Tudo acaba quando se menos esp

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Capítulo 18: Tudo acaba quando se menos espera.

Gina já estivera ali, lembrava claramente como era antes e, como estava agora. Mesmo sentindo um frio na barriga começou a empurrar o pesado e enorme portão de madeira.

¿Quanta falta faz a minha varinha...¿ pensava Gina, poderia parecer suicídio. Ela sem varinha, sem nada para se defender. ¿Mas Como esse portão não foi destruído?¿ perguntava-se a ruiva com curiosidade, mas ao ver o que tinha além d portão foi que a ruiva finalmente entendeu.

O incêndio consumira todo o terreno que abrigava a mansão, mas os muros e o portão que cercavam a propriedade estavam intactos.

¿Deve ser magia... pura magia¿ pensava Gina incerta, agora sentia além do incômodo frio na barriga uma pequena dor no peito, ao escutar vozes no andar superior da mansão. E Gina ao reconhecer essas duas vozes, nem pensou duas vezes.

Desatou a correr.

*************

¿Depois de tanto tempo... o tempo nos prega cada peça...¿ pensava Draco, tocando de leve as paredes chamuscadas, enquanto caminhava lentamente, mas mesmo assim todo o seu corpo estava em alerta e continuou a pensar: ¿Mas que respostas eu saberei? O que diabos foi aquele sonho?¿ perguntava Draco, enquanto continuava andando pela mansão.

Estava em alerta. A antiga mansão que era invejada por tantos bruxos, estava em estado deprimente, algumas paredes desabaram, outras estavam em pé, mas o loiro não poderia saber se continuarem firmes depois de tantos problemas. A base continuava intacta, continuava imponente. Não havia nenhum móvel. Nenhum animal. Não havia nada.

Alguma coisa lhe dizia que as respostas que tanto esperavam estavam no andar de cima. Seguindo a provável intuição, Draco começou a procurar a escada principal, quando a achou, pisou algumas vezes para ver se estava firme, mas não resolveu arriscar. Então, aparatou até o andar superior.

Entrando em inúmeras salas, em quartos e mais quartos. Draco finalmente achou a sua resposta.

E não era justamente o que esperava.

***************

-Vejo que chegou justamente na hora, Draco.-disse a figura coberta com uma capa preta.

-Eu... eu conheço essa voz! Você é...-dizia Draco, não estava desesperado. Mas ao reconhecer a voz começou a ficar claro para ele. Claro até demais.

-Sim, Draco. Sou eu, Blaise Zabini.-disse o vulto se mostrando finalmente.-Nós temos que esperar uma certa pessoa aparecer...

-Zabini! Que respostas eu terei? O que você está fazendo aqui? Eu quero saber de tudo!-berrava Draco. Ao ver que Zabini apontou a varinha para ele, o loiro continuou.- Isso! Aponte para mim! Me ataque, Zabini. Você é um covarde mesmo! Eu nem tenho mais varinha! Hey, você está com a minha varinha!-disse Draco se lembrando.

-Sim, eu estou. Se você quiser duelar contra mim, Malfoy. Eu não sou covarde. Aqui está a sua varinha.-respondeu Zabini jogando a varinha de Draco.-É uma boa varinha, Draco. Agora, nós temos que esperar a nossa convidada, a noite está apenas começando, mas vou lhe contar sobre tudo.

****

-Tudo começou por causa de uma carta. Uma única carta. A carta.-falava Zabini contando em mínimos detalhes, como se quisesse prender a atenção de Draco.- Acho que você sabe o que era essa carta. Essa carta é a ligação de tudo. É a ligação do por que da Weasley ter viajado com você. Mas esse meu plano não deu totalmente certo.

-Lógico que deu certo. Eu li essa carta. Ela está comigo. A Weasley seria a minha cura.-disse Draco se lembrando da carta de Lúcio.

-Ela seria o seu ponto fraco.-falou Zabini os olhos em chamas.

-Ela NÃO é o meu ponto fraco.-gritou Draco.

-Lógico que é! Você está amando, Draco! E eu que pensei que Malfoy¿s não amam... Que engano.

-Você se enganou, Zabini. Mas continue a história.

-Eu que achei essa carta quando nós fomos matar o seu pai. Sim, Draco, seu pai foi morto por nós.E não por Voldemort, eu peguei o pergaminho discretamente... Ah, ainda me lembro desse dia.Todos nós estávamos enfurecidos com Lúcio, ele planejara o ataque e depois do nada fugira. Nós ficamos desesperados! Ele era o que comandava. Por isso, que nós perdemos alguns dos nossos melhores homens. Quando contamos para o nosso Lord, ele ficou furioso e mandou acharmos Lúcio e matá-lo. Quando o descobrimos na Casa dos Gritos, foi um verdadeiro ataque. Eu fui a primeira pessoa que o seu pai viu. Mas nós não poderíamos apenas matá-lo com um Adava. Não! Ele teria que sofrer, sofrer muito! Implorar pela morte. E foi isso que aconteceu. Ele implorou e nós o matamos. Fizemos o seu pai virar osso, osso puro e depois simplesmente trituramos os ossos do seu pai. Ele não era digno nem de um enterro.

Draco não dizia nada, ele não pensava que eles seriam tão cruéis com o seu pai. Apenas pensava que eles o mataram e depois deixaram o corpo na casa dos gritos, como Draco não se pronunciou então Zabini continuou:

-Depois desse acontecimento, o nosso Lord morto, eu não fui condenado pelo ministério, dei-lhe uma boa quantia de dinheiro para que se calassem, você pensa que só os Malfoy¿s tem dinheiro? A família Zabini tem muito, mas poucos sabem disso. Confesso que esqueci desse pergaminho. Mas depois de cinco anos, vasculhando alguns documentos eu o encontro. Eu li inúmeras vezes. Pesquisei muitos livros. E finalmente achei o que procurei por tanto tempo.

-O que você achou?-perguntou Draco, algo lhe dizia que ele estava envolvido nessa loucura.

-Achei um feitiço complicadíssimo que aliado com uma poção, consegue transportar a magia.-disse Zabini, fazendo uma pausa de propósito. Como Draco estava mudo, ele continuou- Eu aliarei a minha magia com todo o poder mágico de Lord Voldemort, Draco Malfoy, eu preciso de você. Você é a peça chave dessa poção.

Draco sentiu um zumbido no ouvido, estava tão incrédulo que apenas disse:

-Ah, Zabini, cale a boca! Você está falando a maior merda que eu já escutei.

-Essa merda é a verdade, Draco! Se você não sabe, nessa poção precisaremos do sangue do filho de um traidor. Depois precisarei do sangue de uma pessoa que pensam que me traiu, mas essa pessoa sempre será fiel a mim. A primeira pessoa é você. A segunda... ah, não contarei. Não quero estragar a surpresa.

-Zabini... e se eu não aceitar isso? Ou você acha que eu sou doido a ponto de aceitar tal proposta?-disse Draco com os punhos fechados. Segurava com tanta força a varinha, que ele ainda não soubera como não a quebrara.

-Ah... você acha que eu sou uma pessoa que não pensa nos mínimos detalhes não é, Draco? Pois você se enganou. Eu sou detalhista. Cada detalhe foi muito bem pensado. ¿disse Zabini, respirou pesadamente e continuou.-Sabe por que você aceitará, Draco? Por que se você doar o seu sangue você voltará a ser um bruxo. Você não ficará mais exilado nesse mundo trouxa nojento!

-Eu nunca deixei de ser bruxo, Zabini. Eu nunca perdi a magia. Eu...-mas antes que pudesse continuar, Zabini o interpelou e disse:

-Mas se você não aceitar... ah, Draco tenho certeza que você aceitará!

Draco pouco entendeu aquela frase, mas assim que percebeu que Zabini olhava para o seu ombro, Draco virou-se lentamente e viu quem estava ali.

Naquele lugar sujo e horroroso, se encontrava Gina Weasley olhando para os dois estupefata. Zabini sussurrou para Draco, ele disse numa voz tão baixa que o loiro teve que abaixar a cabeça para ele escutar:

-Já se você não concordar, pode ter certeza que ela morrerá. E você achando que não tinha pontos fracos...

Draco não soube o que sentiu, uma parte do seu cérebro dizia a ele que deveria socar Zabini e sair daquele lugar o mais rápido possível, mas uma outra parte (que era bem mais sensata) dizia a ele que deveria ficar quieto e resolver ceder.

Mas Gina não cederia fácil. A ruiva abriu a boca e conseguiu apenas dizer:

-O que está acontecendo aqui? Draco o que você está fazendo com ele?

-Gina...-disse Draco se aproximando da ruiva, teria que tirá-la dali, a sua decisão já estava tomada. Aceitaria essa proposta indecente e totalmente maluca de Zabini. Só não queria que Gina visse o que faria. Ele não estava fazendo por dinheiro. Estava fazendo para salvá-la.

-O que?-disse a ruiva num tom irritado. Estava brava, Zabini não era uma boa pessoa, soubera por Mione que bruxos nascidos trouxas estavam aparecendo mortos nos becos de Londres. Hermione estava preocupada, pois os primeiros ataques de Lord Voldemort foram assim. Será que estava começando uma nova onda de terror no mundo bruxo? Ao ver que Draco se aproximava mais e mais, Gina ficou em alerta. Aquilo não estava certo. Zabini estava parecendo um louco. Os cabelos loiros estavam totalmente bagunçados, a capa preta estava um tanto suja e a varinha estava apontada para ela. Estava justamente apontada para o peito dela.

Ao ver que Draco estava colado ao seu lado e ao ver que ele inclinava um tanto discretamente para o seu ouvido. Gina sentiu aquela mesma dor no peito, mas não se importando mais com isso, a ruiva novamente repetiu o que dissera, mas em um tom baixo que apenas Draco escutou:

-O que você quer?

-Foge! Saí daqui, Gina. Você não pode ficar mais aqui. Você tem que ir embora.-disse Draco num sussurro alarmante.

-Eu vou se você for comigo! Você vai comigo?-perguntou Gina, procurando a mão de Draco, quando a achou, segurou-a firmemente. Draco soltou a mão dela e disse em voz alta:

-Eu não gosto de você! Você até agora não percebeu que eu estava te usando? Ah, Weasley são mesmo uns panacas!

Gina não teve nenhuma reação, mas Draco pode perceber que os olhos castanhos se encheram de lágrimas. A ruiva não abaixou a cabeça, não fez nada. Ela ficou ali. Queria saber o que aconteceria.

Blaise observava aquela cena com prazer, Draco não sabia, mas havia uma outra chave para essa poção dar certo, ele sabia que Draco faria de tudo para tirar a ruiva dali.

Mas ele não sabia que aquela ruiva era importante para o feitiço. Então, Blaise Zabini finalmente se pronunciou:

-Weasley, Weasly. Eu realmente precisava falar com você, Weasley...

-Diga logo o que quer, Zabini.-disse Gina entre dentes.

-Você foi ao enterro do seu chefe, não foi?-disse Zabini, Gina apenas afirmou, então ele continuou.-Sabe, Weasley, o seu chefe foi uma das pessoas, mais fáceis de ser dominada.

-Mas como você o dominou. Se fosse o Imperio você teria que estar por perto, mas não era... Ah, não ser que você...

-Eu não estava escondido no escritório do seu chefe, Weasley. Se você não sabe, a família Zabini é um dos clãs mais ligados a artes das trevas, meu pai, achou um livro antiguíssimo dessa arte. Nesse livro há um feitiço, que se parece com o Imperio, mas é só você pensar nessa pessoa e dizer as palavras do feitiço, que você controlar.

-Mas há um porém, Zabini. Existem muitos Adam Brody nesse mundo e se você enfeitiçasse o Adam Brody errado?-disse Gina, com astúcia. Zabini sorriu e disse:

-Não Weasley. Podem ter muitos Adam Brody, mas para o feitiço ser concretizado, é necessário um chumaço de cabelo da vítima. Assim é bem mais fácil, Weasley.-disse Zaini, Draco pouco entendeu esse feitiço. Afinal como poderia controlar uma pessoa com um chumaço de cabelo?-Seu chefe, era mesmo um fraco. Depois de usá-lo, vi que não tinha mais nenhuma utilidade. Então, eu simplesmente o matei.

Gina, pouco respondeu, se aproximou de Zabini e lhe meteu um belo tapa na cara. Estava tão descontrolada que começou a berrar:

-Como você pode? Por diabos, você tem que sempre estragar a vida dos outros? Quem você pensa que é?-dizia Gina, tentando de qualquer maneira socar Blaise, Gina sentia vontade de fazer aquele loiro em picadinhos. Draco prevendo isso, segurou a ruiva pela cintura e disse em seu ouvido:

-Você não percebeu que ele quer te irritar! Então fique calma!

-Como eu posso ficar calma, se ele deixou os meus amigos insanos? Se ele matou o meu chefe? Draco, você é pirado? Agora que eu quero matá-lo! Ele já cometeu muitos crimes para um ser humano normal!

-Não se aproxime, Weasley!-falou Zabini empunhando a varinha.-Se você tentar alguma coisa contra mim... você morre.

-Pode tentar me matar, Zabini. É apenas mais um crime que pesará na sua consciência.

-Eu não vou te matar, Weasley.-falou Zabini, guardando a varinha e completando mentalmente -¿Ainda¿.

Gina, Draco e Zabini escutaram passos no andar de baixo. Gina novamente se aproximou de Draco e segurou a sua mão. Draco dessa vez, só pôde apertar amão de Gina. Algo lhe dizia que teriam uma surpresa.

Olhando fixamente para porta. Viram quem estava se aproximando.

Quase não acreditaram.

********

Perto daquele lugar, estava Pansy Parkinson. Não estava ferida, não tinha sequer cicatriz. Gina tão impressionada que estava abria e fechava a boca inúmeras vezes. Draco não tão menos surpreso disse num sussurro:

-Como você está aqui? Você não morreu?

-Não, Draco. Nós simulamos aquele assassinato. Nós tínhamos que ter um motivo para que você fosse para a França não é?-disse Pansy e com um enorme sorriso disse.- Já explicou para ele sobre o feitiço, amor?

-Uma boa parte, Pansy. Só não disse uma parte, mas acho que Draco não precisa ficar sabendo né?-disse Zabini, com um pequeno sorriso nos lábios.

-Por diabos! Pare de falar em códigos e me digam o que é!-disse Draco com raiva. Durante todo esse tempo enganaram ele e Gina. A ruiva ainda não engolira aquela historia, mas não falara nada ainda, mas ao escutar aquelas palavras ela balbuciou:

-Então tudo aquilo era uma armação! Agora compreendo, a vinda de Draco para a clínica, você manipulando Adam Brody, a morte falsa da Parkinson, a ida para França, a morte repentina de Brody...

-Tudo foi planejado, Weasley. Tudo mesmo, vocês estando fora, nós agimos na surdina, matamos alguns sangues-ruins, para mostrar que estamos aptos, só tive que apressar a volta de vocês, dando a desculpa que Draco teria um julgamento no dia 30 de fevereiro! Por Merlin, Weasley. Não pensei que fosse tão burra! 30 de fevereiro não existe!

-Zabini... o que você fará? Por que você matou tantas pessoas? Por que?

-Por que eu preciso mostrar... eu preciso provar a mim mesmo que eu consigo... Que eu sou capaz...

-Mas o que você é capaz, Zabini? De matar as pessoas? De ser o bom?-disse Draco com raiva.

-Ah, Draco, não me diga que você não quer ser o bom?-disse Pansy com um sorrisinho.- Até aprece que você não quer isso! Você não seria da Sonserina, Draco Malfoy. Se não tivesse a ambição de ser o melhor.

-Eu...-disse Draco, mas Zabini o cortou.

-Pansy, meu amor. Chegou a hora.

-Sim... a tão esperada a hora.-disse Pansy com os olhos brilhando.-Accio caldeirão.-falou Pansy, nisso aparecendo um enorme caldeirão de cobre, com um líquido realmente nojento dentro dele.

-Bom, os ingredientes básicos da poção já estão aqui. Agora faltam os outros ingredientes chaves.-disse Pansy sorrindo como se aquele fosse o dia mais feliz da sua vida.

-Sim... a primeira ¿chave¿ é...-disse Zabini fazendo suspense, mas depois de um bom tempo ele, com a varinha levantada disse.-O corpo de um inocente! Avada Kedrava!-falou o loiro, lançando o feitiço justamente em Gina.

Aquilo fora muito rápido, a ruiva só pode fechar os olhos e esperar que a maldição a atingisse. Morreria feliz, morreria do lado do seu amor...

Mas a maldição não a atingiu. Gina apenas sentiu um peso morto caindo em cima de si. Abriu os olhos lentamente e viu...

Ele morrera por ela. Ele estava morto por causa dela!

Aquele peso morto era Draco Malfoy. O seu amor... o seu amor estava morto...

Gina não agüentando aquele peso, o segurou para que ele encontrasse o chão. Não chorou, apenas procurou a varinha do loiro, quando a encontrou, pensou rapidamente em fazer justiça com as próprias mãos.

Com varinha em punho, com as lágrimas brotando nos seus olhos, Gina Weasley, lançou a maldição da morte duas vezes.

Nas duas, acertara em cheio.

FIM

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