Meia verdade



~>MEIA-VERDADE


 


  -Eu não acredito! – sussurrou Sophie, em voz baixa. Na grande mesa apenas estavam alguns membros da Ordem da Fênix, que permaneceram para tratar do ataque. – Vocês deviam ter nos chamado!


 


  -Eles eram poucos, Sophie, dá para relaxar um pouco e deixar a gente comer?


 


  -Não, não dá para relaxar simplesmente. Olha o seu braço! – exclamou a loira irritada, apontando para a atadura que envolvia o braço de Gina.


 


  -Ok, nós não te chamamos... O que está feito está feito. Agora respira fundo, Sophie, e relaxa.


 


  -Ela está certa, Gina, foi irresponsá... – começou Fred, mas Gina o interrompeu.


 


  -Irresponsável é o caramba! Você queria que eu interrompesse você e ela? Chegasse lá no quarto bem na hora H? – Fred corou.


 


  -Nesse ponto a Gina tem razão. – disse Draco. – Seria no mínimo constrangedor.


 


  -Draco! – censurou Sophie. – Olhem, se um de vocês tivesse morrido...


 


  -Ninguém morreu! – praticamente gritou Gina, fazendo a mesa toda olhar para eles. Mina deu um sorrisinho. A ruiva ignorou, irritada. – Olha, você está tirando o meu apetite com essa neurose toda.


 


  -Não é neurose, Ginevra. – sibilou Sophie com raiva. – Eu estou sendo consciente!


 


  -Ser consciente é querer deixar meu irmão feliz. – disse Gina. – Eles eram poucos. Tínhamos bons duelistas. Nem toda a guerra está girando ao seu redor.


 


  -Eles são enviados de Belatriz especialmente para matar a todos, já parou para pensar nessa hipótese?


 


  -Já, então...


 


  -Percebeu que eles queriam te matar? – Sophie suspirou. – Você está agindo como uma criança que...


 


  -Eles não eram assassinos. – disse Gina em um tom mais alto. – Você acha o que? Que o exército de Belatriz é um bando de bruxos comuns? Já parou para pensar nessa hipótese? – suspirou. – E ainda vem me chamar de criança.


 


  -Senhorita Weasley, o que a senhora quis dizer exatamente com isso? – perguntou Minerva McGonagall do outro lado da mesa. Gina percebeu que todos tinham os olhos fixos nela.


 


  -Raciocinem comigo. – ela mastigou e engoliu rapidamente uma torrada. – O que Belatriz ganharia enviando os melhores soldados agora, se ela não tem muitos?


 


  -Como você sabe que ela tem poucos soldados, Gina? – perguntou Mina.


 


  -Dedução. – deu de ombros. – Mesmo para um ataquezinho como esse, ela podia ter alguns melhores do que esses, não acha?


 


  -Então como você se feriu no braço? – questionou Hermione, fitando-a nos olhos. Gina arrepiou-se; ela sabe.


 


  -Descuido meu. Agora eu posso comer em paz? – pegou o prato e levantou, resmungando, sentindo o olhar inquisidor de Hermione.


 


 


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  Gina entrou em uma sala vazia resmungando irritada, segurando um prato de torradas e biscoitos. Sentou-se na cadeira do professor e começou a comer rapidamente, pensando nas perguntas que haviam lhe feito. Não podia ser mais descuidada a esse ponto. Não podia envolver Hermione ainda.


 


  -Como está o braço? – perguntou Rafael, entrando na sala com um sorriso.


 


  -Ótimo... Só foi um pouquinho de sangue, nada demais. – ela apontou para o prato. – Servido?


 


  -Já comi mais cedo, obrigado. – ele sentou-se ao lado de Gina em silêncio. Ela ficou parada, apenas olhando para a janela, pensando. Por fim, fitou-o nos olhos.


 


  -Olha... Isso tudo é muito constrangedor. – disse a ruiva. – Já somos adultos, temos que lidar com isso na base das decisões racionais.


 


  -Decisões racionais? – riu Rafael. – Você está de brincadeira?


 


  -Não! – disse Gina. – Temos que expor nossos pensamentos e achar a melhor solução para nosso dilema, seja ele salarial ou no relacionamento com os colegas de trabalho.


 


  -O quê? Você está bem?


 


  -Foi uma palestra que eu assisti uma vez... Mas isso não vem ao caso. O que você está pensando? Vamos achar uma solução racional para isso.


 


  -Eu não sei muito sobre essa tal palestra... – disse Rafael, aproximando-se de Gina. – Mas se é pra expor meus pensamentos, lá vai... Embora eu ache que o que eu estou pensando não é nem um pouco racional.


 


  -É? – disse Gina, sorrindo maliciosamente. – E... O que seria isso nem um pouco racional?


 


  -Não sei explicar direito o que acontece depois... Mas começa assim. – e beijou-a ardentemente. Gina afastou-se, buscando ar. Estava muito vermelha.


 


  -Bom, isso não vai terminar aqui, não é?


 


  -Você é quem sabe... – disse Rafael, abraçando-a, e buscando outro beijo. Gina parou-o, com um sorriso.


 


  -Vamos dar o fora daqui logo. – os dois riram, e Gina o puxou pela mão até as masmorras.


 


 


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  Hermione entrou na biblioteca. Cumprimentou Madame Pince e sua jovem assistente, sentadas no balcão. Foi diretamente à Seção Reservada, sentindo a familiar comichão nas mãos ao chegar àquela área. Quando procurava respostas para perguntas que ainda não conhecia, gostava de ler títulos aleatoriamente para forçar algum pensamento. Dessa vez, procurava algo relacionado a uma palavra em especial. Viu alguns títulos, mas o que mais lhe chamou a atenção foi:


 


Juramentos de morte: o sangue derramado


 


  -Fazendo pesquisa? – perguntou Draco ao seu lado. Hermione escondeu o título e fitou-o incrédula.


 


  -O que você quer aqui?


 


  -Você não queria conversar comigo? – ele sorriu presunçoso. – Perguntar algo, talvez...


 


  -Sim... – Hermione pensou no motivo que a levara até ali.


 


  -Sou todo ouvidos. – disse Draco, encostando-se a uma estante em frente a uma mesa.


 


  -Por que vocês não chamaram os outros?


 


  -Por que você não chamou os outros? – rebateu ele. – Você estava dentro do castelo.


 


  -Eu chamei. Mas vocês não queriam isso, ou estou errada? – ela viu-o vacilar rapidamente, mas logo ele se recompôs. Prendeu um sorriso. O jogo estava virando, ela sentia.


 


  -É a mesma coisa de perguntar por que você me obedeceu. – ela vacilou. Não esperava aquela resposta. Deu de ombros.


 


  -Bom senso?


 


  -No seu caso, com um acréscimo...


 


  -Qual?


 


  -Vulnerabilidade. – disse Draco, dando um sorriso torto.


 


  -Ah, certo... – ironizou Hermione. – Então tenho outra pergunta. Por que você e Gina esconderam de todos que Belatriz esteve aqui?


 


Toda essa curiosidade
Que você tem pelo que eu faço
Eu não gosto de me explicar
Eu não gosto de me explicar...




  -Nós... – ele parou, desconcertado. Hermione apoiou as mãos na mesa, sorrindo.


 


  -Eu estou sentindo uma ponta de vulnerabilidade, Malfoy? – ela mordeu o lábio inferior para reprimir o riso. – Que peninha... – deu as costas, mas antes que pudesse sair ele a prendeu pelo braço. Ela não se virou. Ele aproximou-se lentamente.


 


  -Não me provoque...


 


  -Eu não preciso te provocar... Você faz isso sozinho. – disse ela, fazendo-o sorrir. Desvencilhou-se e voltou a andar, mas Draco a virou de repente, fazendo-a olhar em seus olhos. Empurrou-a com as costas de encontro à estante.


 


Toda essa intensidade
Buscamos identidade
Mas não sabemos explicar
Mas não sabemos explicar...



  -Você tenta parecer resistente... – ele roçou o nariz pela bochecha dela, enquanto sussurrava. – Mas essas barreiras caem com um simples toque...


 


  -Me deixe sair. – disse Hermione simplesmente, tentando não ofegar. Draco ignorou-a, aproximando os lábios da orelha da mulher. Sussurrou:


 


  -Você me quer, Hermione... – ele encostou sua testa à dela, inspirando seu cheiro. – Eu só vou ceder a você totalmente quando você admitir em voz alta para mim.


 


  -Espere sentado. – disse ela, tentando se manter sóbria. Aquilo era inebriante.


 


  -Acho que não vai demorar tanto quanto você quer... – Draco aproximou ainda mais o rosto do de Hermione e fechou os olhos, encostando os lábios levemente nos dela. Hermione sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo enquanto sentia o cheiro, o gosto com os quais vinha sonhando desde que os dois se separaram. Ele se afastou e sorriu.


 


Se paro e me pergunto
Será que existe alguma razão
Prá viver assim
Se não estamos
De verdade juntos...



  -Seu... Idiota. – Hermione sabia que não se dirigia a ele. Sentia-se uma idiota por ter correspondido a ele. Ela sempre correspondia. Sempre estivera à mercê de Draco.


 


  -Admita que você gostou. Que você gosta. – ele ainda sorria. – Admita que você sonhou com isso durante todos os dias em que estivemos separados, Hermione. Admita que você...


 


  -Admito sim. – ela sentiu as lágrimas encherem seus olhos, mas se segurou. – Mas agora admita que você sempre esteve melhor antes de estar comigo... Que quando nos separamos você viveu muito melhor do que naqueles meses que eu estive ao seu lado. Pois isso se aplica a mim, Draco. Foram os melhores e piores meses da minha vida. O melhor é ficarmos longe um do outro. – Draco sentiu o golpe logo de cara. Ele sabia que ela sentia isso. Mas nunca quis acreditar.

Procuramos independência
Acreditamos na distância entre nós
Procuramos independência
Acreditamos na distância entre nós...



  -Então seu pensamento não mudou durante esses anos, eu imaginei...


 


  -Nunca vai mudar, Draco. – ela tentou sair, mas ele continuou a prendendo.


 


  -Tem coisas que não mudam, Hermione... – ele falou rápido. – Coisas boas que nunca mudarão. O que nós sentimos um pelo outro... Ainda existe. Ou até isso você vai negar? – ele suspirou. – Eu aceito o que você quiser, mas só quando eu tiver certeza absoluta de que você não gosta mais de mim. Me faça acreditar nisso, que eu vou embora.



Toda essa meia verdade
A qual temos nos conformado
Só conseguimos nos afastar
Nós aprendemos a aceitar...



  -Eu não posso dizer isso nunca... – ela soluçou. Draco afastou-se, mas Hermione continuou ali. – Mas não é a mesma coisa de antes. Eu tenho um futuro no qual pensar. Eu estou grávida, e você não pode mudar isso... Eu vou me casar, e...


 


  -Isso foi devido aos nossos erros. – disse ele, de cabeça baixa. – Eu queria dizer tantas coisas, mas não posso...



Tantas coisas pela metade
Como essa imensa vontade
Que não sabemos explicar
Que não sabemos saciar...



  -Por quê? – perguntou Hermione de repente. – Por que você estava agindo desse jeito comigo?


 


  -Você não me deixa acreditar em tudo... – ele riu desgostoso. – E eu não posso te contar algumas coisas que te fariam acreditar em mim... Apenas o fato de estar perto de você me deixa mais vulnerável... – ele revirou os olhos. – É, isso é uma pontinha de vulnerabilidade.


 


Se paro e me pergunto
Será que existe alguma razão
Prá viver assim
Se não estamos
De verdade juntos...


  -Não dá para ficar assim... Não dá para ficar desse jeito inacabado, Draco. Não posso continuar assim. Eu vou pensar no meu futuro... – Hermione saiu da sala levando os dois livros. Draco sentou-se em uma das cadeiras e relaxou o corpo. Murmurou para o vazio:


 


  -O meu futuro acabou de sair por aquela porta.

Toda essa curiosidade
Toda essa intensidade
Toda essa meia verdade
Tantas coisas pela metade
Toda essa curiosidade
Toda essa intensidade...


 


 


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  Gina estava fazendo carinho em Hector quando viu Draco entrar na sala comunal e sorriu. Odiava ficar naquela masmorra sombria sozinha.


 


  -Bom dia, brilho do sol! – exclamou. Draco olhou-a inexpressivo.


 


  -Já vai anoitecer, Gina. O sol vai embora daqui a pouco.


 


  -Que mau humor! Isso não faz bem pro coração, sabia? – disse Gina, irritada. – O que aconteceu pra acabar com aquela alegria toda? – Draco franziu a sobrancelha.


 


  -Que alegria toda? – ele sorriu de repente. – Ah, já entendi... Rafael esteve aqui.


 


  -Não vamos entrar em detalhes, ok? – ela corou levemente, recompondo-se rapidamente. – E então, não fuja do assunto. O que aconteceu com você?


 


  -Eu encontrei a Hermione. – Gina sorriu, sentando-se no sofá rapidamente, com as pernas dobradas.


 


  -Conte tudo! – Draco franziu a testa, sentando na poltrona.


 


  -Isso você diz às amiguinhas femininas, não?


 


  -Pare de enrolar, Malfoy. Desembucha. – Draco suspirou e começou a falar, olhando para a lareira sempre acesa da masmorra.


 


  -Foi na Seção Reservada. Ela estava olhando alguns livros, e eu cheguei e começamos a conversar...


 


  -Conversar como? Normalmente?


 


  -Ela perguntou por que nós não chamamos os outros que estavam no castelo na hora do ataque... Eu respondi dizendo que era a mesma coisa de perguntar por que ela me obedeceu. A resposta foi bom senso, mas eu provoquei, dizendo que no caso dela era mais vulnerabilidade.


 


  -Uau... – disse Gina. – E aí?


 


  -Bom, nós nos beijamos, e...


 


  -O QUÊ?! – gritou Gina de repente. E começou a rir. – Draco, você está me saindo melhor que a encomenda!


 


  -Por quê? – ele olhou-a divertido. – Você bebeu algo além da conta hoje?


 


  -Vou ignorar a pergunta. – retrucou Gina, ainda rindo. – Bom, você disse o que a ela?


 


  -Basicamente que ela ainda me quer, que ela ainda sente algo por mim...


 


  -E depois disso vocês se agarraram...


 


  -Foi só um beijo. – disse Draco. – Mas depois ela me fez pensar. Ela disse o que eu sempre soube, só que eu nunca quis acreditar. Que nós estávamos melhores separados.


 


  -Se ela não estivesse grávida, eu juro pelo calção de banho de Merlin que eu dava um bom tapa na cara dela! – Draco riu. – Sério. Ela não está nem um pouco melhor, disso eu tenho certeza.


 


  -Gina, eu vou desis...


 


  -Não diga isso. Você pode ser cego o bastante, mas eu não sou. Ela nunca estaria bem longe de você, dou a minha palavra.


 


  -Não me faça alimentar esperanças, Gina. Mas não é com isso que devemos nos preocupar agora. Ela sabe que Belatriz esteve aqui, e não vai largar do nosso pé até descobrir mais a respeito.


 


  -Isso é mau... – resmungou Gina. – Não, isso é péssimo. A Mione tem que ficar quietinha no canto dela. Nada mais do que isso.


 


  -E ela vai muito fazer isso... – ironizou Draco.


 


  -Draco, me escute com atenção. – Gina se aproximou dele, fitando-o nos olhos. – Esse foi só o começo. Eu ponho minha mão no fogo se nas próximas duas semanas Belatriz não fizer alguma coisa pra afetar você ou Hermione. Pelo amor que você tem por ela, não a deixe fazer nenhuma besteira.


 


  -Por que ela estaria se focando na Hermione?


 


  -Porque ela percebeu, há dois anos, que ela é a sua segunda maior fraqueza.


 


  -Segunda? – Draco não conseguiu se segurar e riu. – E qual é a primeira?


 


  -Eu, é claro! – disse Gina, como se explicasse que dois mais dois eram quatro.


 


  -Modesta...


 


  -Eu estou falando sério dessa vez. Belatriz vai tentar atingir Hermione de alguma forma. E acho que não vai ser algo muito bom. – disse Gina, séria. Draco tentou achar graça, mas por algum motivo não conseguiu.


 


  -Agora considerando a hipótese de que a minha maior fraqueza é você... Por que ela não tenta te atingir? – Draco pretendia fazer uma brincadeira, mas surpreendeu-se ao ver o olhar de Gina. Parecia conformado... Mas assustado.


 


  -Ela ainda não sabe... – disse Gina, olhando para a lareira. – Mas uma hora vai saber. Não vamos pensar nisso por agora.


 


 


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  Mina aparatou no Ministério da Magia. Foi diretamente ao local indicado, já com a papelada devidamente preenchida. Pensou em como seu pai estaria feliz (estaria mesmo?) com a sua decisão.


 


  -Boa noite, senhorita Scrimgeour. – disse o rapaz no balcão. Ela apenas acenou com a cabeça, entregando-lhe o envelope. O homem acenou com a varinha, fazendo com que todos os papéis fossem para seus devidos lugares, dividindo o espaço apenas com os de Cornélio Fudge.


 


  -Obrigada. – assinou nos lugares indicados e saiu, a passos largos. Desceu alguns andares até chegar onde queria. A placa dourada dizia: GABINETE DO MINISTRO DA MAGIA. Entrou, e uma moça loira veio atender-lhe. Tentou ser gentil.


 


  -Gostaria de falar com Cornélio. Ele está?


 


  -A senhorita tem hora marcada? – perguntou a jovem.


 


  -Eu não preciso de ordem marcada, queridinha. – disse Mina, começando a se irritar. – Apenas diga a ele que Mina Scrimgeour o procura. Ele sempre terá tempo para mim. – a mulher, a contragosto, falou com Fudge.


 


  -Pode entrar. – Mina assentiu e entrou sem bater. Fudge estava sentado na cadeira de costas para a janela, a cadeira do Ministro. Ele enxugava a testa com um paninho quando Mina sentou, de frente para ele, separada pela mesa.


 


  -Boa noite, Mina. Aceita uma bebida?


 


  -Não tenho tempo para isso, Cornélio. Só vim avisar que está feito.


 


  -Você vai se arrepender de não ter se aliado a mim quando podia, garotinha. – disse ele, aparentando ser mais corajoso do que era. – A política é brincadeira de gente grande.


 


  -Você é quem vai se arrepender de ter se posto em meu caminho. Veremos quem ficará com esse gabinete.


 


  -Veremos. – ele apontou para a porta. – E essa é a hora em que você vai embora.


 


  -Ainda tenho uma proposta a te fazer. – disse Mina. – Você ainda pode ser meu aliado. – ele riu alto.


 


  -Uma pirralha como você?


 


  -Eu estou te dando a dica, Cornélio. Renuncie e...


 


  -Você se atreve a pedir... – começou ele, mas Mina falou mais alto.


 


  -Renuncie e saia por alto. Essa campanha pode ser a sua ruína, e você sabe disso. Você sempre soube, desde a morte de meu pai. Nós dois sabemos que eu vou ganhar essas eleições, Fudge. Renuncie e você vai levar metade do crédito do que eu fizer. Quem avisa amigo é.


 


  -Eu dispenso a sua amizade, Scrimgeour. – rosnou ele. Mina sorriu.


 


  -Você vai se arrepender. – levantou e, dando as costas a Fudge, saiu andando. O Ministro olhou para a porta por um tempo, depois jogou com força um jarro na parede. Ele sabia que não podia vencê-la.


 


 


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  Jorge, Sophie, Mina, Markus, Thomas e Sirius estavam reunidos na Sala Precisa. Sophie tremia; mais uma má notícia.


 


  -Nós deixamos passar alguma coisa. – começou ela, tentando se controlar. Já não agüentava mais; era muita pressão.


 


  -Sei que eles conseguiram entrar nos terrenos, mas... – começou Sirius, mas Sophie o interrompeu.


 


  -Não é isso. – ela jogou um jornal na mesa. – A segurança de nossas testemunhas não pode falhar tanto! - ela sentou-se. – Quem foi o último a fazer a segurança de Slavier?


 


  -Jorge. – disse Sirius, puxando o jornal para ver a notícia com mais precisão, Jorge parado ao seu lado.


 


  -Perdemos Slavier, não foi? – perguntou Mark calmamente. Sophie assentiu.


 


  -Eu assumo a responsabilidade. – disse Jorge, em voz baixa. – Eu o segui, mas ele sumiu...


 


  -Tudo bem... Ele já estava vendido há muito tempo. – disse Mina, apoiando a mão no ombro de Jorge.


 


  -Eu sei, mas... – disse Sophie, massageando as têmporas. – Eu pensei muito nisso... Slavier era nossa testemunha, eles estão invadindo o nosso mundo... E só há uma conclusão lógica para isso tudo. Há um traidor entre nós. – ela fitou os olhos de cada um. – Eu tentei desconsiderar isso o máximo possível, mas é a única posição racional que eu tenho sobre o assunto.


 


  -Temos que tomar medidas de segurança... – começou Tom, mas Mina interrompeu-o.


 


  -Vamos todos tomar um belo gole de Veritaserum... É o mais prático. Então logo depois matamos o traidor e continuamos nossa vida.


 


  -É uma decisão muito precipitada, Mina. – disse Sirius calmamente. – Pode haver enganos, e isso não seria bom. Deixe que Sophie mostre algumas medidas de segurança, por enquanto é o melhor a fazer.


 


  -Ajam por conta própria. – disse Sophie. – Guardem alguns detalhes só para vocês sempre. Não se deve confiar em ninguém, nem mesmo entre vocês, Thomas e Markus. Não queremos adiantar os planos de Belatriz, sejam lá quais forem. Só façam algum comentário quando conseguirmos capturar esse filho-da-mãe.


 


  -Sophie, e o pergaminho? – perguntou Jorge. Todos os olhares foram de Sophie para Jorge.


 


  -Não podemos abri-lo ainda. Não com essa desconfiança. – disse ela. – Ah, isso vai nos atrasar muito.


 


  -Você já... O leu? – perguntou Tom.


 


  -Não... – suspirou Sophie, cansada. – Não quero dar a chance de ninguém achar as informações invadindo a minha mente.


 


  -Ela está certa. Vamos manter tudo o mais secreto possível. – disse Sirius. Todos começaram a levantar, mas Mina disse:


 


  -Amanhã, não esqueçam de ler os jornais. – Sophie riu.


 


  -Vindo de sua mente malévola, Mina, eu tenho até medo das manchetes.


 


 


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  Sirius entrou na sala de Minerva McGonagall no dia seguinte à reunião sem bater. Encontrou-a sentada ao lado da lareira, tomando uma xícara de chá. Aparentava cansaço.


 


  -Que chamado é esse a essa hora da manhã? – perguntou risonho.


 


  -Eu também senti a presença dela, Six. – disse a mulher, passando a mão pelos cabelos grisalhos. – Na noite do casamento, antes da cerimônia... Foi muito real... – suspirou. – Ela estava próxima. – Sirius parecia confuso, mas disse:


 


  -Eu te disse, ela sempre está próxima. Você não acreditou em mim quando eu contei, Minerva. – a mulher suspirou novamente, reprimindo um bocejo.


 


  -Eu sei que você tentou me avisar várias vezes, mas eu não sentia, entende... Eu não senti a morte dela. Eu percebi que deixei a minha melhor amiga de lado, Sirius.


 


  -Minerva... Você realmente pretende entrar nessa busca?


 


  -Ela é a minha melhor amiga... Ou era, não sei mais... Só sei que, enquanto houver uma mínima chance de a Cissy estar viva, eu não vou desistir. – Sirius baixou a cabeça.


 


  -Draco a viu morrer... Vocês a enterraram, as chances... – ele torcia as mãos.


 


  -Vivemos em uma época de coisas impossíveis. – ela riu fracamente. – Você é prova viva disso.


 


  -Você não parece convencida.


 


  -Eu estou ficando velha, Sirius... O mundo está de pernas pro ar, uma mulherzinha de quinta categoria está me ameaçando... Isso uma hora vai cair como um peso enorme em cima de mim. Eu não me sinto forte o bastante para isso. Eu não sei se agüento outra batalha.


 


  -Você não devia mais ficar se esforçando esse jeito. A situação...


 


  -Eu não abandono a batalha. Nunca. Só quando morrer.


 


  -Você vai acabar trazendo isso mais cedo. Nós precisamos da sua liderança, Minnie. – ele chamou-a pelo apelido que usavam quando estudavam em Hogwarts, fazendo-a sorrir. – Nós vamos precisar de você por muitos e muitos anos.


 


  -Queira Merlin que vocês não precisem de mim, pois eu vou lutar. Lutar para salvar as pessoas. Foi para isso que eu nasci.


 


  -Se você perceber que isso é loucura... – ele olhou para as chamas, pensativo. – Eu encontrei a Cissy, Minerva. Ela está sempre conosco... Nas lembranças. – acrescentou.


 


  -Há a hipótese de ela estar viva, eu sei. Devíamos pedir permissão ao Draco para abrir o túmulo.


 


  -Você acha mesmo que ele vai permitir?


 


  -Contaríamos...


 


  -Não. – disse Sirius rapidamente. – Esperanças frustradas são tudo o que ele menos precisa. – ele levantou e pôs a mão no ombro da amiga. – Vamos deixar a Narcisa descansar.


 


  -Sirius Black nunca diria isso. – disse Minerva, franzindo a testa.


 


  -Eu estou tentando acabar com as minhas próprias esperanças. – ele foi até a porta e abriu-a. – Sugiro que você faça o mesmo.


 


  -Eu farei... – ela sorriu para Sirius, que saiu. Amarrou a cara. – No dia em que eu morrer.


 


 


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  Mina acordou no dia seguinte sorrindo abertamente. Estava feito, e provavelmente todos os que receberam o Profeta Diário naquele dia já sabiam, pensava enquanto via sua própria foto no jornal sorrindo para ela. Ou seja, todos os que estavam em Hogwarts já sabiam. Arrumou-se rapidamente e desceu para o café da manhã. Quando descia as escadas, encontrou Harry. O moreno parou-a no meio da escada.


 


  -O que você fez? – ele riu. – Ah, Fudge deve estar uma fera.


 


  -O que você achou? – perguntou ela, sentindo um frio na barriga. Era a primeira opinião que recebia a respeito da candidatura, sem contar a de Cornélio Fudge.


 


  -Sinceramente? Um ato genial... Mas perigoso. – ele fechou o sorriso. – Você sabe que, com isso, vai atrair todas as atenções do mundo bruxo pra você, não é?


 


  -Sei.


 


  -Inclusive de Belatriz. – disse Harry, sério.


 


  -Eu estava profundamente ciente disso quando entreguei aqueles papéis. – disse Mina, olhando-o nos olhos. Harry sorriu novamente.


 


  -Então... Você é um gênio, Mina Scrimgeour. – ela sorriu, voltando a descer as escadas, acompanhada de Harry. Ouviu passos atrás dela e sorriu. Fred e Jorge corriam pelas escadas para alcançá-la.


 


  -Mina Scrimgeour... – disse Jorge, batendo nela de leve com o jornal.


 


  -Você tem cara de Ministra. – disse Fred, com um sorriso. Os quatro desceram as escadas restantes, encontrando Minerva McGonagall parada ao pé do último degrau. Ela estava séria, e parecia cansada como nunca.


 


  -Poucas vezes o mundo bruxo viu uma eleição, senhorita Scrimgeour. – disse McGonagall. – Está pronta e ciente do que virá a seguir?


 


  -Sim, senhora. – respondeu Mina prontamente. Minerva sorriu fracamente.


 


  -Então te desejo boa sorte. – Mina assentiu e entrou no Salão Principal. Os rostos desviaram-se do jornal e viraram-se para ela. Sorriu para as garotas, reunidas. Sentiu-se o centro das atenções. Provavelmente o salão estava dividido como as pessoas em sua vida: os que a amavam, os que não a conheciam e os que a odiavam. Estremeceu ao pensar no último grupo, mas sacudiu a cabeça de leve. Pensamentos ruins deviam ser para mais tarde.


 


 


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  Gina, Hermione, Mina, Luna e Sophie saíram do castelo juntas e seguiram a pé pela estrada deserta até o Três Vassouras, onde Paola as esperava.


 


  -O que será que ela quer conosco? – perguntou Luna. – Ela é a Paola Finerazzi, gente!


 


  -Prefiro não pensar no que pode ser. – riu Gina. – Mesmo conhecendo Paola há pouco tempo, eu tenho certeza que ela quer nos sugerir algo totalmente ousado e maluco.


 


  -Eu tenho até medo. – disse Mina com um sorriso. As cinco chegaram ao bar e logo avistaram Paola, sentada sozinha em uma mesa do fundo. Ela levantou e aproximou-se.


 


  -Aluguei o terraço para nós almoçarmos. – disse ela, sorrindo, guiando-as até uma escada. Quando chegaram ao terraço, ela já não exibia mais o sorriso.


 


  -Ok, eu sei que essa vai ser uma longa conversa séria, mas... – começou Gina rapidamente. Paola olhou-a franzindo a testa. – Paola, você e o Art finalmente...


 


  -Não. – disse a outra, irritada. – Quando estávamos chegando perto da cama... Aconteceu o ataque.


 


  -Sinto muito, Paola... – suspiraram Luna e Sophie ao mesmo tempo. Gina deu tapinhas nas costas dela.


 


  -Um dia vocês conseguem. – consolou a ruiva. Paola riu.


 


  -A esperança é a última que morre. – disse a morena. – Bom, mas não foi para isso que eu as chamei aqui.


 


  -Imagino... Você não ia ficar se vangloriando dos instrumentos de Art Vandelay para a gente. – riu Gina, fazendo todas corarem, menos Paola.


 


  -Você tem certeza de que eu não ia? – disse a italiana, rindo. – Agora me deixa falar. – olhou para todas que estavam ao redor da mesa. – Resolvi chamar vocês aqui por causa de tudo o que está acontecendo no mundo bruxo. Mais precisamente, no que está acontecendo nas nossas terras natais. Mina, você é americana, certo?


 


  -Exato. – disse Mina, curiosa. Fitava Paola quase sem piscar.


 


  -Tirando eu e Mina, vocês são inglesas, e devem estar irritadas com tudo isso. E eu e ela também, já que os Estados Unidos e a Itália também estão sentindo as conseqüências com muita intensidade. E eu também sei que algumas de vocês estão trabalhando com um grupo separado da Ordem da Fênix, e eu digo isso porque faço a mesma coisa lá na Itália. – todas se entreolharam; não esperavam que Paola tivesse tal nível de confiança nelas.


 


  -Paola, você não devia estar dizendo isso por questão de segurança. – disse Sophie, preocupada.


 


  -Não se preocupe, Sophie, sei me cuidar. – respondeu ela, sorrindo amigavelmente para Sophie. – Então, eu sei que tudo está muito duro para todas nós. Estamos cansadas de tudo isso. Por isso, pra acabar de uma vez com toda essa confusão, eu tenho uma proposta a fazer a vocês.


 


  -Que tipo de proposta? – perguntou Hermione.


 


  -Uma proposta ousada. – ela sorriu maliciosamente. – Vamos usar o nosso poder feminino para conseguir informações. E conseguir poder. Poder sobre nossos aliados. Temos que alcançar a liderança dos grupos como a Ordem e esse outro, conseguindo informações.


 


  -Usar nosso poder feminino... – disse Mina sorrindo, acompanhando a linha de raciocínio. – Você é louca, Paola. Definitivamente louca e simplesmente um gênio.


 


  -Você quer dizer... Dormir com o inimigo? – perguntou Luna. – Isso não é genialidade, é insanidade.


 


  -Não precisamos dormir com eles a maior parte do tempo. – disse Paola rapidamente, vendo a expressão de Sophie. – Só temos que seduzi-los, e conseguir o que queremos.


 


  -Você disse “a maior parte do tempo”... Quer dizer que já aconteceu? – perguntou Gina.


 


  -Uma vez. – respondeu a morena. – Consegui roubar a lista de 75 italianos que iam ser executados, e salvei a todos, além de matar o homem. E, claro, não me arrependo nem um pouco. – ela olhou todas nos olhos; aquilo não era simples de se pedir, nem de se aceitar. – Olhem, eu sei que vocês têm seus problemas, suas próprias funções em qualquer que seja o grupo do qual participam... Além de cuidar de seus relacionamentos, o que complica bastante. Mas pelo menos pensem a respeito. Por favor.


 


  -Pensaremos. – disse Sophie, se levantando e saindo, acompanhada de todas as outras.


 


 


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  Martha pegou o pano úmido na bacia cheia de água, na mesa próxima à lareira, e a colocou na testa de Narcisa. A loira estava doente e muito cansada.


 


  -Você tinha mesmo que fazer aquilo? – perguntou Martha, irritada. – Esse feitiço é muito complexo, e tomou quase toda sua energia... Você podia ter morrido.


 


  -Era o casamento da minha sobrinha, Martha. Eu tinha que vê-la. – retrucou a loira.


 


  -E o que você pretende fazer agora? Ela já sabe que você sobreviveu. Se ela contar ao Draco? Ou ao Sirius?


 


  -Do que vocês estão falando? – perguntou Zukka, entrando em casa acompanhada de Railynn. – Quem são Sirius e Draco?


 


  -Dois amigos meus. – disse Narcisa com um sorriso. – Como foi o passeio?


 


  -Interessante. – comentou Zukka, pegando uma xícara de chocolate e sentando-se com as duas. – A trilha que achamos foi parar no pé de uma das montanhas.


 


  -E você se divertiu, filha? – perguntou Narcisa, olhando para Railynn.


 


  -Até a hora em que cheguei em casa. – disse a garota, sem olhar para Narcisa.


 


  -Não fale assim com ela, Rai. – disse Martha, zangada. – Narcisa está doente.


 


  -Eu estou bem. Quando começam as aulas em Hogwarts?


 


  -Em duas semanas. – Narcisa suspirou. O tempo passa rápido. – Por quê?


 


  -Nada... Estou pretendendo fazer uma pequena viagem, de dois dias. Vamos Rai?


 


  -Nem que me paguem. – retrucou, tirando as camadas de roupa que a protegeriam do frio do lado de fora.


 


  -Você vai sim. – disse Martha, irritada. – Pare de tratar sua mãe desse jeito, Railynn. É uma ordem.


 


  -Veremos quem vai me obrigar. – resmungou a garota, indo para o quarto, seguida por Zukka.


 


  -Essa garota está muito insolente. – disse Martha, entregando a Narcisa uma xícara de chá fumegante. – Quando e onde você pretende ir?


 


  -Vou assim que possível... Assim que eu estiver melhor. Irei para a Espanha, resolver alguns problemas.


 


  -Traga-a antes do início das aulas, por favor. – disse Martha.


 


  -Não se preocupe... – disse Narcisa, bebericando o chá. – Está chegando a hora de eu voltar a Hogwarts também.


 


 


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  Belatriz acendeu um cigarro e deu uma profunda tragada. C, ao seu lado na cama, sorriu.


 


  -Qual é o plano agora? – perguntou.


 


  -Eu ainda não te contei a razão desse apelido, não é?


 


  -Nunca. – ele apoiou-se no cotovelo, deitando-se virado para ela. – Pretende contar algum dia?


 


  -Pretendo. Hoje. – ele sorriu, beijando-a.


 


  -Então conte!


 


  -Nossos planos estão indo de vento em popa, C. Desde o pequeno ataque a Hogwarts eles estão assustados com o que eu posso fazer. Tudo, os ataques na Itália, Estados Unidos, Gales... Eles estão sem entender como eu consigo. E sem saber o que eu quero. Hoje, meu querido, você vai ficar sabendo dos meus planos. E vai saber a razão do seu apelido.


 


  -Conte, por favor... – ele estava ansioso.


 


  -As minhas investidas são apenas demonstrações mínimas do meu poder, meu caro. Os ataques, a morte das testemunhas, tudo. Você vai finalmente tomar seu lugar ao meu lado, mas sem sair do seu posto.


 


  -E o apelido?


 


  -Estou criando um novo império, por baixo disso tudo. Toda essa confusão é para esconder meu maior objetivo.


 


  -Que seria...


 


  -Vamos governar as maiores nações, meu querido. – ela sorriu. – Eu serei a Rainha do Mundo, e você será o meu Consorte.


 


OBS.: Raziones do meu viver, eu sinto muuuito pelos séculos sem notícias... E sinto avisar que vamos ficar ainda um bom tempo sem a Accidentally. Estou "meio" atolada com o colégio, já viu né? E ainda vou prestar vestibulares esse ano...Enfim, liberdade só depois do último vest, dia 21/12. Então... Vejo vocês na próxima!!!

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