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BÔNUS
# Nah Black.






"Amor é fogo que arde sem se ver,
 é ferida que dói e não se sente (...)
 É cuidar que se ganha em se perder
 É estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor"
 (Camões e Legião Urbana ;)



Marlene trancou a porta pelo lado de dentro do apartamento, cansada. Jogou a bolsa na mesinha de centro da sala ao mesmo tempo que deixava para trás os sapatos de salto que havia usado o dia inteiro. Seus pés doíam, mas ela não estava se importando muito com isso, e isso foi... estranho.

 - Sirius? – chamou uma vez.

 Lene foi até a cozinha e virou uma garrafinha de suco de laranja que já estava aberta nos lábios, e chacoalhou o conteúdo na boca, concentrada.

 - Six? Vou pedir chinesa esta noite, está bom?

 Ele não respondeu. Não era possível que ele não tivesse ouvido. O lugar não podia estar vazio, se o casaco de Six estava pendurado e sua varinha estava na mesinha, onde ele costumava largar. Lene começou a procurar. Estava chegando na porta do quarto quando ouviu. Gemidos misturados ao barulho da água caindo do chuveiro ao chão. Os gemidos foram aumentando, tanto no som quanto na intensidade conforme ela se aproximou do banheiro da suíte.

 - Mas que diabos... – começou, curiosa, empurrando devagarinho a porta do banheiro.

- Lene, você sabe que não tem motivo nenhum de tudo isso, não sabe? – Lily lhe entregou um copo com água e açúcar e sentou-se na sua frente.

 - Eu sei que eu sonhei, Lils, mas parecia real demais!

 - Você disse a Sirius que estava deixando-o por causa de um sonho? Que estavam terminando por causa disso?

 - E-eu... disse. – ela olhou para o fundo do copo onde o açúcar se acumulava.

 - E o que ele falou?

 - Que eu estava louca, precisando de umas férias, ou de um tratamento psiquiátrico!

 - Oras, nada mais certo! – sorriu a ruiva.

 - Lils, você não entende. Era Sasha. A nova parceira dele. Que droga, porque ela tem que ser turbinada e loura? Porque não podia ser, sei lá, uma velha na menopausa ou um cão chupando manga?

- Marlene, eu te avisei trezentas vezes que o chefe estava comentando sobre as suas brigas com Sirius! Você não me escutou!

- Ah, sim, claro, nada mais justo que colocá-lo com uma loira gostosa e eu com um careca que nem faz higiene bucal!

 Lily passou as mãos no cabelo, fazendo uma careta. Depois, as duas começaram a rir como há tempos não faziam. Quando terminaram, as duas estavam com os olhos lacrimejando de tanto que riram.

 - Ô-o-opa. – Lil disse de repente, pousando a mão na barriga.

 - O que foi? Algum problema? – Lene levantou-se para ajoelhar na frente dela, colocando a mão na pequena saliência que agora deixava perceber que havia um serzinho dentro de Lil.

 - Não, está tudo ótimo – a ruiva sorriu de orelha a orelha – só que o pequeno Harry sente quando estou feliz e começa a dar pulos, e isso eu sinto.

 Marlene sorriu imensamente para ela.

 - Oown – ela aproximou a cabeça da barriga de Lily – hey, Harry – chamou-o – não seja safado como seu pai, está bem? E muito menos como o seu padrinho, pelo amor de Deus...

 Lílian riu e ajeitou o cabelo de Lene atrás da orelha dela.

 - Eu acho que ele vai ser o garoto mais lindo do mundo, Lil – disse, afastando a cabeça da barriga da amiga com um sorriso.

- Bem, se puxar para a mãe vai ser sim... agora para o pai, coitadinho. Mas eu sou mãe, me acostumo.

 - Oh, pobre Harry, mal nasceu e já tem que escutar os discursos infinitos da mãe... eu juro que vou te proteger, bebê!

 - Pensando bem, se ele se parecer com o padrinho ou a madrinha eu vou mandar ele para alguma escola bem longe, sabe? Ou mudar praqueles sítios isolados no mundo, vou fazer bem.

 Lene gargalhou.

 - Céus, eu estou cometendo um erro. – deduziu, ainda rindo.

 - Se James estivesse aqui já teria te despachado para o Alaska há tempos.

 - Mas eu não... ok. Desculpe fazer você perder seu tempo, Lil, só que... você me entende?

 - As grávidas tendem a entender tudo muito melhor – ela piscou para Lene, que sorriu – mas isso não quer dizer que eu entenda.

 Lene riu e agarrou sua bolsa no sofá, indo para a lareira.

 - Diga a James que eu vim ver minha prima e meu afilhado futuro garanhão.

 E, sem esperar a resposta da ruiva, atirou-se na lareira, de volta ao apartamento.

 Estava escuro. Absolutamente escuro, totalmente diferente do que estaria em outros dias. Será que ele havia partido? Será que ele havia sentido que o sonho dela podia ser real, e ido atrás de Sasha?

- Marlene McKinnon. – a voz dele era grave, de algum ponto que ela identificou como o quarto.

 E era mesmo. Ele estava sentado na beira da cama de casal fofa com o telefone trouxa na mão e uma lista de números grossa ao seu lado. Estava furioso, e suas narinas inflaram quando ela deu-lhe um sorriso amarelo e encostou-se na lateral da porta, cruzando os braços, ainda sorrindo.

 - Eu liguei para todos os números de hospitais dessa lista. Tem noção de como está meu cérebro? – ele continuou a dizer com a mesma voz grave, sem mudar de posição nem soltar o aparelho.

 - Hospitais, amor? – ela perguntou, doce.

O jeito malvado dele era irresistível.

 - Do jeito que você saiu daqui, achei que já estava tendo um colapso, merda! – ele bradou, e seu rosto começou a corar.

 - Bem, eu fui na Lily. – ela disse, aproximando-se da cama.

 Sirius revirou os olhos e afundou a cabeça entre as mãos, incrédulo.

 - Eu devo mesmo ser o cara mais burro do universo. Como eu não pensei?

 Lene subiu de joelhos na cama e pôs-se atrás dele, e ergueu as mãos para massagear seus ombros e sua nuca, do jeito que ela sabia que ele gostava, sentindo seus ossos sob a carne macia. A pele dele estava fervendo, e se Lene não soubesse que era por causa de algo que ele optara, pensaria que ele estava com a febre mais alta já registrada.

- Você não é muito burro, Six... – ela disse, quase como um sussurro – só um pouquinho, mas ainda bem que burrice ainda não matou ninguém.

 Sirius riu com os ombros e a tensão se dissipou deles. Lene desceu os apertos da massagem para suas costas, e inclinou-se para beijar o seu pescoço e a sua orelha. Ela viu, no espelho na frente deles, que Sirius fechava os olhos, deliciando-se.

 - E você sabe que meus ataques duram apenas tempo suficiente pra gente reconciliar de uma forma muuito merecedora... – sussurrou, e as suas mãos desceram para puxar a camisa dele para cima.

 - Você não pode me deixar doido de preocupação de propósito, Lene. – ele murmurou, erguendo os braços para ela tirar sua camiseta de uma vez.

Ela riu, deu uma última mordida em seu ombro, e foi sentar-se em seu colo, de frente para ele. As mãos dele voaram para as suas coxas, quentes.

 - Na verdade eu posso sim, Six – Lene falou, e inclinou-se para colar o busto ao dele e falar ao seu ouvido – você não tem idéia de como eu posso.

O corpo dele estava pegando fogo. Literalmente. As mãos fortes e grandes deslizaram suavemente de suas coxas para a cintura, e foram parar no meio de suas costas, por dentro da blusa. Habilmente, ele abriu o sutiã dela e deixou as mãos subirem um pouco mais.

 - Verdade, você pode. – ele disse.

 Lene riu quando ele levantou-se de repente e jogou-a na cama, indo para junto dela em questão de segundos. Quente, sempre quente.





n.a: ai que lindo esses dois *---* hesuaihesuhaiesa, ah, ainda tem o epílogo. lá eu falo bastante tica!

#Nah Black.

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    awwwwwwwwwwwwwwwwww *-* Sim sim \o/Muito bom :)kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkquando entrei em colapso também quando vi que a Lene só tinha tido um sonho...Que onda viu Amei flr *-*bjoos! 

    2013-02-05
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