Capítulo 16








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Capítulo 16
Halls de Abóbora
Ou,
A Mui Antiga e Nobre Arte de Ferrar com Tudo e O Mapa do Maroto





Narrado por; James Potter.





No instante em que a maníaca da Dorcas me "beijou" a primeira coisa que me veio à mente foi a... Lily. Eu não quis admitir isso pra ninguém, e até a anta do Remus já percebeu que eu tô meio afim da Evans, mas droga, eu gosto dela. Que isso vá pro túmulo comigo, valeu.

Voltando à situação atual, horrivel, pra dizer a verdade, eu não senti pena do John. Nem um pouco. Eu senti pena de MIM e da Dorcas mas não do abutre do John. Fala sério, eu nunca senti o que é ser corno (?), mas que deve ser horrível, deve.

Voltando de novo à situação, a Dorcas não me beijou muito. A gente só ficou parado de olho fechado, fingindo que estávamos nos beijando, e tão de repente como começou, Dorcas me soltou e colocou as mãos na cintura, encarando John desafiadoramente.

Ela não parecia sentir muito por ser corna (?) nem por ter me usado pra cornear o John, parecia mesmo era meio chocada de ter me beijado, por mais superficial que tenha sido o beijo. A garota que tinha corneado a Dorcas com o John já tinha picado a mula¹ pro puteiro de onde não deveria ter saído.

Vou te contar, essa é a coisa mais esquisita que rolou comigo desde o almoço, UHAUAHUAHAH. John encarou a gente, rígido.

- Legal, Dorcas - disse ele rispidamente.

Os olhos azuis da minha amiga brilharam de fúria.

- Legal, John. - disse ela no mesmo tom. - Meus parabéns, você conseguiu provar a teoria da Marlene, só que bem mais cedo do que o previsto.

E se retirou enfurecida. Encima da cabeça de John, um castical de velas explodiu e as velas apagaram de repente.

Ui.

Magia involuntária.

John parecia meio surpreso com as palavras dela, e eu também não fazia nem idéia do que ela estava falando, mas mesmo assim ele me encarou furioso. Eu abri a boca antes que ele tivesse tempo pra sequer piscar.

- John - comecei sombriamente -, a Dorcas não merece isso.

- Olhe, Potter - interrompeu ele. De repente Becker parecia mais como os sonserinos que eu costumo desprezar.

- Olhe você, Becker - eu falei friamente. - Ela não merece isso, e você não merece ela. Dorcas é minha amiga - elevei o tom de voz de novo para ver se ele me escutava -, e se era pra você fazer isso, seria melhor não ir atrás dela. - Fiquei de repente ameaçador. Dei um passo na direção dele, o encarando com um olhar penetrante e depois lhe dei as costas sem dar o privilégio da fala.

- Você não sabe de nada, Potter - escutei Becker murmurar antes de eu entrar na cozinha.

Encontrei Dorcas sentada na mesa, rodeada de elfos domésticos. A cabeça dela estava entre as mãos, os dedos nas têmporas, só que ela não esboçava sinais de tristeza, e sim da maior fúria. Os elfos não falavam nada, só esperavam ela se acalmar para perguntar provavelmente se poderiam ajudar. Me sentei à sua frente.

Os elfos ao me virem, fizeram uma reverência.

- Senhor Potter - guinchou um que estava na frente de todos eles - Que surpresa!

Os elfos atrás de Binky concordaram com a cabeça freneticamente. Eu sorri para eles.

- Senhor Potter - tornou a falar Binky, o elfo da frente -, o que aconteceu com a sua amiga, senhor Potter?

Os elfos se empertigaram.

- Ela está meio cansada. Aconteceram umas coisas bem chatas com ela - expliquei delicadamente. Não era bem uma mentira. De repente um vento gelado bateu sobre nós, fazendo os elfos estremecerem e eu me apertar contra meu roupão. - Poderiam, por favor, trazer chocolates quentes pra gente?

- Claro, senhor Potter - disse Binky, fazendo uma reverência. Ele e os elfos desapareceram.

- Dorcas? - chamei delicadamente. O vento frio bateu de novo em mim, me fazendo ficar arrepiado. O vento frio começou a uivar. Percebi que as janelas estavam fechadas. O luar batia nos cabelos castanhos da Dorcas dando um brilho prateado no meio do marrom. Ela abriu os olhos. - Tudo bem?

- O que você acha? - perguntou ela entredentes. O ventou uivou de novo. Dorcas suspirou e tirou os dedos das temporas. De repente tudo ficou menos frio. Eu relaxei. - James. - eu ergui as sobrancelhas. - Desculpe por aquilo tudo.

Dorcas sorriu constrangida.

- Tudo bem, Dorquitsha - ela fez uma careta e eu sorri. - Eu acho que tenho uma idéia de como você se sente.

- Ahmmm - murmurou Dorcas, de novo entredentes - Eu ainda me vingo deles, senão eu não me chamo...

Antes que a Dorcas pudesse falar alguma coisa, duas coisas rolaram ao mesmo tempo: os elfos apareceram com uma pequena bandeja carregando duas xícaras de chocolate quente fumegantes e as portas da cozinha se escancararam e entraram seis pessoas avoadas, descabeladas e de olhos arregalados.

Lily, Lene, Emmy, Sirius, Peter e Remus.

- DORCAS! - berrou Lily do nada, fazendo os elfos que traziam a bandeja com as xícaras de chocolate quente darem um pulo e as xícaras balançarem de forma perigosa na tal bandeja.

- LILY! - gritou Dorcas em resposta. Ela pegou uma xícara de chocolate quente, agradeceu sorrindo para os elfos e deu um gole nela. - Então, a que devo a visita de vocês? :D

Lily e Lene se entreolharam.

- John me azarou - declarou Lily cruzando os braços com raiva. Eu arregalei os olhos. Ia pegando minha xícara de chocolate quente quando a Lily disse isso. Agradeci vagamente e prestei atenção na Lily de novo. - Olhem só.

Lily levantou os cabelos ruivos mostrando um corte em forma de X que abrangia toda a nuca. Eu cerrei os dentes.

- AQUELE DESGRAÇADO! - gritei raivosamente. Lily abaixou os cabelos de novo. - AAAAAAHHHHH, SE EU PEGO. AAAAAAAAAAHHHHH SE EU PEEEEEEGO!

A ameaça ficou no ar. Lily começou a rir.

- James, seu bobão - ela disse em meio a risos. - EU já dei um jeito nele, obrigada. Desculpe, Dor. - ela sorriu para Dorcas, mas Dorcas não retribuiu o sorriso, na verdade parecia bastante preocupada e zangada.

Eu senti o rosto esquentar, mas felizmente as atenções estavam na Dorcas.

- BELEZA! - gritou Padfoot, tomando a frente de todo mundo e sorrindo maliciosamente. - Vocês devem estar querendo saber o que a gente veio fazer aqui.

- Na verdade não - dissemos eu e Dorcas em uníssono. Sirius fechou a cara e eu ri. - Mas pode falar. - falei, fazendo um gesto vago com a mão.

Sirius sorriu de novo.

- A anta do Moony - começou Sirius solenemente, fazendo um gesto com a cabeça na direção do Remus, que bateu na cabeça dele -, argh, não bate, Moony, você sabe que é verdade, q. Enfim, a anta do Moony acordou no meio da noite, com vontade de ir no banheiro.

Eu ri.

- E como ele é uma anta mesmo - continuou Sirius, esquivando-se das mãos assassinas do Remus -, me acordou com o barulho da descarga.

Eu ri de novo.

- Então, como eu, o ser mais lindo, gostoso, perfeito e modesto DA FACE DA TERRA - gritou Sirius convencido -, sou o presente dos deuses - Marlene revirou os olhos -, tive uma idéia BRILHANTE, E QUE PODE MUDAR O DESTINO DOS MAROTOS.

E deu um sorriso eu-tenho-trinta-e-dois-dentes-brancos-que-nem-nuvens-tá-conseguindo-ver-todos-porque-senão-eu-posso-abrir-mais-a-minha-boca-obg, que fez todo mundo rir da cara dele.

- Dá licença, gatas - ele disse convencidamente para as meninas, fazendo um sinal pra elas se afastarem. Lily agarrou Marlene e Emmeline pelos cotovelos e as duas foram até a Dorcas. Lily sorriu, mas Dorcas ainda estava meio preocupada com alguma coisa. Eu me juntei aos Marotos.

- Que foi? - perguntei, colocando as mãos nos bolsos do meu roupão.

- O Sirius teve uma idéia - disse Peter como se isso fosse uma descoberta e tanto.

- MILAGRE, IRMÃO. ALELUIA, GEZUIS. - gritei dramaticamente, me ajoelhando no chão e erguendo as mãos pro teto.

- Levanta daí, veado - rosnou Sirius, me puxando pra cima. Eu ri da cara de psicopata dele.

- Cervo - corrigi sem me deixar abater. - Conta logo qual foi tua idéia, vira-lata, eu tenho novidades. - Esfreguei as mãos uma na outra como um maníaco, o que fez Remus balançar a cabeça negativamente.

- O Sirius chegou pra mim todo descabelado e cheio de remela no rosto - Remus riu quando Sirius apalpou o rosto com cara de nojo -, parecendo a mãe dele - nós gargalhamos. Sirius deu um cascudo em todo mundo e Remus riu mais um pouco e continuou - e me disse assim: "Remus, por que você não pega essa descarga e enfia ela no..." - Remus gargalhou de novo -, e antes dele terminar de falar, alguma coisa do mal rolou com o cérebro obsoleto dele - Remus se abaixou bem a tempo antes que o braço do Sirius desse na testa dele - e ele ficou oco que nem a caixa de música da minha tia (?) e dois segundos antes de eu dar umas bofetadas nele, ele começou a dar pulinhos e disse que tinha tido uma idéia. Nós percebemos de repente que tu - Remus apontou pra mim - não tava no dormitório e descemos pra sala comunal, onde estavam as meninas. Elas disseram que a Dorcas também tinha desaparecido do nada e todo mundo foi investigar. Encontramos com o John no meio do caminho com cara de poucos amigos, e quando a Lily foi perguntar se ele tinha visto vocês, ele foi rispido com ela. A Lily deu uma resposta do caramba e e quando ela se virou o John lançou um Sectumsempra na nuca dela. E sabe o que ela fez? (6)

- O quê?

- Ela avançou pra ele e deu um murro no queixo dele - riu Remus se recordando da lembrança.

De repente eu me senti melhor. Acho que os murros da Lily devem doer que só o diabo, UI.

- Aí o Sirius começou a rir feito um retardado e por pouco que o John não lança um Sectumsempra nele também. A gente teve um trabalho pra trazer ele pra cá.

- ÉÉ, né, Moony? ¬¬ - rosnou Sirius depois ele se virou pra mim e pro Peter, que eu acho que estava dormindo quando isso rolou - Enfim, o lance é que tipo, sabe os mapas? Que tal se existisse um mapa que meio que mostrasse onde cada pessoa em Hogwarts estivesse? :D

Eu, Remus e Peter nos entreolhamos.

- Dã - fiz, mais perdido do que cego em tiroteio.

- Dã [2] - fez Peter, curiosamente sonolento.

- Explica melhor, pulguento - pedi, sem cerimônias.

- Beleza, veadinho da titia (?) - disse Sirius, esfregando as mãos. - Hogwarts. Mapa. Pessoas. De Hogwarts. Quero. Mapa. Fazer. Hogwarts. Moony, Wormtail, Padfoot, Prongs. Marotos. TÃO SACANDO MEU RACIOCÍNIO?

Eu, Remus e Peter nos entreolhamos de novo.

- Dã [3] - dissemos em uníssono.

- AAARRRRRRGGHHHHH! - fez Sirius desesperado, batendo com a mão na testa - A PORRA DUM MAPA QUE MOSTRE TOOODA HOGWARTS E TOOODAS AS PESSOAS QUE ESTÃO EM HOGWARTS, CACETE! ISSO É TÃO DIFÍCIL DE SACAR? O.O

- Não - disse a voz da Marlene, que surgiu de repente do lado do Remmie. - É fácil. É só vocês estudarem toda Hogwarts, arranjarem um pergaminho e uns feitiços pra que só quem saiba uma espécie de palavras chaves possa ver o mapa e panz, Mapa do Maroto. :D

Todos nós olhamos para a Lene sorridente.

- Nossa, Marlene - surpreendeu-se Sirius, se encostando na parede perto da porta -, não é que você pensa? (6)

O sorriso escorregou do rosto de Lene e ela avançou para o Sirius perigosamente.

- Como é, Black? - sussurrou ela ameaçadoramente, a uns dois passos de distância dele. A essa altura ela apontou a varinha para o rosto dele, mas Sirius não recuou nem um pouco. Ele ainda sorria. - Está insinuando que eu sou burra?

- Seta-Elo Alfa Código-Alfa-Reta-Alfa-Pulo-Ultimo-Código-Cecidilha-Alfa Seta-Elo-Reta-Vaca-Elo... (?) - disse Sirius encarando Marlene, divertido.

Eu sabia o que ele tinha dito, mas as meninas aparantemente não.

- Quê? - perguntou Marlene aturdida, encarando Sirius de um jeito esquisito. - O que diabos você d...

Só que Lene não teve tempo de completar a frase. Sirius segurou sua cintura e a beijou antes que ela pudesse fazer alguma coisa.

Ui.




{x}





Narrado por; Sirius Black





Sabe de uma coisa? Beijar a Marlene é uma das coisas de que eu mais gosto nessa vida de cão. É tão doce o gosto dos lábios dela, e ela parece ser tão frágil quando eu a abraço. É surreal. Pena que ultimamente ela tem me chamado freqüentemente a atenção. Uma coisa bastante normal, diga-se de passagem, mas eu tenho certeza que alguma parada vai rolar.

Segurei ela pela cintura e encostei os meus lábios nos dela. Aquele gesto singelo (?) provocou uma sensação estranha em mim; minhas mãos ficaram pegajosas, senti um frio ridículo na barriga, como se eu tivesse comido alguma coisa muito gelada em tempo recorde e pra completar alguma coisa parecida com asas (eunãotoficandoloucoeunãotoficandoloucoEUNÃOTOFICANDOLOUCO) É, ASAS, parecia ter tomado conta do meu estômago.

Acho que eu tô com fome, :9

Marlene a essa altura tinha me abraçado firmemente pelo pescoço e a gente já estava mesmo se beijando, tipo assim, de verdade. Eu passei minha língua pelos lábios dela, acompanhando a curva e ela tinha dado passagem, de repente ávida. A minha fome aumentou (?) //issosoouerotico. Minha mão saiu de sua cintura e eu a coloquei na sua nuca, acariciando o rosto dela com o polegar. Com a mão esquerda, apertei ela mais contra mim. Beijei seus labios mais uma vez e abracei ela de novo, olhando por cima de sua cabeça

Todo mundo tinha lavado.

Ui.

Isso que eu chamo de privacidade.

Senti a respiração rápida e desigual de Marlene no meu pescoço e senti os pêlos da minha nuca se eriçarem. Encostei os lábios na testa de Lene e senti a respiração dela se transformar numa espécie de suspiro e quase suspirei também. Peguei uma mecha do cabelo dela entre os dedos e acariciei-a. E de repente, Lene me empurrou gentilmente, só que de forma definitiva.

Me olhou nos olhos.

- Desculpe - sussurrou ela, e saiu antes que eu pudesse dizer alguma coisa.

Eu ergui minhas sobrancelhas. Muito. Só que não pude deixar de sorrir um pouco. Marlene era uma pessoa extremamente complexa (?). Quem sabe um dia eu a entendo. Resistindo à vontade de sair correndo atrás dela e a beijar de novo, me sentei no chão da cozinha, olhando em volta. A lua minguante estava bem alta no céu. Tomei um susto quando percebi que algumas elfas estavam me encarando.

- Ãmh - murmurei debilmente - Oi - eu acenei para elas.

E elas começaram a dar risadinhas.

Eu fechei a cara.

- Que foi? - perguntei sem entender nada .

E elas riram mais ainda, quase gargalhavam.

- Alguém pode me dizer o que é que tá pegando? - eu perguntei exasperado, agarrando meus cabelos.

A essa altura, as elfas estavam chorando de tanto rir.

- Nada, nada, senhor Black - esganiçou-se uma das elfas - Só que você e a srta. McKinnon, hein, senhor Black?

E elas gargalharam mais uma vez e saíram dando risadinhas e suspiros.

Eu as encarei de boca aberta.

- É cada louco que me aparece - murmurei, antes de abrir a porta da cozinha e me mandar pro salão comunal.




{x}





Acordei na quarta-feira com o sol batendo direto no meu rosto. Gemi de preguiça e virei pro lado, dando um murro no Remus sem querer. Eu ri vagamente quando o Remus gritou "AAI, PORRA!" e voltei a dormir. Remus me bateu no braço e gritou de novo, só que foi algo como "ATRASADO". Eu fiz pouco caso, abanei com a mão pra ele me deixar em paz, blasfemei, resmunguei e voltei a dormir.

Sonhei que a Marlene era um peixe, e eu pescava a Marlene, e depois eu comia a Marlene grelhada com vinagre e limão. Depois eu sonhei que eu era uma onça pintada e a Marlene era meu filhote, aí eu ficava triste por que eu gostava dela e eu tinha que fingir que não era mãe dela (?) e aí eu pratiquei incesto. Depois eu acordei berrando com tudo e todos.

O dormitório estava completamente vazio quando eu acordei berrando com tudo e todos. Olhei em volta, grogue, tentando juntar dois mais dois e ver se tinha alguma pista de onde eles tinham ido. Quando me toquei que eles estavam na aula, resmunguei mais um pouco e finalmente me levantei, olhando no relógio ao tirar meu calção e vestir o uniforme da escola.

Eram onze e meia quando eu desci pra sala comunal, sem os menores planos pra ir pra aula de manhã. Suspirei de cansaço e preguiça e me joguei no primeiro sofá que eu vi, logo o mais distante da lareira, e acabei caindo no chão. Resmunguei mais um pouco, mas eu tinha ouvido um barulho esquisito. Olhei pra cima. Parecia vir do lustre.

Eu, como o menininho curioso que eu sei que sou (H), subi no encosto do sofá e me equilibrei na ponta dos pés pra dar uma investigada no lustre. Encontrei uma parada lá que parecia um caderno. Tirei o lance de lá, e me esquecendo que estava equilibrado meio que por um fio. O caderno era verde, tinha uma espiral do lado e parecia fechado por magia.

Eu, como o menininho curioso que eu sei que sou (H) [2], tentei abrir, mas não deu ¬¬. Eu devia ter pensado que estava meio que protegido por algum feitiço aí, mas eu tava extremamente grogue do meu sonho com o incesto da onça pintada pra raciocinar direito que nem ontem. Suspirei, e tentei abrir de novo. Então percebi que tinha alguma coisa escrita na capa do caderninho verde. "Berta Jorkins".

Quem diabos é Berta Jorkins? Oo

Eu não sou um fofoqueiro, mas realmente queria descobrir quem era Berta Jorkins, q, então guardei o caderninho no bolso e saí pra fora da sala comunal, na mesma hora em que uma garota estava entrando. Nós demos de encontrão e eu tive que segurá-la pra ela não cair.

Era uma garota bonita, baixinha, de cabelos negros cacheados e olhos violeta, pupilas vermelho-escuras, uma albina. UI, tá pra mim (6). Eu sorri sedutoramente.

- Oi - falei, usando minha voz provocante.

- Oi - ela sorriu timidamente.

- Como vai? - perguntei. - Quase que você cai no chão.

- Bem. Obrigada por me segurar. - agradeceu ela, estendendo a mão. - Rosanna Abbadaz.

- De nada, disponha. - eu fiz uma reverência e apertei a mão ridiculamente branca dela. - Sirius Black.

Eu parecia ter esquecido o comportamento esquisito na noite anterior, não parecia?

Então eu devo ser um exímio ator, cara, por que o tempo todo eu ficava pensando na Marlene. QUEM LIGA pra Rosanna Abbadaz?

- Dá licença, Rosanna. - pedi. - Preciso fazer uma coisa. Quem sabe outro dia a gente não se topa por aí?

Ela sorriu e eu me mandei.

O sorriso escorregou pelo meu rosto quando eu me lembrei das palavras do Peter quando ele esfregou na minha cara que eu tava afim da Marlene. Será que é verdade? Quero dizer, talvez, mas eu não quero confirmar. Ainda tem tanta garota em Hoggie, e todas elas me adoram. Fora Lily, Emmy, Dorcas e talvez Marlene. Eu não quis pensar que Marlene não gostasse de mim. Era uma sensação incômoda de perda.

Trombei com algumas pessoas no caminho, mas não me importei. Continuei indo até os jardins, bater um papo com o ar frio e tomar um pouco de lula gig... EPA! Quero dizer, bater um papo com a lula gigante e tomar um pouco de ar frio. Sacudi a cabeça.

Eu tô ficando louco? Oo

/pause/

TÔ DOIDÃO, TÔ DOIDÃO, BICHO TÔ DOIDÃO! TÔ DOIDÃO, TÔ DOIDÃO, BICHO TÔ DOIDÃÃO² (8)

/play/

Rá rá. Muito legal ¬¬.

Sentei na grama verde esmeralda e praticamente mo joguei em baixo de uma árvore que ficava perto da margem do lago. Eu encarei as folhas da árvore, e a maçã escondida pelos galhos. De repente bateu fome. Eu nem tinha tomado café da manhã. Aquela maçã parecia suculenta :9. Eu me levantei encarando a maçã como se ela fosse minha presa e eu fosse um leão faminto.

Subi na árvore, colocando os pés nos lugares onde dava pra se apoiar e me segurei nos galhos mais longos e rapidinho eu tava pendurado na tal arvore, encarando a maçã agora na altura dos meus olhos. Eu sorri maliciosamente e me estiquei pra pegá-la. Só que estava muito longe. Me segurei mais pra perto da maçã, me balançando nos galhos para me impelir pra frente.

Só consegui roçar a ponta dos meus dedos na maçã antes de ouvir um grande "CRECK", os galhos se partirem e eu cair no lago desacordado. Só pude sentir o impacto da água na minha barriga.




{x}





Acordei num lugar branco. Eu sabia que era a enfermaria por que nenhum lugar em Hogwarts era tão branco assim, pode crer. Não sei como essa brancura não afetou meu cérebro permanentemente quando eu e o James ficamos detidos aqui por azarar o Snape ano passado, argh. Pisquei e tudo entrou em foco de repente. Me levantei e minhas costas estalaram. Sobressaltei alguém e de repente todas as pessoas ao redor da minha cama pularam em cima de mim e me abraçaram.

- ARGH - eu fiz, sufocando.

- SIIIIIIRIIIUS! - berraram eles, os loucos abraçadores de gente machucada (?) - SEU IDIOTA!

- Obrigado - murmurei em agradecimento, distribuindo tapinhas a esmo. - Agora larguem o Sirius idiota, ele quer descansar. O Sirius é gato demais pra ser chamado de idiota por ele mesmo, Sirius quer que vocês peçam desculpa por deixar ele confuso.

Eu juro que não sei por que fucking eu estava falando na terceira pessoa; anyway, as pessoas me largaram e Lily, Lene, Emmy, Remus, Peter, Dorcas e James entraram em foco.

- OOI - saudei alegremente, dando tchauzinho pra Lily, que me encarava ansiosa. - Tudo beem? :D

É, acho que agora a brancura afetou meu cérebro mesmo.

- NÃO - berrou Marlene exasperada. - COMO, SIRIUS, SEU IDIOTA ESCANCARADO, VOCÊ SOBE NUMA ARVORE PRA PEGAR UMA MAÇÃ ENQUANTO HOJE OS ELFOS FIZERAM A FESTA DA MAÇÃ NO SALÃO PRINCIPAL? QUER ME MATAR DE MEDA?

- SSHHHHH - fez James em meio à gargalhadas - Quer que Madame Pomfrey nos mande catar coquinho?

- Não - repetiu Marlene, agora mais calma. - Desculpe, Sirius, seu idiota :D

Eu sorri.

- Claro, Marlene, sua escandalosa :D

Marlene fechou a cara.

Eu ri.

- Então - continuei - o que rolou?

- AH - começou Marlene, se levantando de novo, mas Emmy colocou a mão no braço dela e riu.

- Você estava boiando junto com a lula gigante no lago quando a gente saiu da aula de Transfiguração ainda agora. A Marlene se desesperou - Marlene fechou a cara ainda mais - e saiu levitando você pra enfermaria. E aqui estamos nós - ela deu um largo sorriso.

- MAS QUE FOI UMA TREMENDA IDIOTICE FOI - disse Marlene, aos gritos, mas convictamente - Festa da maçã, e o Sirius cai da arvore querendo pegar uma maçã.

- E como você sabe que eu caí da arvore tentando pegar uma maçã se quando vocês chegaram eu já tava boiando? - perguntei meio espantado.

- Berta Jorkins me falou - Marlene deu de ombros.

- ESPERA AÍ - berrei do nada, Emmy me encarou assustada - BERTA JORKINS? :O

- É - concordou Marlene, me olhando com medo - Por que?

Mas eu não respondi. Olhei nos meus bolsos. Nada do caderno. A única explicação é que... talvez... ele tenha ido virar comida de lula gigante.

- Hoje quando eu acordei, escutei um barulho no lustre da sala comunal e encontrei lá, no lustre, um caderno verde escrito Berta Jorkins na capa, e quando eu caí no lago, deve ter ido parar lá. Droga, eu nem descobri o que tinha no caderno ¬¬. – reclamei, fazendo beicinho.

- Coitadinho – zombou Remus – Teve uma vida dura, oh, vida dura, dura, d-u-r-a.

- Tive mesmo – concordei, lançando um olhar penetrante pro Remus -, você não sabe o que é viver com Walburga e Orion Black, meu caro. – Aleguei sombriamente.

- Ele tem razão – James partiu em minha defesa – Quando fui fazer uma visita, a primeira coisa que a tia Burga (?) perguntou foi se eu era puro-sangue. – ele fez uma careta.

- Vocês são puro-sangue? – perguntei distraidamente.

- Eu sou nascida trouxa – disse Lily dando de ombros. – Mas isso não deve ser surpresa pra vocês :D

- Eu sou puro-sangue – disse Emmy.

- Eu também – disseram Dorcas e Lene ao mesmo tempo.

- Mestiço – Remus sorriu de leve.

- Puro-sangue – alegou a voz distraída de Peter.

- Hm – murmurei.

- Você jura, Evans? – gritou uma voz masculina da porta da enfermaria. Lucius Malfoy encarava Lily com os olhos brilhando.

- O quê, Malfoy? – perguntou Lily cautelosamente.

- SANGUE-RUIM! – xingou Malfoy rindo. James agarrou a primeira coisa que viu: um estojo de primeiros socorros e jogou contra o Malfoy, mas só conseguiu atingir a porta da enfermaria; Malfoy tinha ido embora.




{x}





Narrado por; Remus Lupin





- MAS QUE ULTRAJE – gritou Lily dramaticamente, levando uma mão à testa de forma sutil. Nesse instante, eu me emputeci. Como a Lily pode dar uma de sei lá o quê (?) numa hora como essas? Mas que merda. De repente, James, Sirius, eu, Lene, Emmy e Dorcas saímos correndo atrás de Lucius Malfoy. Lily berra - ESPERA AÍ, GENTE! EU QUERO BATER NELE TAMBÉM! (6)

Eu revirei os olhos e passei a frente de James, escancarando a porta da enfermaria bruscamente. Malfoy estava correndo desesperadamente até alguma criança aí que eu não faço idéia de quem seja. James e Sirius miraram nas costas dele.

- RICTUSEMPRA! - gritou ele, ao mesmo tempo em que Sirius sacudia a varinha frenticamente e Lucius era pendurado pelos tornozelos, morrendo de rir.

- KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK (?) - ria ele, se contorcendo de risos. - POTTER! BLACK- KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK (?)

Sirius e James se entreolharam malignamente.

- O que diabos está acontecendo aqui? - perguntou uma voz autoritária.

Nós nos viramos e demos de cara com uma professora McGonagall furiosa e com as narinas esticadas, parecendo um touro raivoso. Como se soubesse o que se passava pela minha cabeça, ela me encarou com seu olhar penetrante e bufou.

- Potter. Black - sussurrou ela energicamente. - Desçam seu colega daí já.

- Mas professora...

-... ele chamou a Lily de s- daquilo...

-... daquilo que começa com s...

-... a gente só tá ensinando ele a ter bons modos...

- BASTA! - gritou tia Minnie, erguendo a varinha. Depois, percebendo seu ato, voltou a baixá-la e encarou Sirius. - Black, o que está fazendo com esse pijama no meio do corredor? Oo

- Por quê? - perguntou Sirius encarando tia Minnie suspeitosamente. - Gostooooou? (h)

OHEAHEOUHAUHOUAEHOU
Só o Sirius mesmo, numa situação como essa, Q

- EEEEI! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK! E EU AKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK-I? - berrou uma voz raivosa atrás da gente. Nos viramos, e o Malfoy ainda estava pendurado lá de cabeça pra baixo, rindo que nem um condenado.

- Ah, é - mas surpreendentemente quem disse isso foi a Minerva, AUHAUAUHAUHA - Finite Incantatem. E não senhor, Black, estava querendo saber o porquê disso. Algo contra?

E sem cerimônias, Malfoy despencou do alto e bateu no chão massageando a barriga. As lágrimas de riso ainda escorriam pelo rosto (meu reino por uma máquina fotográfica), apesar de ele nos encarar com puro ódio. As meninas apareceram por trás dele, Emmy na frente.

- ÔÔÔÔ - berrou Emmeline do nada, vindo deslizando até a gente como se estivesse surfando. - Quê que tá pegando? (H)

Ela fez uma pose de model que acentuou ainda mais os cabelos muito loiros.
Por mais estranho que isso soe.

- Srta. Vance - exclamou a professora Minerva encarando Emmy malvadamente -,se não quiser ficar de detenção com os senhores Potter, Black, Lupin e Malfoy, fique na sua.

- AAAHH - a compreensão iluminou o rosto rosado de Emmeline - Claaaaaro.

E deu um sorrisinho de anjo que não convenceu ninguém.
Eu me indignei. Não por causa do sorriso, mas puxa, quem tinha azarado o Malfoy foram o Prongs e o Padfoot! Onde eu entro nessa história? (6)

- Ei, professora! - exclamei indignado. - O que eu fiz?

- Não impediu seus amiguinhos, senhor Lupin. Por mais que seja um aluno exemplar - nesse momento, todos os presentes, inclusive o Malfoy começaram a dar tossidas que se transformavam em "CLARO, CLARO" ocasionalmente. Eu lancei um olhar mortal e eles, e as meninas se aproximaram mais.

- Quê que tá pegando? - perguntou Lene, a encarnação da curiosidade.

- É - concordou Lily vindo atrás de Lene com os braços cruzados e a expressão divertida e curiosa ao mesmo tempo -, quê que tá pegando?

- Respondam logo - acrescentou Dorcas impaciente, surgindo ao lado de Emmy, que tinha nos lábios o sorrisinho de anjo que não me enganou. Dorcas, vendo a professora Minerva, encarando todo mundo como se nada a agradasse mais do que lançar um Avada na gente agora, se apressou a acrescentar mais uma coisa; - Por favor.

E deu um dos sorrisinhos de anjo.
Que eu sei que a Emmeline ensinou pra elas.

- O que tá pegando - começou James, até então calado - é que vamos todos ficar de detenção...

- Inclusive eu - interrompi friamente. Eu ainda estava indignado. Quero dizer, agora a gente recebe detenções até pelo que não faz?

INJUSTIÇA, EU EXIJO OS MEUS DIREITOS.
LIBERDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAADE! õ/

Tá, parei.

- Que pena - emendou Sirius parecendo arrasado. Mas eu sabia que não estava. Era um truque pra professora achar que uma detenção era o bastante e não acrescentar mais coisa; - Pena, pena, pena.

- É - concordamos eu e James em uníssono. - Muita pena.

- Entendi - disse Minerva de repente, parecendo querer que a gente pare de falar a mesma coisa repetidamente. - Muita pena. Agora, senhores, vão até a minha sala depois que acabarem todas as aulas. Façam este favor. Dispensados. E... Black... Ponha uma roupa decente. o_o

- OK, professora - resmungamos antes da Minerva desaparecer pelo corredor. Olhei em volta. Todo mundo estava encarando a gente, ou melhor, o Sirius, que estava com aquele pijama de enfermaria, que é meio transparen...

- AAAAAAAAHHHHHHH - berrei de repente. - SIRIUS, VAI VESTIR UMA ROUPA, PELO AMOR DE DEUS!

Sirius olhou pra baixo.

- AAAAAAAHHHHHHH [2] ESSA PORRA É TRANSPARENTE!

E saiu correndo desesperado até a enfermaria, mas ele não foi rápido o suficiente.

- 1, 2, 3, ATACAAAR! õ/ - berrou uma voz feminina e num segundo, todas as meninas, menos Emmy, Dorcas, Lily e Lene correram atrás do Sirius.

- AAAAAAAAHHHHHHH [3] - berrou Sirius e depois eu não ouvi mais nada.

- OHAOEUHAOEUHAEOUAHOUEHAUEHAUEHUEHAEHEUHUEHAUEHAUHEAUEHUAHEUAEHAUEHAUHEU - rimos. - OHEAOEHAEHAUEOHAOUEAHEUHEAUEHAOUHAEUAHEUHAUEAHEUAHEAHEEUHAUEAH³

- Caaaaaaara, o Sirius é uma piada - riu Lene. Ela enxugou uma lágrima de riso dos olhos e se sentou no chão. Como ela tinha se sentado exatamente onde a luz do sol batia (?) de repente era como se batesse um holofote nela. A Lene era bonita, tá? Oo

- Marlene! - exclamou alguém de repente, saindo da multidão. - Que surpresa te encontrar por aqui ;)

Q

- Jura? - perguntou Lene surpresa. A essa altura, estávamos todos sentados em rodinha, com todo mundo olhando. E o James calado. Eu fiquei sabendo que ele tinha beijado a Dor, mas acho que não é isso que ele estava pensando. Tenho minhas suspeitas de que a coisa que ele estava pensando era ruiva de olhos v...

- Juro. - O rapaz que tinha falado o nome da Lene de repente como se ela fosse uma iguaria sem iguais, saiu da multidão, que eu, como o bom moço que sou, resolvi dispersar.

- Ô, CAMBADA! CIRCULANDO, MINHA GENTE! AQUI NÃO É PALCO DE SAMBA, CIRCULANDO, CIRCULANDO.

Houve um murmúrio de contradição, mas, como eu tenho a moral, todo mundo foi embora.

- Beleza - exclamou Lily de repente, depois de lançar um olhar à Lene. Nunca entendi esse lance das garotas, acho que é telepatia, ou coisa assim.

Ou não, porque se fosse, e eu e a Emmy...
ARGH, esquece. ;x

- Vamos, gente - disse ela, agarrando a Emmy por uma mão, que puxou Dorcas, que puxou James, que me puxou e fomos nós andando.




{x}





Sirius chegou ao Salão Comunal com uma roupa que não era transparente quando tínhamos saído da Sala da Minerva. Nossa detenção maligna e do mal seria ficar com o Filch um pouco (eu podia ouvir o James rezando pra ele não estuprar a gente) e depois ir pra Sala de Troféus. Seria mais útil se o Filch mandasse a gente pra Sala de Troféus, mas fazer o quê, eu não sou professor dessa escola. Informamos pra ele os acontecimentos anteriores, mas surpreendente e imprevisivelmente ¬¬ ele ligou mais pro lance da Lene do que pra detenção.

- ARGH - berrou ele desesperadamente, atraindo olhares zangados dos setimanistas que tinham de prestar N.I.E.Ms, entre eles a Enne. Ele deu tchauzinho pra ela, que devolveu, apesar de ainda estressada, e baixou a voz. - Por que a Lene foi com ele?

- Pela zilionésima quadricentésima sexagésima quinta vez (?) - murmurou James raivosamente, pousando a pena no tinteiro e enrolando o dever de Feitiços, o lacrando e o jogando na mochila - a Emmeline saiu puxando todo mundo!

- Telepatia feminina - concordei freneticamente -, eu tenho certeza. Se a Emmy não tivesse certeza que a Lene estava em boas mãos, ela teria dito alguma coisa pra Lene não ir.

- Tomara que ela não tenha ferrado com tudo - murmurou Sirius, cada vez mais pálido. Eu não entendia, não conseguia entender porque, meu Deus, o Sirius estava tão preocupado. - Por favor, que ela não tenha ferrado com tudo...

E então ele se sentou no chão e encostou a cabeça na mesinha alta que estava entre a poltrona do James e a minha. O Peter tinha sumido desde aquela hora que o Sirius estava na enfermaria. Ele agora deu de sumir toda hora, ou seja, nas horas que a gente menos espera. E ele sabe mesmo sumir, tipo, ele sai tão de fininho que acho que nem a Minerva nota.

Eu, resignado, puxei o meu livro de Poções da mochila, pedi emprestado um pedaço de pergaminho do Prongs e comecei a trabalhar. Meia hora depois, com todos os deveres prontos, e o Padfoot fazendo o dele porque eu obriguei, eu me espreguicei e olhei na direção do quadro da Mulher Gorda.

Alguém entrava por ele. Uma garota de cabelos negros e pele pálida, que cambaleava visivelmente até aqui. Ao mesmo tempo que eu soltava uma exclamação de horror, Padfoot jogou o que estava fazendo pro alto (literalmente) e correu até ela.

- Marlene - ouvi ele sussurrar, a voz muito, muito preocupada. Achei que ele ia ter um troço. Vi ele abraçar a Lene como se não se vissem há anos, mas ela fraquejou. E não por estar tonta de saudade ou coisa do gênero (?), mas porque estava com dor. Ela levou uma das mãos à barriga e quando tirou, estava suja de sangue.

- Prongs - chamei horrorizado. Mas quando olhei, James estava dormindo. Para não chamar atenção, me ergui e bati nele. James me encarou como se eu fosse louco - A Lene precisa de ajuda!

Ele olhou para o buraco do retrato automaticamente e quando viu a Lene lá, com as lágrimas escorrendo pelo rosto, ele de um salto, me puxou pela camisa e nós corremos o mais discretamente que pudemos até lá. Que bom que os setimanistas estavam absortos.

Amém, Jesus, Maria e José.

- Lene - sussurrou James, parecendo que ia ter um troço -, o que aconteceu?

- Não importa - disse Sirius, a voz tremendo; ele não desgrudou da Marlene, continuou amparando-a pelo lado do corpo. Ele parecia sustentar o peso de ambos. - A gente tem que levar a Lene pra enfermaria. Vem logo, um de vocês... Moony. James, por favor, POR FAVOR, pega a tua capa da invisibilidade e chama a Emmeline pra ela ver o que deu o conselho super amigo dela.

Eu imediatamente fui até o lado esquerdo da Marlene e a amparei.

- Ah - gemeu ela. Fechou os olhos castanhos, como se sentisse muita dor. - Vamos logo, por favor, por favorzinho.

- Vai, Prongs! - sussurrei desesperadamente, erguendo meu pé e empurrando James com ele, já que meus braços estavam amparando a Lene.

James concordou com a cabeça e correu dormitório acima. - EMMELINE VANCE, DESÇA AQUI PRA VER A COISA LINDA QUE ACONTECEU COM SEU GRANDE CONSELHO.

E a Mulher Gorda se fechou.




{x}





- Merda - sussurrou Padfoot no escuro.

Estávamos à um corredor da enfermaria, e não podíamos ser pegos, porque aí ia ferrar com tudo de vez, a Lene poderia ficar realmente doente. Automaticamente, eu encostei dois dedos no pulso dela. Fraco.

- Anda logo, Padfoot, ela tá perdendo sangue.

- Puta que pariu, sangue. - Eu também acabei de pensar nisso. Olhei por cima do ombro, mas no escuro, não vi nenhum rastro de sangue. - Foda-se, vamos logo.

- Padfoot, pára de chamar palavrão.

- Moony, vai se...

- OK, OK, parei.

Enfim chegamos à enfermaria. Padfoot chutou a porta, mas ela não abriu. De repente, Emmeline surgiu do nada, e Lily e Dorcas atrás dela, James junto com as três. Acho que eles apagaram os possíveis rastros. O rosto de Emmeline estava lavado de lágrimas e Lily parecia tão perturbada quando Padfoot, e era tanto que talvez chorar não fosse ajudar. Dorcas estava tão pálida que parecia um fantasma. Ela foi até Lene e segurou sua mão.

- Alorromora - sussurrou Emmeline sem perder tempo. Houve um clique e Dorcas rapidamente empurrou as portas.

Passamos com Lene e enquanto Padfoot a erguia e a colocava sentada na maca, Lily correu até a porta onde Madame Pomfrey dormia e deu murros nela.

- Por favor, Madame Pomfrey, a Lene... Quer dizer, a Marlene 'tá machucada, ela precisa da sua ajuda, anda logo, tia... - sussurrava Lily contra a porta, esperando que a Madame Pomfrey ouvisse.

- ARGH - sussurrou Emmeline do meu lado, me assustando; o rosto nas mãos e a ponte do nariz entre o polegar, como se estivesse sofrendo de dor de cabeça. - Essa merda é culpa minha.

- Calma, Emmy - eu falei. Me achei querendo abraçá-la; ela parecia tão mal quanto todo mundo. Segurei sua mão e ela, surpresa, olhou pra mim. - Não vou dizer que está tudo bem, porque não está, mas não fica assim, OK...

Ela de repente me abraçou. Não pude evitar, abracei-a também, uma mão acariciando seus cabelos loiros. Do nada, ouvimos um barulho e nos separamos automaticamente.

- O que aconteceu com a srta. McKinnon? - perguntou Madame Pomfrey parecendo muito perturbada.

- A gente não sabe, esse é o problema - respondeu Sirius, do outro lado da sala. Ele e Marlene estavam sentados lado á lado, os dois pálidos como se tivessem sido atacados juntos.

Sinistro, brother.




{x}





N/A; HEY GALERÁ, tudo bem? Eu não tenho muito o que falar desse capítulo, mas eu sinceramente adorei ele. Acho que do começo de Halls pra cá a minha forma de escrever mudou bastante, eu eu descobri isso lendo o começo a fic. Acho que eu devia ter vergonha dele, mas acho que não... Enfim, eu sei que falei que a fic ia ter dezesseis capítulos, pra quem leu aquele aviso ali, mas hum, se fosse assim, esse capt. teria que ser o último, e isso não ia colar nem um pouco, porque ainda tem um monte de coisa pra rolar e o ano deles ainda nem acabou Oo.

Entonce, eu não sei em que capt. a fic vai oficialmente acabar, mas uma coisa é certa: a fic tá no final. Eu sou muitão feliz com Halls, porque sem ela eu não teria conhecido tanta gente mara que eu conheço hoje, e, hm, deixa o resto pros agradecimentos ;x. Enfim, muito obrigada a quem fez um esforcinho pra dar um alô por aqui. Quem deu o alô sabe, então não preciso citar nomes. Adoro vocês.

Beijo, se beber, não dirige.
Julie Padfoot -> vinte e dois de fevereiro de dois mil e nove :*

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