O motivo de tudo



11. O MOTIVO DE TUDO

Uma semana se passou desde que Draco e Gina conseguiram por fim ficarem juntos, e já fazia onze dias que as meninas tinham trocado de corpo. Pansy e Harry, assim como os “sonserinos”, iam às mil maravilhas. Blaise, o elo de ligação entre os dois casais, continuava sozinho (N/A: sim, Blaise vai ficar chupando o dedo!!).

O problema foi que, num encontro às escondidas, as meninas resolveram contar aos respectivos namorados toda a verdade, e resolveram fazer isso juntas. Esperavam que eles aceitassem, já que ambos afirmaram amá-las pelo que eram por dentro e tudo mais.

-Amanhã à noite? – perguntou Gina, esperando que a ruiva confirmasse, e assim Pansy o fez.

-Leve o Draco até a Sala Precisa amanhã, às dez e meia. Não se atrase.

-Eu vou também, pra amansar as feras – disse Blaise, encerrando assim a conversa.

***

Ainda estava amanhecendo quando Pansy acordou. Não estava com sono algum, e as sua queridas colegas de dormitório não paravam um segundo de roncar. Levantou-se e caminhou calmamente até a Sala Comunal, e lá ficou, pensando em como falar para Harry sua verdadeira identidade.

-Olá – sentiu a voz do namorado atrás de si, o que fez um súbito arrepio percorrer seu corpo.

-Oi, Harry.

-Está tudo bem? Você está quieta...

-Eu preciso te pedir uma coisa. Quero que vá até a Sala Precisa hoje à noite, temos muito o que conversar.

-Por que não conversamos aqui mesmo?

-Não, é melhor se outras pessoas estiverem junto.

-O.k., então...

Dando um beijo na ruiva, Harry saiu dali, rumando para seu dormitório novamente. Logo, estudantes começaram a passear pelo lugar, indo para suas salas de aula. Pansy se levantou de onde estava e foi até seu dormitório, arrumar suas coisas. Pegou sua mochila e, ignorando os comentários de suas queridas colegas sobre o lugar onde ela estava agora, saiu, indo para as masmorras. Ela sempre gostara de Snape, mas agora via o motivo dos grifinórios o odiarem: ele simplesmente os ignorava.

Entrou na sala e esperou, até que o Morcegão entrasse e começasse a explicar a matéria. Preparava sua poção com Colin, que era extremamente bom com a matéria e a ajudava. A sala toda virou-se para ver quem é que batia na porta, já que o professor estava espumando por ter sido interrompido.

-Com licença, professor Snape, preciso de uma aluna – começou a professora McGonagall, vendo Snape assentir com a cabeça – Srta. Weasley, queira me acompanhar até a diretoria, por favor.

Enquanto Pansy se levantava, a sala toda murmurava e ria dela, já que pensavam que a ruiva estava envolvida na maior confusão e iria receber a maior bronca do diretor. Bem, tirando a parte da bronca, era verdade. Ela seguia em silêncio a professora até a gárgula, onde ouviu a senha (que já havia mudado) e subiu as escadas, deixando McGonagall pra trás.

***

Gina acordou de bom humor. Não podia mais esperar pelo momento da verdade, em que revelaria tudo a Draco sobre a troca e tudo mais. Mas ainda tinha medo. Sabia que o orgulho Malfoy do namorado era maior que seu cérebro, e que ele ficaria furioso em saber que ela não era Pansy Parkinson, e sim uma Weasley.

Levantou-se, tomou um banho e arrumou seu material para a aula de Feitiços que teria agora. Saiu, esperando encontrar seu loiro em algum lugar da Sonserina, mas não o viu. Entrou para a sala do professorzinho, ainda não avistando seu loiro.

-Onde está Draco? – perguntou ela aos dois guarda-roupas do amado, que ele teimara em ainda não dispensar.

-Não sei.

-Deve estar vindo.

Logo, sentiu um forte puxão pela cintura, e lábios quentes de encontro aos seus. Draco, só ele tinha o poder de beijá-la assim.

-Oi, amor – disse ele, sorrindo genuinamente.

-Oi... – e lhe deu mais um beijinho, antes de ir se sentar em seu devido lugar, ao lado de Blaise.

-Eu ainda não acredito que você está assim com o Draco – comentou o amigo, sorrindo.

-Eu também não...

Batidas na porta. O professor foi até lá, abrindo-a e deixando à mostra a cabeça da professora de Transfiguração.

-Poderia levar uma aluna ao diretor? – sorrindo, o professor fez que sim com a cabeça – Srta. Parkinson, por favor me acompanhe.

Gina sentiu suas mãos gelarem, e recebeu um olhar de “o que você fé agora?” de Draco, sem contar na cotovelada que recebeu carinhosamente de Blaise. Lentamente, se levantou e foi até a professora, seguindo-a em seguida para a já conhecida sala do diretor.

***

Quando Pansy entrou dentro da sala, viu o mestre em pé, ao lado de uma bacia, que ela logo identificou como sendo uma penseira. Dumbledore sorria de fora acolhedora, o que a fez relaxar. Logo, ouviu a porta se abrir, e viu seu próprio corpo (lógico, sendo conduzido por Gina) entrar.

-Que bom que as duas já estão aqui, tenho algo para lhes mostrar.

O professor saiu do apoio da penseira e caminhou até algumas prateleiras, lotadas com frascos de um líquido azul. Cuidadosamente, o velho pegou um dos frascos e despejou dentro da penseira, de forma que uma imagem aparecesse ali. Era uma lembrança.

-Vocês primeiro, por favor – disse ele, vendo Gina pular dentro do recipiente e puxar a mão de Pansy junto, logo depois as seguindo.

***

Parecia que o mundo rodava, e realmente ele rodava mesmo. Quando Pansy abriu os olhos, viu que estava no corredor de um castelo, junto com o professor e Gina. De dentro de uma das tantas portas que havia naquele lugar, viu ela mesma sair de lá, apenas com os cabelos mais compridos. Parecia não estar muito feliz. Ela seguiu pelo corredor, sendo seguida pelos três visitantes. Logo, Gina também viu seu próprio corpo sentada em uma mesa, tecendo a cauda de um longo vestido.

-Sim, majestade? – falou ela (ou melhor, não era bem ela) para Pansy, que sentou-se ao seu lado. A verdadeira Pansy sorriu, ao ver que fora uma princesa.

-Eu não quero me casar – declarou ela, depois de um longo tempo.

-Mas será preciso, pelo reino – disse a ruiva, com os olhos já marejados.

-Eu sei que você é apaixonada pelo príncipe Erik – decretou a princesa, se levantando.

-Eu não... – a ruiva estava chorando, e a morena foi até ela e a abraçou.

-Eu sei que sim, e saiba que eu não gosto dele. Eu não o amo. Eu amo o Gabriel.

-Mas o Gabriel... Snif... Ele não te ama... Snif...

-Ele ama você, eu sei. Danielle, nós estamos encrencadas. Teremos que nos casar com quem não amamos. Veja, eu pesquisei por aqui, e descobri um feitiço que, se combinado, pode fazer uma troca de corpos... Nós podíamos trocar, pra sempre... Assim, você ficaria com o Erik e eu com o Gabriel, sem que eles soubessem...

-Vai dar certo?

Antes que a morena respondesse, Harry (pelo menos era o mesmo corpo de Harry, não é?!) entrou correndo no lugar gritando por seu nome:

-Princesa Ariana! Princesa Ariana! O príncipe Erik chegou!

-Ah, obrigado, Gabriel – agradeceu ela, sentindo o rosto queimar – vamos lá pra fora, Danielle.

-Eu não quero ver o Erik.

-Vamos, vai te fazer bem...

Juntas, as duas caminharam para fora, com Pansy, Gina e Dumbledore atrás delas. Uma magnífica carruagem estava ali, parada, e vários guardas a escoltavam. De dentro dela, o príncipe Erik desceu, deixando as duas garotas (as do presente) de boca aberta.

-Draco... – murmurou Gina, olhando do loiro com trajes sociais medievais para o diretor, que sorria.

Os mesmos traços, o mesmo rosto, a mesma boca, o mesmo sorrisinho sarcástico, o mesmo corpo de deus grego, os mesmos cabelos loiros, os mesmos olhos azuis-acinzentados... Sim, era Draco Malfoy quem estava ali!

Gina viu Danielle corar quando o príncipe lhe beijou a mão, e viu que lágrimas vieram aos seus olhos quando ele beijou o rosto da prometida. Gabriel, vindo de dentro, logo enlaçou sua cintura, o que deixou Ariana desconfortável.

-Que confusão... – comentou Pansy, sorrindo feito boba ao olhar para Gabriel.

De repente, o mundo pareceu ficar escuro, como se uma espécie de fumaça negra o cobrisse por inteiro. As garotas se seguraram uma na outra para não caírem, e quando o mundo clareou novamente, perceberam que estavam no quarto da princesa, e que ela estava vestida toda de branco, e chorando.

-Eu ficaria linda de noiva – disse Pansy, toda orgulhosa.

Logo, a porta se abriu, e por ela passou Danielle, segurando dois pergaminhos. Entregou um a princesa, e segurou um na frente do próprio rosto.

-Tem certeza disso? – perguntou a morena, sorrindo, como se não estivesse sido ela quem estivera há poucos minutos atrás debulhada em lágrimas.

-Mais do que possa imaginar – respondeu a ruiva, sorrindo também.

Ariana se pôs em pé, ficando de frente para Danielle, e juntas elas começaram a proferir o feitiço:

“De uma forma ou de outra
Transformações acontecerão
Nessa vida ou na próxima
Ordeno essa transfiguração!”

Pansy e Gina assistiam à cena de boca aberta. Afinal, elas já haviam dito aquelas mesmas palavras, e olha só o resultado?! Os três viram que a princesa e a ruiva ficaram meio tontas, e logo caíram no colchão macio da cama real. Em seguida, mutações começaram a acontecer no corpo e rosto de ambas, como se tivessem tomado Poção Polissuco, se transformando uma na outra.

-O mesmo encantamento... – murmurou Pansy, de boca aberta.

-Viu, você pode ficar linda de vestido de noiva, mas fui EU quem acabei casando! – disse Gina, sorrindo.

-Danielle casou mesmo com o Erik? – perguntou a morena ao diretor, curiosa.

-Sim, casou. E a princesa Ariana viveu junto com Gabriel o resto de sua vida, sendo a pessoa mais feliz de que se teve notícias. Até agora.

-Como assim?! – perguntou Gina, confusa, vendo as moças dormirem.

Logo, sentiram o mundo girar de novo, e se viram jogados na sala do professor, juntamente com o mesmo. Limpando as vestes, ambas se levantaram, e encararam o diretor, em busca de respostas.

-Meninas, aquelas são as encarnações passadas de vocês.

-O QUÊ?! – exclamaram as duas, juntas.

-Sim, como o príncipe Erik é a vida passada de Draco Malfoy, e como Gabriel é a vida passada de Harry.

-Quer dizer que...

-Nós quatro já estivemos unidos antes?! – perguntou Pansy, espantada.

-Sim.

-Quer dizer que eu troquei de corpo justamente com ela pelo feitiço que a princesa Ariana fez com Danielle?! – perguntou Gina, começando a entender.

-Sim.

-Então há um motivo para elas terem trocado de corpo, e o mesmo motivo vale pra nós duas?!

-Creio que sim.

-Quer dizer que eu e o Draco, como a Pansy e o Harry, dividimos esse feitiço?! Já que eles dois foram as verdadeiras vítimas, não é?

-Sim. Creio que vocês quatro já estiveram ligados muito antes do feitiço ser lançado por Danielle e Ariana, mas que foram mais afetados pelo feitiço que fez a princesa e a plebéia trocarem de corpos.

-Isso explica o porquê de termos sido nós duas as únicas a trocar de corpo...

-Sim, é exatamente isso que eu penso.

-Sr., bem, nós íamos contar aos garotos hoje sobre a troca – confessou Gina, temendo pela resposta.

-Ah, sim, era isso mesmo que eu iria perguntar pra vocês.

-O quê?

-Se vocês realmente querem trocar de corpo.

As duas se olharam e afirmaram com a cabeça. Dumbledore sorriu, como se já soubesse a resposta.

-Bem, é melhor vocês irem para suas aulas, ou os professores me darão uma bronca por ter tirado suas alunas das salas de aula.

Sorrindo e agradecendo mentalmente por poderem ir embora dali, as meninas seguiram seus caminhos para as suas salas de aula, pensando no que acabaram de descobrir.




N/A: eu sei q vcs tao ansiosissimos pra sb a reaçao do Draco e do Harry, mas tenham paciencia, sim?? o proximo cap. a bomba estora!

Bjs

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