


- Ele já está chegando. – respondeu Sophie, ainda sorrindo.


Mal ela disse isto, e um farfalhar de folhas chamou a atenção das outras duas meninas. Elas olharam para um emaranhado de arbustos, à sua esquerda; Jael vinha em sua direção, devagar.


- Olá, Jael. – cumprimentou Sophie.


- Olá, minha estrela.


Sophie percebeu Hermione e Gina se entreolharem, ao ouvir o modo como o centauro a chamara.


- Estas são Gina e Hermione. – apresentou ela, apontando as meninas – Meninas, este é Jael.


- Muito prazer, Gina e Hermione. – cumprimentou Jael, polidamente.


- O prazer é nosso. – disse Hermione.


- Sophie fala muito de você. – acrescentou Gina.


- Vou querer saber o que ela anda falando sobre mim. – disse Jael, fitando Sophie com um sorriso.


As meninas se acomodaram em uma pedra, e logo os quatro estavam envolvidos em uma conversa animada. Jael contava às meninas sobre a infância de Sophie, as muitas aventuras que tiveram juntos, desde que se conheceram.


- Sophie não é apenas nossa amiga. – disse Jael – Ela é parte do bando.


- Parte do bando? – perguntou Hermione – Como assim?


- Digamos que eu sou uma espécie de... centaura honorária.


- Mas por quê?


- Sobretudo por causa de minha ligação com Jael, e o juramento que fizemos.


- Juramento? – ecoou Gina.


- Jael e eu fizemos um juramento, quando ainda éramos crianças. – explicou Sophie – Eu já contei a Hermione sobre isso. Eu jurei protegê-lo enquanto vivesse, e ele jurou o mesmo em relação a mim. Por isto somos tão ligados um ao outro.


- Nossa!


- E fui eu quem trouxe Selena para ela.


- Sério? – perguntou Hermione.


- Sim. – confirmou Sophie – Selena era selvagem, Jael a encontrou.


- Uau!


- Selena era destinada a Sophie. – disse Jael – Jamais permitiu que outra pessoa a montasse, Sophie foi a única.


- E você fez a doma, Soph?


- Não exatamente. – disse Sophie – Ela me obedecia. Era só comandar. Só demorou um pouco para acostumar a me ter montada sobre ela, mas logo estávamos totalmente entrosadas.


As horas passaram, e eles nem perceberam. Já passava das seis da tarde quando as meninas lembraram que deviam voltar à mansão. Gina e Hermione despediram-se de Jael, e, enquanto Hermione soltava o cavalo da árvore onde o havia prendido, Sophie despediu-se dele também.


- Partiremos amanhã de manhã. – disse ela.


- Irei me despedir de você. – disse o centauro.


- Até amanhã, então. – despediu-se Sophie.


- Até amanhã, minha estrela.


Elas então voltaram à mansão, Gina firmemente agarrada a Sophie, que cavalgava rápido. Tudo já estava preparado para receber os convidados para a ceia. As meninas subiram para os quartos, onde tomaram banho e se vestiram para esperar os convidados. Gina usava uma blusa verde escura, grossa, e uma calça jeans, também escura, os cabelos, bem escovados, caíam, lisos, por suas costas, e uma delicada presilha prendia as mechas da frente. Hermione escolhera uma blusa vermelha, de gola alta, e um casaquinho combinando, e uma calça jeans justinha, um pouco mais clara do que a de Gina, os cabelos presos em um rabo de cavalo alto. Sophie vestira uma blusa preta, de gola alta, uma calça de jeans bem escuro, e prendeu os cabelos da mesma forma que Hermione, num rabo de cavalo bem alto.


Os pais de Hermione foram os primeiros a chegar, a Sra. Granger trazia uma bonita torta, que foi recebida com um elogio e um agradecimento pela avó de Sophie.


- Bem vindos! – disse Violet – Por favor, sentem-se, fiquem à vontade.


Enquanto eles conversavam, chegaram à mansão, via Flu, o Sr. e a Sra. Weasley, Rony e Harry. A Sra. Weasley, que também trazia uma torta, enorme, de nozes e frutas vermelhas, ficou encantada com o tamanho e a beleza da casa, e logo já estava entretida, conversando com a anfitriã e com a mãe de Hermione.


- Fico feliz que tenha aceitado nosso convite para fazerem a ceia conosco. – dizia Violet – Esta casa é muito grande, e, em geral, eu passo o Natal sozinha, ou então somente com Sophie.


A campainha tocou, e Sophie foi abrir a porta para Sirius e Lupin, que haviam aparatado do lado de fora da casa. Lupin parecia mais magro e pálido do que nunca.


- Pai! – exclamou a garota, jogando-se nos braços de Sirius.


- Olá, meu amor. – respondeu o bruxo, satisfeito – Feliz Natal!


- Feliz Natal! – respondeu Sophie – Feliz Natal, Professor! – disse ela, dando um beijo no rosto de Lupin.


- Remo, Zoe. – corrigiu ele – E Feliz Natal para você também.


Ela os acompanhou até a sala, onde todos os demais estavam. Fred e Jorge haviam acabado de chegar, via Flu, junto com Gui, e para surpresa geral, Fleur Delacour.


- Bonne nuit a todes. – cumprimentou a francesinha, de mãos dadas com Gui.


- Espero que não haja problema eu tê-la trazido, Sra. D’Argento. – disse Gui.


- Mas é claro que não! – disse Violet – Vamos, sentem-se, vou mandar trazer algo para bebermos.


- Oi, meu amor! – cumprimentou Sophie, indo até Fred, e beijando-o.


- Oi, minha linda! – respondeu ele, beijando-a novamente – Tava com saudade de você...


- Eu também.


Violet se aproximou de Sirius, que continuava de pé, observando a todos na sala com uma expressão levemente nostálgica e triste.


- Sirius...


- Lembro como se fosse ontem, da última vez em que estive aqui. – disse ele, sem olhar para Violet – Um dos dias mais difíceis da minha vida.


- Aquilo é passado. – disse Violet – Você está aqui novamente, com ela, e não irá partir. Está com ela, e com todos nós.


Sirius encarou-a.


- Obrigado, Violet. – agradeceu ele – Por tudo.


- Não há o que agradecer, Sirius. – disse Violet – Sophie foi a luz da minha vida depois que perdi Annelise. Não consigo imaginar como teria sido sem ela.


Sirius então foi se reunir a Lupin, Gui e ao Sr. Weasley, que conversavam sobre política, perto de uma das janelas, e Violet voltou para a rodinha das senhoras. Perto da árvore, os gêmeos, Harry, Rony, Hermione, Gina e Sophie conversavam animadamente. Depois de mais algum tempo de conversa, Violet convidou a todos para irem jantar. Enquanto eles se dirigiam à sala de jantar, a campainha tocou mais uma vez.


- Estamos esperando mais alguém? – perguntou Violet.


- Não, já estão todos aqui. – disse Sophie, de cenho franzido.


- Acompanhe os convidados, querida – disse Violet, – eu vou ver quem é.


Sophie então seguiu à frente do grupo, guiando-os até a sala de jantar, onde todos se acomodaram na grande mesa. A cabeceira da mesa era, obviamente, reservada à anfitriã; à sua direita sentaria Sirius, e ao lado dele, Sophie, seguida por Fred, Jorge, Hermione e o casal Granger. Do outro lado da mesa estavam o casal Weasley, Rony, Harry, Gina, Fleur, Gui, e Lupin.


Sophie conversava animadamente com Sirius, que beijou-lhe a testa no mesmo instante em que Violet chegava à sala de jantar com o convidado inesperado. Parecendo bastante desconfortável, Charles Fitzwillian observou os convidados da ceia um a um, detendo-se um segundo a mais em Sophie, que era abraçada por Sirius.


- Pai?! – perguntou Sophie, surpresa. Sirius se retesou ao seu lado, tirando o braço de seus ombros.


- Boa noite a todos. – cumprimentou Charles, ainda fitando os convidados.


Sophie levantou-se e foi até onde o homem estava, ainda com uma expressão de incredulidade no rosto.


- Pai... – disse ela, e os dois se abraçaram. Harry viu Sirius desviar o olhar – O que está fazendo aqui?


- Eu vim passar o Natal com você. – respondeu Charles, fitando a filha amorosamente. Sophie então voltou-se para os demais convidados.


- Ahn... gente, esse é... – começou ela, então seu olhar encontrou o de Sirius.


- Este é meu genro, Charles. – disse Violet, e Sophie fitou-a, agradecida – Charles, estes são Remo Lupin, Guilherme, Fleur, Gina, Harry e Rony. O Sr. e a Sra. Granger, Hermione, Jorge, Fred... e Sirius.


Os dois homens se encararam por um instante. Charles então desviou o olhar, voltando-se para Violet, o braço ainda envolvendo os ombros de Sophie.


- Espero não ter atrapalhado o jantar. – disse ele.


- Nós íamos começar agora. – respondeu Violet, conjurando um prato, talheres e taças para o genro. Os convidados sentados à esquerda da mesa pularam um lugar, deixando o mais próximo da cabeceira para o recém-chegado. Sirius fez menção de deixar seu lugar, mas Sophie acenou com a cabeça em negação, e ele aquiesceu. Após ir lavar as mãos e o rosto, o Sr. Fitzwillian voltou à sala de jantar, acomodando-se no lugar reservado a ele, sem tirar os olhos de Sirius, cuja mão, Sophie, por debaixo da mesa, segurava com força.


Todos então começaram a se servir, e a ceia de Natal teve início. Apesar do clima estranho entre os dois homens, à cabeceira da mesa, todos conversavam, descontraindo o ambiente, e o jantar foi bastante animado.


- E nós conhecemos Jael, e mãe, você precisa ver, ele é lindo, tem uns olhos verdes, mais claros do que os do Harry, e fala de um jeito suave, assim, e eu achei tão lindo o jeito como ele chama a Soph... minha estrela. 


- Minha estrela? – ecoou Fred – Quem chama Sophie assim? 


- Valeu, Gina. – disse Sophie, baixinho, de cara feia.


- Foi mal, Soph. – disse a ruivinha, em voz baixa.


- Quem chama você de minha estrela? – perguntou Fred, de cenho franzido.


- Jael. – respondeu Sophie – Jael me chama assim.


- O centauro? – perguntou o garoto.


- Sim. 


- O centauro que é o seu melhor amigo, e que tem a mente ligada à sua? – perguntou ele.


- É, Fred, é ele, sim. – confirmou Sophie.


- Por quê?


- Ele sempre me chamou assim. – respondeu Sophie – É uma alusão à minha verdadeira origem, eu acho. A mãe dele, Jaspe, sempre me chamou de Niniane – contou ela –, muito antes que eu soubesse que esse era o meu verdadeiro nome.


Fred ainda continuou sério por um instante, mas aparentemente aceitou a explicação dada pela namorada, que o encarava ainda, pois logo a sua expressão desanuviou, e ele a abraçou.


- Desculpa, amor. – pediu ele – Eu só... eu vou controlar o meu ciúme.


- Tudo bem.


Após o jantar, houve a troca de presentes, na sala de estar, o que rendeu novas risadas e bastante diversão. Enquanto todos conversavam na sala, abrindo e exibindo seus presentes aos demais, Fred chamou Sophie até uma pequena varanda que dava para os jardins da mansão. A garota, ainda segurando o suéter que havia ganhado da Sra. Weasley – azul, com um “S” na altura do peito – esperava, observando Fred com curiosidade, que o namorado dissesse por que a havia chamado até ali.


- Soph, você sabe que... eu amo você, – disse ele – amo mais do que tudo no mundo...


- Fred... eu também amo você... muito... – disse Sophie, fazendo um carinho no rosto dele.


- Bem, eu... estive pensando, e... você é a única garota com quem eu quero ficar... pra sempre.


Sophie o encarava sem saber o que dizer. Desconfiava do rumo daquela conversa, mas não se atrevia a dizer nada. Fred então enfiou a mão em um dos bolsos, tirando dele uma pequena caixinha dourada, que entregou a Sophie. Ela desfez o pequeno laço que prendia a tampa e abriu a caixinha; um lindo diamante negro cintilava no anel de noivado no interior da caixa.


- Você... quer se casar comigo?


A garota ficou muda, encarando o namorado, depois olhando para o anel, e de volta para Fred, que se contorcia de nervosismo. Os olhos de Sophie estavam cheios de lágrimas, e ela sorria ao responder ao pedido.


- Quero! Eu quero casar com você!


Os dois se beijaram longamente, e então Fred colocou o anel no dedo dela, beijando-a mais uma vez, e sorrindo tanto quanto ela.


- Mamãe vai fazer um escândalo quando souber... – comentou Fred.


- Vovó também. – disse Sophie.


- E... se não contássemos pra elas? – sugeriu Fred.


- Como assim? – perguntou Sophie.


- Podíamos fazer uma grande surpresa. – explicou ele – Sumir um belo dia e voltar casados.


- Eu amei! – disse Sophie, animada – Fugir pra casar... – disse ela, rindo – Que romântico!


- Mas aí você não vai poder usar o anel... – disse Fred, desanimando um pouco.


- Quem disse? – perguntou Sophie, marota.


Ela conjurou uma longa corrente de ouro, bem fininha, na qual enfiou o anel, como um pingente, e a colocou no pescoço, escondendo o anel dentro da blusa.


- Pronto. – disse ela – Bem pertinho do meu coração.


Fred sorriu, e beijou-a mais uma vez.


- Vamos entrar, então? – perguntou ele.


- Vamos.


Ele pegou Sophie pela mão, e virou-se para a porta, mas então a ouviu ofegar, e sentiu que ela parava de andar, pelo puxão em sua mão. Virou-se para a, agora, noiva, que derrubara o suéter no chão e tinha uma expressão de dor no rosto.


- Não... – murmurou ela, os olhos perdidos no vazio – Não, Jael...


- O quê? – perguntou Fred – Soph...?


- Ele está aqui! – disse ela, a voz torturada – Ele está aqui, ele viu!


- Sophie!


Mas Sophie já não o escutava mais. Ela desviou dele, passando pela porta praticamente correndo e entrando na sala, a qual atravessou rumo à porta da frente, sem dar ouvidos aos chamados da avó, de Hermione, de seus dois pais, ou aos de Fred, que corria em seu encalço. Saiu correndo para o jardim, olhando em todas as direções com uma expressão perdida e cheia de dor.


- Jael! – chamava, as lágrimas começando a escapar dos olhos – Jael! – gritou novamente, enquanto Violet, Sirius e Charles saíam à porta da casa, para ver o que estava acontecendo – Por favor... por favor...


E então finalmente o viu, ao lado da árvore onde ficava o seu antigo balanço. O centauro fitava o chão, e ao se aproximar, Sophie pôde ver que ele também chorava.


- Por que veio aqui? – perguntou ela, a voz cheia de dor – Por quê?


- Eu precisava vê-lo. – respondeu Jael – Precisava ver para quem eu a perdi.


- Jael... – começou Sophie.


- Eu os vi, na sacada. – interrompeu ele – Você aceitou o pedido.


- Eu o amo. – disse Sophie, sem conseguir encará-lo.


- Eu sei.


- Jael... – começou Sophie novamente, mas ele a impediu, cobrindo os lábios dela com o indicador.


- Não. Não diga nada. – disse Jael, encarando-a – Não é o momento.


- Eu amo você. – disse Sophie, e ela soube que Fred havia escutado, pois ouviu o som da respiração dele se alterar, às suas costas.


- Eu sei disso. – disse Jael – Eu também amo você. Agora vá. Seu noivo a está esperando. – ele então voltou-se para Fred – Por favor, deixe este assunto para um outro momento. Ela não tem condições de discutir com você agora.


De má vontade, Fred assentiu com a cabeça, encarando Jael com uma expressão fechada. O centauro então voltou sua atenção novamente para Sophie, que chorava baixinho.


- Vá com ele, minha estrela. – disse ele, e Fred se mexeu, incomodado com o uso do apelido – Conversamos amanhã.


- Promete? – perguntou a garota, meio suplicante.


- Prometo. – confirmou Jael – Agora vá.


Meio relutante, Sophie deu as costas a ele, e foi andando em direção a Fred, de vez em quando, olhando para trás, e vendo o amigo ainda parado no mesmo lugar. Quando ela alcançou o noivo, que passou o braço sobre seus ombros, Jael deu-lhes as costas e partiu rumo ao bosque, enquanto os dois voltaram em silêncio para a mansão.


- Sophie... – disse Violet, quando eles alcançaram a porta.


- Eu não queria machucá-lo, Vovó... – disse a garota, soltando-se do abraço de Fred e correndo para os braços da avó.


- Eu sei, querida, eu sei e ele sabe também.


- Dói em mim também, Vovó... dói muito...


- Shh... vai ficar tudo bem... – disse Violet, mas suas palavras não tiveram o efeito desejado, pois tão logo ela as proferiu, Fred aparatou sem sequer se despedir, fazendo com que Sophie voltasse a chorar.


- Eu... vou atrás dele. – disse Jorge – Não fica assim, Soph, você sabe como o Fred é. – disse ele, e fez um carinho no rosto de Sophie – Despeça-se de todos por mim, está bem? – pediu ele, e então aparatou também.


- Venha, querida, vamos entrar.


Depois de mais algum tempo de conversa, durante a qual ninguém mencionou o que havia acabado de acontecer, e da qual Sophie quase não participou, ficando o tempo todo ao lado de Hermione, que segurava sua mão, os convidados começaram a se despedir. O casal Granger foi o primeiro a partir, dando uma carona a Remo até o centro; Gui e Fleur aparataram para o pequeno apartamento em que ela morava, e o casal Weasley, Harry e Rony voltaram pela lareira para A Toca.


Sirius foi o último a partir. Despediu–se afetuosamente de Sophie, para o que o Sr. Fitzwillian não olhou, tendo ficado encarando os próprios pés, depois de Violet, e por último, de Charles.


- Acredito que não goste muito de mim, e de minha presença, e sei bem que tem seus motivos. – disse Sirius – Mas quero que saiba que não tenho a menor intenção de afastar Zoe... Sophie, de você. Sou muito grato por tudo o que fez por ela.


- Fiz de bom grado, e faria tudo novamente. – disse o Sr. Fitzwillian, em tom levemente frio – Sophie é minha vida, eu a amo mais do que qualquer outra coisa neste mundo. Nada neste mundo a fará deixar de ser minha filha.


Sirius assentiu com a cabeça, e Charles repetiu o gesto. Uma espécie de acordo tácito pareceu se estabelecer entre os dois naquele momento; o mais importante para ambos era o bem de Sophie.


- Fique bem, sim?! – disse ele à filha, que assentiu fracamente – Eu amo você.


Sirius abraçou a menina mais uma vez, e, do lado de fora da porta, ainda fitando-a, aparatou.


No Beco Diagonal, no apartamento em cima das Gemialidades Weasley, Jorge tentava acalmar Fred, que andava de um lado para o outro, o nervosismo saindo pelos poros.


- O centauro é apaixonado por ela! – dizia ele, indignado – Droga! E ela me dizia que eles eram amigos!


- Mas é o que eles são! – ponderava o outro gêmeo.


- Mas não é o que ele quer! – gritou Fred em resposta, furioso – Ele a quer! E ela? Viu como ela ficou? Sequer me ouvia!


- Calma, mano, não vai colocar seu namoro com a Soph em risco por causa de ciúmes. – advertiu Jorge – Você sempre soube que o centauro era importante pra ela.


- Mas não a esse ponto!


- Espera ela voltar de viagem, daí vocês conversam com calma, e esclarecem toda essa história.


- É o que eu vou fazer. – disse Fred – É o que eu vou fazer. Mas quando ela chegar, vai ter que me explicar essa história muito bem. O centauro... o maldito centauro...


Na manhã seguinte, logo cedo, as meninas e o Sr. Fitzwillian já estavam de pé, e prontos para partir. Antes, porém, Sophie foi até o estábulo, onde sabia que Jael a esperava.


- Tive medo de que não viesse... – disse ela, ao alcançá-lo.


- Eu prometi que viria, não disse? – respondeu Jael.


- Disse, mas depois do que aconteceu ontem à noite... – ela não terminou a frase, baixando o olhar.


- Por favor, minha estrela, já nos ferimos demais ontem. – disse o centauro.


- Me perdoe. – pediu a garota, os olhos cheios de lágrimas.


- Não há o que perdoar, minha estrela.


- Sua dor me fere também, Jael. – disse Sophie, com voz doída – Dói demais saber que estou machucando você.


- Perdão, minha estrela. – pediu o centauro, fazendo um carinho no rosto dela – Não foi para machucá-la que vim até aqui ontem, ou hoje. Só queria vê-la mais uma vez, antes que partisse.


Sophie adiantou-se até ele, e os dois abraçaram-se com força.


- Eu amo você, Jael.


- Eu sei. – disse o centauro – Também amo você. Cuide-se, está bem? Por mim.


- Eu vou. – prometeu Sophie – E você também, por mim.


- Eu vou. – respondeu Jael, e então Sophie deixou o estábulo, para ir ao encontro do pai e das amigas e então partir para o aeroporto. Todos perceberam seu abatimento, mas ninguém se atreveu a perguntar nada sobre o encontro com Jael. Hermione, porém, fez questão de sentar-se ao lado dela no carro, e segurou sua mão com força enquanto John dirigia rumo ao aeroporto.


- Quer falar? – perguntou ela.


- Não. – respondeu Sophie.


- Tudo bem. – disse Hermione, continuando a segurar a mão da amiga.


Depois da longa viagem de avião até o Brasil – durante a qual, Gina, que nunca viajara daquela forma, só parou de falar quando adormeceu – Sophie, Hermione e a ruivinha, junto com o Sr. Fitzwillian chegaram ao aeroporto Antonio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. No portão de desembarque, Laura e Joanna os aguardavam, segurando um colorido cartaz de boas vindas.


- Soph!! – exclamaram as duas, ao ver Sophie, e as três se abraçaram, todas ao mesmo tempo.


- Ai, que saudade de vocês, meninas! – disse Sophie, apertando as duas amigas.


- Que bom que puderam vir, meninas! – disse Joanna, depois de um longo abraço em Gina e Hermione.


- Ninguém consegue dizer não a Sophie, Jô. – disse Hermione, rindo.


- Não mesmo. – concordou Laura.


- Bom, vocês devem estar cansados, né? – perguntou Laura – Papai está esperando no carro, mas antes, tenho uma coisa pra vocês.


Ela colocou no pulso de Gina uma pulseira de pedrinhas coloridas, e Joanna fez o mesmo com Hermione.


- O que é isso?


- É pra facilitar a nossa comunicação. – explicou Laura – Papai colocou um feitiço tradutor nelas, assim, quando alguém falar com vocês, em português, vocês vão entender, como se fosse em inglês.


O grupo foi então até a esteira das bagagens, apanhar os malões de Gina, Hermione e Sophie, e a mala do Sr. Fitzwillian. Depois, rumaram para o estacionamento, onde o pai de Laura aguardava-os, no carro.


- Oi, tio Paulo! – cumprimentou Sophie.


- Olá, querida! – respondeu o homem, sorridente, enquanto todos se acomodavam no carro magicamente ampliado – Como vai, Charles?


- Bem, obrigado. – respondeu o pai de Sophie.


- Estas são Gina e Hermione, pai. – apresentou Laura – As Diamantes inglesas.


- Olá, meninas. – cumprimentou ele – É um prazer conhecê-las.


- Igualmente. – disse Hermione, e Gina concordou.


- O feitiço funcionou, então, não é, meninas? – disse o pai de Laura.


Só então Hermione e Gina perceberam que ele não estava falando em inglês, e sim em português.


- É mesmo! Eu estou entendendo tudo, até o que as pessoas estão falando ali fora. – disse Gina olhando pela janela, e todos riram.


- Bem, vamos, então? – perguntou o pai de Laura, dando a partida no carro, rumo à casa de Sophie.


Cerca de quinze minutos depois, eles haviam chegado. Cercada por prédios de apartamentos, a casa de Sophie era um simpático sobrado azul, com as janelas e portas brancas, parcialmente escondido por um muro coberto de hera, e com um enorme quintal. Assim que desceram do carro, um labrador caramelo veio correndo até o portão de ferro, latindo contente.


- Mell! – exclamou Sophie, e a cachorra latiu, abanando a cauda – Oi, meu amor, mamãe chegou!


O pai de Laura e o Sr. Fitzwillian tiraram os malões do porta-malas do carro, enquanto Sophie abria o portão para que eles pudessem entrar. Assim que o portão estava aberto, ela agachou-se para acariciar o pêlo brilhante de Mellody, que abanava a cauda, satisfeita.


- Oooown, também estava com saudade de você... – disse ela, enquanto a cachorra dava uma lambida em seu rosto – Cuidou bem do vovô? – perguntou, e Mellody latiu – Eu sei que sim.


Laura e Joanna entraram, fazendo um carinho na cabeça de Mellody, seguidas por Hermione e Gina, que traziam, respectivamente, Bichento em sua cesta, e Arnaldo em sua gaiola.


- Olha, essas são a Gina e a Mione. – disse Sophie – São minhas amigas.


Mellody latiu novamente na direção das meninas. Aproximou-se delas, cheirando-as devagar, primeiro Gina, depois Hermione. Rosnou baixo ao sentir o cheiro de Bichento, dentro da gaiola onde era carregado pela garota.


- Mellody, não! – ralhou Sophie – Nada de brigar com o Bichento.


A cachorra fungou, e se afastou de Hermione, indo para perto da dona, atrás de quem se escondeu.


- Não se preocupe, Mione, ela sempre obedece. – disse Sophie – Bom, vamos entrar? Eu tô moída!


Elas então se dirigiram para a porta, que sophie abriu, e todos entraram. O interior da casa era ao mesmo tempo simples e aconchegante. Os cômodos eram bastante espaçosos, pintados em cores claras, contrastando com os móveis de madeira escura.


- Sejam bem vindas, meninas. – disse Sophie – Por favor, sintam-se em casa.


- É bom tê-la em casa, querida. – disse o sr. Fitzwillian, beijando Sophie na testa.


- É bom estar em casa. – respondeu a garota.


Enquanto o Sr. Fitzwillian levava os pesados malões para o andar de cima, Sophie mostrou a casa às meninas. No andar de baixo, além da espaçosa sala por onde entraram, havia uma grande cozinha – na qual a empregada preparava um café para eles –, uma sala de jantar e a biblioteca, repleta de livros, bruxos e trouxas. Subindo, conheceram o quarto de Sophie e o do pai dela, a sala de televisão e os quartos de hóspedes, que eram dois: o quarto rosa, que era o quarto das Diamantes, onde elas sempre ficavam quando iam para a casa de Sophie, e o quarto verde, que era onde as duas visitantes ficariam. Havia duas bonitas camas de metal, com dossel, ao lado das quais estavam seus malões. Bichento foi solto de sua gaiola, e logo estava bem a vontade, se espichando no parapeito da janela.


- Que tal descermos? – sugeriu Sophie – Eu tô morrendo de fome!


Ao chegarem ao andar de baixo, sentiram logo o cheiro de bolo recém saído do forno, e de café sendo passado.


- Hmm... sente só o cheirinho... – disse Joanna.


- O bolo da Dona Maria é muito bom! – disse Laura, enquanto elas iam em direção à cozinha.


- E o que estão esperando? – disse a empregada, sorridente – Podem começar a comer!


As meninas então foram lavar as mãos e depois se acomodaram à mesa para lanchar. Enquanto comiam, faziam planos para a semana de folga.


- Temos tanta coisa pra fazer... – dizia Joanna, apanhando seu segundo pedaço de bolo.


- Tanta coisa pra mostrar pras meninas... – disse Laura.


- Nós temos uma semana. – lembrou Sophie – E ela vai ser a melhor de todas!


N/A: bem, bem, demorei mas apareci. Pra quem tiver vindo direto pro último capítulo, por favor volte uma casa. E POR MERLIN comentem!! =*

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