chapter two.



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Capítulo 2, ou Fire



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"Like fire tonight
You light up the sky"
(Günther)






Marlene sentou-se no murinho de segurança da Torre de Astronomia. Era onde costumava ir com Amos às vezes durante a noite, mas os seus pensamentos estavam longe dele. Ela havia convencido Lily que a deixasse perambular até lá aquela noite, já que era sua ronda, porque estava mal e queria pensar. Mesmo a amiga sabendo que ela não estava mal coisa nenhuma, fez uma careta e deixou, sendo derrubada na cama de dossel por Lene.

A brisa fria acariciou e corou seu rosto e fez seus cabelos lisos ondularem um pouco atrás dela, e fechou os olhos, lembrando-se do que Lily dissera. Se ele mostrasse interesse em você, Lene, o que você faria?, aquele pensamento a fez rir baixinho para si mesma. Que pensamento mais absurdo, ter alguma coisa com um amigo como Sirius era. Tudo bem que eles tivessem o tipo de amizade que qualquer um classificaria como “colorida”, mas ela sabia que aquilo era só um jogo, dele e dela, de provocações. E tudo bem também que naquele sétimo ano Sirius havia conquistado o melhor físico de Hogwarts por causa do quadribol e sabe-se lá do que, com aquelas pernas grossas e os braços fortes, o abdômen definido e os olhos azuis-acinzentados mais estonteantes do mundo.

Meneou a cabeça devagar, tentando voltar à realidade. Tudo bem que Sirius gostava de abraçá-la e provocá-la, dizendo coisas em seu ouvido que não se diz para amigas; mas ela sabia, ela realmente sabia do jogo. Porque ela também o provocava tanto quando ele.

- Cuidado, Lene, você pode cair. – uma voz de veludo absolutamente reconhecível sussurrou em seu ouvido, e as mãos dele já estavam em sua cintura para impedir que o susto a estatelasse nos chão a vários metros abaixo, nos jardins.

- Six, isto é bem perigoso – ela murmurou abrindo os olhos.

Os cabelos negros de Sirius estavam molhados – devia ter acabado de tomar banho - e o cheiro dele estava forte no ar.

- Eu sou atraído pelo perigo, você sabe – ele sussurrou, ainda com a mão na cintura dela, tão próximo como se fosse beijá-la.

Como se fosse beijá-la. Lene sentiu um arrepio na espinha, mas sabia que era apenas por causa do susto.

- Conseguiu o que queria com a japonesa? – ela perguntou com um sorriso torto – certa vez ouvi dizer que o apelido dela é Garganta Prof...

- Não – ele interrompeu, rindo – na verdade, eu nem queria nada com ela. Seu primo foi quem conseguiu, afinal, ela queria alguém.

- Pobre Jay – ela meneou a cabeça, irônica – deve estar aos farrapos.

- Eu vou te contar o que ela fez com ele. – ele falou, inclinando a cabeça para o pescoço dela.

O hálito quente de Sirius imediatamente fez efeito em seus sentidos. Diabos, o pescoço era o ponto fraco, mesmo que fosse só sussurrar. Ela arrepiou-se e suas mãos agarraram a beirada do muro.

- Depois que eu disse que não queria nada com ela, e ela já estava quase erguendo a saia pra mim, Lene... ela saiu louca atrás de James. Primeiro, o agarrou na frente de todo mundo no pátio, e ainda bem que a ruivinha estava no salão comunal, ou daria detenções mortais para os dois pelo fogo deles...

Marlene ouvia atenta os sussurros de Sirius, e seu pescoço estava completamente arrepiado e seus olhos fechados, mas ela só estava prestando a devida atenção na história.

- Então Lynn segurou a mão de James e o levou para um corredor muito calmo, sabe... você acredita que ele tirou a calcinha dela ali mesmo? – uma mão de Sirius que estava na cintura dela desceu um pouco até achar o contorno da calcinha de Lene sob a saia, ele sentiu o contorno com a ponta dos dedos e depois puxou pra cima devagar, soltando com um estalido.

- O Jay sempre foi safado. – ela inclinou-se para murmurar no ouvido dele também. – oh! E eles... fizeram ali mesmo também?

- Não. – Sirius respondeu um pouco rude – eles fizeram sexo em uma sala vazia.

- Você não é romântico, Six. – ela murmurou – tem que falar fazer amor.

- Mas eles não se amam, Leninha querida. James ama a ruivinha... e Lynn ama todos.

Marlene deixou-se fechar os olhos de novo enquanto ele acariciava com o nariz toda a extensão do pescoço dela, suspirando.

- E você? – ela perguntou com a voz baixa.

Sirius ergueu a cabeça para fitá-la, os olhos dele estavam brilhantes ao encontrar os dela. Azul com mel. Foi uma fusão fantástica, tamanha era a intensidade do olhar. Ela percebeu que Amos não tinha poder de olhá-la daquela maneira. Mesmo sabendo que era tudo provocação de Sirius, era como se ele a desejasse. Se ele mostrasse interesse em você, Lene, o que você faria?

- Eu? – ele repetiu, erguendo uma sobrancelha.

Marlene apenas mordeu os lábios inferiores, sorrindo torto. Sirius tirou as mãos de sua cintura e encostou-as no muro em volta dela, sem desfazer o contato entre seus olhos.

- Eu só gosto de quebrar as regras, Lene. – ele respondeu com sinceridade – isso me excita mais do que tudo.

- Como agora. – ela falou, e o puxou pela camisa para mais perto.

Lene entrelaçou as pernas no corpo de Sirius, que ficou subitamente tenso, mas depois relaxou e acariciou seus cabelos enquanto ela roçava os lábios por seu pescoço.

- Você é malvada, Lene. – ele sussurrou com a voz rouca – é malvada e sabe disso...

Porque ele tinha que falar daquela maneira? Sexy. Sedutor. Tudo bem, eles costumavam ter aquele tipo de conversa próxima demais várias vezes...

Lene enfim parou os lábios na pele atrás da orelha dele e mordiscou, beijando em seguida. O cheiro doce dele já havia entorpecido seus sentidos. “Droga, Marlene, isso tem que parar”. Então, devagar, ela roçou o nariz pela mandíbula dele até parar no queixo e depositou um beijo ali, afastando-se e tirando as pernas de onde estavam, ajeitando a saia.

As mãos de Sirius já estavam em suas costas, por baixo de sua camisa, esquentado-a, mas ele tirou-as de lá, virando a cabeça para olhá-la com um sorriso malicioso e sexy, o tal do sorriso maroto que não o deixava.

Lene saltou do murinho de proteção e equilibrou-se firmemente no chão muito perto de Sirius, que continuou sem desfazer o olhar. Então, ela deu de ombros e desviou-se dele, dizendo:

- Boa noite, Six.

E foi em direção à sala de aula. Sirius não respondeu o cumprimento e a seguiu, e a garota previu que ele não a deixaria em paz tão cedo. Caminharam sem dizer nada por vários corredores, até que Sirius agarrou seu braço em um deles, prensando-a contra seu corpo na parede:

- Que diabos...

- Cala a boca. – ele mandou.

Mas ele não estava prestando atenção nela ou coisa assim. Sirius estava atento a algo que ouvia, olhando para os lados com agilidade, embora Marlene não pudesse ouvir nada.

- Filch. – ele sussurrou – a dois corredores daqui.

- Merda de instintos caninos – ela xingou, afobada pela proximidade – vamos nos esconder!

- Venha! – Sirius a puxou.

Não, melhor, ele a afundou na parede. Atrás dela, na parede onde ele havia a prendido, havia uma tocha de luz apagada, e ele tocou nela de alguma maneira que fez com que se abrisse uma passagem. Só que não era uma passagem; era mais um cubículo que não era nem metro por metro. Era mesmo um lugar para uma pessoa só se esconder.

Depois que se esconderam ali, uma parede se formou na frente deles para escondê-los, mas eles ainda podiam ver o que acontecia lá fora, porque ela era quase totalmente opaca. Estavam espremidos um contra o corpo do outro naquele maldito cubículo.

Lene sentiu os músculos rígidos do abdômen de Sirius contra seu busto, e suspirou, olhando para o lado. Como um aviso, Sirius encostou os cotovelos na parede atrás dela, na altura de sua cabeça e abaixou a cabeça em seu pescoço, respirando inquietamente ali enquanto esperavam. Ela tentou imaginar se ele estava sentindo o mesmo que ela naquele momento. Um calor gostoso pinicava sua pele em cada centímetro que a dele tocava. Não era como quando eles se abraçavam calorosamente, com carinho. Não, ela sabia muito bem o que aquela onda de calor significava, e praguejou que Sirius fosse Sirius. Era desejo.

- Six... ele já foi – ela sussurrou depois de cinco minutos que Filch já passara com a gata nos seus pés e nos quais eles não se moveram.

- Uhum... pode ficar quieta, Marlene? Eu estou pensando em uma coisa.

Lene calou-se, irritada. Sirius só estava tornando as coisas ainda mais difíceis. Ela prometeu para si mesma que no momento em que ele tirasse os cotovelos da parede – porque era isso que impedia sua saída – ela voaria para fora da passagem. Mas se ele se demorasse demais com aquela respiração descompassada em seu pescoço, aí ela não tinha noção do que poderia acontecer.

Depois de mais alguns minutos em silêncio, o garoto começou a rir baixinho. Aquele riso que vinha do fundo da garganta, que parecia um latido. “Cachorro feliz.”

- Em que está pensando? – ela quis saber, exasperada.

Sirius ergueu a cabeça e fitou os olhos cor de mel dela.

- No que você faria se eu te beijasse.

Lene sentiu as pernas fraquejarem ficarem bambas de repente. Sua expressão se suavizou quando o hálito quente dele salpicou sua pele enquanto ele falava com a mais pura sinceridade. Seu coração se acelerou e ela teve certeza que ele podia ouvir, porque ele podia ouvir coisas muito além do que os ouvidos normais podiam, e também porque o lugar em que o seu coração devia estar inflou e apertou-a mais contra ele, e a sua respiração ficou descompassada.

Ela sabia o que aquilo significava. Estava agindo como uma idiota apaixonada, só que estava se sentindo muito bem; o contrário do que ela sempre imaginou que as idiotas apaixonadas sentiam. Porque ela sabia que não estava apaixonada por Sirius; aquilo era apenas um efeito do êxtase que o hálito, o cheiro, o físico e o gênio dele produziam.

Os olhos dos dois faiscavam agora, perdidos um no outro profundamente, esquecidos do mundo e de si mesmos. Lene conseguiu desfazer o contato de seus olhos – porque alguma razão dentro dela pedia isso – mas eles foram parar nos lábios dele. Ela teve certeza que isso foi pior, porque eles estavam entreabertos, e a cor cereja dava um contorno irresistível. E ela começou a pensar no quão macia a boca de Sirius poderia ser.

Instintivamente e sem perceber, devagar, ela umedeceu os próprios lábios com a ponta da língua e depois mordeu os inferiores com força. Quando conseguiu tornar os olhos para os dele, eles estavam faiscando ainda mais. Havia uma chama dentro deles. Ela não podia mais resistir, agora que todos os seus sentidos pediam por ele.

Marlene apenas fechou os olhos, numa última tentativa de fugir. Ela podia conseguir. Sirius não podia querer tanto assim. Não podia...

Então, porque ele tomou os lábios dela delicadamente entre os seus? Ela suspirou quando ele o fez, sem corresponder, apenas entreabrindo-os mais. A boca dele era macia sim, mil vezes mais do que ela pensava. Sirius sugou os lábios inferiores dela devagar, hesitante, esperando que ela correspondesse, mas ela não o fez. Então ele usou a língua para contornar seus lábios de uma forma muito provocante, mordiscando-o no canto.

Marlene deixou escapar um gemido baixinho e suas mãos foram parar na nuca dele, enterrando-se em seus cabelos negros. Sirius soltou seus lábios dos dela e inclinou mais a cabeça para beijar suavemente seu pescoço, fazendo movimentos com os lábios.

- Six...

Quando ele ouviu o suspiro, seus lábios voaram para a sua orelha ele beijou o lóbulo desta, e depois roçou os seus dentes por ela. Ele não devia ter noção, nem um pingo de razão naquela cabeça oca. “Nesta bela cabeça oca”, Lene corrigiu-se. Idiota apaixonada. “Já que eu estou indo pro inferno mesmo”, ela pensou, “vou fazer isso direito”.

Marlene tirou uma das mãos dos cabelos de Sirius e segurou seu queixo, puxando-o para fitá-la. Os olhos dele estavam mais azuis do que nunca, e ela mergulhou neles sem raciocinar direito. Depois ela inclinou a cabeça na direção dele e tomou seus lábios devagar, bem devagar... para ter a melhor sensação do mundo. Sirius abaixou o cotovelo e prendeu um braço atrás do pescoço dela, e o outro em sua cintura, apertando-a ainda mais, como se fosse possível, ao seu corpo.

Quando Marlene aprofundou o beijo, estava asfixiada. Quando suas línguas se tocaram, ela quase gemeu de novo por causa do fogo que atravessou cada célula sua, não fosse porque a boca dele tampou a dela e iniciou uma lenta dança de prazer.

Agora Lene entendia porque praticamente todas as garotas mais velhas da escola tendiam a se apaixonar por ele depois que ficavam. Por causa da maldita pegada. É claro que ela devia desconfiar, pelo jeito que ele a abraçava e tudo, mas nunca imaginou que sentiria aquilo. Seu coração iria saltar, ou melhor, ia pifar, se continuassem se beijando daquela maneira.

Amos nunca havia a beijado daquela maneira, e nenhum outro se ela fosse pensar. O beijo de Sirius despertava nela um desejo que subia dos pés à cabeça, um fogo que sequer imaginava ter – talvez fosse por isso que as suas amigas tivessem dito que Lene ficava melhor solteira, sem Amos, porque algo dentro dela sempre pedia por mais. Porque o beijo de Amos não deixava suas pernas bambas, nem a sua mente perturbada e nem fazia as suas mãos quererem tocar cada centímetro de pele que fosse possível.

Aquele primeiro beijo foi intenso durou um tempo imenso, acabando com cabelos desarrumados, camisetas amassadas – a de Sirius com todos os botões abertos e seu peitoral arranhado pelas unhas cumpridas de Marlene -, respirações ofegantes – porque o beijo só realmente acabou quando nenhum dos dois tinha mais nem resquício de oxigênio no cérebro -, e as mãos nos devidos lugares, sem tirar nem pôr.

Ele sorriu docemente, um sorriso torto, aquele sorriso que ela adorava. Mas algo cutucou em sua cabeça, quando o oxigênio invadiu seu cérebro com rapidez: Oras, se Sirius te quisesse, claro que ele te conseguiria.









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04/04/09
MUAHAHA. :) as coisas estão esquentando ficando interessantes!
- hã, e qualquer semelhança com um pensamento de Lene com um pensamento de um vampiro gostoso lindinho que chamam de Edward Cullen, é mera coincidência roubação. HESAHESHAUHUSHAESAHES brincadeira, créditos à Stephenie Meyer, a INCRÍVEL autora de Twilight series, que sim, eu amoloucamentebaby adoro :D

# Respondendo os comentários
Rayssa Black Malfoy:
own, obrigada!
=D e que boom, mas e aí, ta gostando da fic?
HEUSAIHESAUHESAIU beeijo :*

- Luúh C. (::
obgda ! tomara que vc goste desse, agora que Six está atacando *-* heusaihe eusei,sotontapoco! hahaha ;**

É isso, galera
dêem suas opiniões! :D (riscado: comentários, por favor) muahaha.
eu preciso saber se isso tá massa ou tá uma porcaria sem pé nem cabeça chatinho, entende?
weell, xoxo.
#Nah Black.

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Nossa, olha a paranoia que o Amos implantou na cabeça da Lene... Aposto que ela não vai esquecer isso tão cedo kkkk , eu amei o capitulo, foi muiiiiiiiiiito bom. Queria um Sirius pra mim kkkk na verdade tô começando a achar que todas queriam um Sirius kkkkkkkkkkkk o capitulo foi muito bom memso \o/Bjoos! 

    2013-02-04
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