capitulo 12




Hermione estava pronta e esperava nervosa quando ele entrou... sentada na cama com os joelhos diante do corpo e com a coberta puxada até o queixo.
Estava pronta para dizer que ia partir pela manhã. Só que as palavras que saíram de seus lábios foram as palavras erradas, não as que ela queria dizer.
— Rony, eu vi você com a Nick hoje.
Ele parou onde estava, perto da cama, com o cabelo ainda molhado e despenteado... perturbadoramente másculo em seu robe azul.
— Você viu? — ele pareceu ficar surpreso. — Então ouviu...? - A calma dele a enfureceu.
— É eu ouvi o bastante. — Ela se conteve e começou de novo. — Rony... eu não o condeno. Minha irmã é uma pessoa maravilhosa. Ela merece alguma felicidade... depois de tudo pelo que passou.
— Eu não poderia concordar mais. Mas o que você está querendo dizer? Você não me condena? Pelo quê? Por ter descoberto a verdade? Por ter colocado um detetive atrás do desgraçado?
Hermione ficou olhando para ele com um ar confuso no rosto. Detetive? Desgraçado? Do que ele estava falando?
Então a verdade a atingiu como o raio de pouco tempo antes. Ele estava falando de Dino. Rony tinha contratado um detetive particular para achar Dino. O detetive devia ter descoberto algo que Rony contara para Nick.
— O que... o que você contou para minha irmã? — perguntou ela. A resposta poderia explicar muita coisa... mas não tudo. — Eu não ouvi tudo.
Ele a olhou de forma estranha. Hermione podia ver o cérebro dele entrando em funcionamento. Estaria imaginando o quanto ela tinha escutado? Ou quanto tinha visto?
— O telefonema que recebi foi do detetive particular que contratei. Ele ligou de Queensland. — contou Rony sem tirar os olhos do rosto dela. — Ele tinha acabado de sair da casa da esposa de Dino e da filhinha deles.
— Esposa? Filha? Rony, o que você está dizendo?
— Estou dizendo que o, por assim dizer, marido de Nick, Dino, já tinha esposa e filha quando se casou com sua irmã. Ele tinha abandonado as duas antes da criança nascer, assim como abandonou Nick. Ele, sem dúvida, é um homem que não consegue encarar nenhuma res¬ponsabilidade. Ou a realidade do casamento.
— Mas então... isso quer dizer...
— Quer dizer que Nick não é legalmente casada com ele, nem nunca foi. Ela está livre dele. Assim, não é preciso ir atrás desse sujeito para ela conseguir o divórcio. Ela já é uma mulher livre.
— Foi por isso que você colocou o detetive atrás dele? Para libertar Nick do Dino?
Não foi para recuperar o dinheiro...?
— Exato. E agora ela está livre. Livre para se casar com quem ela quiser.
— Livre para se casar com você? — A pergunta saiu dos lábios de Mione.
Ele a olhou como se tivesse ficado louca.
— O que você está dizendo? Eu vou me casar com você! — A expressão dele mudou. Rony ficou preocupado. — Mione, você tem certeza de que está bem? O raio não afetou a sua memória, não é?
Ela bem queria que tivesse afetado. Mas não havia saída. Tinha de resolver aquilo de uma vez por todas.
— Rony, eu vi você com Nick. Abraçados.
— Ah! — a preocupação sumiu da face dele. Ele até sorriu. Com gentileza. Estaria com pena dela?
— Sua irmã teve um choque ao ouvir a notícia. Ela estava quase chorando. Acho que mais de alívio. Então eu a abracei de modo fraterno.
Modo fraterno?
O que havia de fraternal em dizer "eu quero você" para uma mulher?
Hermione começou a se sentir miserável. Desejava jamais ter começado aquilo. Mas de alguma forma forçou-se a prosseguir.
— Nick não parecia estar chorando quando vi vocês. Ela parecia muito... calma.
— Eu diria que ela estava atordoada. Em choque. Não dá para condená-la, não é? Mas as lágrimas dela não du¬raram muito. Ela já superou. Graças a Deus.
Ele estava dizendo que Nick superara Dino e já estava pronta para outro homem. Era isso?
— Rony, eu escutei o que você disse para ela. Eu escutei quando você disse que... a queria.
Ele franziu a testa. O sorriso sumiu de seu rosto.
— O quando “eu a quero”? Ah, isso. — o sorriso retornou. — Agora estou começando a entender.
Rony balançou a cabeça, com um ar de humor nos olhos.
— É isso que dá ficar espionando nas portas, ou olhando por fechaduras. Você só pega metade do que acontece.
O rosto dela ficou vermelho.
— Então talvez você queira preencher as lacunas. O que eu ouvi pareceu bastante claro. "Eu quero você... claro que eu quero você." O que poderia ser mais claro que isso?
Ele começou a rir, mas se deteve quando viu a dor que isso provocou nos olhos dela.
— Não vou negar que tenha dito estas palavras, mas obviamente você não escutou o que sua irmã disse antes. Ela disse que agora que estava bem novamente, e livre de Dino, estava na hora de ir embora de Yangalla. Ela disse "Você foi bom demais comigo". Estou repetindo as palavras exatas. "Mas essa é a SUA casa, Rony. Mas agora que vão se casar, você não vai querer a irmã de sua esposa incomodando por aqui, não vai me querer". Hermione emitiu um gemido.
— E você disse "eu quero você... claro que quero você." Porque sabia que era isso que eu diria. — ela baixou a cabeça encostando o rosto nos joelhos, envergonhada. — Oh, Rony, estou tão envergonhada. Que idiota que eu fui. E Nick? Ela vai ficar? — Ela ergueu o rosto imediatamente, preocupada com a irmã. Como ela iria viver sozinha em Melbourne? Mesmo que lhe mandassem dinheiro?
— Você sempre pensa nos outros... mesmo que esteja se sentindo completamente tola. — comentou Rony sorrindo — Não, Nick não vai embora. Eu a convenci a ficar. Eu disse que Neville ficaria arrasado se ela fosse embora, que ele está apaixonado por ela e que se ela o abandonar, como fez a outra mulher que ele amou, eu não ia querer ser res¬ponsável pelas consequências.
Hermione baixou as pernas e se endireitou na cama.
— Rony, isso é verdade? Neville lhe disse isso?
— Não com tantas palavras, mas eu tenho olhos. E ouvidos. Sua irmã, quando eu contei, admitiu que também gosta dele. Ela estava se controlando por causa de Dino. Porque achava que ainda estava casada com o sujeito.
Ele deu um passo na direção da cama e o coração dela acelerou.
— Assim que nossa nova casa estiver pronta, minha querida, e nos mudarmos para lá... Neville, como novo capataz, vai receber a permissão para vir morar nesta casa. E para conseguir isso, é claro, ele terá de fazer a coisa certa e se casar com minha cunhada... que assim passará a viver aqui.
— Oh, Rony... — Hermione começou a rir, deliciada. E ali¬viada. — Sei que você adora dirigir a vida das pessoas, mas não pode dizer a Neville e Nick o que fazer.
— Eu não preciso. Você vai ver. Eles dois se amam e são perfeitos um para o outro, e agora não há nada que os impeça de ficarem juntos.
— Espero que você esteja mesmo certo. — havia um tom de preocupação quando ela disse isso, mas não era em Neville e Nick em que Hermione estava pensando. Não precisava se preocupar com os dois. Estavam apaixonados. Rony afirmava isso.
Rony garantia isso... Rony, que não acreditava mais em amor e emoções... Ou isso não seria mais verdade? Ela ergueu os olhos para ele, procurando dentro deles.
— Rony, o que você quis dizer há pouco quando disse que eu... era preciosa para você? E as outras palavras que disse, "se eu perdesse você... agora". Por que agora? O que há de diferente... agora?
Se ele sentisse algo por ela, esta seria a oportunidade perfeita para dizer. Ela tinha de saber. Naquela hora, naquele minuto. Antes de se casarem.
Rony emitiu um longo suspiro, sentando-se na beirada da cama. Ele a fitou e a abraçou. Hermione não resistiu, não protestou. Era ali que queria ficar, era o único lugar onde queria ficar.
— Eu poderia lhe fazer a mesma pergunta. Por que você ficou tão brava quando pensou que eu desejava sua irmã? Você só estava se casando comigo para pagar as dívidas dela... E você deixou isso bem claro. Era um negócio, um acordo, uma sociedade. Sentimentos não deviam fazer parte. Você insistiu muito nisso. Então, por que iria se importar se eu quisesse trocar de irmã no último minuto? Você estaria livre do acordo. Poderia ir embora. Estaria livre para viver sua própria vida.
Os olhos dele brilhavam. Olhos confiantes. Oh, como eram confiantes.
E quando tinham mostrado alguma outra emoção?
Pouco antes, naquela noite mesmo, por exemplo... Hermione tremeu nos braços de Rony. De emoção, não de frio. Antes, na¬quela mesma noite, os dois estavam cheios de ansiedade, dúvidas e preocupação. Angustiados. Como quando ele pensou que ela tinha sido atingida pelo raio. Ou quando percebeu que ela poderia ter sido morta se tivesse permanecido perto da árvore.
— Talvez eu não queira ficar livre. Talvez eu não queira ir embora viver minha própria vida. — ela afastou um pouco a cabeça e olhou para ele. — Se você realmente se importa comigo... — Me diga, pediam seus olhos.
— Se eu me importo? — Um músculo se contraiu na mandíbula dele. Para um homem sempre tão confiante, ele parecia estar passando por um mau bocado para colocar aquilo em palavras. Mas a crescente pressão dos dedos dele nos braços dela era um sinal encorajador. As palavras, quando vieram, foram direto da garganta dele para o coração dela. — Eu me preocupo tanto que tenho medo de colocar isso em palavras. O que sinto por você, minha querida, eu nunca esperava sentir novamente. Ou não queria sentir. Pelo menos no começo. Tentei negar o que sentia... por um longo tempo.
Então Rony sentia algo por ela já fazia um bom tempo. Não fora algo que acontecera naquela noite, depois de quase a perder.
— Longo tempo? — repetiu ela, esperando que ele con¬tasse desde quando.
— Acho que sempre foi algo mais que simples... química. — admitiu ele com suavidade — Desde o dia que a trouxe para Yangalla. Mas eu lutei contra isso. Eu não queria sentir tanto assim. E, além disso, nós tínhamos o acordo que dizia que sentimentos estavam fora de questão. – Ele tirou um cacho de cabelo molhado do rosto dela — Eu amo você, Mione. Estou querendo lhe dizer isso há dias... semanas... mas estava com medo de assustar você. — Talvez ele também estivesse com medo de ter sentimentos novamente? Medo de admitir que os tinha? — Mas eu ia dizer assim que estivéssemos casados. Eu esperava que, se estivéssemos casados, você acabaria... aceitando isso. E agora eu lhe disse. Estou a sua mercê.
Rony estava falando sobre seus sentimentos. Expondo seus sentimentos. Abrindo-se para a possibilidade de sentir dor novamente, de se magoar outra vez.
— Não tenha medo, Rony... de ter sentimentos. — disse ela, passando um braço ao redor do pescoço dele. — Eu entendo... eu temia a mesma coisa. Temia me envolver novamente. Temia ser magoada novamente. E sofrer... ter essa dor.
— Eu nunca a faria sofrer, Mione. O que me assusta, é que algo além do meu controle possa ameaçar você, machucar você... tirar você de mim. Algo sobre o que eu não tenha poder algum. Esta noite, quando percebi que poderia ter perdido você... que não havia nada que eu poderia ter feito...
Da mesma forma como ele não tinha podido fazer nada por Luna?
— Rony, está tudo bem. — ela o abraçou com força. — Eu também podia ter perdido você. Mas você está bem e eu estou bem. Nós dois somos fortes, Rony, damos força um ao outro.
— Você é forte. — concordou ele. — Você é a pessoa mais forte e corajosa que eu conheço. Esta noite, em nenhum momento, você pensou em si mesma, só pensou em mim... em como eu estava. Em como eu me sentia. Acho... acho que se fosse você no lugar da Luna, seria eu a receber toda a simpatia, todos os cuidados. Você teria demonstrado ter força suficiente para nós dois.
Hermione ficou pensativa. Então tinha sido assim? Luna con¬sumira toda a força dele, exigira toda a atenção dele, toda a simpatia dele, todo o tempo dele... sugando a vida e as emoções dele enquanto sentia as dela mesma acabando? Uma mulher fraca e assustada, totalmente dependente do amor de seu marido, da força de seu marido? Incapaz de oferecer nada em troca?
— Não me entenda mal. — acrescentou ele depressa. — Eu amava Luna com todo meu coração... ela era a pessoa mais doce e gentil do mundo e eu faria qualquer coisa por ela. Se eu pudesse, teria trocado de lugar com ela. Ela foi... ela foi a primeira mulher que eu amei e por um bom tempo achei que seria a última. Mas eu não precisava dela da forma que preciso de você. E não preciso de você só por causa do David... ou como sócia. Eu preciso de você aqui. — e ele tocou no peito.
Hermione sentiu vontade de chorar por causa da profundi¬dade dos sentimentos dele. Aquele homem forte e dominan¬te, que ignorara seus sentimentos por tanto tempo. E não era de admirar. Seu primeiro casamento era sus¬tentado apenas por ele, com sua gentil e dependente esposa requisitando tudo e não dando nada. Rony a amara e faria qualquer coisa por ela, mas não pôde fazer o que mais que¬ria, que era salvar a vida dela. E assim, ele sentia que tinha falhado.
Mas agora, com ela... uma mulher mais forte e menos dependente, ele percebera que duas pessoas podiam se amar de forma igual, sendo parceiros e dando apoio um ao outro.
— Oh, Rony... eu também amo você. — sussurrou ela. — Eu amo você há... há tempos, também. E eu estava com medo de lhe dizer. Não queria assustá-lo e fazer com que rompesse o acordo.
— Como se isso fosse possível. — disse Rony beijando-a — De agora em diante, não haverá mais medos. Não vamos mais ficar assustados com o que pode acontecer. Temos uma vida para viver. E muito amor para trocar. Eu, você... e David.
— Muito amor. — concordou ela, beijando-o por sua vez. Ela não tinha mais a menor vontade de colocá-lo para fora de seu quarto.
— Começando agora — disse Rony. E seus lábios encerraram definitivamente qualquer possibilidade de conver¬sa entre eles.

Para surpresa de todos, a tempestade terminou tão depressa quanto tinha come¬çado e, quando amanheceu, não havia uma nuvem no céu.
Neville e os trabalhadores da fazenda entraram em ação para remover o galho queimado e outros restos da árvore do jardim. O eucalipto ainda estava vivo, só perdera aquele galho.
Nem Rony nem Hermione mencionaram que estavam lá fora quando o raio caiu. Se contassem, teriam que explicar por que tinham saído, e aquela manhã não era momento para explicações. Era o dia do casamento deles.
Nick não saía de perto da irmã, demonstrando inte¬resse pelo casamento pela primeira vez. Era como se a notícia sobre Dino, que recebera na noite anterior, ti¬vesse libertado algo dentro dela, trazendo a velha e ani¬mada Nick de volta.
Naquela manhã, eles tiveram um bela surpresa quando um carro esporte parou em frente a casa e dele desceu um bela ruiva acompanhada de um moreno de olhos incrivelmente verdes.
- Tia Gina, tio Harry! – David correu em direção aos tios e logo se jogou no colo de Harry.
- Gina, que surpresa!
- Ronald Weasley! Você tinha planos de se casar sem minha presença? – disse com a voz séria, mas logo abriu um sorriso e abraçou o irmão – Eu não perderia seu casamento por nada nesse mundo!
- Garanto que foi por pouco que isso não aconteceu – Harry disse indo comprimentar o melhor amigo e passando David para o colo de Gina – Se o plano era casar sem ninguém da família, sua irmã o estragou! – disse rindo.
- Olá Hermione, com vai?
- Bem Gina, e você?
- Eu vou bem. Deixe-me lhe apresentar meu marido, Harry.
- É um prazer conhecê-la. – disse Harry apertando a mão de Hermione.
- Igualmente! – disse ela sorrindo.
- Meu plano plano era trazer todos os nossos irmãos, mas infelizmente não deu. Carlinhos não chegaria a tempo, os gemêos não podiam deixar a loja assim, tão de repente. Bom, já o Gui, não veio por conta da Fleuma - disse revirando os olhos – Com o guarda-roupa cheio de vestidos, ela disse que não dava tempo de mandar fazer um. Você acredita!? – sua voz mostrava indignação. Rony riu.
- Certas coisas não mudam, Gina. – Rony disse rindo.


— Que flores você vai carregar? — perguntou Nick enquanto pintava com todo o cuidado as unhas da irmã, algo que Mione fazia muito raramente. Rony, Neville e Harry estavam olhando David até a hora da cerimônia.
— Flores? Pensei em pegar algumas rosas, e só. Detesto buquês formais.
— Eu pego para você. E agora... e o seu cabelo?
Mione ergueu uma sobrancelha.
— Meu cabelo está do jeito que eu sempre o usei.
— Sim, e está ótimo assim. Esse estilo é perfeito para você. E está sempre tão brilhante, como seda. Mas o que você vai colocar no cabelo?
Quando Mione disse que não pretendia usar nada no cabelo, fosse um véu, ou flores ou faixas, Nick protestou.
— Mas você tem de usar! É o seu casamento! Deixe isso comigo. — e ela saiu correndo.
Dora chegou com o bolo bem na hora em que o pes¬soal da comida começava a preparar o almoço no velho barracão.
— Dora, está tão lindo! É uma obra-prima! — disse Mione ao ver o bolo. — Você fez mesmo toda a decoração sozinha? Você devia se tornar uma profissional!
Dora sorriu, feliz com o elogio.
— Eu gosto de fazer bolos só para os amigos e a família. Assim, não é uma tarefa pesada.
— E parece estar delicioso! Se um dia tivermos um bebê, eu vou lhe implorar para fazer outro assim.
Um bebê... ela sentiu um tremor percorrer o corpo. Agora, até conseguia pensar em ter filhos! Com confiança, espe¬rança e... amor.
— Vai ser um prazer.Você quer que eu ajude em alguma coisa antes de eu ir para casa me trocar e pegar Remo?
— Não, obrigada, Dora, não precisa. Nick está sendo maravilhosa... ela está se encarregando de tudo. Ela até já me deu ordens para...
— Para ir se vestir. — completou Nick, aproximando-se por trás delas. — Vamos, Mione, quero ver como está o seu arranjo para a cabeça.
Nick passara a última hora preparando uma tiara de rosas e lírios-do-vale que colheu no jardim, prendendo-os com um arame bem fino.
— Bem, então eu estou indo. — disse Dora. — Estou tão ansiosa para ficar com David esta noite! — Mione e Rony tinham decidido passar a noite de núpcias na Padthaway House, a mansão vitoriana que recebia visitantes. Só uma noite. Não queriam ficar longe de David mais que isso. — Mas onde está o Rony?
— Ele está proibido de ver a noiva até a hora da cerimônia. — disse Nick com firmeza. — Ele está no jardim com Neville, Harry e David. Eu já disse a eles que está na hora de tomarem banho e se arrumarem.
Hermione estava feliz agora por ter concordado com uma cerimônia de casamento ali em Yangalla, com David, sua irmã e os amigos mais próximos e agora, a irmã e o melhor amigo de Rony, em vez de um casamento impessoal no cartório. Porque agora era um casa¬mento de verdade. Um casamento entre duas pessoas pro¬fundamente apaixonadas.
Uma hora mais tarde ela estava pronta. Nick até insistira em fazer sua maquiagem usando alguns truques de sua profissão para realçar os olhos castanhos de Hemione e o for¬mato de seus lábios.
— Você está divina! — declarou Nick no final. — Dê uma olhada.
Hermione olhou-se no espelho de corpo inteiro. E ficou sur¬presa com o que viu. No novo vestido cor de pérola e san¬dálias de salto alto, com a bela tiara de flores feita por Nick e meia dúzia de rosas brancas nas mãos, ela até mesmo parecia uma noiva de verdade.
— E agora, — disse Nick com satisfação — seu noivo já pode vê-la. Ele está esperando na sala.
- Hermione, posso entrar? – Gina estava na porta.
- Claro!
- Eu posso falar com você por um minuto?
- Eu vou esperar lá em baixo. – disse Nick saindo do quarto.
- Você está muito bonita.
- Obrigada!
- Eu ainda não tive muito tempo para conhecê-la, mas desde o dia em que eu te vi no apartamento do meu irmão, em Londres, pude sentir que você era uma boa pessoa e hoje, vendo meu irmão, eu vejo que estava certa. – ela sorriu – Eu queria lhe dar isto. – disse entregando uma caixinha com uma bela pulseira de prata – Eu gostaria que você a usasse hoje. Se você quiser, é claro! Ela é simples, mas... Minha mãe me deu essa pulseira no dia em que eu me casei com Harry; ela era da minha bisavó.
- É linda Gina! Obrigada, mas eu não posso aceitar.
Gina sorriu
- Claro que pode. Você fez o meu irmão sorrir novamente, Hermione. Posso ousar em dizer que você fez meu irmão amar novamente. Acho que isso faz de você, mais do que merecedora. – sorriu – Além do mais, eu realmente gostei de você. Desejo que você, meu irmão e meu sobrinho sejam muito felizes. E eu sei que serão.
- Obrigada, Gina.
- Acho melhor você descer, antes que meu irmão tenha um troço.
Quando Hermione entrou na sala, a expressão de Rony era tudo que ela podia querer... e mais. A emoção que ela sentiu ao ver o brilho nos olhos dele foi algo incomparável.
— Você está linda! — declarou ele avançando um passo. Ele ergueu a mão e a deslizou suavemente pelo rosto dela. Hermione sentiu um nó na garganta e tremeu ao contato dele.
— Você também está maravilhoso! — murmurou ela.
Rony vestia um belo terno preto com uma camisa branca e uma gravata de seda azul. Mas era o modo como ele os usava, com uma elegância natural, que criava o efeito mais impressionante.
—Você está fantástica. — declarou Neville, e ela desviou os olhos de Rony para o restante dos presentes. David, usando a roupa nova que tinham comprado em Melbourne, estava no colo de Harry, com um novo carrinho na mão. Um suborno, sem dúvida.
Quanto a Neville, Hermione mal o reconheceu. Nunca tinha visto o jovem capataz de gravata antes, mas ele sem dúvida protestara contra usar um terno completo, ou Rony lhe dissera que isso não era necessário.
— E você também não está nada mal — disse ela, percebendo que até então não tinha notado como Neville era bonito.
E ficou evidente que Nick também não tinha notado. Ela pareceu ficar congelada no canto da sala, com os olhos fixos em Neville. E os olhos de Neville não desgrudavam dela, sem tentar esconder o quanto a admirava... e amava.
Nick se recusara a comprar um vestido novo. Hermione calculava que ela não queria era ofuscar a noiva. Ou gas¬tar dinheiro que ela não considerava seu. Nick estava usando um vestido rosa-pálido que comprara quando tra¬balhava como modelo, e tinha um ramo de botões de rosas na mão. Ela estava deslumbrante. Deslumbrante e feliz, do modo como costumava ser antes de Dino destruir sua auto-estima.
Harry estava usando um belo terço cinza, os cabelos despenteados. Gina se colocou ao seu lado; ela usava um belo vestido creme. Simples, mais muito bonito.
— Agora, eu quero que você se vire. — pediu ele.
— O quê? — exclamou ela, enquanto ele a virava.
— Quero que use isso. — disse Rony, colocando algo gelado ao redor do seu pescoço. Então ele a conduziu até o espelho sobre a lareira.
— Oh, Rony, é lindo! — murmurou ela, olhando o belo colar de ouro. Ele formava uma ponta na frente, com pe¬quenos diamantes.
Não era de admirar que Nick a tivesse convencido a não usar o cordão de pérolas que tinha desde seus vinte e um anos. Rony devia ter contado a ela sobre o colar.
— Um presente para minha noiva. — disse Rony, beijando o pescoço dela. Ele pareceu ficar contente com a reação dela, como se estivesse esperando que sua noiva prática e sensata fosse recusar o presente. E ela poderia ter recusado. Antes. Mas agora, receber um presente do homem que a amava era delicioso...
– Estou cheia de lindos presentes hoje. – disse mostando a pulseira. Rony sorriu para a irmã.
A campainha tocou. Era o juiz. Um homem de cerca de cinqüenta anos com um jeito amigável e voz clara e forte. Ele acertou os detalhes finais com uma competência que demonstrava sua prática no assunto.
Todos os outros, Dora, Remo e os empregados da fazenda, incluindo Collin, que ia tirar as fotografias, já estavam reunidos no jardim. Nick preparara uma mesinha com cadeiras para a hora das assinaturas, e arrumara música. Quando noivo e noiva saíram da varanda ela acionou o CD e uma das músicas favoritas de Hermione começaram a soar.
Foi uma cerimônia simples e comovente. Ninguém ali podia duvidar do amor profundo entre noiva e noivo quando eles trocaram votos olhando profundamente um para o ou¬tro. Nick e Gina enxugavam os olhos a todo instante. Quando o juiz declarou Rony e Mione marido e mulher, ele completou com um sorriso:
— Podem se beijar agora.
E eles o fizeram; com todo amor e felicidade que nenhum dos dois, há tão pouco tempo esperava sentir novamente. Então, ele falou bem baixinho só para ela ouvir: — Eu amo você, minha querida. — e seus lábios tocaram o ouvido dela. — Minha esposa, minha amante, minha sócia...
— Eu também o amo, meu maravilhoso inglês. — ela ergueu os olhos para ele e falou com voz suave. — Acho que era meu destino casar com um inglês. Escolhi errado da primeira vez, mas finalmente encontrei... o inglês certo. O inglês exatamente perfeito.




N/B: E que inglês, hein? Mais que perfeito! Ah! Eu sabia que ele já tava há tempos apaixonado pela Mione... Bom, o capítulo foi lindo, o casamento também, mas eu tô arrasada!!! É o último capítulo, gente!!! Isso significa que eu vou ser demitida!? *beta com olhinhos cheio d’água* Espero que não! Sany, querida, gostaria de agradecer a você por essa fic! Adorei betá-la! Esperamos que a sua carreira de autora não pare por aqui. Continue! Você tem idéias deliciosas! Bjão pra você! E a todos os leitores, é claro! Não esqueçam de dar aquela comentadinha básica! Hehehe... Bjão a todos e até a próxima! (Lucy)

N/A: Eu quero um inglês desse pra mim!, Espero que vocês tenham gostado do ultimo capitulo, E do pequeno aparecimento da Gina e do Harry, Quanto a demissão da Lucy não será agora ainda tem o epílogo que eu vou fazer o possível par postar bem rápido, e mais uma finc R/H pós Hogwarts que eu tenho em mete e vou estar postando assim que eu postar o Epílogo desta (ou quem sabe antes) e que a Lucy aceitou betar pra mim * Autora feliz *
Aproveitando que estou falando da próxima finc se alguém souber fazer capa e estiver interessado em fazer uma (ou mais) pra mim me add no msn : [email protected] ou deixa um recado, quem quiser me add também fiquem a vontade.

Vou fazer uma propaganda de algumas finc que eu recomendo

Eu nunca tive seu coração
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O teu olhar
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Do seu lado sempre
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My Love Immortal
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Obrigada a todos os comentários por favor comentem.
Bjs
Sany Evans

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