CAPITULO 02



CAPITULO 02 - AONDE (QUASE) NADA ACONTECE

Eu não poderia dizer que estava realmente aborrecida com a Luna, afinal, a tarde num delicioso massagista fez milagres com o meu humor, não que eu fosse superficial ou nada desse tipo, mas convenhamos, era uma massagem japonesa!

Eu me espreguicei poucos minutos depois que o massagista saiu, vesti meu vestido e sai em busca de Luna, não que ela precisasse saber que eu estava agradecida, até porque não seria eu a aumentar o ego dela, mas a proposta da pizza ainda me era tentadora.

“Eu quero... pizza!" Sentei-me no sofá enquanto Luna sorria e assistia Heroes, sabe, Heroes não é bem uma comédia ou coisa assim, mas ela adorava ver os personagens principais serem perseguidos por um psicopata, então eu simplesmente ignorava todas aquelas gargalhadas quando um personagem era esfaqueado. ”Pizza”. Repeti enquanto bagunçava toda aquela cabeleira loira.

“Bem, dá para esperar só mais um pouquinho eu adoro essa menina, e ela vai morrer daqui a pouco.” Eu ergui a sobrancelha, eu sempre soube que ela era um pouco doida. “Eu já assisti esse episódio.” Ela sorriu com aquela cara de modelo da Victoria’s Secret. “Não me olhe assim, veja, sinta o sangue, sinta a faca, e viva toda a ironia disfarçada na nossa sociedade capitalista.” Eu a olhei com se dissesse “que mundo é esse?” e ela me olhou com aquele jeito Luna de dizer “eu não sou maluca, mas se você disser que eu sou maluca eu vou te matar.”

Definitivamente ela não era um pouco maluca, ela era completamente, mas sabe de uma coisa? Eu adoro essa maluca.

“Veja bem”, ela começou quando entrou na propaganda. “Eu sou o Miyagi do seu Karate Kid – no sentido da diversão. Não no sentido do Karate, é óbvio.”

“O quê?”

“Hum, você está ficando velha demais... e chata!”

“Eu não sou uma velha!” Quem ela pensa que é? Definitivamente eu sou três meses e vinte e três dia mais nova. “Eu sou mais nova que você, sua bruxa.” Ela sorriu, levando tudo na brincadeira, quando na verdade eu estava me lembrando do sonho que tive noite passada. O “Harry aterrador”, muito gato, a “Luna Bruxa” e a “princesa Guinevere” que no caso, era eu. O que me leva a pensar que esse foi o sonho mais estúpido que eu já tive, porque eu não gosto mais do Harry, pra falar a verdade eu nem me lembro dele, quero dizer, eu até me lembro.

Ele sempre foi muito feio. Você sabe, alto demais, forte demais, metido demais, bom demais, e todos esses ‘demais’ que o tornam nessa pessoa horrível que ele é.

Ah, ignorem o que eu disse, ele é um gato, e eu às vezes fico pensando como ele não deve estar agora, sete anos mais velho. Definitivamente um daqueles caras que enquanto mais velhos ficam, mais bonitos, charmosos e sexy, se transformam, tipo o George Cloney... Yeh...

“Gine?”

Eu a olhei enquanto tentava não pensar em você-sabe-quem.

“Desculpe, eu me distrair...” ela me olhou desconfiada.

“Tudo bem, eu liguei pra tia Molly enquanto você dormia e pedi para que ela arrumasse o James, dentro de meio hora vamos busca-lo.”

Eu sorri, eu havia adorado fazer todas essas coisas de solteira, mas nem se quer por um minuto eu me esqueci do meu precioso James. Meu pequeno conquistador; então eu me dei conta, pela primeira vez desde que virei mãe, eu jamais poderia ser a velha Ginervra Weasley, porque agora alem de filha eu era mãe, e isso, nunca vai mudar...

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“Então concluindo, as margens de lucro são maiores e com maior probabilidade de negócios nesta área...” Eu olhei para meu grande amigo, Draco Malfoy, mesmo depois de tanto tempo, nós ainda éramos amigos.

O tipo dele nunca foi o mais confiável aos olhos de um pai, Draco poderia encantar mulheres de todas as idades, mas os pais, eles sempre sabiam que por trás daqueles olhos azuis e singelos havia um predador. Então eu sorri com aquela idéia, o que os pais pensariam sobre mim? Sobre meus olhos verdes?

“Harry?” eu vi uma mão estalar-se na minha frente. “Você ainda está vivo? Ou quem sabe, neste planeta?” eu fiz uma careta. “Hei, não me olhe assim, você não ouviu uma só palavra do que eu disse. E olha que você nunca faz isso...”

Draco tinha razão, ultimamente eu estava divagando demais, principalmente depois da minha primeira parada cardiorespiratoria...

“Cara, você está vermelho! Olha o coração...”

“Droga Draco! Eu não vou ter um infarto aqui, então se tranqüilize... Você não vai ver a Allie tão cedo...”

“Eu não quero ver a Allie, ela é uma piralha mimada e... Eu não gosto dela!”

“Sabe de uma coisa? Precisamos de mulheres!.”

Ele sorriu amigável: “Com certeza. Tem uma pizzaria nova abrindo e...”

“Pizzaria? Que tipo de homens de negócios comem em pizzarias?” Eu nunca andava em pizzaria, principalmente pelo fato de nunca poder competir com meus amigos, nem tomar cervejas ou nada parecido. Mas no fim, fora uma reunião de negócios, totalmente estressante, que me levou a ter uma quase morte...

Tudo bem, foi um pouco de exagero da minha parte, eu não cheguei a ter uma quase morte porque minha secretaria é uma excelente enfermeira, mas foi quando eu senti aquela dor subindo pelo braço direito que eu tive certeza que jamais poderia esquecer que tipo de pessoa eu era, eu era um diabético com sérios problemas de coração.

“Bem, o nosso tipo, então levanta o seu traseiro gordo daí, e vamos conseguir algumas ninfetas para o harém...”
“Há-há, você é tão engraçado. E eu não vou a uma pizzaria.” Falei decidido, mas sem mesmo me dar conta, eu já havia saído do escritório e entrado no meu carro, uma BMW preta.

Então mais uma vez eu comecei a divagar. Eu abolia completamente a idéia de comprar um carro desses, eu era um rebelde, um rebelde calado que gostava de correr na sua 4x4 com tração nas quatro rodas por toda a área desabitada de Londres. Era como se cada vez que eu recusasse a comprar um carro caro e exigido pelos meus padrões, eu estivesse desafiando a sociedade, mostrando que eu era melhor que tudo aquilo... Que idiota, no fim acabei na mesma lama em que todos os meus amigos acabaram, tirando exceto Draco, que faz o seu trabalho de “esmagar os outros”, uma nova aventura. O que me leve a uma nova questão, Draco Malfoy...

“Cara, você está divagando, de novo...” ele sorriu e eu balancei a cabeça. Draco sempre fora um tipo popular, além do meu melhor amigo. Mas agora ele era diferente. De fato, todos nós mudamos. Draco agora usava seus cabelos um pouco maiores, desajeitados, ao contrario da adolescência, aonde seus cabelos espetados faziam moda por toda a escola. Não usava mais roupas frouxas nem rasgadas, agora sempre que possível utilizava um bom Armani, o que, pelo que eu pude perceber, combinava bem mais com ele. Agora o rosto. Continuava o mesmo, desde a adolescência, pelo que eu me lembro Draco nunca foi contrariado, nunca sofreu, ou foi responsabilizado pelos seus atos.

Não que ele fosse irresponsável hoje, ao contrário, era um dos melhores economistas da empresa, e mesmo sendo dono, ao contrário do que todos pensavam (e nesse caso até mesmo eu me incluo entre esses), Draco não virou um “bone vie*” e sim, mais um trabalhador, que pagava suas contas em dias.

*(boa vida)

O lugar aonde ele estacionou era, na verdade, um Point para adolescente. O lugar era grande, com decoração ao estilo dos anos 80, e as garçonetes deslizavam sobre seus patins e suas saias rodavam.

“Isso não é de verdade.” Eu resmunguei um pouco mal humorado. “Eu não quero sair com adolescentes Draco, eu quero uma mulher sexy, moderna e boa de cama.”

Ele sorriu.

“Você é um coroa... Velho...”.
“Eu não me importo, mas eu não vou descer... quantos anos essas garotas devem ter?” Disse apontando para duas lindas garotas que sorriam viradas para o balcão. “Dezesseis? Dezessete?”

Eu não podia negar a ruiva era realmente espetacular, com curvas nos lugares certos, só faltava ter um rosto de anjo também, mas eu não ficaria ali para descobrir.

“Relaxa, você pode perguntar a idade antes de paquerar qualquer uma, afinal, você não é dos mais feios.”

Eu sabia que não era feio. Nunca fui. Apesar de ter crescido um pouco demais nos últimos anos da puberdade. Afinal eu tinha 1,90m, e pesava noventa quilos. Pode parecer muito, mas segundo a medica eu estava bem, fisicamente, porque todos os dias eu fazia questão de correr pelo menos cinco quilômetros, e fazer uma hora de musculação, todos os dias, e no final de quase dez anos, você ganha alguma massa muscular.

“Não queira atingir meu ego, ele está intacto.” Draco revirou os olhos.

“Bem, se você não quer, ao menos espere que pegar alguns telefones... pra mim...” ele completou quando eu olhei mal humorado. Eu provavelmente botaria mais medo do que tudo em qualquer uma dessas garotinhas. Eu não era angelical como Draco.

Ele se levantou, afrouxo a gravata e deixou o terno no carro. Ido direto ao encontro das garotas que eu havia mencionado.

Se bem que... Aquela ruiva... Era realmente de parar o trânsito, se ela pelo menos fosse um pouco mais velha...

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Comer pizza era algo que eu não fazia há muito tempo, principalmente ao lado da minha melhor amiga e do meu filho. James estava lá, inquieto, mas ainda assim sentado balançando suas curtas perninhas que não chegavam a alcançar o chão. A pizzaria era incrível, com vitrolas de verdade e garçonetes sobre patins.

“Vocês se importariam se eu sentasse aqui?” A voz não me era estranha, pra falar a verdade, me parecia bastante familiar, mas eu só o reconheci segundos após finalmente me virar, com o propósito nada amigável de lhe dar um fora.

Mas então eu reconheci, e tenho certeza que ele me reconheceu. Draco Malfoy era mais bonito do que eu me lembrava. Os cabelos eram um pouco grandes, mas não chegavam a cobrir as orelhas, os olhos eram como o metal líquido, ainda assim ligeiramente cativantes. Ele estava alto, não tão alto quanto eu imaginei que ele ficaria com o passar dos anos, mais ainda assim mais alto que eu, o que não era em si grande coisa, já que eu sou um nanica. Para ser mais exata, ele tinha a altura da Luna em um salto baixo. Forte, mas algumas pequenas sardas do sol, o que em si não era de fato um defeito, tudo em Draco Malfoy estava voltado para um charme inebriante.

“Ginervra Weasley?” e a voz, agora estava rouca.
“Não me diga que meus olhos vêem quem eu penso que é. Draco Malfoy!” eu levantei para poder abraçá-lo. Até que ouvi um “hu-hu” irritante. “Draco, esta é Luna Lovergood, Luna, Draco Malfoy.”

Luna levantou-se o dando três beijinhos no rosto.

“Então esse é o famoso Draco Malfoy?”
“Bem, eu não diria famoso, mas... A quem nós queremos enganar? Sou eu mesmo. Em charme e amor pra dar.” Luna gargalhou. Então me bateu uma idéia, um sapato velho para um pé cansado...
“Bem, depois da piscina...” ele pensou um momento antes de abrir um sorriso radiante para Luna.
“É.. Alguns gostam de serem lembrados por seus grandes atos, eu prefiro ser lembrado por bons momentos....”
“Bons momentos?” eu perguntei numa falsa surpresa. “Não foi você que saiu no jornal da escola depois da humilhação publica de ser carregado pelo irmão...” eu não terminei de falar, porque James havia aparecido...
“Mère, je veux aller pour maison !” (Mamãe, eu quero ir para casa!)

Draco arregalou os olhos e olhou para Luna, certo de que o menino estava falando para ela.

“Il fait faillite dans Anglais JJ*” (Fale em inglês JJ)

*(pronuncia-se Jay-Jay)

Minha vida, sem dúvida, seria hilária, se não fosse tão trágica. Draco olhou James com os olhos arregalados e me olhou de volta, eu sorri sem saber o que dizer. Poxa, o que eu poderia fazer? O melhor amigo do pai do meu filho estava do meu lado, e ele não sabia disso.

“Bem, eu não estou mais com fome, e.. Veja só já passa das duas.. Você não combinou as três com sua mãe Gine?”

Eu a olhei surpesa, e logo depois me lembrei de adicionar mais um favor e prol da minha melhor amiga...

“Meu Deus, você tem razão” Eu coloquei James no meu braço virando seu rosto para o lado oposto de Draco.

“Bem, por essa eu não esperava. Digo, um francês Gina? Pensei que você era mais original.” Draco sorriu arrogante

“Pois é um francês... Mas, agente se vê por ai.. Certo, você está por aqui, não está?”

“Sim, eu...“

“Ótimo! Te vejo por ai!” Eu sai rapidamente com James no Braço e Luna ao meu encalço, enquanto Draco ficava sentado na mesa me observando e recebendo atordoado uma pizza extra grande de quatro queijos, que originalmente era nossa. Então Draco fingiu que não desconfiava de nada, e eu fingi que não desconfiava que Draco desconfiasse...

Nós entramos no carro correndo, e James disse que todos os adultos eram bobos, e Gina, secretamente, sempre achou que ele provavelmente estava certo.

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Oi, capitulo um pouco maior que o ultimo, mas vejam pelo lado positivo, eu já estou na metade do segundo...

Então, ai vai uma trelinha do proximo:

"E... por um momento eu tive a impressão de ver Gina Weasley carregando um garotinho."


Detalhe, eu ammmmmmmmmmmo esse proximo capitulo!

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PS: Desculpem a falta de criatividade no titulo do episodio ok?

Obrigado a:

Loly Evans = Bem, ver.. ver, ela já vai ver no proximo, mas saber, ai vai demorar mais uns dois capitulos, eu acho. Então o que achou desse, finalmente mais um maroto...eh?

Anna Nogueira = Sebe, talvez seja alguem que vocês nem estejam desconfindo que separou Harry e Gine, enfim, vale acompanhar pra descobrir né?

Guta Weasley Potter = Será? Será que foi o Malfoy mesm? Mas.. sewmpre há a possibilidade né? Mas não se preocupe, a verdade vem a galope, e apessoa que fez isso, pode não ter más intenções...

Tatiane Evans = Com certeza, nunca é tarde para um comentario. E ainda estão chegando mais personagens, então é isso, aproveite!

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