Dezessete



- Eu estou bem, Harry. – falou ela. – Segurou sua mão e o puxou. – Vamos descer. – disse lançando um olhar ríspido a Gina.

A ruiva deitou-se na cama fazendo uma cara de nojo assim que ambos deixaram o quarto. Riu e suspirou. Finalmente, as provas. Acreditava que agora ela finalmente iria conseguir dormir.

_****_



- Quer dizer que Voldemort tem um navio? – sussurrou Rony com os olhos arregalados inclinando-se para frente deixando de lado seu café.

- Um enorme navio! – cochichou Harry lançando um olhar incerto para o garçom do restaurante trouxa que acabara de passar. - E lhe garanto que ele pode ser muito maior por dentro. – acrescentou.

- Ele deve guardar todas as Horcruxes lá! – falou Rony.

- Certamente! – concordou Harry. – De fato todas elas estão lá.

- Um bom lugar para se esconder tantas delas! – comentou Rony.

Harry assentiu.

- Foi obviamente um bom lugar para se esconder Horcruxes. – disse ele. – O lugar tem toda uma áurea de proteção. Qualquer comensal devoto a Voldemort quer chegar a ser o capitão do navio. É o sonho de qualquer comensal! Por os pés naquele navio já diz que de muita valia você significa para Voldemort, é como ser digno de uma gota de sua confiança.

Rony ergueu as sobrancelhas.

- Que beneficio ser capitão do navio trás, afinal?

- Ser capitão do Crownlexa é ser o Guardião das Horcruxes, ser o Guardião das Horcruxes é ter inteira confiança de Voldemort. Tem acesso as Horcruxes a hora que bem desejar, tem conhecimento do que Voldemort quer, pretende, ou sabe. É a quem você deve abaixar a cabeça depois de Voldemort.

O ruivo soltou um assobio baixo enquanto voltava a se acomodar na cadeira. Seu olhar se perdeu num ponto distante enquanto pensava em algo deixando uma trégua para que Harry pudesse dar um demorado gole em sua cerveja amanteigada.

- Temos que atacar ai, Harry! – cochichou o ruivo quebrando o silêncio entre eles.

Harry ergueu as sobrancelhas e riu.

- Impossível! Já lhe disse que o lugar tem toda uma áurea de proteção, só pisa no navio quem tiver permissão, no caso um chamado de Voldemort ou Snape. – explicou Harry.

- Já foi lá?

- Algumas vezes.

- Quer dizer que é digno de uma gota da confiança de Voldemort.

Harry riu.

- Creio que jamais fui. Ser rebelde demais trás seus benefícios, Rony. – ele suspirou e tomou mais um gole de sua cerveja. – Sou comensal, mas não sou porque quero, sou diferente de todos os outros. Sou uma conquista de Voldemort. Um premio. Não sou alguém que simplesmente quis entrar para o seu circo do mal. Sou seu maior inimigo, que agora deve abaixar a cabeça para ele. Voldemort jamais me expulsaria do circo. Posso ser castigado, mas Voldemort me trata como um prêmio. Quer fazer de mim um grande imperador do mal. Tenho um certo ar imponente quando ando entre os outros comensais.

O ruivo tornou a arquear-se para a frente.

- Harry, acaso sabe lançar maldições? – indagou ele.

Harry fez uma careta e assentiu.

- Todos que tem isso do braço, devem saber lançar maldições. – disse Harry apontando com os olhos a marca negra em seu braço.

- Certo. – falou Rony. – Precisa lançar sobre o capitão do navio a maldição da obediência. Imperius.

Harry arregalou os olhos.

- Ficou maluco! Impossível! – exclamou ele.

- Vamos tramar algo mais complexo, Harry! Não simplesmente lançar a maldição nele. Vamos pensar! – falou perdendo o olhar num ponto distante. – Afinal, quem é o capitão?

- Snape. Severo Snape. – respondeu Harry achando graça do amigo.

Rony não demonstrou surpresa pelo nome. Deu de ombros e suspirou.

- Snape e um tremendo filho da mãe! – comentou ele. – Harry, vai procurar saber tudo sobre esse navio! Temos que chegar as horcruxes, não importa como!

- Não vai ser simples, Rony. Precisa descer um pouco sua cabeça das nuvens. Não somos mais dois adolescentes em busca de aventura. – falou Harry.

Rony sorriu e o focou.

- Hei! Ao menos interessante ira ser. – disse o ruivo. – Vai ser como voltar aos velhos tempos, só que sem Hermione! Isso vai tornar as coisa
muito mais interessantes!

Harry riu enquanto Rony dirigia seu olhar o seu relógio de pulso.

- Deus! – exclamou ele sobressaltando-se. – Estou atrasado. – deu um ultimo gole apressado em seu café e jogou o dinheiro em cima da mesa. – Luna precisa da minha ajuda para organizar a festa de dois anos de Sophie. – levantou-se. – A gente se vê, cara.

Harry o viu sair do pequeno pub trouxa e suspirou. Talvez aquilo não fosse muito longe. Jogou o dinheiro em cima da mesa e foi embora.



_****_

Hermione ajeitou o seu sutiã e sentou-se na cama. Sem muitas dificuldades pos sua meia-calça e rumou para o armário e escolheu uma saia de cor escura.

O barulho do chuveiro do lado de dentro do banheiro cessou. A porta mantinha-se fechada. Ela cruzou o quarto e vestiu a sanha frente ao espelho. Focou seu reflexo por um longo segundo. Seus perfeitos cachos castanhos caiam sobre seus ombros e não chegavam a passar da cintura, seu rosto continuava pálido, embora estivesse se sentindo bem melhor. Sentia-se feliz pela cor vermelha de seus lábios ter retornado durante a noite, por seus olhos não estarem tão fundos quanto antes e por não estar se sentindo tão cansada, afinal, ela precisava trabalhar, e daquele jeito certamente não seria capaz.

Lembrou-se de Gina e do que ela lhe falara na noite de natal na casa dos Weasley. Esperava profundamente que sua melhora começasse agora e que nunca voltasse. Receava que fosse verdade, na verdade tinha medo, afinal pelas suas contas havia sim uma mínima possibilidade.

Suspirou, fechou os olhos e tornou a abri-los procurando despachar tais pensamentos de sua cabeça, embora fosse inevitável. Harry lhe fazia sentir-se bem. O jeito como lhe fazia carinho, a forma cheio de ternura quando a olhava, isso lhe trazia paz e jamais imaginara que chegaria um dia a quere-lo tanto quanto desejava agora.

Sentia desespero em dizer que o amava sempre que estava ao seu lado embora não tivesse certeza se aquele amor era novo ou era o mesmo de antes. Não era uma amizade com alguns benefícios a mais agora, era diferente, e, sentia que amizade entre eles morria a cada dia que se passava e que algo novo ia surgindo. Estava curiosa em saber o que vinha pela frente, porém, receosa.

A porta do banheiro se abriu e o vapor quente tomou conta do quarto junto com seu aroma de desodorante masculino. Como ela adorava aquilo. O olhou e sorriu. Ele tinha uma toalha presa nos quadris e enxugava seus cabelos com outra menor. Incrível como ele era irresistível e assustador o fato de ela não ter percebido isso tão cedo.

Ele parou a focando e jogou a toalha menor sobre um dos ombros. Ergueu as sobrancelhas.

- Falta a parte de cima. – comentou ele num ar brincalhão.

Ela riu e pegou a blusa em cima da cama. Tornou a rumar para o espelho enquanto a vestia. Tirou os cabelos de dentro dela e passou a fechar seus botões da frente quando sentiu os braços de Harry a envolver um abraço por trás lento e calma, como ele sempre fazia. Sentiu os lábios dele sobre seu pescoço e sorriu fechando os olhos.

- Hei, você ainda está molhado. – protestou ela num murmúrio.

- Problema? – cochichou ele ao pé de seu ouvido.

- Está me molhando. – disse enquanto passava seus braços em cima dos dele.

- Não parece estar querendo se livrar de mim.

Ela riu.

- Me diga quem quer? – indagou divertida.

Ele ergueu o olhar e pousou seu queixo no ombro dela.

- Você me parece bem melhor, embora ainda esteja um pouco pálida. – comentou ele.

Ela assentiu.

- Me sinto melhor. – disse.

- Não creio que você precise ir trabalhar, Hermione.

- Harry, o profeta não tira férias! Aquele jornal precisa de mim.

Ele lhe deu um ultimo beijo em sua têmpora antes de soltá-la e rumar para seu armário.

- Se você quiser. – ele deu de ombros - Mas se tornar a passar mal, volte para casa.

- Harry, eu estou realmente bem. – ela disse enquanto conjurava uma faixa do mesmo tom da saia e passava em volta de sua cintura. – Sabe, não sei porque estou assim, ou porque fiquei, mas um dia passa, não? Estou melhor, acredite!

- Não sei se posso confiar na sua melhora. – ele disse enquanto vestida sua calça. – Sou medibruxo, Mione. Eu ainda creio que o melhor a fazer é levar você ao St. Mungos.

- Não seja bobo, Harry. – falou calçando seus sapatos. – Sabe que detesto ir aquele lugar para saber da minha saúde.

- É somente algo necessário. – ele caminhou até ela e tomou de sua mão o batom que havia acabado de pegar para passar nos lábios.

Segurou sua nuca e lhe deu um profundo beijo repentinamente. Hermione, de fato, não deixou de ficar surpresa por tal ato repentino, mas céus! Que beijo estava sendo aquele?

Ele a beijava de uma forma profunda, intima. Havia ânsia, mas não estava sendo feroz. Ao que se lembrava, Harry nunca havia a beijado daquela forma e, ela podia admitir que jamais recebera um beijo como aquele. Harry era, de fato, inigualável!

Ele separou-se dela quase que por obrigação. Ela abriu seu sorriso sonhador assim que abriu os olhos e encontrou os dele a focando.

- Não sei, mas, esta tão linda que foi inevitável não te beijar agora. – disse ele num murmúrio.

Ela sorriu passando seus braços em torno do pescoço do homem enquanto ele deslizava as mãos até sua cintura e a envolvia num abraço próximo.

- Que bom. – ela disse num sorriso maroto antes de voltarem a se beijar. – Hum... – ela murmurou logo se afastando relutante afim de dizer o que aparentemente havia lembrado de súbito. – Mês que vem é aniversário de Sophie, sabe disso!

Ele assentiu.

- Sim, sei. – falou.

- Temos que pensar em algo para ela. – falou ela como se não fosse óbvio brincando com os cabelos do homem.

Harry fez uma careta.

- Festa? – indagou.

Ela sorriu.

- Sei que odeia festas, Harry, e, acredito que o ministério a essas alturas não fosse gostar muito da idéia. – disse ela. – Pensei em dar a ela um presente que realmente fosse a deixar feliz.

Ele ergueu as sobrancelhas folgando mais seus braços em torno da cintura da mulher.

- Como o que exatamente?

- Lembro que ela já vem me pedindo algo de muito tempo. – disse Hermione cautelosa.

- Vá direto ao ponto, Hermione. – disse ele abrindo um sorriso.

- Ela quer uma coruja ou um gato. Não sei se vai aprovar a idéia, mas quero que ela fique feliz, Harry, é o aniversario dela. Já me pediu tantas vezes e eu sempre venho adiando.

- Lhe de um coruja. – disse Harry.

Hermione mordeu os lábios e mexeu-se inquieta sobre os braços dele.

- Ela quer um gato. – falou firmemente.

Ele sorriu e ergueu as sobrancelhas.

- Ela ou você? – brincou ele.

Ela sorriu e revirou os olhos.

- Sei que eu... – parou, suspirou e murchou os ombros - Creio que falei muito de bichento pra ela. Ela preferiu o gato, mas sei que você também não gosta muito de bichos.

- Gosto da minha coruja.

- Não gostava do meu gato.

- Não gostava quando ele se metia com a minha coruja. Mas ele sempre foi uma boa bola de pelo pra se acariciar.

Ela riu.

- Posso mesmo dar a ela de presente? – perguntou.

- Hei, claro! – sorriu ele, Hermione animou-se. – Contanto que eu o escolha. – os ombros dela murcharam.

- Harry... – começou ela protestante.

- Não, Mione! – ele a cortou. – Não vou deixar que traga para cá um gato que não sai da loja desde que nasceu!

Ela revirou os olhos.

- Sophie vai escolher, certo! – disse Hermione. Harry suspirou hesitante. – Harry... – ela ergueu as sobrancelhas esperando uma boa resposta dele.

- Certo. – disse, por fim, derrotado. – Sophie escolhe, afinal, o presente é dela.

Hermione sorriu. Ficou na ponta dos pés e selou seus lábios aos dele.

- Eu amo você. – sussurrou.

Ele sorriu e tornou fazer com que o corpo dela estivesse mais colado ao seu.

- Eu também. – e lhe roubou um beijo rápido.

Ela sorriu.

- Harry. – ela o chamou num cochicho. – Quero algo.

- Também está para fazer aniversário? – brincou ele.

Ela riu.

- Não. Eu só... Quero algo, simples, para mim. Talvez não sei para você, mas quero que isso aconteça somente se você quiser. – ele mudou suas feições para uma curiosa. Ela pareceu nervosa, mas ele percebeu que o olhar que lançava a ela, de alguma forma, da coragem a ela. – Quero mostrar ao mundo que estamos juntos.

Os olhos do homem ziguezaguearam por sua face durante um longo tempo em que seus pensamento planaram sobre Voldemort. Notou que ela ficava mais nervosa e que seu olhar não a acalmava mais. Percebeu que não estava fazendo bem a ela e sorriu. Isso pareceu a tranqüilizar, ele sentiu-se melhor.

- Você quer? – indagou ele.

- Claro! – sussurrou ela incerta.

Ele assentiu.

- Certo. Vamos mostrar ao mundo que estamos juntos. – disse ele.

Ela sorriu aliviada.

- Obrigada.

- Pelo que? – indagou ele.

- Por não me fazer se arrepender de nós? – respondeu ela.

Ele sorriu. Acariciou seu rosto antes de beija-la intensamente.

Fora a primeira vez que ele ficou diante da bola de problemas que havia criado.

_****_








N/A: Gente, eu não exclui nenhum capitulos....Todos que estavam postados estão ai.....eu soh anexei um dentro do outro pra diminuir o numero pq jah tava quase nos 50 capitulos.....a galera chega se assustava quando via.....


Eh isso aí.....comentem....

Tantos leitores novos s2
Lindos!
*-*

amo vcs!
Obrigadam por terem surgido....minha inspiração de fics!
Continuem comentando e me façam feliz a cada dia que se passe!
Obrigado a todos....
e Putz....ainda to em primeiro =D....
isso chega me deixa mais leve
apkspoakoskaposkoapkspakpskoapksasao³³³

COMENTEM O CAPITULO!
beijos!
amo vcs...todos
^^

=**

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.