A presença de um quase estranh

A presença de um quase estranh



Algumas horas mais tarde, todos já tinham partido para a próxima cidade, onde supostamente era o orfanato em que Voldemort morava quando era criança. Na verdade, onde Tom Marvolo Riddle vivia na infância. Harry, Rony e Hermione acharam a cidade imensamente desagradável. Tinha um aspecto pitoresco demais. Não faziam questão nem de saber o nome de lá, queriam algumas informações, e depois partiriam dali o mais depressa possível.
-Nossa intenção aqui é achar pistas na infância de Voldemort sobre objetos que ele costumava dar mais atenção, como anéis, diários, etc...
-Sim Mione, essa foi uma ótima idéia sua, só me diga como vamos descobrir essas coisas?
-Calma Harry! Eu tenho um plano!
-É Harry! Mione sempre tem um plano!
-Você está querendo dizer o que com isso Rony? – perguntou ela indignada.
-Nada. Apenas afirmei o que você disse.
-Bem... Temos que verificar se o orfanato em que ele viveu ainda existe, e depois procurar as pessoas que trabalharam lá na época de Voldemort.
-Acho difícil Você-Sabe-Quem não ter matado todo mundo só por vingança.
-Nunca parei pra pensar nessa possibilidade.
-Ah que bom! Eu pensei em alguma coisa que você ainda não tinha pensado... Acho que mereço um prêmio.
-E que tipo de prêmio você está querendo Rony? – perguntou Hermione desconfiada.
-Depois eu te digo.
Harry tossiu de propósito como para lembrar que ainda estava ali. Rony e Hermione o olharam como se de repente percebessem que havia alguém entre eles. As bochechas dela coraram e as orelhas de Rony se tornaram um pimentão.
-Hã... Bem... Eu... acho que temos que ir procurar agora antes de anoitecer.
-Mione, eu agradeço a ajuda, mas se já está ficando escuro é melhor pagarmos uma pensão e ficarmos por aqui.
-Que isso Harry... – Hermione tocou na mão de Harry. Uma pontada no estomago de Rony o avisou de que novamente ele estava sentindo ciúmes dos amigos que eram como irmãos. Deixa de ser idiota Rony... Harry gosta de sua irmã... Dizia a si mesmo. Mas e a Mione?
Quando eles deixaram Saki em um campo de capim, e partiram para a pensão da cidade, Rony não conseguiu falar com o dragão. Depois, ao reservarem o quarto, quando Hermione foi se trocar, Rony resolveu falar com Harry.
-Harry?
-Sim?
-Você ainda... gosta de minha irmã?
-Rony... Eu sei que por minha culpa sua família está em risco... Desculpa ter me envolvido com Gina... Mas acabei com ela justamente para protegê-la, e porque a amo... A amo mais do que você possa imaginar.
Aquilo mexeu com Rony. Ele sabia disso. Era um bobo mesmo em pensar em coisas idiotas, como Harry e Hermione juntos.
-Eu acho que imagino...
-Como?
-Cara, eu amo a... Eu amo a Hermione.
Harry fez uma cara de surpreso, e depois sorriu.
-Eu já sabia disso. Só fiquei surpreso em você estar falando sobre isso comigo.
-Mas agora é diferente Harry, eu sinto que minha vida não tem muito sentindo sem ela. Estou mesmo apaixonado por Mione, não tiro ela da minha cabeça, e tenho medo de que aconteça alguma coisa com ela...
-E será só minha culpa se acontecer, eu não devia ter deixado ela vir comigo, nem você...
-De jeito nenhum Harry, tanto ela, quanto eu escolhemos esse caminho, e é a nossa força, juntos, que vai derrotar aquele Vold... Ah que se dane... Aquele Voldemort idiota!
Harry sorriu e se sentiu bem com a afirmação do amigo.
Naquela noite todos dormiram tranqüilos, Hermione na cama de solteiro, e Rony na outra, Harry dormiu no sofá que ficava nos pés das duas camas, após insistir muito para Rony dormir na cama que sobrara.


Na manhã seguinte, Rony levantou-se primeiro do que os outros, e saiu sem que ninguém o visse. Foi ver se Saki estava bem, e conversar com ele.
-Então o garoto com o nome de Harry precisa achar essas tais de Horcruxas?
-Horcruxes!
-Foi isso que eu quis dizer – falou-lhe o dragão meio confuso. – A questão é que eu posso ajudar no que for preciso para que vocês achem o quanto antes essas Horcruxas...
-Horcruxes! Quantas vezes vou ter que repetir?
-Tudo bem. Calma Rony. Você parece muito nervoso, o que aconteceu?
-Eu estou com peso na consciência de ter duvidado do meu melhor amigo. Achei que ele e a Mione estavam tendo... – Rony emudeceu, incapaz de falar algo tão repugnante aos seus ouvidos.
-Não se sinta tão mal. Você é um ser humano e precisa lidar com isso. Só não deixe o ciúme te corromper. Esse tipo de sentimento já destruiu muitos mortais em tempos remotos.
-Você fala como se entendesse tudo da história desse mundo. Você fala isso sobre os bruxos, ou trouxas?
-Os dois. E eu sei mais do que você imagina Rony.
Rony encarou o Dragão, alguma coisa familiar havia naqueles olhos. Será que ele estava ficando maluco?
-Bem... Eu vou nessa! Harry e Mione devem estar preocupados. Tchau.
Ele correu do campo de capim alto, até a pensão da cidade. Quando chegava na porta da pensão, bateu em algo sólido. Ao perceber que se tratava de uma pessoa, se distanciou e olhou. Imediatamente ficou de queixo caído. Estava olhando, ao vivo e a cores, em carne osso, para Vítor Krum.
-O que você faz aqui? – perguntou enraivecido.
-Ah! Olá Rony! Eu vim ajudar Harry.
O inglês de Krum melhorara muito pelo que Rony podia notar.
-Como assim ajudar Harry? – ele perguntou.
-Fiquei sabendo pelo Hagrid que vocês tinham uma missão importante...
-Mas como você nos achou? – Rony não estava entendendo.
-Vim voando com minha vassoura, e foi fácil localizar o dragão que Carlinhos lhe deu.
-Mas...
Nessa hora Hermione saia da pensão com uma expressão horrorizada. Ela focou o olhar em Rony no momento que desceu os três degraus da porta da pensão.
-Rony! – disse ela aliviada, e segundos depois... – ONDE FOI QUE VOCÊ SE METEU? – gritou ela com raiva.
-Eu fui ver se Saki estava bem.
-Harry aparatou lá, e acabou de voltar dizendo que só tinha visto o dragão.
-É que eu já tinha saído, eu vim a pé, não quis aparatar.
De repente Krum tossiu, para se fazer presente, e então Hermione deu outro grito, só que de surpresa e o abraçou rapidamente. Nesse mesmo momento Harry saia da pensão.
-O que houve Mione?
E então ele também viu Krum, e o cumprimentou com um aperto de mãos, logo se virou para Rony.
-Onde você estava cara?
-Eu estava com Saki e voltei faz alguns minutos por isso você não me achou lá.
-Menos mal... Bem... O que faz aqui Krum?
-Eu... Eu vim lhe ajudar Harry.
-Como assim me ajudar?
-Eu sei que você está numa missão, gostaria de poder ajudar...
-Puxa! Seu inglês melhorou muito Vítor. – Falou Hermione de repente, admirada. – Enfim minhas aulas serviram de alguma coisa.
-Sim claro... Hermione, e eu... Eu também fiz um curso de magia em línguas.
-Mas você ainda não respondeu minha pergunta Krum – disse Harry.
-Ah, sim... Claro! É que como eu dizia ao Rony aqui, eu falei com Hagrid e ele me disse que vocês tinham partido para uma missão e...
-O Hagrid lhe contou sobre nós? Mas o que você foi fazer em Hogwarts? – perguntou Harry.
-Eu fui Fazer uma visita a Hermione Granger.
Rony viu os olhos de Hermione brilharem de comoção.
-Mas como você soube do dragão? – perguntou Rony.
-Já lhe disse Rony, seu irmão Carlinhos me contou que lhe deu... É que ele ainda estava em Hogwarts quando eu fui lá – disse parecendo notar o olhar de curiosidade de ambos os três, até mesmo Hermione estava curiosa, deixando o olhar encantado um pouco de lado, como Rony pode perceber.
-Vocês não acreditam em mim? Basta perguntar ao Hagrid, ou ao Carlinhos. Essa aqui é minha vassoura, e ela só é usada em campeonatos importantes, sou eu gente!
Hermione sorriu. Harry olhou para a vassoura, e assentiu em afirmação. Rony ao olhar para a vassoura também não pode negar. Aquela mesma vassoura estava em um dos pôsteres que ele tinha do Vítor Krum, era o próprio que estava ali.
-Desculpa cara! – falou Rony. – Mas nós estamos em uma missão tipo muito secreta... Acho que você terá que dar meia volta e ir embora...
-Rony! Que falta de tato! Krum deve estar cansado da viagem que fez até aqui, apenas por querer no ajudar... – disse Hermione ofendida com Rony.
-Bem, eu concordo com a Mione, é melhor você descansar na pensão Krum, depois nós conversamos sobre sua proposta de me ajudar – disse Harry por último.
Minutos mais tarde Krum já alugara seu próprio quarto na pensão, enquanto Harry, Rony e Hermione discutiam sobre o que fazer.
-Krum sabe voar muito bem, e também é um ótimo apanhador. Ele pode ajudar na captura das horcruxes, caso sejam objetos difíceis de se pegar, caso Harry não possa, ou caso seja muito arriscado para o Harry ir.
-Você quer é um pretexto para ele viajar com a gente, não é Mione?
-Não é nada disso Rony! Você não entende, não é?
-Como vou entender se você não me diz o que é que se passa na sua cabeça, como eu vou adivinhar?
Os nervos de ambos estavam à flor da pele, até que Harry se manifestou.
-Estamos reunidos para falar se Krum deve ou não ir com a gente, e não para tratar dos conflitos pelos quais vocês estão passando.
Hermione assentiu com um olhar triste, e Rony com um aceno de cabeça em afirmação, mas com o rosto contorcido de raiva.
-Bem... É o seguinte – dizia Harry. – Karkaroff fez parte dos comensais da morte, e ele poderia saber muita coisa sobre Voldemort, e se vocês bem sabem, Krum sempre foi aluno preferido de Karkaroff. Quem sabe se os dois não tiveram algumas conversas sobre Você-Sabe-Quem, que talvez pareçam sem importância, quando na verdade podem nos dizer muito?
Hermione pareceu entrar em um daqueles momentos em que ela costumava pensar profundamente. Rony deu de ombros. Para ele Krum quanto mais longe de Hermione melhor.
-Harry isso faz muito sentido, mas acho difícil arrancar algo assim do Krum, ele não costuma falar muito, e ainda por cima ele pode ter tido essas conversas, mas Karkaroff ter pedido segredo. E além do mais ele vai querer saber o que estamos precisando...
-Sim Mione, mas há uma chance... Nós não precisamos dizer do que estamos exatamente precisando... Basta dizer que é algo muito importante, que são pistas de como destruir Voldemort...
-O que você acha Rony? – perguntou Hermione estranhamente calma para ele.
-Contanto que ele pague as despesas dele, e não jogue gracinhas pra cima de você, por mim está tudo bem – disse Rony por fim, não havia como reverter à coisa mesmo.
Hermione o abraçou e o beijou no rosto, dizendo obrigado e descendo para ir tomar café da manhã no bar da pensão. Rony ficou ali abobado e surpreso, com sua própria mão na bochecha rosada. Mione o tinha beijado no rosto. Aquele beijo valia muito mais do que todos os beijos da Lilá.
Harry o convidou para descerem juntos para tomarem café com Hermione. O dia ia ser cansativo a procura de pistas sobre Voldemort.

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