A LEI DE MURPHY TARDA, MAS NÃO



Espero que este capítulo esteja melhor que o primeiro, pois busco evolir a cada um que se passa. Espero que gostem também e plixxxxxxxx comentem, me dêem a nota, nem que seja para dizer que está péssimo. Muito obrigada pela atenção, e aí vai o capítulo dois.



A LEI DE MURPHY TARDA, MAS NÃO FALHA.
Essa noite sim, estava refletindo bem o meu humor. Raios cortavam o céu velozmente, os trovões faziam as vidraças tremerem terrivelmente, o vento não perdoava, e o frio fazia o corpo de todos tiritarem.
E eu?! Bom, eu desci as escadas para o jantar, completamente agasalhada, e com os olhos muito inchados. Sabia que mais cedo ou mais tarde eu iria ter que conversar com Sirius, e preferia acabar logo com isso. Por isso, decidi que depois do jantar o chamaria para conversar.
-Vamos Su, coma um pouco, a comida está uma delícia. -pediu Marlene.
Certamente a comida estaria muito boa mesmo, mas, eu não conseguia fazer nada descer, e se eu tentasse, ela pararia no meio do caminho, e ou eu desmaiaria asfixiada, ou ela voltaria. E ambas as alternativas acabariam com a minha vida social naquele colégio. Não que eu tenha uma vida social muito boa, mas ainda sim, eu não podia acabar com o brotinho que ainda me restava.
Já pensou? Eu ser para sempre lembrada como “a garota que desmaiou no Salão Principal e/ou a garota que vomitou em cima dos colegas de casa”? Esse pensamento me fez tremer, e eu preferi mudar de assunto.
-Talvez eu chegue um pouco tarde hoje, não se preocupem.
-Por quê?! O que você vai aprontar?!- questionou Emelina.
-Vocês vão ficar sabendo, logo, logo.
Eu me levantei. E sai andando, calmamente, tentando fingir que não reparava nos olhares que se amontoavam sob as minhas costas. Finalmente cheguei á paz do Saguão de Entrada. Comecei a andar rápido, por que senão, quando todos saíssem, não mais se deparariam comigo, e sim com o picolé que eu certamente me transformaria devido ao frio cortante dos corredores.
Quando passei no sétimo andar, enfrente a tapeçaria do Barnabás, o Amaculado, sendo abatido por trasgos a cacetadas, rumo a Torre da Grifinória, senti alguém me puxando, por uma porta, que antes não estava lá.
De início, não enxerguei nada, mas depois que os meus olhos se acostumaram com o escuro, eu pude ver o vulto de uma pessoa, bem mais alta que eu, e bem mais forte. Lembrei-me então de que era uma bruxa, tinha uma varinha e o primeiro feitiço que usei foi.
-Lumus.
Mas antes mesmo que eu pudesse apontar a varinha para o rosto do indivíduo que quase me arrancou o braço, ele disse.
-Pode apagar a varinha, eu já vou providenciar luz.
A não! A não! Meu Merlim. Permita que eu esteja errada, somente dessa vez. Aquela voz não podia ser de...
-Sirius?!
-Que foi?!
E no instante seguinte, a sala estava toda iluminada por archotes, e eu pude vê-lo, e... Putz! Que isso! Como ele tava lindo, os cabelos caindo sobre os olhos, numa elegância displicente, o rosto meio corado pelo frio, todo de preto, o que realçava ainda mais os seus olhos extremamente azuis, que brilhavam. Parecia até um oceano, um oceano no qual eu me jogaria sem pensar duas vezes, e implorando para não voltar jamais. Eu abaixei os olhos, e vi que ele havia tirado a capa, e meu Merlim, que corpo. E antes que eu pudesse terminar o meu pensamento pervertido, ele me interrompeu.
-A gente...
-Tem que conversar. Eu to sabendo.
-Vamos sentar primeiro.
Surpreendentemente, duas poltronas apareceram, e então eu me lembrei que estava em um lugar que não sabia qual era.
-Onde estamos?!
-Em Hogwarts.- ele me olhou como se eu fosse maluca.
-Eu quis dizer em que sala, eu nunca a vi, e definitivamente a porta dela não estava aqui antes.
-Ah, ta. Essa é a Sala Precisa, ela só aparece, quando a pessoa precisa realmente de uma coisa, algumas pessoas a encontram ocasionalmente, mas depois não sabem voltar, eu e os marotos a descobrimos, e a usamos desde então. Para nos reunirmos...
-Para trazer as garotas. - eu completei.
-Se você diz.
-Então é por isso que as poltronas apareceram?! Por que você queria?
-É.
-LEGAL! EI, EU POSSO TENTAR?!
-Á vontade. - ele riu.
-Eu quero um... Ah. Já sei. Um chocolate quente.
-Dois.
E eles apareceram “como num passe de mágica”. Por algum tempo não falamos nada, apenas degustamos o chocolate, e então eu comecei a sentir um calor infernal. E percebi. Que ainda estava de capa, e um monte de outras roupas quentes, em uma sala, com a lareira ligada, e onde o ambiente estava bem quente. Tirei os casacos, e me sentei novamente pronta para a conversa!
-Tá, pode falar. O que você queria conversar?!
-Você e o Gideão terminaram?
-Foi.
-Por quê?
-Por causa de vários motivos, e você sabe... Mas esse não foi o principal, eu acho.
-E você achou ruim?! Ta sofrendo?!
-Achei ruim, acho que vou sofrer um pouco, mas como diz a Lily, depois da tempestade sempre vem o arco-íris.
-Ah.
-E... E a gente, como é que fica?
-Não sei. Você acha que dá certo?
-Acho que sim. Por que, você não acha?
-Acho que não.
Foi como se eu tivesse levado um soco da Alice, por essa eu não esperava, eu tinha esperança, mas ela se foi quando ele falou isso para mim. Minha garganta deu um nó, minhas mãos começaram a tremer, meus olhos começaram a arder, corpo traidor!
-E por quê?
-Sei lá, eu não quero me prender a ninguém agora.
-Entendo.
-Sério?!
-Claro que não. Você acha que é assim, fica com uma pessoa, usa ela, destrói um namoro, e depois diz tchau?! Com as outras pode ser assim Black, mas comigo? Não, comigo não!
-Su, eu to apaixonado por outra menina.
-Apaixonado?! E você é capaz de nutrir esse sentimento?! Você é frio Black. Só ama a si mesmo. E não me chame de Su, só meus amigos me chamam assim, traidores não.
-Susan, eu gosto muito de você. Só que como uma irmã.
-Ah é?! Mas não parece, por que irmã você não beija como me beijou.
-Mas eu só descobri que gostava de você como irmã nesse dia.
-Cala a boca Black Você só ta piorando a sua situação. Se é que você se importa.
-Susan você é uma amiga legal, eu não quero te perder.
-Black, por trás dessa amiga legal, tem uma mulher, você nunca reparou?! Ah, mas é claro que não, você só enxerga o próprio umbigo.
-Não é verdade.
-É SIM, EU ACHEI QUE VOCÊ ERA DIFERENTE, MAS NÃO, VOCÊ É UM BLACK IGUAL A TODOS OS OUTROS, FAZ JUS AO SEU NOME.
E saí correndo da sala, sem olhar para trás, corri como nunca em minha vida, sem saber para onde ir. Sem me importar se seria pega ou não. Fui para a orla da floresta, e sentei lá, senti a água da chuva se misturar com a das minhas lágrimas.
O frio começou a tomar conta do meu corpo, procurei pelo meu casaco, mas ele havia ficado na sala, e eu não voltaria para o castelo de jeito nenhum, por mais frio que passasse.
Meus pensamentos voavam, passavam desconexos pela minha cabeça, e cada vez mais lágrimas se projetavam em meus olhos, embaçando minha visão. Sabia que ficariam preocupados, mas dessa vez, eu pensaria em mim, queria ficar sozinha, queria morrer, queria ser engolida pela copa das árvores.
Não sei por quanto tempo fiquei lá, tremendo e chorando, não sei dizer também que horas perdi os sentidos, mas sei dizer, que tive um pequeno vislumbre, de alguém me pegando no colo. Ouvi uma voz bem distante, chorosa, perguntando se eu estava bem. E depois, só acordei no dia seguinte, de noite.

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Bom, mais um capítulo. E não se esqueçam de comentar. Plixxxx
x)

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