Boa!




Como contar aos amigos “O acontecimento”? Quantas vezes nos sentimos tão ansiosos, tão felizes e tão confusos, que acabamos atropelando as palavras, embolando os acontecimentos? E era exatamente isso que acontecia com Tiago e Lílian naquele momento. Os dois estavam com a difícil tarefa de contar aos amigos como haviam...se envolvido.
-É, e daí... Daí... Daí eu...
-Lílian, é praticamente a nona vez que você gagueja “e daí”! Mas que coisa! – explodiu Vitória com a amiga, que explicava sentada em sua cama, os acontecimentos da noite.
-Mas parem de me perturbar, pô!
-Não vamos não Tiago, não até você nos contar direito o que foi que aconteceu! – exclamou Remo, no dormitório masculino, onde Tiago contava, confuso a história.
E assim, Tiago e Lílian, cada um em seu respectivo quarto, contavam, detalhadamente para seus respectivos amigos a mais recente novidade.
-Mas não era você que achava o Tiago um caso irreversível? – perguntou Mia, maliciosa.
-As coisas mudam minha cara amiga. Ele não é o que eu pensava, afinal. - respondeu Lílian, alisando um travesseiro.
-Hummmmm! – debocharam as meninas.
Enquanto isso, no dormitório masculino:
-Mas então, você gosta dela? – perguntou Pedro a Tiago, curioso.
-Não, não. – respondeu Tiago rapidamente. – Acho que não.
-Cuidado, Pontas. A Lily é legal. – comentou Sirius estranhamente sério para Tiago.
-É mesmo.- disse simplesmente o amigo.
-Ótimo então, vamos dormir que eu estou super cansado! – pronunciou-se Remo pela primeira vez desde a narrativa de Tiago.
-Falou o velho. – resmungou Sirius.
-Velho não, sensato. – resmungou de volta Remo.
E não demorou muito para toda a torre da Grifinória adormecer, contendo dois sextanistas que o fizeram com grandes sorrisos no rosto.
No dia seguinte, os marotos como de costume esperaram as meninas para o café da manhã, e uma Lílian muito envergonhada cumprimentou um Tiago aparentemente displicente com um leve beijo na bochecha direita (o maroto pareceu desapontado), sob o riso dos demais.
Já no café, as meninas e os marotos conversavam sobre as férias de Natal, que seriam dali a dois dias.
-Alguém vai viajar? – perguntou Vitória, mordendo uma torrada com geléia.
-Eu vou. – disse Pedro. – Para a Finlândia.
-Legal. Mais alguém? – perguntou Sirius, no que todos balançaram a cabeça negativamente.
-Ótimo. Assim poderemos nos encontrar nas férias! – exclamou Tiago, feliz, olhando diretamente para Lílian.
-Pois é. – disse esta simplesmente, também encarando Tiago.


-Próxima parada: casa da Lily!- anunciou Vitória animada, enquanto Tiago se arrumava olhando seu reflexo no vidro de um carro.
Chegando lá, os meninos tocaram a campainha e ficaram esperando a menina aparecer.Uma cabeça magra com cabelos louros desgrenhados apareceu na janela, mas voltou rapidamente.Os amigos estranharam, mas antes que tivessem a chance de dizer qualquer coisa, Lily já havia saído da casa e se enrolava num cachecol verde-musgo.
-Nossa, está congelando aqui fora, pelo amor de Deus. – resmungou a menina.
-Realmente... -iniciou Tiago se dirigindo á ruiva, mas nesse momento um furacão passou por eles, furacão esse que logo eles descobriram ser Vitória, que corria de encontro á amiga, derrubando-a no chão.
-Será que alguém pode me ajudar a levantar, antes que essa louca me derrube de novo? – perguntou Lílian, em meio a risadas dos outros, e enquanto Vitória sorria envergonhada, mais corada do que nunca.
-Eu ajudo. – disse Tiago, levantando a menina, no que ela pareceu desconcertada, mas abriu um grande sorriso.
-Obrigada. – disse a menina, abraçada a Tiago.
-Não há de quê. – respondeu o menino, se aproximando mais ainda de Lílian. Eles se aproximavam mais, e mais, e mais...
-LÍLIAN! – gritou a dona da cabeça loura com cabelos desgrenhados anteriormente vista pelos meninos, Petúnia, irmã da ruiva.
Lílian, abraçada a Tiago, respirou fundo e virou-se lentamente para encarar a irmã.
-Diga.
-Não volte tarde porque eu não abrirei a porta para você, aberração. – desdenhou Petúnia.
Tiago e os meninos se espantaram ao ver a loira se dirigir assim á própria irmã, mas as meninas já estavam acostumadas.
-Não precisa se preocupar. – suspirou a ruiva, por fim.
-Eu não me preocupo. Só me pergunto como é que a minha mãe pode ter parido uma aberração destas, que anda com amigos piores ainda. – retrucou Petúnia, displicente.
-Petúnia, cale a boca. – Lílian balbuciou mordazmente.
Um clima extremamente tenso se instalou no local, com Lílian olhando ferozmente a irmã e os outros embaraçados, sem ação. Logo um grito irrompeu de Sirius, que tentava quebrar a tensão:
-VAMOS embora, pessoal!!
-Sim, sim, vamos embora. Lílian, inclusive, por que você não dorme essa noite lá em casa? Na verdade, todas vocês poderiam ir meninas! – exclamou Vitória, animada.
-Pode ser. – respondeu Lílian, visivelmente abatida.
-Então vamos. Lá em casa nós conjuramos suas roupas e pronto. – falou a amiga, pegando Lílian pelo braço e se retirando com ela e os outros da frente da casa da ruiva.
-Aonde nós vamos? –perguntou Sirius á Vitória, que agora havia se separado de Lílian.
-Vamos numa praça que tem aqui perto. – respondeu a garota, mas ao ver a cara de tédio do maroto emendou: - Não faça essa cara, é o melhor que se tem para fazer por agora!
-Ok. Desculpe. – falou Sirius emburrado.
-Além do mais, essa praça é a oportunidade perfeita! – exclamou Vitória, animada.
-Para quê? – perguntou Sirius confuso.
-Pra nada Sirius, pra nada. – respondeu a garota, visivelmente aborrecida com a falta de percepção do garoto.
-Hormônios... -resmungou o maroto baixinho, emburrado.
-Como disse? – perguntou Vitória ameaçadoramente.
-Nada, nada não. – respondeu Sirius sorrindo falsamente.
-Bom mesmo. –concluiu Vitória. – Bom mesmo.
Tiago conversava com Lílian e Alice e Pedro com Amélia e Remo, animadamente.
Chegando na praça, todos correram para se sentarem no único banco a vista. Todos menos Tiago e Lílian, que ainda conversavam animadamente, sem perceber a movimentação dos amigos.
-Ôpa! – exclamou Vitória, falsamente preocupada.
-Pôxa, eu quero me sentar, meus pés estão doendo! – brigou Lílian, olhando os amigos.
-Então sente-se. – disse Alice, sorrindo.
-Ótimo. Aonde? – perguntou Lílian irritada.
-Ali. – apontou Mia para um matagal, um olhar maroto no rosto.
-Ali aonde? – perguntou Lílian, mais irritada ainda.
-Ali no meio daquele mato, ué. Tem um banco lá. – disse Sirius, com uma inocente expressão em seu rosto.
-Eu não vou no meio daquele matagal não! – exclamou Lílian, com olhar assombrado.
-Não se preocupe ruivinha, que eu estarei com você. – falou Tiago pomposo, passando a mão no cabelo.
-É por isso que eu me preocupo. – concluiu a ruiva, provocando risos dos demais.
-Então, vamos? – perguntou Tiago, parecendo ansioso.
-Vamos. -suspirou a ruiva por fim, iniciando a caminhada.


-Então temos um maroto apaixonado finalmente! – proclamou Sirius pomposo, no dormitório masculino da Grifinória, apontando para Tiago, que ao responder, corou:
-Até parece.
-Você não deveria ter vergonha, Pontas. -começou Remo. –A Lily é uma ótima pessoa.
-Ótima mesmo. – concluiu Sirius maliciosamente, em clara provocação a Tiago, que simplesmente jogou uma caixa de Feijõezinhos de Todos os Sabores (sob os protestos de Pedro) no amigo e fechou a cara.
Enquanto isso, num certo quarto do dormitório feminino da Grifinória, Amélia se dirigia a Lílian:
-Lily, o que você sente pelo Tiago?
-O que você sente pelo Remo? – retrucou a ruiva, ao mesmo tempo em que Vitória e Alice rabiscavam algo em um caderno e riam, alheias á conversa.
-Hum. Eu te perguntei primeiro. – falou Amélia.
-Ok, ok, desculpe. A verdade é que... Eu sempre achei que ele fosse tão... Imaturo e arrogante sabe? Mas ele foi me mostrando que não é assim. Quer dizer, meninos realmente são inferiores a nós – Amélia riu alto – mas mesmo assim, ele é tão carinhoso e... atencioso. Eu... Eu gosto dele. Gosto bem dele.
-ÔPA!- exclamou Vitória, derrubando Alice da cama. – Confissão da nossa querida amiga ruiva, que lindo! Quero ser a madrinha do casamento, porque do primeiro filho eu já serei.
-Não precisa exagerar também. Eu me casando com o Tiago? Que loucura! – riu a ruiva, enquanto Alice se recompunha na cama.
-E por falar em casamento, olhem só o que nós temos aqui! – falou Alice, mostrando um pequeno livro.
-O quê esse livro tem a ver com casamento? – perguntou Amélia, que, como as outras, estava muito confusa.
-Nada.- riu Alice.- É só porque eu acabei de ver esse livro aqui no chão, e daí falei.
-Deixe-me ver. – pediu Lílian, e Alice entregou o livro para a ruiva.
-Então? – perguntou Vitória.
-É do Tiago! Eu me esqueci que ele tinha me emprestado. É sobre quadribol. – falou a ruiva enrubescendo.
-Mas você se interessa tanto assim sobre quadribol, Lil? – perguntou Vitória, com um meio-sorriso.
-Não. – respondeu a ruiva, no que todas começaram a rir.
-Mas eu vou lá levar o livro então. – falou Lílian, levantando-se de sua cama num salto, arrumando o cabelo com as mãos.
-Eu vou com você. – Vitória falou, também se ajeitando um pouco.
E enquanto as meninas se arrumavam no dormitório feminino, do dormitório masculino a situação era mais tensa:
-Você não deveria falar assim da sua futura esposa. – debochou Sirius.
-Ah, pára com isso! – exclamou Tiago, já irritado.
-Sirius, é melhor parar. – advertiu Remo.
-“O Pontas ama a Lily, o Pontas ama a Lily!” – cantarolava Sirius, irritando ainda mais Tiago.
-Nossa, eles estão bem animados hoje! – comentou Lílian com Vitória á porta do dormitório masculino. – O que será que estão cantando?
-“O Pontas ama a Lily!” – ouviram Vitória e Lílian, no que a última ruborizou completamente.
-AGORA CHEGA! Eu não amo a Lílian, eu nem sei se gosto dela mesmo. Foi divertido, é divertido e tudo o mais. E pronto. Ela não significa nada mais para mim. Estamos entendidos? – explodiu Tiago, deixando os marotos e Lílian, que se encontrava á porta, atônitos. Segundos depois, a porta foi aberta, revelando um Pedro faminto, um Tiago largado a uma cadeira e Sirius e Remo aparentemente muito embaraçados.
Pedro estacou á porta, e Tiago, estressado como estava, ao perceber que o amigo havia parado,foi até ele
-Mas por quê é que você parou? Mas que ... – mas sua voz foi morrendo, quando ele percebeu a presença de Lílian.
Remo e Sirius, não entendendo a reação do amigo, também foram até a porta, e ao verem Lílian, Sirius deu um tapa na própria testa e Remo torceu os nós dos dedos nervosamente.
Passou-se um segundo, que mais pareceu um século, todos esperando a reação de Lílian, que foi apenas entregar o livro a Tiago anormalmente quieta e sair andando. Vitória ficou ali mais um tempo, lançou um olhar mordaz a Tiago e se retirou também. Tiago adentrou o seu dormitório e se jogou numa cadeira, arrasado.
Sirius se aproximou de Tiago, deu um tapa na cabeça do amigo, sentou-se ao seu lado e apenas disse:
-Boa.

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N/A: Dois séculos mais ou menos q eu não posto, neh?? hauhauhuauauauahua
Mas é só pq não tem dado tempo!! prometo q agora eu vou ser mais responsável aqui!!! hauhauhauhauhauhauhaua
Queria agradecer pras pessoas q comentaram:

*Mariana Giovinazzo
*zihsendin
*Lilah_Potter
*MoOnNy CaTtY
*Mionezinha
*Manu Riddle
Mtooo obrigada por comentarem, é um incentivo enorme pra mim (agora e a hora q a autora se emociona..hauhauhauha)!!!!!!!!!!!!!!
Espero q gostem desse capítulo..eu sei q eh meio trist e clichê e tals, mas dpois melhora!! claroooo!

Pessoas q ainda naum comentarammmm....nm preciso dzer neh??! hahuahuahua

=***

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