Capítulo 30



Música: Everything I Do, Brandy

Look into my eyes
You will see, what you mean to me
Search your heart, search your soul
When you find me there you’ll search no more


Ele não conseguia parar de correr a mão por seu corpo. Era tão bom senti-la assim junto a ele, tão macia, tão perfeita. Logo estava abrindo o zíper do vestido, beijando-a ao mesmo tempo.
-Tem certeza? – ele conseguiu balbuciar entre um beijo e outro.
-Absoluta. – ela resmungou, voltando a beijá-lo.

As mãos pequenas e delicadas corriam pelo corpo dele, tirando-lhe a roupa, enquanto os lábios continuavam colados um no outro; até o momento onde ele estava só de cueca.
Os carinhos continuaram, cada vez mais ardentes.
-Eu nunca imaginei que isso fosse acontecer novamente. – ele murmurou, entre um beijo e outro, onde ela concordou freneticamente, como que dizendo que ela também, enquanto procurava o elástico de sua cueca e a puxava para baixo. Suas mãos deslizaram para as coxas dele e começaram a acariciá-lo intimamente.
Seus dedos eram mágicos; o toque de pena em sua virilha era uma tortura sublime. A cada segundo que passava, ele ficava mais e mais excitado e, quando finalmente percebeu que se ela continuasse a provocá-lo daquela maneira, ele não agüentaria nem mais um minuto, pegou as mãos dela e as colocou ao arredor do seu pescoço. Depois, pressionou com avidez o corpo contra o dela e a sensação dos seios macios contra o seu peito quase o levou a loucura.
A pele macia de Gina se esfregava contra a dele, enquanto ele tentava devorá-la com sua boca.
Sem perceberem, eles haviam andado e somente notaram isso quando o moreno tropeçou nas primeiras almofadas do amontoado, fazendo-os cair sobre o fofo monte de almofadas, juntos; braços e pernas enlaçados. Ele inverteu a posição para ficar em cima dela, afastando suas coxas para poder descansar entre elas. Ergueu a cabeça e olhou para os lábios vermelhos e se sentiu dominado pela beleza de Gina.
Sua mão subiu para um seio, os dedos lentamente circundando o mamilo rijo. Ela arqueou e fechou os olhos, mostrando o quanto gostava daquela caricia e ele a repetiu muitas vezes, observando sua reação excitada.
Ele estava determinado a diminuir o ritmo para dar a ela o máximo de prazer antes de se entregar.
Seu rosto estava afogueado pela paixão e os olhos verdes brilhavam perigosamente. Com delicadeza, Gina correu as pontas dos dedos pelo maxilar dele e depois desceu para a garganta.
-Sabe o que mais eu queria novamente?
E ele mostrou, com as mãos e a boca, aquilo que vinha ansiando desde a primeira vez que a tivera. Ele sabia onde tocar, quanta pressão exercer, quando recuar. Ela se movia ritmadamente contra ele, suas caricias se tornando mais e mais exigentes até que as unhas se cravassem nos ombros dele e ela implorar para que ele desse fim àquele delicioso suplício.
Ele a estava enlouquecendo com a boca, enquanto as mãos deslizavam por todo o seu corpo. Os dedos acariciavam o interior das coxas tão macias e tão sensíveis. Ele sentiu que ela arqueava as costas e escutou-a gemer quando seus dedos deliberadamente roçaram os anéis sedosos entre suas coxas.
Ele fez amor com ela, explicando sem palavras o quanto a amava.
Sensações sublimes se espalhavam por todo o corpo de Gina. Ela arqueou o corpo novamente, pressionando-o contra o de Harry, agora com muito mais urgência.
-Agora, Harry... Por favor...
Ele arremeteu com ímpeto, incapaz de conter um gemido de pura satisfação ao se tornar parte dela e gemeu outra vez quando ela o enlaçou com as pernas. Inteiramente imerso nela, encostou a cabeça na curva alva de seu pescoço, acalmando-se para tentar diminuir o ritmo. Harry estava determinado a tornar aquele ato de amor inesquecível.
Ele começou a se mover lentamente dentro dela.
-Gosta disso? – perguntou com a voz mais rouca que o normal; as íris verdes embaçadas de paixão.
-Sim. – ela respondeu num murmúrio.
-E disto? – sussurrou, enquanto suas mãos deslizavam entre seus corpos unidos para acariciá-la. Seu grito de êxtase foi todo o incentivo de que ele precisava. Gina enlaçou seu pescoço e o puxou para um beijo longo e quente.
Ele arremeteu fundo mais uma vez. Ela ergueu os quadris, esforçando-se para receber o máximo de seu calor dentro de si. Ela queria agradá-lo, mas na teia da paixão que ele tinha criado, não havia lugar para preocupação ou medo de desapontá-lo.
Nenhum dos dois conseguia diminuir o ritmo, ambos agora sôfregos para alcançar o alivio.
Ela chegou ao clímax antes dele e não pôde conter as poucas lágrimas que embaçaram sua visão de escorrer; como amava aquele moreno. Ele sentiu-a tremer em seus braços quando todo o seu corpo se retesou em torno dele e, com um grito de prazer, encontrou o êxtase no fundo de seu corpo.
Ele permaneceu dentro dela por um longo tempo, mas quando finalmente rolou para o lado e a abraçou, ela se aproximou dele e o beijou longamente.
-Sabe o que eu penso? – a ruiva perguntou.
-O quê? – ele perguntou em meio a um bocejo, ainda exausto e satisfeito demais para se mexer.
-Eu poderia ficar muito boa nisso. – sorriu, marota. Ele gemeu, mas logo ela sentiu o ronco baixo aumentando em seu peito e ele subitamente começou a rir.
-Se melhorar ainda mais, vai me matar. – ela riu e, ajeitando-se sobre as almofadas, encostou a cabeça no peito dele, que beijou o alto de sua cabeça.
-Te amo. – ele murmurou, finalmente se entregando ao cansaço e adormecendo.
Gina suspirou pesadamente.
-Você não faz idéia do quanto. – murmurou baixinho.

Don’t tell me its not worth trying for
You can’t tell me its not worth dying for
You know its true (you know its true), eveything I do, I do it for you


-Gina e Harry sumiram. – Melissa murmurou ao pé do ouvido de Brian, enquanto balançavam o corpo no ritmo da música lenta que começara a tocar á pouco.
O moreno suspirou e depositou um breve beijo na curva alva do pescoço dela.
-Gina parecia bem brava quando saiu do Salão. E Potter parecia revoltado com a vida quando a seguiu ou seja lá o que ele estivesse fazendo. – Melissa ergueu a cabeça, a qual estava apoiada no ombro do namorado, de modo que pôde olhá-lo nos olhos.
-Será que ele a fará mudar de idéia? – a loira pensou em voz alta, fazendo o moreno franziu o cenho, confuso.
-Mudar de idéia sobre o quê? – Melissa suspirou e, antes de responder, beijou brevemente o namorado.
-Ela disse que assim que o baile terminar, vai voltar para Wizard. – a loira murmurou, tão logo seus lábios se separaram dos do moreno, que se engasgou com a própria saliva.
-Ela... O QUÊ? – ele perguntou, atônito. Como assim aquela ruiva doida tomava uma decisão DESSAS e não falava nada para ele e Melissa ou até mesmo Hillary, antes de tomar as providencias? O que, diabos, aquela doida esperava fazer em Wizard, quando os seus melhores amigos continuariam em Hogwarts? Ou quando o cara que ela mostrava amar continuaria na Inglaterra? Inferno! Aquela ruiva era mais lesada do que Brian ousara pensar outrora.
Melissa suspirou.
-A besta cismou que, se der uma chance ao Potter para ele provar que pode fazê-la feliz, alguns meses depois de eles começarem a namorar, Harry vai se engraçar com alguma outra garota, porque não tem auto-controle suficiente para ser fiel á uma só. – suspirou. – Ela diz que, assim, poderá evitar sofrer por ele novamente, porém...
-Ela já está sofrendo. – Brian completou e a namorada concordou com um aceno de cabeça. – E ela acha que se ela voltar para Wizard, vai acontecer o quê? Ela conseguir parar de amá-lo? – ele girou as íris. – Espero que ela saiba que, se essa tática não funcionou uma vez, quando ela o amava menos, agora é que não vai funcionar mesmo.
Melissa concordou com um aceno de cabeça.
-O problema, Brian, é que ela está deixando sua felicidade ao Deus dará. – Brian franziu o cenho, antes de fazer a namorada dar um giro ao arredor do próprio corpo, antes de puxá-la de encontro ao próprio.
-Como assim? – dando de ombros, como quem diz que não se importa realmente, ela disse:
-Olha, por mais que o Harry possa amar a Gina... Se rolar alguma coisa entre eles essa noite, mas que ainda assim não a convença a ficar, ele vai ficar, obviamente, magoado. – puxou o ar com força e olhou ao arredor, como se vendo se nenhum dos dois amigos estavam por perto, ouvindo. – E, mesmo o conhecendo pouco, já deu para notar que ele é tão orgulhoso quanto á Gina...
-Então, a ruiva vai precisar que o Harry a ame muito e vá atrás dela, quando ela for embora... – o moreno continuou, pensativo. – Senão, Gina pode esquecer o fato de que, um dia, já teve uma boa vida amorosa.
-Exatamente. – Brian torceu os lábios, mal humorado.
-Bem, então vamos torcer para que o Harry vá atrás dela. – e, ao ver a expressão confusa da namorada, continuou: - Você sabe, não gosto de quebrar as coisas que falo... Eu disse á Gina que se eu a visse chorando por Potter outra vez, eu ia espancá-lo. – deu de ombros, enquanto parava de guiar a namorada quando a música acabou, levando-a, pela mão, até a mesa de bebida. – Se ele não for atrás dela, ela vai chorar, logo eu vou ter que bater nele. – Melissa gargalhou.
-Sabe, querido... – começou, enquanto aceitava uma taça de champanhe que ele lhe estendia. – Você é uma pessoa tão... – ela parou, procurando a palavra que queria.
-Forte? Másculo? – ele perguntou, sarcástico, embora tentasse ajudá-la. Ela riu.
-Violento. – ela completou, fazendo-o jogar a cabeça para trás, gargalhando. Quando se recuperou do ataque de riso, o moreno olhou para a namorada e acariciou o rosto dela, que somente lhe sorriu; Brian retribuiu, antes de depositar um leve beijo nos lábios vermelhos.
-Sabe... – ele começou, ainda roçando os lábios nos da namorada. – Você é a pessoa que deveria deixar o meu ego lá em cima e não simplesmente baixá-lo a tal ponto que você possa pisar. – ela riu, antes de, num gesto incrivelmente rápido, tirar a taça da mão de Brian e, juntamente com a sua, pousá-la na mesa ao lado, antes de enlaçar o moreno pelo pescoço e beijá-lo com ardor.
-Mas eu também sou aquela que tem que te mostrar os seus defeitos, para que você os supere e possa, então, ser completamente perfeito. – ela murmurou, antes de beijá-lo novamente. Brian riu no meio do beijo. – O que foi? – ela perguntou, rindo junto.
-Sei lá. – ele deu de ombros, ainda rindo de leve. – Nossa conversa ta meio estranha, acho. – ele completou e ela riu, concordando com um aceno de cabeça.
-Sou obrigada a concordar. – ela disse, pegando as taças e, entregando a de Brian para ele, caminhou até a mesa onde o irmão estava; o moreno a seguiu de perto.
-Mas me diga... – ele começou, enlaçando seus dedos nos dela. – Posso começar a listar os seus defeitos? – ela sorriu de canto.
-Não seria gentil. – ela respondeu e ele bufou.
-E foi gentil você fazer isso? – ela deu de ombros.
-Provavelmente não, mas eu não listei seus defeitos; somente comentei um deles. - deu de ombros, no mesmo instante em que chegavam na mesa.
-Qual o assunto? – Joe perguntou, quando ele e a namorada ergueram os olhos para os dois.
-Vocês vão passar o baile todo, sentados? – Melissa respondeu com outra pergunta, sentando-se. O loiro deu de ombros, enquanto pousava um braço sobre os ombros da namorada, que somente girou os olhos.
-No que depender de mim, sim. – o loiro respondeu, com pouco caso e, tudo o que recebeu em resposta da morena, foi uma beliscada do lado do corpo.
-Atreva-se a me deixar sentada a noite toda e eu juro que te deixou sozinho aí e vou procurar algum macho que seja gentil, companheiro e bom dançarino, coisa que você parece não ser. – Joe se engasgou com o generoso gole que dava em sua bebida; um sorrisinho perverso surgiu no canto dos lábios da morena.
O loiro a olhou, indignado.
-Como assim eu não sou um bom dançarino? – ele perguntou, empertigando-se. Melissa e Brian se entreolharam, antes de girar as íris, colocar suas taças na mesa e voltar para a pista de dança, deixando os dois com suas discussões de velhos, como Brian gostava de chamar.
Hillary fez uma cara de pouco caso e encolheu um dos ombros, antes de inclinar-se sobre o namorado, fazendo as pontas dos narizes de tocarem.
-Se você fosse, de fato, bom, já teria me tirado para dançar há um bom tempo. – e, depositando um selinho nos lábios firmes dele, levantou-se, o vestido rodopiando ao arredor de suas pernas.
-Aonde você vai? – ele perguntou, olhando para as costas da morena, que olhou por sobre os ombros, sorrindo matreira.
-Procurar um par que dance. – e, sem dizer mais nada, começou a caminhar na direção de uma mesa, onde havia alguns poucos garotos desacompanhados.
-Procurar um... HILLARY! – gritou o nome da namorada, fazendo-a parar, assustada e girar sobre os calcanhares para encará-lo. O loiro levantou-se num pulo e caminhou o mais rápido possível até onde a namorada estava.
-Sim? – perguntou, confusa. Joe pousou as mãos sobre os ombros da namorada, começando a chacoalhá-la.
-Você pirou? – ele perguntou, exasperado. – Procurar um par! AH! Só porque você quer que você vai mudar de par. Eu, como seu namorado, serei seu par em todos os bailes de sua vida e não quero nem saber dessa história de arranjar um outro par no meio do baile! Eu danço, sim senhora. E muito bem, se quer saber. Mas, diabos, não quero ter meus pés dilacerados pela sua incrível falta de capacidade motora. – ele falava sem parar, atropelando as palavras, sem respirar e ainda a chacoalhava.
Mas Hillary entendeu cada palavra que saia pelos lábios dele e sentiu-se realmente muito ofendida pela parte da capacidade motora.
Bruscamente, tirou as mãos dele de sobre seus ombros e agradeceu a Merlin por ter feito isso naquele momento, antes que ficasse tonta.
-Eu danço muito bem, Joseph! – foi mais o fato de ela ter dito seu nome, do que a maneira como o fez, que deixou Joe com medo da reação da namorada. Não falara aquilo á sério, estava somente brincando, mas parecia que ela não notara isso. – Só que você não tem a coragem suficiente para tirar sua namorada para dançar e descobrir isso por si mesmo; acho que eu vou ter que achar alguém que queira parar de secar a bunda daquele bando de atiradas e dançar comigo, para conseguir te provar isso! – ele franziu o cenho, surpreso; nota mental de nunca traí-la, pensou consigo mesmo, sarcástico.
-Certo, certo. – balbuciou, ainda aturdido com a pequena explosão de Hillary. – Eu sei que você pode dançar tão bem quanto queira, Lary... Aquilo sobre sua capacidade motora foi um comentário irônico e sem necessidade que... – mas não pôde continuar, já que a morena bufara.
-Claro. – jogou as mãos para cima, exasperada. – E eu tenho que acreditar nessa desculpa idiota de que foi um comentário irônico. – riu sem humor. – Corta essa, Joe. Desculpas idiotas não combinam com você.
Ele segurou o queixo dela entre seus dedos e a fez olhá-lo; a morena deparou-se com o semblante neutro dele, embora soubesse que o loiro estava ficando mal-humorado com tudo aquilo.
-Lary... – suspirou profundamente. – Lembra naquela noite no salão comunal, quando eu pedi para você dançar comigo? – e como esquecer? Tudo bem que o loiro não era o melhor cantor que ela conhecia, mas somente o fato de ele estar ali, na sua frente, dançando consigo e cantando junto, era algo inesquecível e que ela tinha a maior certeza de que nunca esqueceria.
-Lembro. – falou entre um suspiro. Ele sorriu de leve e acariciou sua bochecha, carinhosamente.
-Então... – ele mandou uma piscadela para ela. – Você aceitou. – ela concordou com um aceno de cabeça, ainda não entendendo aonde ele queria chegar. – E você dança muito bem. – balançou a cabeça de cima para baixo, dando maior certeza ao que dizia. – Tudo bem que, vez ou outra você pisou no meu pé... – deu de ombros. – Mas nada que chegue a ponto de deixá-los dilacerados. – sorriu de canto.
Ela riu de leve
-Ei, eu estava com sono. – ele fez uma expressão desdenhosa. Ela deu um leve tapa no braço dele. – Nem pense em me contra-dizer! Eu estava com sono sim! Só não conseguia dormir, porque...
-Porque suas colegas de quarto não conseguiam parar de falar dessa beldade aqui! – ele completou maroto, apontando para o próprio peito com a mão livre, fazendo a morena jogar a cabeça para trás e gargalhar, num gesto que o enfeitiçou.
-E sobre sua modéstia também. – ela resmungou sarcástica e ele balançou a cabeça de cima para baixo, concordando.
-Com certeza. – enlaçou-a pelos ombros e a guiou pelo Salão. – Porque sem a modéstia, esse pacote aqui estará incompleto. – ela ergueu uma única sobrancelha.
-Então a Gina me deu um pacote incompleto. – resmungou e ele riu maroto.
-Lary, não reclama. – ele pediu, enquanto parava na pista de dança e, enlaçando-a pela cintura, obrigou-a a abraçá-lo pelo pescoço, antes que o loiro começasse a conduzi-la no ritmo da música romântica que tocava.
-É, até que você não dança tão mal assim. – ela cutucou, quando o primeiro minuto passou e ele riu.
-Você fala isso porque ainda não me viu requebrando. – ele respondeu, irônico, fazendo-a gargalhar.
-Se isso implicar ter toda a população feminina desse castelo olhando para a sua bunda, eu fico mais feliz sem te ver... Requebrando. – completou num murmúrio, fingindo temer que as garotas ao arredor ouvissem.
Ele fingiu estar ofendido.
-Assim você acaba com a minha moral. – ele resmungou, deslizando a mão pela pele nua das costas da morena, fazendo-a se arrepiar.
-Ah, cala a boca. – e capturou os lábios dele num beijo apaixonado.

Look into your heart, you will find
There is nothing there to hide
Take me as I am, take my life
I would give it all, I would sacrifice


-Rony, pára! – Hermione exclamou, mal-humorada, enquanto forçava o ruivo a permanecer na pista de dança. Rony a olhou, exasperado.
-Hermione! – ele exclamou, como se somente dizer o nome da namorada fizesse com que ela entendesse todas suas aflições. – É o Harry que saiu desse salão com a minha doce e inocente irmãzinha! – o ruivo continuou, fazendo a morena erguer uma única sobrancelha, em sarcasmo.
-Concordo que a Gina possa ser doce quando quer, querido, mas... Inocente? – riu ironicamente. – Gina deixou de ser inocente há muito tempo, Rony. – acariciou o rosto dele, levemente. – E, depois, tenho certeza de que o Harry vai levar em conta o que a Gina quiser fazer, antes das próprias necessidades. – Rony sorriu, de canto.
-Mione... – ele parou de dançar e a chacoalhou. – O Harry é cara mais galinha, safado, persuasivo e, de acordo com as garotas, sedutor...
-De Hogwarts. – ela suspirou. – É, eu sei. – girou os olhos. – Tenho que ouvir comentários maldosos sobre o físico do Harry todas as noites. – bufou. – Mas o que mais rola entre as garotas, quando elas falam da personalidade do Harry, é que ele nunca força ninguém a fazer qualquer coisa.
-Exatamente! – ele exclamou, esganiçado. – Elas não querem, mas o Harry as seduz! – Hermione bufou, mal humorada.
-Gina sabe se defender, Rony! – cerrou os olhos. – E pare de me chacoalhar. – o ruivo tirou as mãos do ombro da namorada.
-Gina é impulsiva quando se trata do Harry. – o ruivo resmungou, fazendo a namorada dar um tapa na lateral de sua cabeça.
-Rony, acorda! – sorriu irônica. – Será que esse ano todo não fez você perceber que Gina é bem decidida quando se trata do que quer ou deixa de querer? – resmungou. – Se ela não quiser, ela vai fazer o Harry respeitar isso.
-A questão é; e se ela quiser? – Hermione sorriu, marota.
-Aí não há nada que possamos fazer. – deu de ombros. – Somente torcer para que não sejamos tios tão cedo.
O rosto de Rony adquiriu uma forte tonalidade de vermelho, mostrando que ele estava perdendo a paciência com aquele assunto.
-Ah! Só porque ela quer que ela vai fazer o que quiser com o Harry! – cerrou os olhos, enquanto tirava os braços de Hermione de cima dos próprios ombros. – Eu vou caçar esse traidor, nem que eu tenha que ir até o inferno, para matá-lo.
-Mas você não vai fazer nada. – avisou, num tom de voz baixo, aproximando os lábios da orelha dele. – Senão eu farei o Harry achar que aquele último baile no meu quarto de monitora, foi você que me forçou a cooperar. – ele arregalou os olhos.
-Mas isso é mentira! – Hermione riu baixinho, provocativa.
-Eu sei disso, você sabe disso. Mas o Harry não sabe. – ela revidou, fazendo-o bufar.
-Certo. – resmungou, contrariado. – Só vou deixá-los em paz porque você pediu, mas se a Gina me aparecer grávida, eu juro que nada do que você diga vai me impedir de castrar e matar o Harry. – Hermione riu.
-Eu te ajudo. – prometeu, fazendo-o rir.

Don’t tell me its not worth fighting for
I can’t help it, there’s nothing I want more
You know its true, everything I do, I do it for you


-Me diz uma coisa... – Joe começou, enquanto caminhava ao lado da namorada, na beirada do lago; os dedos entrelaçados; ao longe, era possível ouvir a música rítmica que tocava no Salão Principal. – Você falou sério àquela hora, sobre ir procurar outro par? – Hillary o olhou pelo canto dos olhos, enquanto um sorriso doce surgia nos lábios.
-Eu joguei verde para colher maduro. – deu de ombros. – Embora deva admitir que, por um momento, pensei que você seria idiota a ponto de permitir que eu fosse arranjar algum outro imbecil para dançar comigo. – ele ergueu uma única sobrancelha.
-Como assim “algum outro imbecil”? – ele perguntou, apertando levemente os dedos dela entre os seus, num gesto que mostrava que ele havia entendido a indireta, mesmo que não houvesse levado á sério. – Eu dancei com você, não dancei? – completou, fazendo-a rir.
-Dançou, mas somente o fez porque estava correndo o risco de perder seu par. – ele sorriu de canto, irônico.
-Não que não houvesse algumas outras garotas interessadas em ficar no seu lugar essa noite. – ela girou os olhos, antes de sorrir, convencida.
-Com certeza que havia... – mandou uma piscadela para ele. – Mas nenhuma delas te deixaria tão contente esta noite, quanto eu. – ele gargalhou.
-E eu que sou o modesto. – resmungou e ela balançou a cabeça, concordando.
-Claro, com alguém eu tinha que aprender a ser modesta. – encolheu os ombros, num gesto que o lembrou uma gata manhosa.
Ele sorriu malicioso, antes de soltar seus dedos dos dela, de modo que sua palma se fechou ao arredor do inicio do antebraço; as pontas dos dedos faziam um leve carinho no pulso da morena, que riu. O sorriso do loiro aumentou e, quando Hillary achou que ele iria ficar só nas provocações, ele a puxou de encontro a si, antes de, num gesto brusco, encostá-la no tronco de uma árvore próxima, prensando seu corpo contra a madeira dura com o próprio.
Um gritinho de surpresa escapou pelos lábios da morena. Joe riu baixinho, ao pé do ouvido dela.
-Bem, então acho que está na hora do senhor modéstia aqui mostrar algumas habilidades. – ele murmurou, roçando os lábios contra a pele sensível á baixo do lóbulo da orelha dela, que sentiu o coração falhar um batimento, antes de voltar a bater, descompassado.
-Não que você tenha algo que eu já não tenha experimentado. – Hillary conseguiu murmurar, entre uma respiração descompassada e outra, ao pé do ouvido do namorado.
Joe sorriu, antes de começar a depositar pequenos beijos na curva alva do pescoço da morena; estranhamente, dessa vez, Hillary não sentiu nenhuma das sensações que sentia antes; agora, somente queria que ele continuasse com aquele pequeno carinho, onde deixava um rastro de fogo sobre sua pele.
Era como se, de repente, a morena houvesse relaxado completamente estando entre seus braços; era estranho, porém não estava realmente se importando em descobrir o que estava acontecendo. Se ela queria continuar, não seria ele que a faria mudar de idéia, mesmo porque ali estava muito agradável, obrigado.
Do pescoço, ele passou a subir, deixando pra trás a trilha de beijos, antes de finalmente capturar os lábios dela num beijo apaixonado, onde pareceu fazer uma corrente elétrica correr pelo corpo dos dois, arrepiando-os.
Diabo! Como aquela morena conseguia se superar tanto, sempre que eles estavam juntos? Porém, naquele momento, havia algo mais no beijo dela; algo que ele não conseguia entender, somente saborear.
Seu coração batia apressado contra o seu peito, fazendo parecer que sairia de seu corpo a qualquer momento, enquanto sua pele se arrepiava sempre que a mão dela fazia um leve carinho na sua nuca, com as pontinhas das unhas.
Merlin! Aquela morena sabia lhe provocar de uma maneira tão pura, porém ao mesmo tempo tão sensual, que ele não podia pensar em mais nada que não fosse a língua dela se enroscando na sua; que não fosse nas mãos pequenas e delicadas correndo por seu corpo, descobrindo cada recanto, onde ela ainda não havia tido coragem de explorar.
Céus; de onde estava vindo toda aquele inibição que sentia explodir dentro de si a cada investida que o loiro dava? De onde vinha toda aquela vontade de explorar o corpo dele, enquanto sentia os lábios firmes contra os seus, no melhor beijo que ele já lhe dera?
Inferno! Joe era perfeito e ela demorara meses somente para admitir isso. Se soubesse o que estava perdendo e o quanto o amava naqueles meses aparentemente tão distantes, nunca que demoraria tanto para admitir a si mesma o que estava acontecendo.
Sentiu o coração falhar um batimento, antes de voltar a bater descompassado quando as mãos quentes acharam uma brecha no seu vestido e começaram a acariciar sua pele.
-Joe... – murmurou, quando os lábios dele voltaram a acariciar a pele sensível debaixo da sua orelha; sua respiração estava ofegante, sua pele arrepiada e clamando cada vez mais pelo toque dele; o coração batia descompassado numa dança perfeita com o dele.
-Eu te amo tanto. - ele balbuciou entre um beijo e outro, antes de voltar a beijá-la na boca, sentindo que ela o abraçava com cada vez mais força, fazendo os corpos ficarem colados.
Era como se o tempo houvesse parado. A brisa noturna de verão já não soprava mais, assim como a música que tocava ao longe, no baile, houvesse parado de soar, no meio. Eram somente os dois; Joe e Hillary.
Interrompeu o beijo, quando os pulmões começaram a pedir ar. Sorrindo, ele colocou uma mecha castanha atrás da orelha dela.
Ela ofegou.
-Wow... Você precisa me mostrar mais vezes, essas coisas que sabe fazer. – balbuciou entre uma puxada de ar e outra, fazendo-o rir de leve, também ofegante.
-Sim, senhora. – respondeu, fazendo um leve carinho no pescoço dela, que sentiu arrepios voltarem a percorrer seu corpo. Joe inclinou-se levemente, fazendo seus lábios roçarem contra o lóbulo da orelha dela. – Estou orgulhoso de você. – Hillary o abraçou pelo pescoço.
-Posso saber por quê? – ele riu de leve, antes de prensá-la com mais força contra o tronco da árvore, sentindo as curvas perfeitas do corpo na namorada friccionarem contra o seu próprio.
-Porque você perdeu o medo. – ela pôde sentir que ele sorria de canto e não pôde deixar de rir baixinho.
-Talvez você queira ver do que mais eu perdi o medo. – provocou, maliciosa, fazendo-o ergueu o rosto surpreso.
-Espero que você saiba que isso é um caminho sem volta. – ela deu de ombros, sorrindo maliciosa.
Aproximou os lábios vermelhos da orelha dele.
-Estou disposta a correr esse risco. Por você.

There is no love, like your love
And no other, could give me more love
There’s nowhere, unless you’re there
All the time, all the way


Sentia sua consciência voltar aos poucos. Lenta e preguiçosamente, abriu os olhos deparando-se com o teto escuro da Sala Precisa.
Um sorriso bobo escapou para os lábios firmes quando flashes do que acontecera há algumas poucas horas voltaram a sua mente, fazendo-o sentir o coração bater descompassado.
Oh, sim! Aquela noite fora mais perfeita que a primeira que tivera ao lado da ruiva – se é que isso era possível. Era como se houvesse algo mais ali; não sabia ao certo o que era, somente sabia que, fosse o que fosse, fizera com que o amor que sentia por Gina aumentasse a tal ponto de chegar a doer.
Bocejou, antes de esticar o braço para o lado, procurando o calor do corpo perfeito, porém, tudo o que encontrou foi o frio das almofadas que estavam ao seu arredor. Confuso, olhou para o lado e deparou-se com o vazio.
Surpreso, sentou-se e olhou ao arredor da Sala, procurando qualquer vestígio que indicasse que ela ainda estava ali, o esperando pacientemente para que pudessem terminar a conversa que tinham começado, mas tudo o que encontrou foi uma lareira quase apagada e o espaço totalmente deserto.
Passou uma mão pelos cabelos, tentando pensar em qualquer outra explicação que pudesse fazer sua mente parar de lhe mostrar que, mais uma vez, a ruiva havia fugido. Não, se essa fosse, de fato, a verdade, sentia que seria capaz de morrer; inferno, não fizera nada que ela não quisesse e, ainda assim, a ruiva não estava na Sala Precisa, ao seu lado.
Levantando-se, vestiu-se apressado, enquanto as íris ainda corriam pela Sala, a procura dela, como se a qualquer momento ela pudesse sair de uma das paredes, com um sorriso divertido nos lábios e o andar sensual, enquanto ria de sua cara por pensar que ela fosse capaz de abandoná-lo mais uma vez.
-Ah, Virginia... – resmungou, sentando-se novamente sobre as almofadas para amarrar os sapatos. – Qual é o seu problema afinal? – perguntou como se a ruiva fosse responder, mas tudo o que recebeu em resposta foi o silêncio. – Diabos, será que você não percebe que eu preciso somente de um sorriso seu para ser feliz?
Bufando, jogou o corpo para trás, de modo que ficou deitado sobre as almofadas, pensando onde Gina poderia ter se metido.
Talvez, pensou, ela houvesse somente voltado para o baile, para se divertir com os amigos nas últimas horas da noite.
Sim, deveria ser isso. Não pôde evitar o sorriso de alivio que escapou para os lábios; sorriso o qual sumiu no instante em que, ao se apoiar para se levantar, sentiu algo furar a ponta de um de seus dedos.
Curioso, olhou para onde sua mão estava, deparando-se com uma rosa vermelha, onde estava murchando. O caule da planta tinha um estranho brilho prateado, o qual era interrompido por um pequeno cartão no meio do caule.
Ai, ai, ai... , pensou, sentindo que aí vinha qualquer coisa que não lhe agradaria nenhum pouco.
Temeroso, pegou o pequeno cartão e levantou-se, indo até a janela, onde pudesse ler o que quer que estivesse escrito com a iluminação da lua. Deparou-se com somente uma palavra, escrita com a letra bem desenhada de Gina.
Adeus, era a única coisa que estava escrita. Uma única palavra, mas que tinha um poder devastador sobre si.
Não, não, não. De novo não. Gina só podia estar tirando uma de sua cara. Sim, era isso. Ela somente queria ter uma prova de que ele realmente a amava e, que prova melhor, do que ver alguém sofrendo com uma partida repentina?
Mas ele daria um jeito de encontrá-la. Ah, sim! Ele a acharia nem que tivesse que ir ao inferno para isso.
Virando no mesmo lugar, olhou mais uma vez a sala, dessa vez, tentando achar qualquer coisa que lhe provasse que isso não passava de um sonho; algo que sua mente estava criando ou que, talvez, ele estivesse sentindo antes de adormecer. Sim, era isso. Dormira temeroso de que, quando acordasse, ela não estivesse mais ali.
E, agora, seu subconsciente estava lhe colocando esse medo em forma de sonho. Mas era real demais.
A dor que estava começando a sentir era real demais para ser confundida com um sonho; as lágrimas que começavam a escorrer lentamente pelo seu rosto eram reais demais.
Inferno! Qual era o problema de Gina, afinal? Por que ela sempre tinha que fugir? Por que ela nunca lhe dava uma chance de provar que a amava mais que tudo? Isso era a única coisa que queria; uma chance.
Uma chance de provar que era capaz de ser fiel á ela; provar que podia olhar somente para ela e se sentir satisfeito com isso. Uma única chance para provar que poderia fazê-la feliz e sentir-se da mesma maneira somente por saber que cada sorriso que ela desse, seria por sua causa.
Precisava de somente uma chance para poder mostrar a ela que nunca mais iria se dar ao luxo de ter mais de uma garota ao mesmo tempo, se isso significasse poder tê-la ao seu lado para o resto de sua vida.
Oh, sim; tinha a mais absoluta certeza de que o que sentia era aquele tipo de amor que durava e não somente aquele fogo de palha, onde era somente causado pelo corpo do outro. Não, não, não! Pela primeira vez na sua vida, queria ter algo sério com alguém; e queria que esse alguém fosse Gina.
Queria poder acordar todos os dias e vê-la ao seu lado, dormindo tranqüilamente. Queria poder, dali alguns anos, sorrir ao se lembrar de que finalmente aprendera o que era amar.
E que aprendera a amar com uma pessoa maravilhosa, onde era bela tanto por fora quanto por dentro. Tudo bem que, às vezes, Gina podia ser incrivelmente irritante e impulsiva, porém isso não mudava o fato de que ela se transformara no tipo de pessoa que, uma vez conquistada, sempre estaria ao seu lado em todos os momentos em que você precisasse, mesmo se estivesse chateada com você.
E era exatamente essa pessoa que ele queria e precisava agora; a única que conseguia fazê-lo sentir-se completo e arrogantemente feliz com somente um sorriso. Era como se a ruiva houvesse jogado um feitiço sobre si, onde a fazia ter completo controle sobre seu humor, seu estado de espírito... Suas necessidades.
Diabos; sentia que não precisava de mais nada quando ela estava ao seu lado. Ela simplesmente completava sua vida e, no entanto, ali estava ele: sozinho na Sala Precisa, sentindo-se a pior pessoa da face da Terra e completamente machucado.
Puxando o ar com força, passou uma mão pelos cabelos, enquanto as íris verdes corriam, mais uma vez, pelo ambiente á sua volta, até que pousou sobre as almofadas, onde ainda havia a rosa e, finalmente, sua curiosidade foi aguçada pelo estranho brilho prateado do caule da planta.
Colocando o pequeno bilhete no bolso, caminhou a passos largos até lá e agachou-se, pegando com cuidado a delicada planta, vendo que, o que dava aquele estranho brilho, era a corrente da gargantilha que dera á Gina, onde o pingente descansava entre as pétalas, de uma maneira delicada, mas que deixava claro o que Gina quisera passar; que, acontecesse o que fosse, estava disposta a esquecê-lo.
-Ela só pode estar tirando uma da minha cara. – resmungou baixinho, enquanto desenrolava o colar da flor e voltava a colocar a rosa sobre as almofadas antes de se levantar e caminhar, furiosamente, para fora da Sala Precisa, com a corrente da jóia enrolado no pulso, enquanto o apertava o pingente com força entre os dedos.
Ah, não! Se Gina achava que sempre seria igual, estava enganada; não, não! Se não a achasse dentro daquele castelo em meia hora, juraria para si mesmo que a esqueceria definitivamente e não estaria nem ligando se ela aparecesse em seu frente, arrependida.
Quem ela achava que era, afinal? Por quê achava que poderia brincar com seus sentimentos dessa maneira e sempre tê-lo atrás de si novamente, como um cachorrinho? Oh-oh, más noticias para você Virginia Weasley!, pensou, enquanto caminhava apressado na direção do Salão Principal.
Não estava nem um pouco disposto a aturar a inconstância e complexidade de Gina Weasley se isso significasse ser amigo dela em um momento para que, no instante seguinte, estivessem tendo um algo mais. Não se importaria se depois eles continuassem só no algo mais, porém não era isso que acontecia; Gina parecia ter uma necessidade incrível de fugir dele toda vez que eles se reaproximavam perigosamente.
Inferno! Será que ela achava que ele era o único idiota que teria que sofrer toda vez que abaixasse a guarda e acabasse ao lado dela por uma noite? Será que ela não poderia ser um pouquinho mais sensível e perceber que, cada vez que ela o humilhava daquela forma, ele sofria terrivelmente?
Não, acho que a Virginia perdeu a capacidade de pensar nos outros também!, uma voizinha irritante soou no fundo da sua cabeça, irritando-o mais, embora soubesse que, em certo ponto, esse pensamento era verdadeiro.
Oh, demônios! Onde essa ruiva havia aprendido como deixá-lo doido? Por Merlin, nem mesmo Cho tinha a capacidade de acabar tão rápido com seu bom-humor e deixá-lo furioso com uma simplesmente uma atitude; a oriental normalmente precisava de duas.
Puxou o ar com força repetidas vezes, tentando se acalmar. Não, não poderia perdoar Gina dessa vez. Sabia que, por mais que tentasse, jamais conseguiria fazê-lo; não enquanto a ruiva não o ajudasse de alguma maneira, dando a certeza de que o amava, realmente e que não o deixaria novamente, jamais.
Quanto mais pensava nesse assunto, mais furioso e confuso ficava. Não entendia Gina, definitivamente não. O que a levaria a fazer isso toda vez? Será que foram os tais erros que ela havia dito que ele cometera há dois anos? Se sim, quais seriam esses malditos erros? Inferno! Que culpa tinha se naquela época era um imbecil? Que culpa tinha se, naqueles dias, a ruiva não fazia absolutamente nada para chamar sua atenção?
Demônios! As únicas lembranças que tinha dela, era quando ela começava a soluçar na frente da escola toda quando Cho a humilhava e ele ficava... Oh, céus! Era isso! Só podia ser.
Como pudera ser tão ignorante a ponto de não perceber isso no momento em que ela lhe falara que não conseguia esquecer o que ele lhe fizera? Inferno! Será que ele era tão burro a ponto de não ter percebido que, naquela época, sua atitude era a mais importante para ela? Será que era tão... Idiota a ponto de não notar que tudo o que Gina precisava, há dois anos, era vê-lo ajudando-a e não se divertindo á suas custas?
Era um imbecil e estava começando a achar que ele não merecia a ruiva. Não, definitivamente, ele não merecia essa ruiva doida.
Ela era delicada demais; adorável demais... Era perfeita demais para que um idiota como ele, Harry James Potter, a merecesse.
Apertou o pingente da gargantilha com mais força entre os dedos, enquanto o coração disparava perante a possibilidade de Gina não estar no castelo; com a possibilidade de, ao menos, poder mostrar a ela que percebera ao que ela se referia... Que percebera seus erros e que se arrependia deles.
Mas inferno! Por quê Gina tinha que sair correndo toda vez que eles se encontravam em algum momento mais intimo? Aliás, qual seria a dificuldade dela em acreditar que a amava?
Oh, sim! Percebera perfeitamente que, desde a primeira vez, Gina sempre hesitara em acreditar que a amava, porém mesmo assim se arriscara em se entregar a ele na primeira vez, para que se curasse de sua doença.
Mas será que ela estava realmente curada? Será que havia dado certo? Ou será que ele mesmo estava se enganando com essa história de amor?
Sim, porque ele nunca amara ninguém. Aquilo podia não passar de uma mera atração, mais forte do que ele estava acostumado a sentir. Mas, então, como explicar a súbita necessidade que tinha de ver a irmã mais nova do seu melhor amigo, sorrindo verdadeiramente? De onde vinha a súbita necessidade de ouvir a voz macia todo o dia, mesmo que para isso tivesse que irritá-la? De onde vinha a súbita necessidade de tê-la ao seu lado todos os dias, em todos os momentos?
De onde vinha a necessidade de contar a ela tudo o que acontecia em sua vida, independentemente de serem acontecimentos bons ou ruins?
Grunhiu, enquanto passava a mão pelos cabelos, num gesto automático.
Se essas súbitas necessidades não fossem amor, seriam o quê?, perguntou-se, enquanto descia a escadaria de mármore em direção ao Salão Principal.
Dane-se!, pensou. Fosse amor ou fogo de palha, o fato era que naquele momento ele precisava de Gina ao seu lado, para fazê-la sorrir e sentir-se arrogantemente satisfeito por saber que ele era o causador daquilo tudo.
Só que, para isso, precisaria encontrá-la... Mas onde diabos ela poderia estar?, perguntou-se, enquanto parava na porta do Salão Principal, correndo os olhos pelas mesinhas, pela pista de dança e pelas pessoas encostadas ás paredes. Não, Gina não voltara ao baile.
Praguejou baixinho, antes de ver Melissa e Brian dançado animados em uma das pontas da pista. Sim, eles deviam saber onde aquela ruiva maluca havia se metido. Caminhou apressado até eles.
-Melissa. – chamou, fazendo a loira e seu namorado pararem de dançar para olhá-lo.
-Harry? – ela perguntou, parecendo confusa com sua presença ali. – Onde está Gina? – perguntou, preocupada pelo fato da amiga não estar ao lado do Menino Que Sobreviveu; poderia jurar que eles estavam juntos.
Harry sorriu cinicamente, pelo canto dos lábios e cruzou os braços em frente ao peito.
-Esperava que você pudesse me dizer.

You can’t tell me its not worth trying for
I just can’t help it, there’s nothing in the word I want more
I would fight for you, yeah I’d lie for you
Walk the wire for you, yeah I’d dir for you
You know its true
Everything I do
I do it fot you


Continua...

N/A: OIE, CORAÇÕES DO MEU VIVER! :D
Ah, eu sei que demorei um pouquinho demais com esse capítulo, mas entendam que não é minha culpa o fato de que esse capítulo não é o que eu queria escrever. Prometo que vou tentar ser mais rápida com o próximo capítulo. :)
E, sim, você leitores lindos podem me ajudar! Se vocês são bons em inglês, traduzam algum e-book da autora Julie Garwood e me mandem! XD Essa mulher faz milagres com a minha imaginação! :)
Queridos... Só para que vocês não me matem, sem que eu possa me explicar; eu sou péssima em escrever N/C’s. i.i
Ah! Antes que eu me esqueça! Eu sei que esse capítulo ficou pequeno, mas juro que os próximos serão grandes, levando em conta que serão os dois últimos. Sim, sim! Vinganças está terminando, literalmente!
Bom, é isso! :D
COMENTEM!
Beijos,
S. Bluemoon.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.