O espelho mágico



Krum pareceu ficar muito satisfeito com a aceitação do grupo. Rony sentia-se um pouco aborrecido. Hermione caia nas graças do jogador de quadribol mais famoso do mundo. Harry não pensava em outra coisa a não ser nas horcruxes. Todos saíram naquela tarde para andar pela cidade mal cuidada.
-Pelo que li nos documentos de Hogwarts, quando tive a oportunidade, no último dia escolar do ano passado, eu peguei o nome do orfanato em que ele viveu – disse Hermione estendendo um papel a Harry, que leu em voz alta.
-Instituição Sant Mary.
-Que nome sem graça – comentou Rony de mau humor.
-Por que vocês querem procurar esse orfanato onde Você-Sabe-Quem viveu? – perguntou Krum.
-Para procurar uma pista de onde ele possa estar se escondendo... – disse Harry, sem dar muita bola a pergunta dele, tentando fugir do assunto.
-Ah...
O grupo andou a tarde inteira. Perguntavam as pessoas onde ficava o orfanato, mas elas pareciam se desagradar com tais perguntas e saiam sem lhes responder. Quando no fim da tarde finalmente acharam um imenso pavilhão caindo aos pedaços, num terreno grande, havia uma placa caída no chão que Hermione percebeu, e ao virá-la, teve então uma surpresa.
-Sant Mary... – leu Rony com tédio.
-É aqui, vamos entrar...
-Mas pessoal, vocês não repararam que não há ninguém ai... – disse Krum, parecendo estar com receio de entrar.
-Sim, não somos idiotas – disse Rony. – Mas vamos ver se sobrou algum vestígio lá dentro.
-Então eu fico aqui... Em caso de alguém chegar, e tentar adentrar. Nunca se sabe, não é mesmo?
Rony riu, mas achou melhor mesmo o brutamontes não entrar, pois caso Hermione se assustasse com alguma coisa era ele que queria protegê-la.
O trio entrou, abrindo o portão enferrujado, que fez um imenso barulho. Logo após passarem pelo pátio de grama alta, arrancaram as tábuas pregadas nas portas usando magia, enquanto nenhum trouxa passava.
A casa era muito escura e fria. Rony imaginou como seria no inverno, se no outono a sensação era abaixo de zero. Havia muitos buracos no teto, que era o chão do segundo piso. Os três acharam mais sensatos não subirem antes de verificar o térreo, e se era aconselhável pisar nas escadas carcomidas por cupins.
-Reparo! – gritou Hermione, e de sua varinha saiu um jato de luz que não causou efeito nenhum em degrau algum.
-Mas como?
-Tente de novo! – disseram Rony e Harry ao mesmo tempo.
-Reparo!
Os três se olharam assombrados. Até que um estalo se sucedeu em Hermione.
-Vocês dois não percebem? – perguntou ela de repente. – Isso foi lacrado com magia. Ninguém pode subir ao segundo piso. Só pode ser obra de Voldemort...
-Como você tem tanta certeza? – perguntou Harry.
-O feitiço Protego é muito utilizado em casas abandonadas, quando alguém precisa fugir rapidamente. Eu li isso em História da Magia. Pequenos feitiços, como o Reparo não funcionam quando o Protego está ativo em um objeto grande. Nesse caso as escadas, e o segundo piso todo.
-Legal, e agora como vamos subir? Voando?
-Isso Rony!
E então Hermione lhe deu outro beijo no rosto. Enquanto ela saia da casa, ele disse:
-Isso está ficando bom. Quando Hermione fizer isso de novo, eu vou tentar beijá-la na boca – disse a Harry, que levantou as sobrancelhas, surpreso com o que o amigo dizia.

Mais tarde Hermione se encontrava sozinha na frente do portão enferrujado, batendo o pé no chão, e de braços cruzados. Seu cabelo estava preso em um rabo-de-cavalo, porém com efeito liso, causado pelo feitiço Alisante, tinha deixado os óculos escuros na pensão, mas vestia um moletom cinza, e uma calça preta, estava na cor neutra, assim como Rony e Harry, depois de ela insistir a eles que colocassem roupas não-chamativas. Vítor vestia uma capa cinza por cima de um uniforme de treino de quadribol na cor verde escuro. Ela tinha acabado de mandá-lo buscar sua vassoura, a de Rony e a de Harry na pensão. Usar o Accio poderia assustar algum trouxa. E aparatar não era uma boa idéia. Afinal de contas o Ministério estava com o Toque de Recolher...
-Por Merlim!
Ela levou a mão à boca. Acabara de lembrar que pela manhã Harry tinha aparatado para procurar Rony. A essa altura já sabiam onde Harry estava. O que ela faria? Resolveu não chamar Harry, se a casa tivesse mesmo um feitiço, nesse momento o paradeiro dele estaria ocultado pelo Protego. Era sua única chance. Ela entrou no pátio, esperando ansiosa pela volta de Vítor, depois de alguns minutos, que pareceram anos para ela, ele voltou com as três vassouras.
-Graças a Merlim! Entre com elas! Vamos! Logo!
-Mas o que aconteceu?
-Depois te explico.
Krum parecia assustado e receoso de entrar na casa, mas Hermione não tinha tempo para pensar em bobagens. Ao entrar pela porta jogou as vassouras nas mãos dos donos, puxando Krum para dentro.
-Temos que ir depressa! Acabei de me lembrar que Harry aparatou, temos que sair dessa cidade. Procurem pistas lá em cima! Eu fico aqui, vão!
Os três, incluindo Krum, subiram no segundo piso voando. Rony não entendeu de primeiro o que estava acontecendo, e então se lembrou do Toque de Recolher... Harry tinha aparatado por sua causa... Precisavam achar rápido qualquer pista e sair dali.
Não havia nada no segundo piso a não ser móveis velhos, Harry revistava as gavetas, e Krum os altos dos armários, os dois permaneciam em suas vassouras. Rony vasculhava os cantos, até que viu, em baixo de uma caixa de papelão, algo brilhando com o reflexo da luz do sol que entrava pela janela de vidros quebrados.
Parecia um espelho, pois dava para perceber uma moldura toda entalhada. Rony abaixou-se com sua vassoura, mas era impossível tocar no chão por causa do feitiço. Ele encostou a mão na caixa e a retirou para o lado. Era mesmo um espelho. Ele estava intacto e parecia ter sido guardado na caixa, que estava comida por traças, o que fatalmente teria deixado o espelho cair de dentro dela, pelo fundo da caixa de papelão.
Com toda calma, ele abaixou-se mais, e conseguiu erguer o espelho, por uma fração de segundos achou que ia deixá-lo cair e se espatifar. Mas o pegou a salvo na mão.
-Rony!
Krum gritara seu nome, no susto Rony deixou o espelho cair. Fechando os olhos para não ver o estrago que tinha feito, ele esperou pelo barulho de cacos que não vieram. Ao cair, nada acontecera com o espelho.
-Não quebrou? Mas como não quebrou?
-Rony, o espelho não quebrou porque é uma...
Rony viu Harry olhar para Krum e se calar. Mas ele entendeu o que o amigo estava tentando dizer.
-Entendi Harry! Por isso o espelho não quebrou, não foi?
-Sim, Rony.
Os dois se aproximaram do espelho caído no chão, a imagem deles era refletida, mas de um modo assustador. Rony se viu cheio de olheiras, com a pele cinza, a boca preta, os cabelos negros e viu seu amigo Harry com a mesma impressão ruim,e com as mesmas características refletidas no espelho, só que Harry estava com o cabelo cinza escuro.
O espelho era redondo e do tamanho da mão de Rony. Sua moldura era feita de prata, e as escritas pareciam runas entalhadas a fogo, Rony só sabia disso porque vira Hermione decorando o alfabeto rúnico uma vez.
Krum parecia decidido em não chegar perto, mas mantinha um ar de curiosidade sobre o espelho e sobre o interesse deles nele. Rony resolveu agarrar de uma vez o espelho e guardá-lo dentro do moletom cinza.
Os três voaram de volta ao térreo e Harry pediu para Hermione correr até o dragão. O campo de capim alto era logo ali ao lado.
Todos foram na mesma direção, porém com cuidado para não serem vistos. Chegaram perto de Saki, e desmontaram suas vassouras.
-É o seguinte achamos uma coisa Mione – disse Harry. – Eu vou voltar à pensão, pagar nossas despesas, e pegar nossas coisas, e depois...
-Não Harry! De jeito nenhum, eles já sabem que você está aqui! Eu vou. Estou menos irreconhecível que vocês. Eu pago, pego nossas coisas e nós partimos.
Hermione saiu correndo, Rony tentou impedir, mas ela já estava longe. A angústia tomou conta dele na meia hora que se passou, Harry parecia cada vez mais preocupado, e Krum permanecia calado e pensativo.
-Eu queria saber que importância tem esse espelho. Vocês podem me dizer?
-Como você pode se preocupar com o espelho enquanto a Hermione, que até já foi sua namorada, está demorando tanto? Ela pode estar em perigo, e você quer saber da droga de um espelho? – berrou Rony para Krum.
-Você tem razão Weasley.
-Harry! HARRY! – era Hermione. – VAMOS! Eu vi Lúcio Malfoy.
Ela estava desesperada, Rony queria abraçá-la e reconfortá-la. Mas não havia tempo, ela já montava em Saki e subia vôo. Krum parecia colado ao chão.
-Vamos Krum! – disse-lhe Harry.
Então Krum parou de olhar vagamente para a cidade e levantou vôo, junto com os demais. O dragão foi o último a desaparecer na vastidão do céu.



O pequeno espelho reluzia com a luz do sol de outono ao sudeste da Inglaterra. Estavam os quatros, num imenso campo aberto, de grama verde, e flores silvestres. O dragão dormia, ou apenas descansava, ao lado de Rony. Já era final de tarde, e fazia alguns minutos que tinham chegado a essa região. Harry parecia não conseguir se focalizar na horcrux direito. Hermione segurava o espelho, e dava risada, aquilo chamou a atenção de Rony.
-Do que você está rindo Mione?
-Estou vestida toda de rosa no espelho, e meus óculos também são rosas. Meu cabelo está loiro. Não é engraçado?
Hermione desatava a rir, e Rony foi dar uma olhada no reflexo dela, porque ela só podia estar falando um absurdo... Como? Se ele, e Harry, tinham aparecido daquele jeito horrível no espelho?
-Mas... Mas... Oh Céus! Ela está mesmo de rosa. Tira os óculos Mione, tira! Eu quero ver uma coisa...
Foi como ele imaginou. Ela tirou os óculos escuros, e ficou apenas com o rosto na frente do espelho, manchas quase negras apareceram em baixo dos olhos, e cabelo estava cinza e sua boca ficando preta.
-Mas que coisa horrível!
Ela jogou o espelho no chão como se ele fosse algo nojento, e ele foi arremessado com tanta força, que se fosse um espelho normal se quebraria em pedacinhos, porém nada aconteceu ao objeto quando este caiu no chão.
-Krum me alcança ele aqui, por favor. – Pediu Harry a Krum, que estava perto de onde o espelho caíra. Krum, olhou para ele surpreso. Rony podia jurar que os olhos dele pareciam medrosos. Mas este fez o que Harry pediu. O reflexo da imagem de Krum estava muito longe de Rony, mesmo assim ele notou, que o cabelo dele continuava preto no espelho.
-O que vamos fazer Harry? – perguntou Hermione, desviando a atenção de Rony para sua direção. Ela parecia aterrorizada.
-Não sei ainda... Esse espelho é muito singular. Nunca ouvi falar de algo assim. Pensei que você soubesse Hermione.
-Mas eu não sei Harry – ela lhe disse decepcionada.
-Eu posso ajudar. Mas terão que me contar qual é a importância desse espelho.
Os três, e o dragão que já tinha saído do descanso, ergueram as cabeças e olharam fixamente para Krum.
-Do que você sabe? – perguntou Harry intrigado.
-Hum... Bem... Minha escola lida com magia negra também, e esse espelho é um Espelho Mágico. Mas vocês vão me dizer ou não?
Hermione olhou para Rony, e depois para Harry. No primeiro momento eles não sabiam o que dizer. Mas Hermione foi mais esperta.
-Ele é como a pista de um mapa, que nos levará a Voldemort, ao seu ponto fraco.
-E como você sabe que é essa a pista certa?
-Ora Krum... Faça-me o favor, está bem? Isso não te diz respeito! – estourou Rony.
-Como não, Weasley? Estou com vocês e...
-Está bem Krum, eu vou lhe contar tudo.
-Harry! Não! – disse Hermione repreendendo Harry com o olhar.
-Hermione, Rony... Se não confiarmos nele, ele não cofiará em nós...
-Mas e Dumb...
Ela se calou, com o olhar cortante que Harry lhe deu.
-Seguinte Krum... Eu e meus dois amigos, Rony e Hermione, estamos numa busca...
-Ah cara! Não confia nele não!
-Eu sei o que eu to fazendo Rony. Voltando ao que eu dizia... Krum, nós estamos numa busca por... – Harry tinha um olhar divertido. – Por uma chave.
Krum estava com o olhar tão fixo em Harry, que não notou a surpresa de Rony e Hermione.
-Por uma chave? – perguntou Krum curioso.
-E nós, eu quero dizer a Hermione, pesquisou num livro, que essa chave só pode ser encontrada com os Elementos Chaves, que são ao todo três... Um espelho, um medalhão e... E uma taça. Não é Mione?
-Claro Harry – ela respondeu sorridente.
Rony estava achando um máximo à história que Harry inventava.
-Mas para que serve a chave?
Eis uma pergunta difícil, Rony pensou.
-Para encontrarmos um chifre de Unicórnio, que Voldemort guarda. Algo que lhe dá mais força que o normal, e nós poderemos então destruí-lo, se acharmos o chifre – Harry respondeu.
A história era sem pé nem cabeça, Harry tinha que convir. Mas Rony achou que para alguém que não entendia nada de Voldemort, assim como o Krum, era cabível de se acreditar.
-E então? Vai no ajudar com o espelho? Hermione e eu não sabemos o que fazer exatamente com os Elementos Chaves.
Krum parecia chocado com alguma coisa, mas começou analisar a situação pelo que se percebia.
-Como disse, é um Espelho Mágico, feito de pura magia negra. Não é como os outros espelhos mágicos que há por ai. Ele é mais potente, porque ele é feito com um pedaço do primeiro espelho feito no mundo.
-Eu acho que agora me lembro... – disse Hermione. – Estudei isso, mas era um trecho muito pequeno. O Espelho Vital...
-Sim Hermione, Vital, porque há lendas que acreditam que ele pode carregar vidas.
-Como assim? – quis saber Rony.
-Antigamente para uma pessoa se ver no espelho, era como ver seu reflexo pela primeira vez, ainda mais para quem nunca tinha se visto na água. Estão inventaram a história de que um espelho carrega a vida da primeira pessoa que olhar para ele. Claro que isso não é verdade, porque do contrário não existiria mais gente para fazer os espelhos. Eles são sempre os primeiros a olharem nos espelhos recém feitos.
Hermione riu.
-Mas o que tudo isso tem haver com esse espelho aqui? – Harry perguntou erguendo o espelho, que estava em sua mão, para o alto.
Krum abaixou a cabeça e pegou uma pequena pedra do chão, que estava entre a grama. Quando Harry abaixou o espelho, ele atirou a pedra pra longe.
-Dizem que o espelho mostra o seu oposto – continuou Krum dizendo. – Mas não o seu oposto, e sim o oposto de sua imagem, ele foi feito para enlouquecer quem ousasse se aproximar demais dele. Se eu não me engano, há apenas dois desse no mundo inteiro, e sinceramente, eu não sei como um veio parar nas nossas mãos. Eles estavam dados como perdidos.
Por um momento Rony se perguntou se Saki sabia de alguma coisa, ele parecia Realmente interessado na conversa. Como todos se calaram nos minutos que se seguiram, Rony pegou a corda do dragão.
-Eu vou dar uma volta com ele, acho que tem um riacho ali perto. Ele deve estar com sede. Eu já volto. Não fiquem olhando pra esse espelho.
Dizendo isso Rony saiu, e esperou chegar ao Riacho, e Saki beber água antes de falar com ele, e lhe contar tudo de dentro da casa.
-E então? O que você achou disso tudo? Entendeu?
-Sim, está na cara que é a tal da Horcruxa!
-Horcruxe!
-Sim, sim, isso ai mesmo. A questão é que eu sei sobre esse Espelho Vital.
-Sabe?
-Sei.
Os olhos do Dragão eram azuis, e lembravam a Rony os olhos de uma pessoa, mesmo sendo olhos de dragão.
-Diga o que sabe – pediu Rony.
-Ele, na verdade, carrega a alma de quem pedir, mais ou menos como a história das Horcruxes.
-Como você sabe?
-Já lhe disse, sei mais do que você possa pensar.
-Eu não entendo...
-Bem, quer saber mais ou não?
-Sim, claro, fale!
-Você pede para que ele carregue sua alma até algum lugar por um determinado tempo, que pode ser até mesmo séculos. A vantagem de um objeto normal, para o Espelho Vital, é que este protege sozinho, sem precisar o bruxo usar magia.
-Então Você-Sabe-Quem usou o espelho em beneficio próprio, e o Protego era do próprio espelho?
Rony estava confuso.
-Acho que esse Protego é causado pela varinha de um bruxo, não?
-Sim.
-Para mim, parece que o próprio espelho fez todo o trabalho sozinho, usando proteção mais forte.
-Mas Hermione disse que o Reparo não funcionava por causa do Protego.
-Já eu creio que nenhum feitiço de varinha alguma funcionaria onde o espelho se encontrasse, e acho que nem agora vai funcionar com o espelho. Precisaram achar outro jeito de destruir essa horcruxe.
-Você está falando de um jeito diferente.
-Impressão sua.
Rony voltou para perto do grupo, e então eles montaram acampamento. A barraca tinha sido trazida por Rony, ele ganhara de presente de aniversário dos irmãos Fred e Jorge juntamente com o dinheiro. Ela era portátil e cabia em sua mochila.
Krum saiu com sua mochila, dizendo que ia buscar água para todos eles, e demorou a voltar com apenas uma garrafa cheia d’água quando já era noite. Depois eles conjuraram uma fogueira, e após jantarem, e já terem se protegido com o feitiço Protego, foram dormir. Krum e Harry dormiam no chão da barraca, que era enorme por dentro, apesar de parecer muito pequena, menor do que a que eles tinham ficado na Copa Mundial de Quadribol.
Rony ficou com o beliche de cima, e Hermione com o de baixo. Ele estava achando engraçado que há poucos anos atrás ele estava numa barraca como aquela para assistir o cara que estava ali agora, jogar como apanhador na copa de quadribol. Nisso, surgiu uma dúvida nova na cabeça de Rony.
-Krum?
-Sim? – perguntou ele, que já estava deitado no saco de dormir azul que Hermione trouxera, Rony tinha emprestado o seu a Harry que guardava o espelho no momento, dentro de sua própria mochila.
-Você abandonou o time? Tudo isso só para ver a Hermione?
Rony fez sua última pergunta somente após se certificar de que ela já dormia.
-Sim.
Rony se virou para a parede, com raiva. Seria difícil disputar Hermione com Krum. Mas ele não ia se fazer de rogado dessa vez. Se o cara era capaz até de abandonar o time por causa dela, significava que estava disposto a brigar por ela. E Rony não ia deixar isso barato, de jeito nenhum!
Dormiram todos muito tranqüilamente naquela noite. E o espelho jazia calmo dentro da mochila de Harry. Tudo se encontrava perfeitamente bem. Perfeitamente bem, até demais.

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