2º dia de aula!



2º de setembro
A primeira coisa que Lya fez ao acordar foi mandar uma carta a Harry.O fato de ter sido selecionada para a Sonserina, já era ruim o suficiente e ela não queria que o padrinho ficasse sabendo por outra pessoa.

Na hora do café, Lya recebeu os horários dos quatro primeiros anos. Ela se sentiu muito aliviada por poder reencontrar os amigos e poder conversar sobre a sua seleção. O fato de eles ficarem ao seu lado mesmo ela sendo uma sonserina, lhe tirou um grande peso da cabeça.
— É realmente uma pena. Eu tinha certeza que você viria para a Grifinória comigo e com a Náthane. Disse Curt, ou pelos menos foi o que deu para entender com ele falando com a boca cheia de bolo.
— Pois eu achei que ela viria para a Corvinal, afinal ela sempre foi muito inteligente. Discorda Anne olhando feio para o amigo que falava de boca cheia. Se bem que o Matt não é lá grandes coisas...
— Ei! O que eu fiz? Diz Matt se juntando aos amigos na mesa da grifinória.
— Nada não cara, a minha irmãzinha que acordou com a macaca hoje.
— Escuta meninas, eu tenho que falar com vocês.

Lya sabia que deveria ter feito isso há muito tempo, mas ela não tinha tido coragem de lhes contar sobre o Justin. Agora ela sabia que não poderia se segurar por muito mais tempo. Contar tudo foi muito mais gostoso do que ela imaginava, as amigas escutaram tudo com muita atenção, dando suspiros a intervalos regulares. Anne, sempre sonhadora, não tinha palavras, porém Náthane ficou mais atenta ao fato dele não ter ido conversar com Lya no banquete, e a alertou quanto a ficar perambulando pela escola ao invés de estar em algum lugar que ele pudesse vê-la. Mais do quem rápido Lya voltou à mesa da sonserina e recomeçou o seu café.

“Estou na aula de vôo, eu sei foi burrice vir aqui, eu deveria ter imaginado que não conseguiria montar uma vassoura. Na verdade eu até consegui um pouquinho dois dedos do chão, mas não durou muito tempo. Acabei me conformando e fui para a arquibancada observar os outros alunos. Ainda não consegui ver o Justin. Uma garota da lufa-lufa acaba de atropelar a professora, acho que a aula acabou”.

— Olá Flamel, que bom que você veio para a sonserina.
— Oi. É isso eu ainda vou ver se foi bom, deixa para lá. Acrescentou vendo o olhar do garoto. Você teve aula de transfiguração hoje? Empresta-me a matéria para eu copiar?
— Claro, se quiser eu faço uma cópia mágica para você.
— Não precisa copiando á mão eu aprendo mais.
— Bem, eu já vou indo, preciso ir á biblioteca.

“Estava sozinha na mesa da sonserina de novo, claro que eu detesto isso, sonserinos não são muito receptivos (droga, sempre esqueço que sou uma). O Justin apareceu de novo, rodeado de gente que ria muito alto. Quando ele começou a vir na minha direção comecei a tremer (será que ele sabe o que faz comigo?). Quando ele sentou no meu lado fingi que não tinha visto”.
Olá
“Achou pouco? Então olha só o que ele disse depois”:
“Você se lembra de mim? Pois eu não consegui esquecer de você. Nunca pude imaginar que você fosse uma bruxa. Adorei a surpresa. Sabe, agora com toda essa luz eu posso ver como você é bonita”.
“Parecia que o meu chão iria sumir de baixo dos meus pés, conversamos muito, pena que eu tive que ir para a aula de poções, trocar o Justin pelo Snape definitivamente não pode ser uma coisa boa”.

“Como eu já imaginava o Snape não ficou muito feliz quando me viu, mas quando eu mostrei real interesse pela matéria até que ele me deu uma certa atenção. Eu acho o Snape um ótimo professor quando quer”.
“Há muito tempo que eu sonhava em conhecer um bicho-papão, e não me decepcionei, ta certo que eu não pude chegar muito perto, mas foi o máximo, quem sabe eu não volto lá, mais tarde...”.

Essa noite Lya decidiu passar na torre da Grifinória, queria combinar todos os detalhes da visita ao bicho-papão com os amigos. Tanto Náthane e Curt aceitaram a idéia prontamente, depois disso o rapaz foi dormir deixando as meninas conversando sobre o jantar com o Justin, a sala estava quase vazia com exceção de algumas garotas do 7º ano.

“Hoje eu tive um pequeno probleminha com algumas grifinórias (depois sonserinos são mal educados). Elas me perguntaram se eu não tinha vergonha de andar dentro da comunidade bruxa, também disseram que nunca tinham ouvido falar de mim, mas que isso devia ser normal já que meus pais deveriam ter vergonha de mim. Disseram mais: que tinham pena por eu ter que viver no mundo trouxa. Não é um desaforo?”.
“Vejam só, em pleno século 21 e ainda tem gente que pensa assim. Pior, elas disseram que mesmo eu sendo um aborto elas não veriam problema nenhum em serem minhas amigas. Vê se pode, foi Náthane que me defendeu, eu não prestei muita atenção, mas ela disse alguma coisas sobre as meninas serem uma vergonha para os grifinórios e para toda a humanidade na verdade. Eu achei que ela pegou um pouco pesado, mas mesmo assim fiquei grata. Eu ainda não me acostumei com esse preconceito, também acho que não deveria me acostumar. Na verdade ninguém deveria se acostumar com as coisas ruins. Se contentar com tudo que acontece não vai adiantar de nada, assim pessoas como aquelas garotas continuaram sempre por aí [filosofei]”.

“Na escola tem gente que implica comigo por em achar esquisita, outros me recriminam por ser criada por dois ‘estranhos’ e aqui é isso”.
“Às vezes acho que não tem lugar no mundo para mim”.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.