De volta a Inglaterra (II)

De volta a Inglaterra (II)



Cap 17:De volta a Inglaterra (parte II)

Ao se aproximarem do aeroporto, Gina viu pela janela pequenos pontinhos vermelhos. Já sabendo quem seriam, a ruiva apenas suspirou. Draco percebeu e pergunto-lhe:

-O que está acontecendo?

-Eles estão aqui. Eu pensei que iriam embora porque nós atrasamos.-falou Gina, suspirando novamente.

-Eles, você não quer dizer que...-falou Draco assombrado.

-Sim, Rony provavelmente está aqui. Assim como Hermione e a Meg.Mamãe também deve ter vindo porque eu estou vendo cinco pontinhos. Será que os gêmeos também estão na Inglaterra? Espero que Gui também esteja aqui. -disse Gina e seu sorriso se alargou.

-Por que você espera que Gui esteja?-disse Draco com uma pontinha de ciúmes. Gina percebeu o ciúme e riu. Depois disse:

-Porque ele é o que bota panos quentes na situação. Você por acaso quer morrer?-ao ver Draco negar veemente, Gina sorriu e continuou -Então seja amigável com Gui, ele te ajudará contra a ira dos três.

-Três? Gina, isso é covardia. Sou eu contra eles...

-Não é não! Eu também te protejo, Gui provavelmente te ajudará e mamãe também. Não sei por quê você sempre pensa que está sozinho...

-Porque eu sei que estou sozinho nessa! Agora eu estou sozinho mesmo. Meu apartamento está interditado.-falou Draco em voz baixa, mas ao ver que Gina não estava surpresa, o loiro ficou a observando e Gina acabou dizendo:

-Lógico que estaria! Pansy Parkinson morreu no seu apartamento Draco. Você não está achando que ele estaria limpo e organizado ou acha?

-Não... Mas eu pelo menos pensei que eu iria para lá. Zabini falou para eu ir dormir no apartamento dele.-disse Draco dando de ombros.-Eu vou para lá.-ele disse que vem me buscar.

-Não senhor. Você pode ficar no meu apartamento, Draco.-falou Gina.- Não fique na casa do Zabini. Por favor.

-Tudo bem. Eu ficarei na sua casa.-falou Draco.-Mas se eu for assassinado, Gina. Você é a culpada.

-Ok, mas você não vai ser assassinado! Eu juro que não deixo.-disse Gina, beijando Draco e o abraçando.

*********

Ao ver sua mãe, Rony, Hermione, Meg,Fred,Jorge e Gui, o sorriso de Gina se alargou. Sua mãe chorava, o rosto vermelho, sendo castigado pelo frio que fazia em Londres. Gina de mãos dadas com Draco só podia perceber que o loiro suava frio, revirou os olhos e ao entrar no aeroporto, largou a mão de Draco e foi ao alcance da sua família.

Todos a receberam com festa. Molly falava coisas incompreensíveis. Gui abraçava a irmã. Fred, Jorge e Rony queriam saber o por quê de Gina estar de mãos dadas com Malfoy. Rony pouco se importava com os olhares de censura de Hermione, mas ao ver que sua filha não estava do seu lado, a mesma teve que deixar Rony de lado e procurar Meg.

Já Draco estava descarregando as malas. Quando estava próxima de Gina, Draco viu Blaise Zabini, foi até ele e o cumprimentou com educação:

-Olá, Zabini.

-Vim te buscar.-disse Zabini sendo o mais direto possível.-Se despeça da Weasley. Agora que você já está curado não precisa mais dela.

-Desculpe, Zabini. Mas eu ficarei na casa de Gina se você não se importar.

A reação de Zabini não foi esperada. Ele corou, fechou os olhos e depois de um bom tempo disse:

-Não há nenhum problema. Agora eu tenho que ir, Draco. Nos veremos em breve.-disse e saiu, pisando duro. Podia-se perceber que Zabini estava com uma pequena raiva disfarçada, mas Draco só ficou pensando na frase que Blaise Zabini dissera.

Mal sabia ele o significada daquela frase.

****

¿Eu realmente devo ser doido! Onde eu estava com a cabeça quando eu concordei vir para cá! Céus, eu vou ser morto hoje! Eu vou ser morto...¿-pensava Draco, estava na Toca, sentado numa cadeira, Gina estava na cozinha assim como Mione. Os outros quatro Weasley¿s estavam sentados nos dois sofás da sala conversando sobre qualquer coisa, mas assim que Jorge viu Draco sentado na cadeira e o mesmo Draco estava parecendo muito apavorado, o gêmeo de Fred deu um pequeno sorriso diabólico, lançou um olhar a Fred e, assim que entendeu o motivo daquele macabro sorriso, também começou a sorrir e sorriu para Rony, Rony também entendeu e disse para Draco:

-Sente-se aqui, Malfoy. Nós realmente precisamos conversar sobre certas coisas.

Draco não poderia desobedecer, sem falar nada, sentou-se ao lado de Rony, mas um pouco mais afastado do ruivo.

No outro sofá, onde Fred, Jorge e Gui estavam,apenas Gui que não sorria diabolicamente. Fred disse:

-E aí, Malfoy? Vai começar a falar o por quê estava de mãos dadas com a nossa irmãzinha?

Draco não respondeu, então Jorge disse num tom ameaçador:

-Não me diga que você já tocou na nossa irmãzinha. ¿mas como o loiro não respondeu ele continuou a falar:-Se você tocou nela, Draco Malfoy, você... você é um homem morto!

Draco continuou calado, o pavor estava aumentando então Rony falou novamente:

-Se você tocar em um fio de cabelo da nossa Gininha... você é morto, escutou? A nossa Gininha não pode se envolver com você, você é... você é um Malfoy!

Nisso Draco olhou para Rony com um sorriso ameaçador e disse:

-Desculpem, mas eu já estou completamente envolvido com a irmã de vocês! E, seu eu fosse vocês eu não falaria isso.

-Malfoy, você não sabe com quem você está se metendo! Você não pode se envolver com a nossa irmã! Ela é... ela é do Harry!-berrou Jorge descontrolado, Malfoy retrucou:

-Ela não é propriedade de ninguém. Além do mais,o Cicatriz já está morto!

-Você não vale nada, Malfoy! Não serve...falava Fred, mas ao ver que Gina entrava na sala de estar, ele se calou instantaneamente, a ruiva apenas levantou uma sobrancelha e disse:

-Por que o Draco não serve para mim?

-Porque Gininha ele é, ele é o Malfoy!-gritava Rony.-E você sabe que merece coisa melhor! Afinal, você era namorada do...

-Eu namorei com Harry, sim! Mas eu não posso ficar de luto por tanto tempo! Eu tenho que viver a minha vida! A fila anda, Rony (obs.: frase retirada da review da Pequena Kah!). Então é melhor logo vocês se acostumarem com isso senão...

-Senão o que, Gina? Você vai viver com uma trouxa? Não, porque isso você já fez! Você sabe muito bem, que poderia ser uma medi-bruxa se quisesse! Você estava pronta a se formar e por causa da morte do Harry decide se auto-exilar! As vezes eu penso que você nunca deveria ter ido para a Grifinória! Você é uma covarde, Gina!-falou Rony, na verdade o ruivo gritou antes que Gina respondesse, Gui finalmente se pronunciou:

-Chega! Dá para vocês pararem? Deixem-na! Ela sabe o que é o melhor para ela.-não se sabe como, mas todos obedeceram.

****

-Gina, me lembre de nunca mais ir na Toca.-falava Draco enquanto esperavam o elevador.

-Eu te lembro, mas Draco, não foi tão ruim, foi? Eles não te fizeram um questionário. Apenas falaram coisas desagradáveis para você e para mim.-disse Gina como se fosse algo normal.

-Mas eles te disseram coisas desagradáveis, Gina. Por que você não se incomodou?-disse Draco, abrindo a porta do elevador, pegando as malas e entrando no elevador. Gina que tinha entrado, apertou o botão e disse:

-Eu não fiquei magoada com o que Rony disse. Eu sei que é essa é a verdade, mas ele sabe que eu não tenho mais escolha. Eu resolvi ser desse jeito e nada vai me mudar.-falou Gina, ela não estava triste, estava conformada. Então, ao ver que já estavam no seu andar disse para Draco.- Acho bom você levar as malas para mim.

-E o que eu ganharei levando essas malas, Weasley?-falou Draco como nos velhos tempos.

-Bom, em primeiro lugar, você ganhará uma boa dor nas costas e nos braços, mas pode ter certeza que você depois será bem recompensado.-disse Gina maliciosamente enquanto procurava as chaves.

Nem é preciso dizer que Draco Malfoy carregou as malas.

****

Se passaram cinco dias, Gina fora a clínica, conversara com todos, Draco também fora (resolvera ficar em alerta ao saber do beijo entre a ruiva e Ben McKensie), fora uma festa, Gina ficara muito comovida ao saber que a maioria dos seus pacientes já não estavam mais lá. Adam Brody não se encontrava na clínica, Gina achou estranho, pois seu chefe nunca faltava no serviço, mas resolveu deixar isso de lado, depois procuraria Body para falar do seu trabalho.

Fizeram compras e no dia 05, Gina ao abrir o jornal se deparou com uma terrível notícia. Era tão terrível que a sua xícara de chá se espatifou no chão.

¿Não... não é possível! Ele não pode estar morto! Quem o matou?¿-perguntava-se a ruiva aflita.

Draco que até então estivera dormindo, acabou acordando com o barulho da xícara caindo no chão. Andando de leve e ao ver a ruiva de costas, encostou a mão levemente no seu ombro e Gina se sobressaltou depois de um bom tempo tentando se acalmar a ruiva começou a falar:

-Por que diabos você me deu esse susto?

-Você que me assustou, Gina! Agora você pode me dizer o por quê dessa xícara estar quebrada?-falou Draco apontando para os restos da xícara. Gina revirou os olhos e jogou o jornal na cara do loiro.

No jornal tinha a foto de Adam Brody e do lado havia um grande texto falando:

Corpo de Adam Brody encontrado.

Adam Brody (29 anos),foi encontrado essa madrugada no seu escritório morto. Ele, proprietário de uma clínica para dependentes de tóxicos, sempre fora uma pessoa amigável. A policia investiga a sua morte.

¿O mais estranho é que Brody não tem nenhum ferimento, nem tem sangue. Nesse escritório não houve luta.¿ Esclareceu o policial Doug Callister ao jornal. ¿Apenas a expressão do seu rosto que assusta. Ele parece muito horrorizado com o que viu¿.

Quem quiser prestar as últimas homenagens a Adam Brody o seu corpo será velado hoje, na igreja matriz de Londres, as três horas da tarde.

-Com certeza um bruxo o matou.-falou Draco.

-Sim, um bruxo o matou, mas quem seria? Quem mataria o meu chefe?-se perguntava Gina. Draco pegou duas xícaras e colocou uma xícara com bastante chá na frente da ruiva. E começou a tomar o chá.

-Tome um pouco mais de chá Gina.-sugeriu o loiro. Aquele dia estava apenas começando.

****

Draco resolveu não ir ao velório. Gina não se importou tampouco. A morte de Brody mexera e muito com a Weasley.

Então ele aproveitou a tarde para dormir um pouco.

Sonho do Draco.

Sonhava que estava na sua mansão em ruínas. O seu pai estava ao seu lado e dizia:

-Por que você deixou que isso acontecesse Draco? Por que não impediu esse incêndio?

Mas a mãe de Draco, Narcisa, aparecia e começava a dizer:

-A culpa é sua, Draco! Essa mansão está aos pedaços por culpa sua! Eu morri por culpa sua!

Apenas escutava seus pais dizerem que a culpa de tudo era dele, mas não se sbe como, ele não poderia dizer nada. Não conseguiria dizer coisa nenhuma.

Mas antes que pudesse retrucar, Pansy Parkinson aparece no seu sonho, vestida com um bonito vestido branco, mas na região do colo de Pansy podia-se ver sangue, muito sangue. Ela pouco se importando com o grave machucado começa a dizer:

-Draco... Draco... Draco...

Draco achava aquilo um absurdo! Pansy estava ferida! Ela pouco se importava. Pensando que poderia ajudá-la, Draco respondeu:

-Estou aqui, Pansy. Me diga o que quer!

-Você saberá de tudo hoje, Draco! Vá agora a mansão Malfoy! Vá...

E nisso Draco Malfoy acordou.

Ainda com o sonho em sua mente, Draco começou a andar pelo apartamento e ao verem que a cor do mesmo mudou, se antes estava num verde clarinho, agora todas as paredes estavam pretas. Draco não se lembrara direito do que Gina dissera, mas sentia que aquilo não era uma coisa boa.

Aquilo provavelmente estava ligado com o sonho que tivera. Aquele sonho... Pansy Parkinson cheia de sangue. Seus pais o culpando. Não, aquilo era demais para a cabeça de Draco.

Movido pela curiosidade, deixou um pequeno bilhete para Gina falando onde estaria e sem nem pensar, aparatou até sua antiga casa.

***

Quando a ruiva chegou em casa, já se passavam das sete da noite, ao encontrar o apartamento totalmente vazio, Gina sentiu uma dor no peito.

¿Draco, por Deus, onde você se meteu? Você não deixou nenhum bilhete? Draco onde você está? Meu Deus, as paredes pretas... só significam uma coisa: a morte¿ pensava Gina mordendo o lábio. Ao ver um pequeno pedaço de papel na mesinha de centro, a ruiva nem pensou mais e ao ler o bilhete, seu rosto que antes estava triste, ficou um pouco mais sombrio.

¿Por que diabos ele foi na mansão? O que será que o atormenta tanto?¿pensava Gina.

Sem nem pensar duas vezes. Pegou o seu casaco novamente e desaparatou.

Iria encontrá-lo.

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