Por que diabos você fez isso?

Por que diabos você fez isso?



CAP7: Por que diabos você fez isso?



Os dias que se passaram naquele lugar não foram os melhores, Malfoy continuava do mesmo jeito, revoltado com todos, com vontade de socar o primeiro que visse pela frente.

A rotina do loiro não era das melhores, acordava às 8 da manhã, tomava banho e depois tomava café se fosse segunda ou quarta ou quinta ia junto com seus "amigos" viciados à uma sala e eles ficavam falando das suas experiências com as drogas.

Para Draco essa era a segunda pior coisa, a primeira com certeza era ter que falar dos seus problemas, que achava ele não serem muitos.

Nos outros dias, ele poderia andar pela clínica ou conversar com a terapeuta responsável. Malfoy sempre fazia a primeira coisa. A falta que sentia das drogas era alucinante, tinha vontade de fazer qualquer coisa, para poder sentir a droga novamente no seu corpo.

Falar novamente com Gina Weasley não estava nos seus planos. Depois daquele dia, em que simplesmente quase matara a ruiva de susto, Malfoy pouco falava com ela. A ruiva até que tentou conversar, mas não deu muito certo. Minutos depois a mesma saiu da sala com raiva e gritou para todos que quisessem ouvir que Draco Malfoy era um caso perdido que não adiantaria, que tudo seria em vão.

Ainda se lembrava, com aquele mesmo sorriso que exibia em Hogwarts ( o sorriso sarcástico, que sempre conseguia irritar alguém), o que aconteceu na enfermaria, há uma semana.

FLASHBACK

Estava naquele mesmo lugar, deitado naquela maca e sentindo um pouco de dor na mão, sabia que com um fácil feitiço de cicatrização, a mão estaria curada e com nenhuma cicatriz aparente, mas não poderia fazer isso, só porque não tinha a sua varinha...

Estava lá, deitado, pensando em quantos palavrões poderia se xingar, quando começa a escutar uma voz bem chatinha...

Era a voz da Weasley.

E pela voz dela, poderia saber que ela estava muito brava, eles estavam discutindo, mas Blaise falava muito baixo, não deu para entender até o ponto em que a Weasley disse um pouco mais alto que o normal.

- Digo sim! Eu sabia que tinha sido vocês! Eu nunca poderei me esquecer de quando eu encontrei Colin e Dennis! Nunca! Eu me lembro que eles disseram, foram eles, Gina, foram aqueles sonserinos imundos, mas eu não poderia fazer nada! Afinal foi comprovado que eles estão loucos! Mas quem os deixou assim? Eu não posso dizer que foram vocês! Eu não posso...

Nessa hora, Malfoy ficou estático, não sabia, que eles eram Comensais (por que se eles torturaram os sangues-ruins Creevey's o motivo é, que, de bonzinhos eles não tem quase nada).

Assim, sem pensar começou a abrir os olhos devagar, e viu a Weasley parada, Draco achou que ela estava chorando, e muito, Blaise corado, com uma cara não muito legal, e Pansy com os olhos em chamas.

Até que de repente, Pansy agarra com força a Weasley, Draco nesse exato momento pensou em ir até Pansy e dizer: O que você está fazendo sua maluca, solta agora a Wea... Na verdade só ficou em pensamento. Afinal, como poderia ajudar uma ruiva que tem tanta raiva dele? E por que ele está se importando com ela?

Continuou daquele jeito, até finalmente perceber que Blaise tinha mandado Pansy tirar as mãos de Gina e também que os dois não mais estavam na sala.

A ruiva agora se aproximava dele. O loiro não sabia o porque, mas estava sentindo algo realmente estranho.

-Malfoy! O que está olhando?-disse Gina, o seu coração batia rapidamente, estava realmente assustada, Draco percebendo isso disse com o maior sarcasmo possível.

-Assustada, Weasley?Oh, meu deus! Eu te assustei! Me desculpe...

-Sim, Malfoy, você me assustou! E parece que você está muito satisfeito não é?

-Lógico que eu estou! Estou satisfeitíssimo!-disse Malfoy sendo cínico novamente.-Afinal, Weasley, ficou feliz em me ver nesse estado?

-Lógico! Por sua causa eu quase perco o emprego, além de...-disse Gina calmamente, tentando parecer trágica.

-Por minha causa? Eu, eu vejo que você é uma idiota, Weasley! TODOS os Weasley¿s são idiotas.-disse Draco com amargura.

-É, por sua causa, Malfoy! E nós, Weasley não somos idiotas coisa nenhuma! Então eu fui idiota ao aceitar te ajudar.Eu fui idiota ao te querer sair dessa! Malfoy, você realmente é BEM mais estúpido do que eu!-disse Gina, quase cuspindo no loiro.

-Eu não sou estúpido!

-Lógico que você é! Você é um burro, Malfoy!-berrou Gina.-Não sei por que eu estou aqui! Não vejo nenhum motivo.

-Eu também não vejo graça nenhuma que você esteja aqui! Quer saber, Weasley? Antes só do que mal acompanhado.

-Ótimo! Até nunca mais, Malfoy.-disse a ruiva, batendo a porta com raiva.

A ruiva ficou um bom tempo olhando para a porta da enfermaria, mas decidiu que naquele lugar não entraria mais.

Draco pouco gostou do que dissera, sabia que fora um grosso e pior, sem motivo nenhum, mas nunca pediria desculpas. Nunca mesmo.

Também não sabia porque a ruiva sentia tanta raiva dele, só porque fora um pouco chato? Só porque fora na escola um playboy? Ou só por que decidira ser um comensal da morte?

Não sabia o que acontecera para deixar a ruiva com tanta raiva, só sabia uma coisa: que algum dia descobriria.

Fim do flashback.

Malfoy, ainda se lembrando do que acontecera na enfermaria, decidiu que deitado no seu quarto não ficaria, e assim foi até a porta e saiu. Só não se sabe para onde.

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Gina estava na sua sala usual, com aqueles papéis usuais, estava para ela tudo usual de mais.

Gina não suportava mais aquela rotina, tudo bem que sete anos agüentando...

Mas nesses sete anos, não tivera um paciente chamado Malfoy.E não se encontrara com Blaise Zabini e Pansy Parkinson.

Aquilo realmente a incomodava. Enquanto tomava o seu chá (que também era usual), alguém bate na porta.

-Entre.-resmungou a ruiva. Odiava que entrasse na sua sala.

-Weasley...-começou Ben.

-Fale logo o que quer, McKensie. Eu não estou com bom humor hoje.

-Eu, eu queria saber de onde você Malfoy se conhecem.-disse Ben sem-graça.

-Eu não vou lhe responder isso.-falou Gina, tentando parecer calma.-Não sei por quê você está tão interessado. Eu não quero lhe dizer e ponto final. Agora se você puder sair.

-Eu, eu realmente não quero sair, Weasley!

-O que você faz por aqui, McKensie? Por que me atormenta tanto, caramba?

-Eu trabalho aqui, Weasley! Ou pelo menos tento trabalhar! Será que você não percebe Weasley! Eu te amo!-gritava Ben. Até naquele momento estivera sentado, mas levantou-se, puxou Gina que também estava sentada, fez a mesma ficar de pé, pressionou a ruiva na parede e assim a beijou.

O beijo, não foi nada ruim, fora muito bom, as línguas se tocavam, Gina, no começo, até que tentou se desvencilhar, mas sabia que era impossível, então, finalmente, cedeu, cedeu para deixar a língua de Ben entrou na sua boca, cedeu com o fato de ter prometido a si mesma, nunca deixar ninguém beijá-la novamente.

-Eu esperei tanto tempo...-sussurrava o loiro.

-Esperou por que quis, McKensie. Eu não gosto de você! Acho que gostaria de escutar a minha história não é?-disse Gina, frustrada, pensava que no exato momento que Ben a beijasse, ela pararia de pensar em Harry, viver por Harry. Ledo engano.

Droga! Por que sempre teria que lembrar de Harry? Viveria por Harry para sempre? Ou pensava que Harry era o melhor de todos, que não gostava de ser o herói, ou que amaria Harry por tanto, mas tanto tempo que seria impossível, impossível mesmo esquecê-lo... Muitas questões, poucas ou talvez nenhuma resposta...

-Conte logo, Weasley.- disse Ben, ele estava surpreso nunca pensara que a ruiva agiria daquele jeito, seria daquele jeito.

Poucos, sabiam da história da Weasley. Poucos mesmo, ninguém sabia sobre algum parente, sobre algum amor que ela teve, só sabia, que sim, Gina tivera um amor, e este respondia pelo nome de Harry. Soubera, quando, uma vez, a Weasley, estava realmente deprimida, tomou uns copos de uísque a mais e ficou em um estado em que não falava coisa com coisa. E, nessa hora, Ben estava com ela. O loiro fizera questão de levá-la até em casa, e escutou um para Harry, isso faz cócegas - isso, por que ele estava tentando em vão tirar a camiseta que a ruiva usava (leitores, não pensem que o Ben é tarado, por favor!).

-Se você não sabe, eu me chamo Ginevra Molly Weasley! Oh, por deuses! Eu não mereço esse nome, minha mãe com certeza deveria ter bebido algo realmente muito forte para colocar esse nome ridículo em mim, pois bem, tive uma infância ótima, eu tinha meus irmãos, que sempre se importaram e muito comigo. Afinal, eu sou a caçula, né?

-Gina... Você realmente não precisa me contar a sua história inteira...-disse Ben.

-Não, eu preciso contar para alguém isso está me sufocando a muito tempo... Mas se você não quiser escutar, eu irei entender...-falou Gina.

-Eu... Me desculpe, pelo beijo, ok? Eu realmente vejo que não devia ter feito isso, não devia mesmo, mas saiba Weasley, que eu sempre gostei, e ainda, gosto de você, só acho que agora, você não está pronta ainda...

-Eu... Eu não estou pronta mesmo, Ben, Harry... Oh, Harry, quanta saudade que eu sinto de você.- dizia Gina.

-Deus... Tenho que ir, Weasley. Tenho mesmo. Continue lendo e tomando seu chá. -disse Ben, saindo um pouco atordoado da sala.

Gina Weasley, continuou olhando ainda um pouco atordoada o que tinha acontecido. Depois, percebeu a burrice que cometera! Ben com certeza deveria estar achando que a ruiva era totalmente louca! Será que isso era bom?

-WEASLEY!!!- berrou Brody, assim que entrou na sala.-WEASLEY! Hoje você perde o emprego!

-O que aconteceu, Brody? Serei demitida por você?

-Não, Weasley... Esquece o que eu disse, eu realmente, estava brincando, mas sabe, se você não fosse a melhor, a melhor psiquiatra daqui de Londres...-começou Brody, dava para perceber que o seu chefe, estava muito confuso.

-Brody, corta essa de melhor psiquiatra de Londres tá? Eu quero saber o por quê dessa invasão. E por que você berrou tanto...

-Draco Malfoy sumiu.

CONTINUA...

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