Segredos nas Masmorras



William olhou rápido na direção da qual havia vindo o grito desesperado, parece que o plano finalmente está em ação, por que logo agora?


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O garoto do quarto ano alcançou William e Evelyn em alguns segundos, apesar de mais novo, era da mesma altura que William, cabelos curtos e bagunçados e olhos de um azul muito intenso, era magro e de rosto ossudo. Thomas Lee, estudante da Lufa-Lufa, melhor amigo de William, Evelyn o reconheceu quando chegou mais perto. Nunca falara com o garoto, ele era sempre calado, apesar de William sempre dizer que ele era alguém animado.

- Começou, uma garota foi amaldiçoada perto do Três Vassouras... Precisamos ir. – Estava sem fôlego, nervoso, William nunca havia visto ele assim. Normalmente Thomas era uma pessoa animada e alegre.

- Uma garota? – Indagou William confuso – O que aquele garoto imbecil acha que está fazendo?

Evelyn franziu a testa, do que eles estavam falando? Que “garoto imbecil” é esse? O que ele tem com essa “garota amaldiçoada”? Por que eles têm que ir? Antes que pudesse concluir qualquer um desses pensamentos, William segurou com força o braço dela.

- Evelyn, eu quero que vá imediatamente para o castelo, não fale com ninguém, direto para o dormitório, lá é seguro... Entendeu? – William estava mudado, não era mais gentil e amável, estava preocupado e nervoso.

- Will, o que houve?

- Eu te explico depois, agora vá!

Ele deu um beijo rápido na bochecha dela, e se virou apressado para seguir para onde quer que fosse com Thomas, antes que ele partisse porem, Evelyn o abraçou com força. Ela não sabia por que, mas teve medo de que talvez aquela fosse a ultima vez que se veriam.


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Ela obedeceu às ordens do namorado, foi direto para o salão comunal, não falou com absolutamente ninguém. A essa altura todos em Hogwarts já sabiam da “garota amaldiçoada”, uma artilheira do time da Grifinória, Cátia Bell, pelo que dizem as pessoas da escola, tocou um colar amaldiçoado perto do Três Vassouras. Afinal o que William tinha com isso? Evelyn não conseguiu dormir, passou horas sentada na poltrona do salão comunal olhando o fogo da lareira. Será que Will estava bem? Quando o salão ficou vazio Evelyn não resistiu, abriu com força a porta de madeira e desceu apressada a escada espiral saindo do dormitório da corvinal e indo direto para o terceiro andar de Hogwarts, tinha que saber o que havia acontecido.

Ela sabia que o dormitório da Sonserina ficava nas masmorras, William havia contado uma vez, ela iria descer e encontrar William de qualquer maneira. Atravessou cada canto de Hogwarts com cuidado, estava perto das masmorras, quando um miado alto em suas costas fez com que ela desse um pulo de susto. Madame Nora, a gata do Filch Olhava direto para ela com os grandes olhos vermelhos. Agora não havia como voltar, tinha que seguir em frente, se esconder nas masmorras.

A garota atravessou correndo os corredores das masmorras, procurando algum sinal do salão comunal da sonserina. Madame Nora havia ficado para trás, devia estar informando Filch que há um aluno fora da cama. Não tinha tempo para pensar, se escondeu atrás de uma grande gárgula de pedra. A respiração forte, esperava ser apanhada a qualquer instante, foi quando de súbito, ela ouviu a voz de William, só então percebeu onde estava. Aquela era a porta do escritório do professor Snape. Lá dentro William e o Professor conversavam.

- Fique de olho nele entendeu? – dizia Snape com o que Evelyn reconheceu como raiva, ou até desespero – O garoto está nervoso, cometendo erros.

- Vou tentar professor.

- O plano todo será arruinado se as coisas continuarem assim, O lord das trevas não vai gostar disso.

Um frio passou pela espinha de Evelyn, não havia como negar, ela escutou claramente “lord das trevas”. William está envolvido com esse tipo de pessoa?

- William alguém sabe da sua posição?

- Não professor.

- Me prometa uma coisa William, se as coisas fugirem do controle, esqueça tudo, fuja o mais rápido que puder, se esconda, depois faça contato com Dumbledore, entendeu?

William refletiu o pedido por alguns momentos, era a primeira vez em toda a sua vida que via o professor desse jeito, o que era isso agora? Será que é bondade e preocupação isso que o mestre das poções tem? William concordou com um aceno da cabeça.

- Eu conheço você há muito tempo William, seu pai era um bom homem. Ele não iria querer que nada acontecesse a você. Não quero você em perigo por causa dos erros do...

Snape parou de falar de súbito, William percebeu que ele olhava para a porta com uma expressão indecifrável, ele olhou também. Lá estava ela, Evelyn com o rosto cheio de lágrimas, atrás dela, Filch com um sorriso triunfante.

- Professor Snape, Está aluna estava fora da cama.

- Evelyn? – William falou meio que sem pensar.

- Conhece a garota? – Snape olhou fundo nos olhos dele, Will odiava quando ele fazia isso, era uma sensação incomoda, era como se o professor estivesse tentando ler os pensamentos dele.

- Sim, ela é minha... Amiga... – Ele olhou depressa para o lado, era incrível como fazia isso sempre que ficava nervoso.

Snape olhou a garota por alguns instantes, depois olhou direto para Filch.

- Eu cuido dessa aluna daqui pra frente Argo, você não é mais necessário aqui.

O Sorriso no rosto de Filch se desmanchou, com relutância ele se virou e seguiu para longe das masmorras. Snape sentou em sua mesa, sem olhar para nenhum dos dois alunos parados lá disse em voz séria:

- Leve a garota até a sala de poções, conte a ela somente o que ela deve entender.

William não compreendeu de imediato, era como se o professor soubesse o quanto ele a amava, o quanto ela era importante para ele. Ele não ousou questionar, segurou Evelyn por um braço e a arrastou para a sala de poções. Era um lugar sombrio e úmido, estava ainda mais assustador a essa hora da noite.
Evelyn se apoiou de leve na mesa do professor, William olhou direto nos olhos dela, estava serio como ela nunca o vira antes.

- Tenho uma coisa séria para te contar. – ele segurou as mãos dela com força.

Ela não sabia ao certo se queria ouvir o que ele tinha a dizer, as palavras “Lord das Trevas” ainda estavam ecoando claras na mente dela.


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NA: Acho que todo mundo já sabe o que acontece agora né? =D

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