TPC - Parte 2



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~> TPC (TENSÃO PRÉ-CASAMENTO) PARTE 2 – A VÉSPERA

-E aí, Ginny, Malfoy... – cumprimentou Rony, forçando um sorriso.

-Oi Rony! Oi pessoal! – respondeu Gina, sorrindo abertamente. Art deu um sorrisinho de lado.

-Oi, Gina! – disse ele. – Aqui, do meu lado...

-Ela vai sentar do meu lado, idiota. – disse Paola, sorrindo para Draco. Ela estava incrível em um vestido vermelho com detalhes pretos na borda. Draco percebeu que entre ela e Art havia duas cadeiras vazias. Cogitou por um instante sentar do lado da apanhadora, mas Rony fuzilou-o com o olhar. Acomodaram-se rapidamente.

-E então, vocês foram para o jogo, não é? – disse Chris Kramer, um dos artilheiros. – O Art fez o comentário em voz alta.

-Eu vi vocês com seu filhinho... – disse Paola. Rony tossiu.

-Filho? – disse Art, mais sério de repente. – Rony, você não me contou esse detalhe. – Rony tossiu mais alto.

-Oh, não! – disse Gina, corando de leve. – Não é meu filho.

-Ah, desculpa. – disse ela, novamente sorrindo para Draco. – Oh, você não foi apresentado aos outros!

-Não precisa, sério... – disse Draco em voz baixa.

-Ei, nerds! – ela chamou os dois que estavam na ponta da mesa, discutindo táticas de jogo. – Já repararam que temos convidados?

-Yeah, e aí? – cumprimentou Jerry de longe, sendo acompanhado por Kean. Thomas apenas levantou a cabeça, fitou Draco e Gina e voltou a perder-se nos pensamentos.

-Eles geralmente não são tão mal-educados. – disse Art.

-Sério? – perguntou Paola sarcasticamente. – Ei, vocês três! Essa aqui é a Gina, irmã do Rony e este aqui é o... Como é o teu nome mesmo?

-Draco. – respondeu ele, dando um sorriso de leve.

-E esse é o Draco! Vamos, unam-se a nós!

-Cala a boca, Paolinha, que assim fica difícil. – exclamou Kean. Todos riram de repente.

-Paolinha é a...

-Calma, meu bem, já estamos indo. – retrucou Jerry, sorrindo.

-Sabem de uma coisa? – disse ela, em voz mais baixa. – Vamos começar sem eles. – ela puxou rapidamente a carta de vinhos e chamou o garçom. – Vamos querer três garrafas desse aqui. Querem algo especial?

-Pede pra mim un macarrone! – exclamou Rony.

-E eu vou querer um... Frango à italiana. – completou Art.

-Muito engraçados... – disse Paola. – Bom, por enquanto só o vinho. Gina, eu não sei como você agüenta esse irmão!

-Eu sempre me pergunto isso... – disse Gina sorrindo.

-Você está calado demais, Tom. – disse Jerry, dando um empurrão de leve no ombro de Thomas.

-Ele vai voltar a falar rapidinho. – disse Paola, apontando para o garçom que se aproximava, com as garrafas de vinho.


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Harry entrou sem bater na pequena casa em frente ao Hyde Park. A mensagem de Vianne não era nem um pouco boa.

-Vianne? – chamou ele.

-Aqui, Harry... – disse ela, do quarto. Harry entrou sem hesitar no quarto, onde duas malas quase cheias estavam no chão, e muitas roupas espalhadas na cama. Vianne estava tirando algumas roupas do guarda-roupas quando o viu parado ao seu lado.

-Você pode ao menos explicar...

-Não posso, Harry, infelizmente... – disse ela, baixando a cabeça.

-Bom, eu vejo que você vai mesmo viajar. – disse ele, cético. – Ainda bem que você me avisou com antecedência, eu estaria preparado a essa altura.

-Harry, eu... Olha, eu não tenho escolha, meu pai precisa de mim, e... Aquela mulher está acabando com tudo o que é meu por direito, eu tenho que ir. – Harry suspirou.

-Ok. – disse, abraçando-a. – Mas tome cuidado.

-Perto de meu pai nada vai acontecer. – disse ela, dando um sorriso.

-Assim espero. – disse Harry, estremecendo.


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Gina e Paola levantaram da mesa e foram em direção ao banheiro, rindo. As duas entraram no banheiro feminino, cujas paredes eram cor-de-rosa, com os reservados com portas em um tom mais claro, e havia um grande espelho em frente a vários pufes da mesma cor. As duas se postaram em frente ao espelho e começaram a retocar a maquiagem.

-E então, Gina, o que está achando?

-Está tudo maravilhoso, Paola, obrigada pelo convite. E então, como é jogar só com homens? – ambas riram brevemente.

-É incrível. Todos acharam um pouco estranho no início, é claro, mas... Bom, já me acostumei e até que é divertido. – ela suspirou. – Pena que nem todos estão aqui.

-É, eu reparei que um dos gêmeos não está...

-É por isso que o Tom está calado. – disse Paola, seriamente. – Só ele sabe o que houve, e por quê o Mark viajou de uma hora para outra.

-Uau... – murmurou Gina. – Você os conhece bem.

-Eu jogo com a metade deles há quase três anos. – respondeu, dando de ombros. – É natural.

-Entendo. Acho muito legal.

-Você e o Draco são assim também. – disse Paola, sem tirar os olhos do espelho. – Se não chegaram ao ponto de prever as reações um do outro, bem... Não vai demorar. Está na cara.

-Ah... E, bom... – Gina pigarreou. - Você e...

-Você não é a primeira a perguntar. – disse Paola rindo. – Eu e o Art somos como ímãs de pólos iguais, por mais que nós queiramos alguma coisa... Nunca houve nada realmente... – ela deu um risinho malicioso. - Efetivo.

-Acontece com todo o mundo. – disse Gina, rindo. – Não comigo e com o Draco, mas o Rony e a Luna... Meu irmão Jorge e uma amiga minha... Sempre, depois de uma baita pressão externa... Acontece.

-Aprendi a conquistar os homens pelo estômago. – disse Paola.

-Um jantarzinho após os jogos é só uma tática, então?

-Não é porque eu nunca tive nada com o Art que eu vou desistir de outros aquecedores na minha cama, Gina. – respondeu Paola rindo. – Sério, seu irmão odeia quando eu falo algo assim, ele diz que eu uso muito os homens. – ela deu de ombros. – Isso só porque ele nunca me quis.

-É, ele meio que me alertou a respeito da sua forma de pensar... E agir. – disse Gina, dando um sorriso e saindo do banheiro com Paola.

-Olhe para aquela mesa, Gina. – disse Paola, apontando para a mesa. – Depois de três anos acompanhada desse jeito... Você passa a pensar do mesmo jeito que eu, acredite.

-Demoraram, hein? – disse Rony. Paola soltou-lhe um beijo.

-Um dia... – murmurou Art sonhadoramente. - Um dia eu descubro o que acontece com as mulheres no banheiro feminino.

-Vai dizer que já esqueceu! – disse Kirk.

-A contorcionista romena de Art Vandelay... – disse Kean.

-Um metro e oitenta de altura. – disse Jerry, rindo. – Contorcionista de um circo que foi a Londres...

-Acabaram pegando o Art e a tal mulher no banheiro feminino do restaurante. – disse Rony.

-Na verdade, eu peguei. – disse Paola, dando um sorrisinho para Gina.

-Art teve que pagar dois meses de jantar com a Paola... – disse Thomas, se unindo à conversa. – Sem receber nada em troca. – todos riram, e o time começou a comentar o fato. Gina aproveitou a oportunidade para falar com Draco.

-Você está bem?

-Sim. – disse ele, sorrindo, bebendo um gole de sua taça.

-Está tão calado...

-Nada demais, só estava pensando.

-É alguma coisa... Em Londres?

-Não é nada. – disse Draco. – Só estava pensando no que Harry disse.

-Não se preocupe, o casamento é no fim de semana. Daqui a dois dias sairemos de Nova York.

-Que horas são? – perguntou Thomas de repente.

-Hmm... Quase uma. – respondeu Draco.

-Oh, droga, o Rick vai nos esfolar. – disse Paola. – Bom, Art, vai puxando o dinheiro aí para irmos embora.

-O que é uma pena. – completou Draco, sorrindo para ela. Rony abraçou a irmã e disse, em voz baixa:

-Acho que Harry já falou com você...

-Ele ligou hoje cedo. – respondeu ela.

-Ótimo... – ele suspirou. – Tome cuidado, Gina. Por favor.

-Tudo bem, Ron. – Gina refletiu por um instante. – Você faz um favor pra mim?

-O que é?

-Leva o vestido da Luna.

-Ah... Ok. Entrego quando chegar a Londres.

-Quando...

-Dois dias. – disse o ruivo, sorrindo. – Vamos a Miami!

-Até mais, Weasley. – disse Draco, estendendo a mão.

-Te cuida, Malfoy. – respondeu Rony, apertando a mão do loiro. – Sério. Te vejo em Londres.

-No casamento. – completou Draco.


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Gina e Draco saíram andando a passos largos do restaurante. Draco quase não sentia suas pernas se movimentarem, e sua visão estava fora de foco. Ele sentiu náuseas.

-Draco? – chamou Gina, atraindo sua atenção. – Você está bem? – sem parar de andar, ele fechou os olhos e inspirou fundo, o ar gelado da noite clareando seus pensamentos por um momento.

-Acho que sim. – Gina olhou-o fixamente.

-Sério? – ela riu. – Acho que você bebeu demais e comeu de menos. Como um sonserino, com todas aquelas festas e popularidade, tem baixa tolerância ao álcool?

-Eu não bebo assim desde os dezessete anos. – ele inspirou fundo novamente, evitando olhá-la.

-Grande coisa. – retrucou ela, entrando pela porta que ele segurava aberta. – Uh, Draco é um cavalheiro! – ele não respondeu. Gina foi cantarolando alegremente uma melodia até que o elevador chegou ao andar. Draco permaneceu de olhos fechados até que o som das portas se abrindo o acordou dos seus devaneios. Ele entrou no quarto sem pressa, vendo Gina retirar os sapatos. – Merlin, esses sapatos estão me matando...

-Boa noite, Gina. – disse Draco, puxando um travesseiro para si e levando-o até a cama de armar. Estranho, pensou Gina.

-Draco... – chamou ela, agora mais seriamente. – Você está bem? – ela deu um passo na direção dele. Draco inspirou fundo novamente, e disse em voz baixa.

-Eu estou bem, foi só o vinho que confundiu tudo na minha cabeça. – Gina deu mais um passo, cautelosamente.

-E é por isso que você está calado? Em que você está pensando? – Draco deu as costas a ela, e olhou para a janela.

-É só uma... – ele refletiu. – Nada. Idiotice minha.

-Draco... – Gina deu um último passo, tocando-lhe o braço levemente. Draco estremeceu.

-Eu estou bem, Gina, vai dormir.

-Eu não saio daqui até você me explicar o que está acontecendo! Está me deixando preocupada! – Draco inspirou fundo.

-Gina, eu te imploro... De manhã eu falo com você, vá dormir antes que eu me arrependa.

-Mas... – ela não conseguiu dizer mais nada. Os lábios de Draco colaram-se furiosamente aos seus. Gina ficou estática por uma fração de segundo ainda processando a informação. Porém sentiu seu corpo agir por conta própria, entrelaçando os dedos na nuca de Draco e puxando-o mais para perto. Sentiu Draco empurrando-lhe para a cama, sem interromper o beijo. Que situação... No mínimo, bizarra.

Draco sentiu Gina ceder e cair na cama macia do Ritz. Por mais que tentasse, não conseguia parar aquilo, e sentia que Gina queria o mesmo. Merda, pensou. Não tinha controle mais sobre nada. Nem sobre si mesmo.

Gina não tinha consciência de nada, exceto das mãos de Draco percorrendo sua cintura e suas pernas. Os lábios dele começaram a distribuir beijos pelo seu rosto, descendo lentamente para o seu colo.

-Draco... Eu acho que... Não é a... Hora! – sussurrou ela, sentindo uma onda de eletricidade percorrer seu corpo. Gina percebeu que Draco não tinha entendido nada, e que ele começou a desamarrar o vestido da ruiva na nuca. Oh meu Merlin, eu não posso... Nós não podemos......

Eu tenho que parar, pensou Draco. Ele sentia como se estivesse preso nas sensações. A sensação do corpo de Gina colado no seu, os beijos e sussurros da garota próximos do seu ouvido excitavam-no como nunca. Eu preciso parar... Mas como?

-Isso está... Errado... – sussurrou Gina, sem fôlego. Draco ignorou-a novamente, descendo-lhe o vestido até a cintura, deixando à mostra o sutiã de Gina. Mas que merda eu estou fazendo, pensou o loiro, tentando a todo o custo parar com aquilo.

-Rony vai te matar... – disse Gina, puxando-o para um beijo ardente. Eu sou terrível, pensou a ruiva desgostosa. Draco deu uma risadinha, repreendendo-se por dentro.

-Ele supera. – respondeu, tirando a camisa com a ajuda de Gina.

-Isso é pecado... – disse Gina, tentando se controlar, sentindo o toque gelado de Draco em sua pele.

-Nunca acreditei no inferno. – respondeu Draco, com uma risadinha maliciosa no ouvido dela. - Só no Paraíso. – Gina inspirou fundo, buscando algum momento de clareza em sua mente, onde pudesse voltar a controlar seu corpo. Não encontrou nada, apenas o cheiro do corpo de Draco misturado ao seu perfume. Seu cérebro, porém, mandou uma imagem bem clara. Uma imagem que fez com que ela tomasse consciência de um fato importante.

-A Hermione... – sussurrou ela, advertindo-o. Draco parou por um instante.

-Não é nela que eu quero pensar. – disse ele, seriamente, aproximando-se da boca de Gina. Ela virou o rosto. Ele suspirou, e ela o empurrou. Gina arrumou o vestido da melhor forma possível, suas mãos tremiam. Draco aproximou-se novamente, e ela disse rapidamente:

-Eu não sou a pessoa certa para te fazer esquecê-la.

-Então simplesmente não me faça lembrar. – disse Draco, aproximando-se de novo, prendendo Gina pela cintura.

Gina estremeceu, e sentiu-se arrepiar ao sentir o hálito de Draco em seu ouvido. Ele puxou-a para perto, e suas mãos voltaram a procurar o corpo de Gina. Distraída pela sensação do toque, deixou-se levar por um momento, mas tomou fôlego e empurrou-o de novo.

-Não é certo esquecermos as nossas decepções dessa forma. – disse, tentando se acalmar. Estava corada, sentia o coração bater forte, o desejo a estava consumindo. Mas que droga! Isso não pode ser assim!

Draco arfava, ele também estava corado. A camisa que estava usando jogada ao seu lado. Seu corpo, ele sentia, pedia o de Gina. Mas meu coração não, ele pensou. Encostou-se na cabeceira da cama, sentindo o vento do ar condicionado bater em seu rosto, as gotas de suor frio escorrendo.

-Obrigada. – murmurou Gina. Ela arrumou o vestido e abraçou Draco maternalmente e ele dormiu antes de pensar no quase acontecido.

Ninguém sabe
Ninguém sabe, apenas eu
Que às vezes eu choro
Se eu pudesse fingir que eu estou adormecida
Quando as minhas lágrimas começam a cair
Eu espio o que há por trás dessas paredes
Eu penso, ninguém sabe
Ninguém sabe, não.


Gina sentiu o choro na garganta, mas segurou-o. Teria muito tempo para aquilo depois. Não era hora de agir feito criança, a crise que todos estavam vivendo era muito grave para que ela não fizesse nada. Sabia que era errado o que estava fazendo, mas não podia fazer nada. Não era hora.

Ninguém gosta
Ninguém gosta de perder a voz interior
A que eu usava antes para ouvir sobre minha vida
Faço uma escolha
Mas eu penso, ninguém sabe
Não, não
Ninguém sabe
Não.


Começou a acariciar levemente o cabelo de Draco. Riu de leve, sentindo-o se aconchegar em seu ombro. Estava tudo tão difícil para todo o mundo... Era bom que pelo menos um deles pudesse dormir sem ter que tomar poções para dormir sem sonhos há um mês.

Baby
Oh o segredo está seguro comigo
Não há nenhum lugar do mundo que eu pudesse ser
E baby não sinta como se eu estivesse totalmente só
Quem vai estar lá depois que o último anjo voar
E eu me perdi do caminho de casa
Eu penso, ninguém sabe, não
Eu disse, ninguém sabe.


A Hermione não merece ele, pensou. Não era justo. Mas era certo. Draco era como um irmão para Gina, ela não podia deixar que o desejo falasse mais alto. O que justificava todos os seus atos de tentar pará-lo. E sabia que, mesmo que não percebesse, era o que ele também sentia.

Ninguém se preocupa
Isto é ganhar ou perder, não como você joga o jogo
E a estrada para a escuridão tem um caminho
E sempre sabe meu nome
Mas eu penso, ninguém sabe
Não, não
Ninguém sabe, não, não, não, não.


Ninguém ia saber até o momento certo. Não conseguiu prender uma lágrima ao pensar quão próximo esse momento estaria. Teria que encarar todo o mundo de frente e contar a verdade. Mas sabia que não estava sozinha: Draco estaria do seu lado, achava. Ela esperava que não.

Baby
Oh o segredo está seguro comigo
Não há nenhum lugar do mundo que eu pudesse ser
E baby não sinta como se eu estivesse totalmente só
Quem vai estar lá depois que o último anjo voar
E eu me perdi do caminho de casa
E oh não, não, não, não
Ninguém sabe
Não, não, não, não, não, não.


Fechou os olhos, sentindo as pálpebras pesarem. Puxou de uma gaveta próxima a poção para dormir. Tomou todo o conteúdo do frasco com um só gole. Não podia demonstrar sua fraqueza para os outros. A poção faria efeito em poucos minutos. Não podia, ou não queria demonstrar essas fraquezas na frente dele. Isso só a transformava em mais humana. E era muito pior.

Amanhã eu serei o seu amigo
Eu acordarei e começarei tudo de novo
Quando todo mundo tiver ido
Não, não, não.


Lembrou rapidamente de toda a sua trajetória naquele mês até ali. Seria muito mais fácil esquecer as outras coisas quando estava com Draco. Mas as memórias voltariam com força total quando estivesse longe dele. O que Gina não queria. Teria apenas que esperar, ver até quando podia adiar essa decisão.

Ninguém sabe
Ninguém sabe o ritmo do meu coração
O que eu faço quando estou mentindo na escuridão
E o mundo está adormecido
Eu penso, ninguém sabe
Ninguém sabe
Ninguém sabe, apenas eu
Eu.



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Gina levantou cedo para ir à Alighieri. Arrumou-se sem pressa e, quando estava dando ração a Hector, distraidamente, Draco levantou.

-Bom dia, Bela Adormecida! – exclamou ela, sorrindo. Ele gemeu.

-Não amola. – resmungou. – E fale baixo, por favor.

-Ih, que mau humor... – disse Gina, sorrindo. – Tome uma xícara de café.

-Me dá um minuto? – disse ele, fazendo uma careta. – Eu tenho que pensar.

-Ou tentar, pelo menos... – zombou Gina, dando uma risadinha.

-Não grita, eu já disse. – resmungou ele. Ele fechou os olhos e tentou se concentrar. Gina fitou-o até que ele abriu os olhos, chocado. – Oh, mas que merda!

-Lembrou? Ótimo, agora toma o teu café. – disse Gina, entregando-lhe uma xícara de café fumegante.

-Gina, eu... – disse ele apressadamente. – Mil desculpas, eu...

-Olha, antes de você começar com aquele papo e blábláblá... Eu queria agradecer.

-Fala sério... – disse ele, passando a mão no cabelo. – Eu...

-Você me fez pensar. – disse ela, dando de ombros. – Eu precisava de um choque desses, sabe, pra ver se o cérebro pegava no tranco. – ela riu.

-O que eu fiz foi... Horrível!

-Eu discordo. – disse Gina, sorrindo ao ver Draco corar. – Tenho que te dizer Draco, que foi uma coisa que eu precisava... Sei lá, sentir.

-Sentir? - Será que ela bebeu hoje de manhã?

-Que eu ainda tenho controle sobre algumas coisas. – ela riu, ao ver Draco corar furiosamente. – Não isso, seu maldoso! Sentir que ainda tenho controle sobre as situações, era algo que eu não sentia desde que o Tom... Quer dizer, Voldemort passou a me controlar.

-Gina, você não entende... – disse Draco. – Nós quase cometemos um... – ele procurou a melhor palavra. – Incesto!

-Não foi você quem disse que não acreditava no inferno? – disse ela, fazendo Draco dar uma risadinha.

-Na verdade...

-A verdade nem sempre é boa, Draco. – disse Gina, pegando uma xícara de café. – O problema é o susto que a gente toma. – ela deu de ombros. – Se você estiver bem relaxado, a notícia não vai ter tanto impacto.

-Ou seja... – disse ele.

-Esteja sempre relaxado. – ela deu uma risadinha. – Nunca se sabe o que se pode acontecer nas ruas, não é?

-Nem brinque com isso. – resmungou Draco.

-O quê? Não posso passar por uma crise sem uma piadinha.

-Isso não ameniza o que eu fiz. – disse Draco, olhando para a janela, divertido. – Para me redimir, vou me jogar daqui.

-Cala a boca e bebe o café, idiota. – disse Gina. Ela não viu o aceno de Draco com a varinha; logo depois, estava totalmente coberta de água.

-Me perdoa? – disse Draco, dando um sorrisinho de lado.

-Bate e depois assopra... Tipicamente sonserino. – ela rosnou, acenando com a varinha. Logo depois, estava totalmente seca. – Volto logo.

-Tome cuidado. – disse ele, seriamente. Gina bateu a porta e sorriu ao ouvir o grito de Draco. Ainda guardava a varinha quando ele pôs a cabeça para fora, coberto de café da cabeça aos pés.

-Tchau, Draquinho... – disse ela, preparando para aparatar.

-Uma vingança três vezes pior... – disse ele, rindo. – Tipicamente sonserina.


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Sophie estava sentada no jardim oeste de sua casa. A madrugada estava fria, e ela tremia de frio e medo. Os ferimentos nos seus braços, pernas e cabeça ardiam com a Poção Cicatrizante que Markus passara. Enviara a mensagem para todos os principais integrantes do seu grupo, mas só Sirius e Jorge estavam próximos o bastante para comparecer. Ela estremeceu, pensando o quanto estivera próxima da morte. Viu dois vultos aparatarem próximos ao portão e acenderem a varinha duas vezes. Eles chegaram. Abriu o portão com um sinal da varinha. Segundos depois os dois estavam ao seu lado.

-E então? – perguntou Jorge.

-Garrett estava quase conseguindo... – ela estremeceu, fechando os olhos.

-Ele está bem? – perguntou Sirius, apenas de rotina. Sabia qual era a resposta.

-Não... Ainda está vivo, mas eu não sei até quando... Ele viu um rosto. – ela viu uma ruga entre os olhos de Jorge. Ele estava pensando sobre aquilo, deduziu. – Mas não teve tempo de me dizer. Jogaram um daqueles frascos nele.

-E você? – perguntou o ruivo.

-Eu estou bem... Aquela coisa respingou em mim. Mas não foi muito grave, vai se dissolver sozinho no meu sangue. O máximo é uma tontura, segundo o Mark. Eu aparatei e estrunchei... – ela mostrou um segundo curativo, na perna. – Mas consegui chegar a tempo. – suspirou. – A Austrália é muito longe.

-Eu devia ter ido. – disse Jorge rapidamente.

-Você não ia deixar a Hermione aqui, grávida. Eu não deixaria. – disse Sophie.

-Mas você vai casar daqui a quatro dias, Sophie! – exclamou Sirius, parecendo irritado. – Eu concordo com o Jorge, você não devia ter ido. Devia ter mandado ele. Para a segurança de todos nós.

-Olhem, Mark está vindo. – disse Jorge, interrompendo-os.

-E sobre o que é o pergaminho? – perguntou Sirius.

-Magia Negra. – ela estremeceu novamente, vendo Markus se aproximar lentamente. – Muito forte. Não dá pra competir com isso.

-Você não pode competir com isso, Sophie. – disse Markus, pondo-lhe uma manta sobre os ombros. – Pelo menos, não em alguns dias. Sophie, você está viajando três vezes por semana, ninguém agüenta esse ritmo.

-Como está o Garrett?? – perguntou ela, sem pressa. Mark balançou a cabeça negativamente. – Eu imaginava.

-Sophie, eu sinto muito.

-Não, eu entendo o que vocês estão tentando dizer. – ela deu de ombros. – Mas é muito complicado... Continuar assim. – ela baixou a cabeça para tentar esconder as lágrimas.

-Não pude fazer muita coisa. – disse Mark. – Mas agora estamos precisando de medidas drásticas, ou...

-Teremos que acabar. – ela assentiu. – Era isso o que eu estava pensando. Vocês aceitam que eu retire todos os nomes?

-Sophie...

-É necessário, Sirius. Eu vou acabar.

-Estaremos com você. Mina e Tom também. – disse Jorge.

-Então seremos só nós.

-Não precisa pensar nisso agora, Sophie, o Garrett era...

-Um primo que eu mal conhecia, Mark. – disse ela. – Meu parceiro, sim... Meu primo, sim... Eu lamento muito todas as mortes que estão acontecendo, e vou vingá-las...

-Como? – perguntou Jorge, intrigado.

-Está na hora de uma ajudinha extra. – ela pensou por um momento. – Uma não. Duas.

-E o pergaminho? – perguntou Jorge.

-O analisaremos os seis. Daqui a dois dias.


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Rony entrou no carro e colocou as malas no banco traseiro. Hermione deu a partida e os dois saíram do aeroporto.

-Uau, Ron, quantas compras! – exclamou Hermione sorrindo. – Dois dias em Miami fazem bem a qualquer um.

-Valeu por me buscar, Mione. – disse ele, sorrindo.

-Eu estava passando a noite em Londres, Rony, não foi nada. – ela olhou-o brevemente. – Aliás, foi um belo jogo.

-Obrigado.

-Luna estava assistindo conosco. – disse Hermione, dando um sorrisinho de canto. Rony virou-se de repente.

-E...

-E nada. Só assistiu. – Hermione deu um sorrisinho malicioso. – Mas ela ainda está acordada. Se chegarmos a sua casa em dez minutos, dá tempo de você ligar para ela. – Hermione apertou o pé no acelerador.

-Acordada?

-Eu passei lá para levar uns sapatos que ela tinha me emprestado...

-Às duas da manhã? – riu Rony. Hermione apertou ainda mais o acelerador. O velocímetro marcava 90 km/h.

-Eu tinha que entregar, não é?

-Uau... Eu te adoro, Hermione, quantas vezes já te disse isso? – ela riu.

-Entre cinco e dez.

-Vou ter que aumentar isso. – comentou ele, olhando para o velocímetro. Cem quilômetros por hora. – Não está indo rápido demais?

-Relaxe... – disse ela, ligando o rádio. Um rock estava tocando. Ela fez uma curva fechada em uma rua estreita e saiu em uma grande avenida. Rony reconheceu, com espanto, que era a rua em que morava há um ano. Hermione parou o carro em frente a um prédio antigo. – Boa sorte. Estou esperando o ok aqui embaixo. – o ruivo subiu os três andares correndo e pegou o telefone. Discou o telefone da casa que Luna dividia com Gina, onde Hermione ficava nas férias.

-Alô? – disse a voz sonolenta, respondendo ao primeiro toque. – Mione, é você?

-Luna? – disse Rony, sentindo-se um idiota. De repente não sabia o que dizer. – Er... Sou eu.

-Rony? – perguntou ela, parecendo desconcertada.

-É... – ele inspirou fundo. – Olha, Lu, eu sei que errei...

-Parabéns pelo jogo. – disse ela de repente, sonhadora. Rony sorriu. – Olha, eu exagerei um pouco... É que foi tudo muito... – ela suspirou. – Os Ballycastle são a sua vida, e eu não vou brigar tanto contra isso. – Rony riu.

-Luna, sua boba... Você é a minha vida. – ela ficou silenciosa um instante.

-Ronald, você sabe que...

-Eu faço qualquer coisa. – disse ele rapidamente.

-Ótimo. – respondeu Luna, com a voz risonha. – Então vem pra cá. Não aparate, ainda tenho que arrumar algumas coisas... Mas seja rápido. – acrescentou ameaçadora, desligando em seguida. Rony correu até a porta, pegando o vestido que estava pendurado na poltrona e descendo os três andares correndo.

-Hermione! HERMIONE! – gritou entrando no carro.

-Pelo visto ela deu o ok. – disse Hermione, rindo, dando a partida e começando a andar com o carro.

-Você nem imagina. – respondeu Rony, ligando o som.


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Jorge e Sirius se encontraram nas ruínas do antigo bar Cabeça de Javali. Sirius chegara primeiro, e Jorge poucos minutos depois. Os dois se entreolharam, apreensivos. Ficaram por um tempo maior que o costumeiro com aquela sensação, e tiveram que fechar os olhos por causa da claridade. Apesar de ainda ser madrugada na Inglaterra, já amanhecia na Espanha.

-Onde é a casa? – perguntou Sirius.

-Naquela esquina. – respondeu Jorge. – Vamos ter que ser rápidos, eu ainda vou ter que fazer uma visitinha a Slavier. Dar um ultimato. Ele está falando um pouco.

-Sei... – disse Sirius, desgostoso. Nunca gostara do modo como Jorge agia. Ele era muito exaltado para algumas coisas.

-Sirius... – disse Jorge. – Acho que devíamos pedir informação aos Aurores. Temos que estar equilibrados com eles... Se nós quisermos ser alguma coisa.

-Harry já está bastante envolvido nesse caso sem mais gente tentando empurrá-lo para o precipício.

-Ele não é mais uma criança, Sirius. Se ele está trabalhando nisso, é porque ele é capaz...

-Por favor, Jorge, não me faça...

-Ele só diria algumas coisas!

-Você é inteligente o bastante para saber o que eles querem. – resmungou Sirius. – Além disso, já estamos indo longe demais.

-Também não gosto nem um pouco da história dos grampos. – disse Jorge. – Eu não gosto de ouvir a Hermione sem que ela saiba. Por isso queria falar com o Harry. Para... Acabar com isso. – ele estremeceu levemente.

-Aquela é a casa. – disse Sirius, olhando a foto. – Estranho... – disse, parando. – Ele não estava nos esperando. Por que a porta está aberta?

-Oh, merda. – disse Jorge, puxando a varinha e andando na frente, lentamente. Entraram na casa, totalmente revirada.

-Oh, merda... – repetiu Sirius, irritado. O espanhol Gustavo Hernandes estava caído no chão, as falanges de três dedos cortadas brutalmente.

-Olha só o rosto dele... – apontou Jorge. – É a mesma coisa que usaram no Garrett... O sangue dos dedos ainda está fresco. Sirius, alguém esteve aqui? – Sirius assentiu. Em minutos, na sua forma de cão, já tinha farejado toda a casa.

-Tudo limpo. – respondeu. Os dois acenaram com a varinha, e em pouco tempo a casa estava totalmente arrumada.

-Vou levá-lo para Londres. Vá ver o Slavier. Tome cuidado. – Jorge assentiu e aparatou.


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Jorge abriu os olhos de repente. O Egito era horrível naquela época do ano. Sem hesitar entrou na cidade onde estavam os principais garimpeiros da região. Sem pestanejar entrou na taberna. Andou até um homem alto e magro, com barba por fazer, conversando com duas mulheres que usavam roupas minúsculas. Ele viu Jorge se aproximar e dispensou-as.

-Ora, ora, Slavier.

-É cliente? – perguntou o homem, acendendo um cigarro. – Se não for, eu...

-Sou um enviado. – disse Jorge, sentando-se sem pedir permissão. – Divertindo-se muito com os diamantes, eu imagino. – as duas mulheres sentaram-se no balcão, e acenaram para Jorge. Ele, porém, não desviou os olhos de sua presa.

-Mas que porra você quer? – perguntou Slavier, aumentando o tom de voz. Jorge recostou-se na cadeira, com um sorrisinho maroto nos lábios.

-É claro... Você está se perguntando para quem eu trabalho. – pegou uma cerveja com a garçonete.

-Eu...

-Eu trabalho para a verdade, Slavier. Para o sangue. – o homem hesitou. – Ainda não estou sendo claro?

-Eu...

-Precisamos do seu silêncio. Nós te demos alguns diamantes, é claro que não dá para fazer toda aquela festa com todas aquelas mulheres. – bebeu um gole da cerveja. - Eu acho que nós não precisamos de alguém que fala demais e é tão caro. – Jorge colocou a varinha na mesa. - Eu acho que você já viu alguém usando uma dessas... Eu tenho certeza de que você ainda quer reatar seu casamento com Mary.

-Seu filho da...

-E eu tenho uma influência incrível sobre o meu líder. – completou Jorge. – Você não quer me provocar. Nós não queremos te fazer mal, e ainda te demos dois presentinhos bem caros. Agora os seus outros amigos... Bom, eles não conseguem proteger a si mesmos.

-Eles prometeram...

-Você tem a nossa garantia, Slavier. Vai se unir a nós e ficar calado, ou quer ver Mary ser torturada e morta?

-Torturada e morta por quem? – perguntou Slavier, franzindo a sobrancelha. Jorge riu.

-É difícil acreditar que todos aqueles nobres façam isso, mas...

-Vá se foder! – gritou o homem, levantando e saindo da taberna.

-Bem, Slavier, você pediu. – Jorge jogou umas moedas na mesa e saiu, empunhando a varinha.


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Hermione acertou as contas no hotel ainda cedo, e foi de carro até a entrada do Ministério. Estacionou o carro e acionou o parquímetro, entrando em seguida na antiga cabine telefônica em péssimo estado. Sentiu um Déjà vu ao discar o velho número: seis, dois, quatro, quatro, dois.

-Bem vindos ao Ministério da Magia... Por favor, informem seus nomes e o objetivo da visita. – disse uma voz. Estranho... Por que mudariam a voz? deu de ombros e respondeu:

-Hermione Granger, visita a Harry Potter.

-Obrigada. – disse a voz de mulher. - Por favor, apanhe o crachá e prenda-o no peito das vestes.

-Isso é ridículo... – resmungou Hermione, prendendo o crachá na blusa. A médica recomendara-lhe não aparatar, por causa da gravidez. Entrou no elevador e logo chegou ao Quartel-General dos Aurores.

-Olá, Hermione. – disse uma voz grave. Ela virou-se e viu Kingsley Shackebolt olhando-a e tentando não sorrir. Kingsley era um dos Aurores na guarda de Hogwarts, e também já tinha feito vários trabalhos de pesquisa ao seu lado, na Ordem.

-Oh, olá Kingsley. – disse, sorrindo educadamente. – Qual é a sala do Harry?

-A terceira do corredor Oeste. – respondeu ele.

-Obrigada... Tonks está?

-Está de férias.

-Ah, tinha esquecido... Eu entendo. – disse. – Bom para ela, então. – ele sorriu. Hermione foi na direção indicada, e bateu três vezes na porta pequena da sala. Harry abriu a porta lentamente.

-Oi, Mione, entra. – disse, dando-lhe espaço e forçando um sorriso.

-Harry, vim pegar cópias...

-Espere. – ele fechou a porta e trancou-a. Harry encostou-se à mesa, mais alerta. – Diga.

-Eu estou com mais tempo livre, e quero te ajudar mais. Eu quero cópias daqueles bilhetes.

-É contra o protocolo, Mione. Eu acho que...

-Por favor, Harry... – disse ela. – Eu realmente preciso me concentrar em alguma coisa. Esses dois dias sem aturar aquelas pestes estão me matando...

-Sinto muito, Mione. – disse Harry, sorrindo de lado para a amiga. – Eu realmente não posso escrevê-los em lugar nenhum. Entende, nenhuma prova escrita de que estamos trabalhando com isso.

-Ok, então... – disse Hermione, baixando a cabeça. – Desculpa, é que eu estou com tempo vago na escola, e aí fico procurando alguma coisa pra fazer.

-E seus livros? – perguntou Harry rindo.

-Não sei... Quero mais adrenalina, entende... – ela riu. – Jogos de quadribol, suicidas assassinados, essas coisas.

-Ah, por falar no jogo, Mione... Uma coisa me chamou a atenção.

-E foi...

-A sua conversa com o Rafael. Não sei bem porque, mas passagens de uma peça que eu fui ver com os Dursley há muitos anos não se encaixavam na situação. – Hermione riu.

-É que eu e o Rafa brigávamos, mas ninguém ficava sabendo... Então, para fazer as pazes, a gente dizia isso. As primeiras letras de cada palavra formavam “me desculpe” e “eu te desculpo”. – ela deu de ombros. – Sabe, bobagem de adolescentes.

-Eu nunca fiz nenhuma dessas bobagens... – disse Harry.

-Ah, Harry... – exclamou Hermione. – Ok, então eu vou embora, acho que a Sophie chega a Hogwarts de noite.

-Ok, então... – disse ele. Hermione se despediu e saiu do Ministério rapidamente. Entrou no carro e dirigiu cantarolando baixinho a música que tocava. De repente, encostou o carro de novo, saindo às pressas em direção à cabine telefônica mais próxima. O número chamou duas vezes.

-A...

-Harry, sou eu. Leia o bilhete lentamente.

-Hã?!

-Por favor... Leia os dois. Acho que entendi.


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Rony abriu os olhos, sentindo o perfume do cabelo de Luna próximo ao seu rosto. A luz do sol entrava fracamente pela janela do apartamento em que ela morava com Gina. As paredes do quarto eram azuis, com alguns quadros estranhos pendurados. Sentiu-a inspirar fundo e espreguiçar-se. Abraçou-a.

-Bom dia...

-Bom dia, Ron... – ela sorriu. – Senti a sua falta.

-Você nem imagina o quanto eu senti a sua... – ele deitou de costas, fitando o teto. – Vamos para Hogwarts a que horas?

-Não sei... Ainda tenho que passar o antídoto contra suflários no meu quarto...

-E suflários são... – disse Rony, com um sorriso.

-Lesmas que atacam eletrodomésticos. – respondeu Luna. – Elas conseguem corroer o cobre dos fios sem afetar a borracha.

-Interessante... – disse Rony, segurando o riso. Sentou-se, observando-a se vestir.

-O que foi?

-Você é linda... – respondeu, beijando-a. – Ah, já ia esquecendo, Gina te mandou isso.

-É lindo! – disse Luna, sorrindo, segurando o vestido. Era vermelho, justo, com alguns detalhes brilhantes.

-É muito lindo. – disse Rony, fazendo uma careta. – Bem a cara da Gina.


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Gina entrou na Alighieri sendo recebida por Hillary. A mulher fitou Gina e sorriu.

-Seja bem vinda ao mundo da administração, querida... Já fez o relatório a respeito das lojas de Nova York?

-Trouxe hoje, ia enviar por fax ou coruja... – disse Gina.

-Pode me entregar. – disse Hillary. Gina colocou o relatório nas mãos dela. Ela folheou-o, sem prestar atenção. – E então, Gina, pretende fazer o que agora?

-Bom... Voltar ao trabalho, eu imagino. – disse Gina, sorrindo timidamente. Por que eu sempre tenho a impressão de que ela vai jogar uma cadeira em mim?

-Ótima resposta. – disse Hillary, sorrindo. – Otto estava à sua procura, mas não sei onde ele está. Vá para a sua sala, Gina.

-Vou sim, Hillary.

-Bom dia, querida... – disse Hillary, dando-lhe as costas e levando o relatório para longe. Gina deu de ombros, e entrou na sua sala, reservada para pessoas de outras lojas que viessem à sede de Nova York. De volta ao trabalho...

-Senhorita Weasley? – disse a secretária, dando duas batidas na porta e entrando.

-Oh, oi Estelle. – disse Gina sorrindo. – Não a vi quando cheguei... Algum recado?

-Não, só... Uma visita. – disse a jovem, corando de repente.

-Quem é? – perguntou Gina, parando de repente. – Ah, deve ser o Draco. - Ele continua fazendo mal aos corações das mulheres com aquele sorriso, pensou rindo consigo mesma. – Mande-o entrar.

-S-sim, senhora. – disse Estelle, encostando a porta. Gina levantou, esperando.


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Apesar de eu ser bem amado, eu estive exatamente, com atos extremamente levianos, sem moral de almejar uma outra vida triste. Espero, e talvez reze para que de imediato o que não zerou a minha vida até um tanto quanto solitária acabe transformando a solidão de alguns em atalho para a vida sobrevivente. Antes de mais silêncio na minha vida incondicionalmente afirmo que a natureza vingará esse meu ato!!!!

Quase sempre fui seu único amor, sua única esperança. Tenho tido problemas maiores que qualquer amante miserável, porém sua vida andará melhor sem mim. Tenho dúvidas, talvez não ame você, já amei mulheres melhores durante minha amada vida. Lembro de trair você muitas vezes. Ontem me repugnei desse ultraje. Seu noivo antes perdidamente eterno. Claramente irritado sem senhorita Yale. Sempre incondicional Xavier.

-Oh, DROGA! – exclamou Hermione ao telefone.

-Hermione? – disse Harry, apreensivo. – Mione, você descobriu...

-Temos que encontrar Rony e Luna, e... – sentiu um aperto no peito. – E Gina... – inspirou fundo. – Vá ao apartamento da Luna, Rony está lá, não explique muita coisa a ele, eu vou chegar em cinco... - O carro. – Droga, em dez minutos.

-Estou indo para lá. – disse Harry, batendo o telefone no gancho. Hermione desligou e ligou o telefone rapidamente. Discou o número do celular de Gina. Chamou duas vezes.

-Alô. – disse a voz de Gina, rindo.

-Gina, sou eu, Mione. Escute, você tem que voltar para cá.

-É, eu sei, Mione... Eu vou de madrugada. – Hermione ouviu a voz de Draco ao fundo.

-Gina, é urgente. Os temores estão confirmados, você e Draco estão em perigo aí. – silêncio do outro lado da linha.

-Hermione? – perguntou a voz de Draco seriamente. – Você tem certeza absoluta do que disse?

-Acabei enxergando uma coisa a mais. Voltem imediatamente.

-Estamos indo no próximo vôo. – disse Draco, rapidamente acrescentando. – Obrigado.

-Vejo vocês no aeroporto. – disse ela, desligando o telefone. Não esperou o troco da ligação, apenas saiu com o carro cantando pneus enquanto as duas frases pairavam em sua mente.

A BELATRIZ ASSASSINA.
QUEM MATA MATOU SNAPE, CISSY, SIX.



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Harry aparatou próximo à entrada do prédio onde Luna morava com Gina. Apertou o botão correspondente ao apartamento das duas, no primeiro andar.

-Quem é? – perguntou a voz sonhadora de Luna.

-Luna, sou eu.

-Harry? – o moreno ouviu a voz de Rony repetir o seu nome. – É você mesmo?

-Daqui a alguns minutos, eu e Hermione estaremos subindo. É importante.


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Sirius levantou de repente, retirando o fone e puxando o casaco. Começou a falar rapidamente:

-Eles descobriram. Mas que droga, Jorge, sua noiva é dura na queda. – Sophie e Jorge se entreolharam.

-Onde eles estão? – perguntou Sophie, retirando os fones e puxando o celular.

-Casa da Luna. – disse Sirius.

-E então, o que vamos fazer? – perguntou Jorge, já adivinhando a resposta.

-Está na hora. Vamos todos lá, contar a verdade. – disse Sophie, colando o telefone no ouvido. – Mina, está na hora. Encontre Thomas por aí e traga-o.


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Mina e Thomas aparataram juntos. Os dois já eram esperados, e Sophie tinha duas garrafas cheias de água. Antes que ambos caíssem, ela os fez beber a água que tinham perdido durante a Aparatação.

-Somos nós seis. Esqueceremos dos outros. – disse Sophie.

-Vamos, temos muito que fazer. – disse Sirius, aparatando, sendo seguido pelos outros. Apareceram na porta do prédio em que Luna morava, e subiram as escadas sem cerimônia. Abriram a porta com pressa, e entraram no apartamento onde Hermione e Harry entraram segundos antes.

-Mione, nós temos que conversar. – disse Jorge rapidamente, enquanto Mina engatilhava a arma e os outros fechavam portas e janelas.

-Mas o que... – murmurou Rony, apontando para os companheiros de time.

-Por favor, deixem a gente se explicar. – disse Mina. – É sério.

-Você chamou Gina e Draco, Mione? – perguntou Sophie.

-Hã... Já, mas...

-A casa está limpa. – disseram Markus e Thomas. Mina assentiu e postou-se próxima à porta, com a arma na mão esquerda, o indicador no gatilho.

-Vocês querem... Por favor explicar o que está acontecendo na minha casa? – perguntou Luna, com dificuldade.

-É bom, eu também estou curioso. – disse Harry, olhando com a sobrancelha para o padrinho.

-Eu preciso do Fred aqui. – ela ia puxando o celular, mas Hermione apenas pegou um pouco de Pó de Flu e jogou na lareira, acesa por Harry com a varinha.

-Fred... – chamou a castanha. As chamas ficaram esverdeadas, e Fred surgiu.

-Fred está aqui, podem falar agora. – disse Rony, gesticulando.

-O que está acontecendo? – perguntou Fred. – Sophie, eu estava te esperando em Hogwarts...

-Dá pra falar de uma vez? – disse Luna. – É o meu apartamento que está sendo invadido!

-Ok... – disse Sophie, baixando a cabeça. – Eu explico.


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Draco e Gina compraram as passagens apenas três minutos antes da decolagem. No caminho para o avião, Draco deixou uma mensagem para Jandy. Sentaram-se rapidamente em suas poltronas. Gina fechou a cortina da janela e pôs a mochila alterada magicamente no colo. Olhou para Draco e suspirou.

-Como você se sente?

-Preocupado. – respondeu ele, passando as mãos no rosto. – Isso não me parece bom.

-Concordo... – disse Gina, fechando os olhos. A mão de Draco instintivamente segurou a sua.

-Agora eu me pergunto o que houve... Hermione falou comigo, a situação é crítica. – Gina riu baixinho.

-Bom, eu acho que ela não sabe mais do que a gente.

-E é exatamente isso o que me preocupa... – disse Draco, seriamente. – A Hermione no escuro... Isso não é nada atrativo.


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-Tudo começou logo após a queda de Voldemort. – disse Sophie, com a voz firme. – Minha mãe começou a receber ameaças anônimas, mas não ligou. Ameaças faziam parte do dia-a-dia dela. – ela riu baixinho. – Então, ela não esperava muita coisa. Mas quando estava nos Estados Unidos ela foi atacada. Sobreviveu, mas ficou com medo pelo Draco, que morava lá praticamente sozinho, e é parente nosso.

-Foi quando Sophie descobriu que eu morava lá. – continuou Mina, sem sair de sua posição, apenas retirando o dedo do gatilho. – Ela me chamou, com a aprovação da Ranieri, para trabalhar com ela.

-Então... – começou Rony, mas Harry gesticulou, fazendo-o se calar. Mina inspirou fundo e continuou no mesmo tom.

-Então, eu me mudei para um lugar próximo à casa do Draco, e ficava meio que de olho nele. Quando os Ballycastle foram jogar lá, Ranieri conseguiu que eu fosse a segurança-chefe deles. – ela se calou, respirando fundo, a arma tremia levemente em sua mão.

-Ranieri e nossa mãe eram muito amigas, trabalharam juntas há anos atrás. Eu, Mark e Sophie nos conhecemos desde crianças. Quando Sophie soube que nós dois éramos formados em Medicina... E jogávamos com o Rony, ela nos chamou para o grupo.

-Ok... – disse Hermione em voz baixa. – Onde eu entro nisso? E Harry, e Sirius? – ela olhou para Jorge, que fitava Fred. O gêmeo tinha uma expressão preocupada. Ele já sabia onde a história ia dar. Hermione mordeu o lábio inferior, irritada.

-Aquela organização... Ou como vocês a chamam, máfia, não mede esforços. – disse Sophie, em voz baixa. Minha mãe recebeu informações falsas, e foi para a Alemanha, onde havia uma emboscada. Antes de ir, ela disse que, caso acontecesse... Alguma coisa a ela, eu deveria continuar.

-Sophie... – disse Fred, em voz baixa.

-Mark e Tom foram muito importantes... Se não fossem eles, eu não estaria conversando com vocês agora.

-E eram vocês quatro... Sozinhos? – perguntou Luna. Mina olhou brevemente para Sophie antes de responder.

-Sim... Estávamos indo bem, até que... As ameaças mudaram de rumo. – Sophie estremeceu levemente, e Mina segurou-lhe a mão, apertando com força. – Descobriram muita coisa. O meu paradeiro, e conseqüentemente o do Draco, sem contar que eles estavam já na cola da Ordem.

-Então Sophie pediu a minha ajuda. – disse Sirius, aproximando-se das duas mulheres.

-Sirius era quem mais podia nos ajudar. – disse Markus. – Antes, nós quatro nos revezávamos em missões... Sem contar os jogos, o emprego da Mina e a Ordem para a Sophie.

-Ele passou a viajar mais, além de ter mais autoridade na Ordem para nos manter informados.

-Você disse que as ameaças mudaram...

-Sim. – respondeu Mina, friamente. Sophie deixou cair uma lágrima. – As ameaças agora são àqueles de quem nós gostamos. – ela olhou para Rony. – Vocês. Os Weasley, principalmente, que eram nosso ponto-chave.

-Eu e Mark somos amigos do Rony, e trabalhamos com ele. Dava pra ficar de olho nele e na Luna. Harry era mais fácil, ele mora com o Sirius, e eles e Vianne sempre saem juntos.

-Mesmo sendo noiva do Fred, nós não passamos muito tempo juntos. As ameaças também envolviam a Mione e o Jorge, que vivem em Hogwarts, e a Gina, que sempre viaja. Então, nós tínhamos que chamar mais um, que ficou decidido ser o Jorge. – Hermione e Fred ficaram boquiabertos.

-E a Gina? – perguntou Harry.

-Eu viajava várias vezes para ver onde ela estava. Mas ela sabe se defender. Sem contar que... – ele parou de falar de repente.

-E... Quando vocês pretendiam abrir o jogo? – perguntou Rony.

-Nós não... – começou Mark, mas foi interrompido por Jorge.

-Nós precisávamos de mais informações, tínhamos algumas pistas, mas os Aurores estavam sempre à frente. – ele viu Sophie olhar para ele, intrigada. Mina, porém, sorriu com o canto da boca. – Tínhamos que procurar ajuda de alguma forma. Mas não era a hora. – completou, olhando para Sirius, esperando que ele contasse.

-A magia é facilmente detectável por quem conhece. – disse Sirius, em voz baixa. – Mas os métodos trouxas...

-Eu não... – começou Hermione. – Vocês tiveram a audácia...

-Era necessário, Mione! – exclamou Sophie.

-Necessário? – perguntou Harry, irritado.

-O que era necessário, bisbilhotar a nossa vida? – perguntou Rony.

-Se eu estivesse bisbilhotando, Ron... – disse Mina. – Eu não estaria segurando essa arma. Nós estamos salvando as suas vidas! – Markus apoiou a mão no ombro de Mina.

-Vai com calma, Mina. – advertiu Tom.

-Espero que vocês tenham algum motivo... – disse Hermione.

-Vocês têm que entender que isso tudo é por sua causa. – disse Mina, mais calmamente. – Nós estamos nos envolvendo nisso porque nos preocupamos com vocês. Mesmo que... – ela lançou um olhar significativo a Rony.

-E a situação é... – disse Harry.

-A sua gravidez, Mione. – respondeu Jorge. – Eles descobriram. – todos fizeram silêncio.

-Isso é... Assustador. – respondeu Hermione, em voz baixa, pondo a mão no ventre.

-Precisamos que você diga, Hermione. – disse Mina.

-Eu tenho que esperar Draco e Gina. – disse ela, respirando fundo.

-Não minta pra mim, Mione... – disse Sophie, em voz baixa. – Você não pode, lembra?

-Ta legal, quer que eu realmente diga o que eu estou pensando? – exclamou a castanha. – Eu não me sinto pronta para confiar em vocês!

-Uma hora nós vamos descobrir, Hermione. – disse Markus lentamente.

-Pode ser da pior forma possível, garota. – completou Mina, irritada. Thomas levantou a sobrancelha. – Qual é, não me censure por isso!

-É... Sua prima, Sirius. A vadia da Belatriz. – Sirius arregalou os olhos, estremecendo em seguida. Jorge apenas cerrou os punhos, com raiva.

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DRACO MALFOY

É muito chato ser um Malfoy, às vezes. Pelo menos quando você é criança. Tudo é restrito a apenas uma coisa: servir ao Lorde das Trevas. Aprendi a duelar para servir ao Lorde das Trevas, aprendi a lutar esgrima para servir ao Lorde das Trevas. A minha família (se é que aquilo era uma família) só tinha uma obsessão (nenhum prêmio para quem adivinhar): servir ao Lorde das Trevas. Claro, como filho único, sangue-puro e tudo o mais, eu sempre tive que ser assim. Sempre fui educado, ou treinado, para ser um capacho do Lorde das Trevas. Aprendi a ser parte da maior escória da Grã Bretanha: o “seleto” grupo de Comensais da Morte.

Só no sétimo ano (quando eu podia ter sido condenado a Azkaban por quase matar Dumbledore) eu percebi o quanto eu estava perdendo por causa disso. Eu estava me prejudicando apenas pelo que todos diziam que seria um prazer: servir ao Lorde das Trevas. Claro, ele era quem podia dominar o mundo, mas... Eu seria o quê depois disso? Ou seja, de volta àquele papo de “Malfoy, egocêntrico e blábláblá”. Sinceramente, sempre fui e sempre serei um tanto egocêntrico sim. Foi quando eu percebi que ganharia mais do outro lado. E ganhei.

Conheci a melhor pessoa do mundo inteiro. A escória se uniu à nobreza. Conheci Gina Weasley, minha melhor amiga. Ela me fez entender que eu não estaria totalmente sozinho, e depois de um tempo, que ela estaria comigo para o que der e vier. Isso foi um erro muito grande. Mas eu cometi o pior: acreditei nela.



OBS.: Oláá amores!!!!! Demorei *faz cara cínica*? Mas ok, foi uma demora BRUTAL, daquelas que eu odiaria se estivesse no seu lugar! Mas não precisa mandar Crucios, o capítulo está aí! Bom, muito legal, eu realmente adorei escrever (manuscritamente (?), digitar foi péssimo, por isso demorei, ele ficou pronto em uma semana, e eu ainda nem tinha postado o cap 3 qnd acabei) o capítulo. Bom, ainda não tenho opinião formada sobre isso, mas vou fazer as respostas dos comentários daqui a alguns dias. Bom, estou indo, daqui a algum tempo venho com as respostas e algumas explicações e novidades!!!

Ah, claro, e agradecendo à Monique Marquine, que me acobertou na aula, quando eu estava escrevendo!!!!!

Bom, beijinhos girls!!!

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