O fim e o começo



Cap. 37 O FIM E O COMEÇO

Aquela segundo foi quase igual a qualquer outra. As aulas não foram canceladas, mas era bem visível o ar de luto que ficava nas aulas. Porém, os alunos só estavam tirando mais dúvidas e terminando os conteúdos que não haviam caído nos exames. Na quarta, já não havia mais o que estudar, e eles aproveitavam para começar a arrumar as coisas para voltar para casa na sexta-feira. Harry tentava se ocupar com várias coisas: ia à casa de Hagrid, conversava e jogava com Rony e os outros, lia alguns livros que Mione lhe indicara, andava pra lá e pra cá com os amigos, voava em sua Firebolt e jogava quadribol não- oficialmente... Mas, era raro o dia que ele não visitava o túmulo de Ayame. Às vezes, levava um dos Cd´s dela (que pedira emprestado à Dumbledore) e ficava ouvindo eles lá, como se ela estivesse ali cantando. Mas, não ficava triste e desolado como antes, e nem chorava mais. Ele começou até a sentir bem- estar, a mesma sensação que tinha quando a Ayame viva estava ali com ele. Na quinta-feira, ele perguntou à Hagrid, enquanto ajudava ele a aguar as abóboras da horta juntamente com Rony, Mione e Gina, o que aconteceria com Hogwarts.
__ Sabe, os Comensais da Morte entraram aqui, será que o Ministério não vai encucar com alguma coisa?
__ Fudge já marcou uma reunião com Dumbledore para discutir isso__ disse Hagrid__ Mas acho que não vão fechá-la, não. Mas tenho certeza de que muita coisa vais mudar.
__ Tomara que não mandem outra Umbridge pra cá__ comentou Rony.
__ Mas, se mandarem, a gente expulsa ela de novo!__ brincou Gina.
Harry lembrou-se então de Rebecca e perguntou sobre ela.
__ Ela voltou para Akzaban__ respondeu ele__ Está esperando julgamento.
__ Mas quem está vigiando a prisão?__ indagou Gina.
__ O Ministério colocou bruxos lá para cuidar__ Hagrid respondeu__ Os melhores aurores do mundo bruxo.
__ Talvez seja suficiente por enquanto, já que....__ começou Rony.
__ Já que Voldemort está enfraquecido__ continuou Harry.
Ele havia contado aos amigos sobre o que ocorrera e sua conversa com Dumbledore alguns dias antes. Todos ficaram em silencio por um instante. Hermione disse baixinho:
__ Será que vai demorar pra ele voltar de novo?
__ Duvido muito__ respondeu Harry.
__ Mas estaremos preparados, não é?__ disse Hagrid__ Talvez até lá achemos um jeito de derrotá-lo de vez.
__ É, talvez.
Gina olhou para os amigos e disse:
__ Vocês todos estão muito preocupados. Vamos, desanuviem essas mentes!
E começou a jogar água neles.
__ Gina!!
__ AAAhh!
Apesar de sair todo molhado daquela tarde calorenta, Harry estava feliz. Era a primeira vez que ria depois dos últimos dias.

A sexta-feira, dia em que iriam embora, amanheceu com sol. Harry se despediu, juntamente com os outros, de Hagrid e dos professores. Ele não trocara uma palavra com Snape até então, mas o professor de Poções o encontrou no corredor e disse:
__ Tome cuidado nesse verão, Potter. O Lorde das Trevas pode estar enfraquecido, mas seus seguidores não.
__ Sim. Snape ia virar para ir embora, mas Harry o interrompeu:
__ É.... Obrigado por ter ajudado.
O professor o olhou com espanto e desdém por um instante, mas logo voltou a fechar a cara.
__ Não fiz mais do que o meu dever.
E virou as costas para o garoto. Depois de falar com Snape, Harry ainda deu uma escapulida às margens do lago, onde estava o túmulo de Ayame. Ele não se espantou de encontrar Dumbledore lá.
__ Olá, Harry.
__ Olá, professor.
Os dois ficaram um momento em silêncio, olhando para o túmulo de cristal. O diretor quebrou o clima:
__ Tenha boas férias Harry. E torça para que Hogwarts ainda esteja aqui em setembro.
__ Ela vai estar, professor. Obrigado.
__ Obrigado você, Harry.
__ Tenha boas férias também.
Harry se despediu e correu para se juntar aos amigos que rumavam para a estação onde pegariam o Expresso de Hogwarts. Harry, Rony e Hermione desceram do Expresso de Hogwarts, seguidos pelos outros alunos. O Sr. Weasley esperava na estação 9 e ¾, e Lupin o acompanhava.
__ Olá__ cumprimentou Arthur.
__ Oi pai__ disse Rony.
__ Oi, Harry, como está?__ perguntou Lupin. _
_ Bem__ respondeu o garoto, dizendo a verdade.
Antes de irem embora (os pais de Hermione estavam esperando do lado de fora da estação), Harry, Rony e Mione se despediram dos amigos. Primeiro foram Luna e Neville, que apresentava a namorada para a avó, que parecia gostar da garota loira. Depois, de Lino e Simas, Cho e outros participantes da Armada. Finalmente, Rony foi arrancar Gina dos braços de Dino e eles aproveitaram para dar tchau para o desenhista da Grifinoria.
__ Até mais__ disse o ruivo puxando a irmã. _
_ Eu te ligo nas férias!__ gritou Gina para o namorado.
__ Quando sua mãe souber que você está namorando sério, Gina...__ disse o Sr. Weasley quando a filha chegou.
__ Ah, papai, ela não precisa saber tão cedo... Você sabe como eu sou uma menina boazinha...
O pai da garota riu, e eles se encaminharam para passar pela plataforma e entrar no mundo trouxa. Harry ficou feliz em lembrar-se de que não precisaria ver os Dursley neste verão. Os pais de Hermione vieram buscá-la, e aproveitaram para parabenizar Rony e ela pelo namoro.
__ Nós teremos o prazer de cuidar da higiene bucal de seus filhinhos, não é querida?
__ Mãe!!__ Mione ficou vermelha, assim como as orelhas de Rony__ Nós estamos namorando, não casando!!
A garota se despediu de todos, e foi embora. Rony, Harry, Gina, Sr. Wealey e Lupin rumaram para o carro (que incrivelmente cabia todos sem aperto) e foram para a sede da Ordem, no Largo Grimmauld. Eles passaram alguns dias ali, mas logo depois Harry foi para a Toca com os Weasleys. Ele ficou no quarto de Rony, como antes, e os dois jogavam quadribol e às vezes Fred e George traziam parafernálias para eles da loja de logros. Desde que tinham saído de Hogwarts, várias notícias saíram no Profeta. Entre elas, a invasão à escola, a presença mais forte de Voldemort, o encontro entre Harry e o bruxo das trevas, a captura de todos os Comensais envolvidos, e a morte de Ayame Vermefire. Logo antes dos garotos irem à Toca, Dumbledore fez um pronunciamento público sobre a ausência temporária de Voldemort, explicando em partes o que ocorreu na noite em que Harry e ele lutaram. Porém, o diretor de Hogwarts não deixou de avisar:
__ Peço que ainda não se sintam totalmente relaxados e baixem suas guardas. É muito provável que Lord Voldemort __ as pessoas que estavam ouvindo estremeceram__ ainda volte, pois ele ainda tem condições para isso. E, enquanto seu mestre não retorna, podem ter certeza de que, desta vez, sob a certeza de que Ele voltará, os Comensais da Morte não ficaram quietos, e sim muito inquietos. Peço que ainda tomem muito cuidado.

O tempo passou, e logo faltavam somente duas semanas e meia para o início do ano letivo. O último ano de Harry em Hogwarts! Ele nem acreditava. O tempo parecia ter passado tão rápido e ao mesmo tempo demorado tanto. Ele nem tinha planos concretos ainda do que iria fazer depois de sair da escola.... Na verdade, TINHA sim... mas todos incluíam Ayame, então ele tentou esquecê-los. Na manhã da quarta-feira, enquanto eles tomavam café na Toca, o Sr. Weasley chegou andando rápido pela porta e colocou um exemplar do Profeta Diário na frente dos adolescentes. Molly veio ver também do que se tratava. Não havia foto na primeira página, e sim a manchete escrita em letras grandes e pretas:

“OS DOIS LADOS DA MOEDA_ OU MELHOR_ DO MINISTÉRIO
O Ministério da Magia realmente possui dois lados da moeda. Por um lado, consegue prender criminosos e fazer justiça. De outro lado, falha em seus principais compromissos.
FUGA DE TRÊS COMENSAIS DA MORTE RECÉM-CAPTURADOS!
Faz somente algumas semanas que vários Comensais foram capturados no território da escola de Magia e bruxaria de Hogwarts, e três deles já estão nas ruas novamente: Rabaston Lestrange, Antonio Dolohov e Lúcio Malfoy. Um...”

Harry se lembrara de ter visto em alguma reportagem anterior que a família Malfoy estava esperando julgamento na prisão de Azkaban, inclusive Draco.

“Um detalhe curioso é que Lúcio Malfoy até o mês passado trabalhava em um dos cargos mais importantes do Ministério, e foi pêgo participando de um complexo plano em que ele era um dos chefes, juntamente com outros Comensais da Morte, aos invadirem a escola de Hogwarts, o que acabou no assassinato de Ayame Vermefire. Seu julgamento e o do restante de sua família, Draco e Narcisa Malfoy, também envolvidos no caso, ainda nem haviam sido concluídos. Como avisou, dias atrás, o diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore, ( que, aliás, avisava da culpa de Lúcio Malfoy),os Comensais não descansam apesar da aparente ausência de seu mestre. Na fuga, dois dos aurores que agora fazem a vigilância da prisão de Azkaban, no lugar dos revoltados dementadores, foram feridos e três foram mortos. A seguir fotos dos fugitivos para a melhor identificação da população. Qualquer informação...”

A página seguinte estava totalmente preenchida por três fotos: de Dolohov, Lestrange e Malfoy. E não acabava por aí. Na página ao lado, havia outra grande manchete:

JULGAMENTOS EM ANDAMENTO: CASO MALFOY E CASO VERMEFIRE
Depois da prisão dos Comensais da Morte envolvidos na invasão à Hogwarts, somente dois casos ainda estão em andamento. O da família Malfoy, incluindo Lúcio Malfoy (foragido), Narcisa Malfoy e o filho do casal, Draco Malfoy, é o mais discutido. Enquanto à culpa de Narcisa e Lúcio, há provas irrefutáveis disso, além de várias testemunhas...

__ Eu fui uma das testemunhas!__ exclamou o Sr. Wesley__ Acabei com aquele....Malfoy.

... que ajudaram muito no caso. O impasse se encontra em relação ao filho dos Malfoy, Draco. Ele e seus pais alegam que o garoto, estudante de Hogwarts, estava sobre os efeitos da Maldição Imperius.

__ Maldição Imperius uma ova!!__ exclamou Harry__ Ora...

...Estão sendo feitos testes para comprovar ou desmentir essa afirmação. Porém, há indícios muito grandes de que o garoto foi uma peça fundamental para que o plano de invasão desse certo: fontes afirmam que ele foi quem permitiu a entrada dos Comensais da Morte. Se o garoto for considerado culpado, cumprirá uma pena igual à de qualquer outro criminoso, pois já é maior de idade.

__ Bem feito!__ comentou Rony.

O outro julgamento, não menos importante, e até igualmente polêmico, é o de Rebecca Vermefire. A garota é irmã mais velha da professora assassinada, Ayame Vermefire, e foi acusada de participar do assassinato de seu pai e de sua irmã há alguns anos atrás. Porém, a sentença ainda não foi dada por um fato curioso: ela alega que ajudou a deter Você-Sabe-Quem e que está profundamente arrependida de tudo o que fez. Várias testemunhas, inclusive Alvo Dumbledore, afirmam ter visto Rebecca com um punhal, com que apunhalou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, dando a chance a seu adversário no momento, o garoto Harry Potter, de atacá-lo.

__ Isso é verdade, Harry??__ indagaram Fred e George, que estavam lá também, admirados.

Porém, as mesmas testemunhas afirmam que foi com o mesmo punhal que Rebecca atacou e feriu sua irmã, Ayame, antes de ela ser assassinada por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Como pode se ver, as provas são contraditórias, e ainda há muita polêmica sobre o caso.

Hermione, que era quem estava lendo a notícia em voz alta, suspirou ao terminar.
__ Mas essa Rebecca__ disse Fred__ Ela alega que está arrependida! Que fajuta!
__ Não__ respondeu Harry__ Eu ouvi ela falando. Ela estava mesmo arrependida.
__ Não interessa__ a Sra. Weasley fechou a cara__ Ela ainda estava envolvida na morte de Ayame, e foi ela quem matou Ayume, apesar de nunca ter sido punida por isso.
__ Sabem__ disse o Sr. Wesley__ Dumbledore está defendendo ela.
__ O QUE?__ exclamou Molly__ Ele está louco ou o que?
__ Eu não sei o que ele está querendo, mas deve ser algo importante__ respondeu Arthur__ Acho que devemos confiar nele.

Faltando exatamente duas semanas para o dia 1 de setembro, Harry e os Weasleys, mais Hermione, Lupin e Tonks resolveram ir até o Beco Diagonal comprar o material do próximo ano letivo. As cartas haviam chegado três dias antes, na sexta-feira. Não havia nada de mais na nova lista de materiais de Harry, Rony ou Hermione, mas isso fez o garoto se lembrar:
__ Ei, quem será que vai ser o novo professor de DCAT?
__ Não tenho a mínima idéia__ respondeu Rony enquanto sentava-se no banco de trás do “Coração de Mãe”, o carro do Sr. Weasley, o qual haviam carinhosamente batizado assim pelo fato de nele sempre caber mais um.
__ Dumbledore não comentou nada ainda__ disse Tonks.
__ Bem que você podia voltar a nos dar aulas, né Lupin??__ pediu Hermione.
__ Você sabe o que aconteceria__ respondeu o outro baixinho.
Hermione calou-se, e os outros começaram a cantar pra alegrar o ambiente. Quando chegaram no velho e feio bar que era o Caldeirão Furado, Fred e George os foram encontrar lá.
__ Deixamos a loja com as gêmeas__ disse Fred__ Elas são muito boas vendedoras.
Eles passaram pelas mesas de madeira encardidas e deram oi para o velho Tom, enquanto iam em direção à parede de tijolos mágica. Havia somente três clientes no bar: duas bruxas horríveis, daquelas que pareciam ter saído de contos de fadas mesmo, só que mais modernas, vestindo roupas roxas e curtíssimas; e um homem de capa e capuz, sentado sozinho na mesa mais afastada. Devido à disposição das mesas, Harry teve que passar perto da mesa onde o homem estava sentado. Porém, quando fez isso, sentiu um arrepio frio percorrer sua espinha. Parou, e tentou olhar por debaixo do capuz do homem discretamente, fingindo que estava analisando os desenhos na madeira da mesa, mas logo Lupin chamou-o:
__ Vamos Harry! O garoto desistiu e andou até o antigo professor.
__ Tome cuidado__ murmurou ele, enquanto atravessavam a parede de tijolos recém-transformada num portal atrás dos outros__ Não fique dando bobeira. Aposto que tem muita gente querendo vingança.
__ Ok__ respondeu ele, cansado daquilo que já ouvia há muito tempo.
Dentro do Beco, eles encontraram Hemione, que os acompanharia. Eles compraram todos os materiais e mais um pouco de bugigangas (os Weasleys na verdade se esbaldaram, já que Fred e George estavam ganhando muito na loja de logros e mandavam dinheiro para a família de montes), antes de entrarem na loja de Fred e George para comprarem mais. Depois de encher os bolsos com coisas inúteis mas legais, Harry resolveu comprar um sorvete. Chamou Rony para ir com ele, daí poderiam trazer para os outros.
__ Eu quero de caramelo com açúcar cristalizado e cobertura de marshmellow com chocolate branco__ disse Gina.
__ Nossa, tá com falta de glicose, einh__ comentou Rony.
__ Cala a boca e vai logo__ mandou ela empurrando o irmão, e Harry foi atrás.
Harry e Rony caminharam calmamente pela rua, conversando sobre quadribol. Quando estavam fazendo os pedidos, Rony deu um surto e disse:
__ Ai, Harry, vai pedindo aí.... É que aquele pão com salsicha, ovo e maionese não me fez muito bem sabe... Onde é o banheiro einh....
O ruivo saiu apressado e Harry ficou encarregado de pedir os sorvetes. Enquanto o velho Tom preparava-os (ele era rápido como um lesma nisso), o garoto saiu um pouco e foi olhar a rua (nossa, olhar a rua, que coisa de vó.... minha vó que fica olhando a rua o dia inteiro...). Qual não foi a sua surpresa quando viu o homem encapuzado do bar andando rapidamente pela rua. Harry não sabia pra onde ele ia, mas logo percebeu: ele ia diretamente para a entrada da Travessa do Tranco. Isso provava ainda mais o tipo de pessoa que ele era. Apesar disso, Harry estava sentindo formigamento, tamanha era sua curiosidade para saber quem o homem era. De repente, o homem virou o rosto e Harry viu cabelos loiros e compridos escondidos dentro do capuz. O garoto soube imediatamente quem era. E agora... Ele não podia deixar Lúcio Malfoy escapar! Mas não tinha tempo para voltar até a loja dos gêmeos chamar os outros, senão o perderia de vista; também não podia fazer um alarde ali, porque senão ele fugia; e se dependesse de Rony... Ele decidiu então ir atrás de Malfoy. Porém, Harry lembrou-se do que Lupin dissera na entrada do Beco. Não podia se arriscar assim. E agora....
__ Ah, que se dane!!__ pensou ele, a começou a correr atrás do Comensal da Morte encapuzado. Lúcio Malfoy continuava a andar rapidamente pela rua da Travessa do Tranco. Não parou nenhuma vez, mesmo quando passou pela Borgin e Burkes, e também não olhou vez alguma para os lados. Parecia estar muito seguro de si. O que ele estaria fazendo no Beco Diagonal?, pensava Harry, enquanto o seguia o mais discretamente possível. Estranho, mas a rua estava totalmente vazia. O garoto continuou seguindo Malfoy até ele virar em uma ruela estreita bem no fim da Travessa. Harry entrou na ruela também. Não podia deixar ele escapar. Porém, se arrependeu exatamente um minuto depois:
__ Expelliarmus!!
A varinha de Harry, antes firmemente segura em sua mão, voou vários metros longe, fora de seu alcance. Em que enrascada tinha se metido. Uma risada maligna veio da escuridão da ruela, e logo depois Lúcio Malfoy emergiu das sombras sem capuz nem capa. Tinha caído em uma armadilha.
__ Eu sabia que você estava me seguindo, Potter__ disse Malfoy, apontando a varinha para Harry__ E essa é minha oportunidade de te capturar! Vou te levar vivo ao Lorde das Trevas quando ele retornar.
Harry achou que Malfoy parecia meio maníaco. Toda a pressão devia ter mexido com sua cabeça.
__ É, porque ele vai retornar sim, sabia, Potter? Quando vocês menos esperarem!! Huahuahuahauh (risada maníaca maligna doida).
Harry de súbito teve uma idéia. Continuou falando para manter Malfoy ocupado:
__ Eu não acredito que ele vai voltar!__ disse ele.
__ Porque você é um tolo!__ respondeu Lúcio__ Você vai ver... Todos vocês vão ver...
Enquanto o Comensal fugitivo falava, Harry ia fazendo um círculo andando, e Malfoy ia o acompanhando, mas sem notar o objetivo real do garoto. No fim, Harry estava de frente pra a saída do beco, e Malfoy, virado de costas para ela.
__ Vocês e todos os seus amiguinhos tolos vão pagar, Potter!__ disse Malfoy.
Aproveitando que seu adversário estava ocupado falando, Harry correu e investiu para cima de Malfoy, tentando derruba-lo. Porém, o Comensal estava mais lúcido e forte que o garoto havia imaginado. Lúcio o segurou no ar, e pelo pescoço.
__ Não tente fugir!!
Harry estava sem ar, e tentava em vão tirar a mão de Malfoy de sua garganta. Seus pés balançavam suspensos no ar.
__ Agora você vai ver, Potter... Lúcio levantou a varinha e apontou bem para a cara do garoto.
__ Avada...
Ué, ele não tinha dito que o levaria vivo para Voldemort? Harry ia dizer isso, para retardar o ato do Comensal, mas a mão apertando sua garganta o impediu.
__... Kedrava!
Harry viu o jato de luz verde sair da varinha de Malfoy e ir em sua direção. Ouviu uma voz gritando. A voz gritava seu nome, e parecia que sua cabeça ia explodir de tão alto. Seria sua mãe? Não, não era... Mas era uma voz familiar...
De repente, o jato de luz verde se transformou em um jato de luz vermelha. Um clarão vermelho. Malfoy o soltou subitamente, e o garoto foi arremessado longe. Harry levantou a cabeça e viu Lúcio gritando. Havia várias queimaduras em suas mãos. Ele olhou aterrorizado uma última vez para Harry e aparatou. Harry ficou meio sem saber o que fazer. Levantou-se lentamente, e andou até a entrada do beco. A Travessa do Tranco continuava vazia. Voltou, pegou sua varinha, e pôs-se a andar de volta ao Beco Diagonal. Quando apareceu pela entrada que levava ao Beco, uma juba de cabelos castanhos, outra de cabelos ruivos e mãos meio gordinhas o cobriram.
__ Harry!__ exclamou a Sra. Weasley, afastando Hermione e Gina do garoto__ Você estava louco?? Se você fosse meu filho de verdade, eu o poria de castigo!__ disse ela, chorosa.
__ Desculpe__ disse ele.
__ Você pode nos explicar o que aconteceu??__ indagou Lupin, que o olhava com repreensão, o garoto já sabia o porquê.
Harry começou a contar, desde o homem no bar, que era Lúcio Malfoy. Quando acabou, metade dos expectadores estavam admirados, e a outra metade estavam apreensivos.
__ Bom__ disse o Sr. Weasley__ Quase pegamos ele. Mas não foi dessa vez. Só foi meio estranho essa saída repentina dele....
__ E as queimaduras__ disse Tonks.
__ Acho que está na hora de voltar__ disse Molly.
O restante concordou, e os pais de Hermione vieram buscá-la quando saíram pelo caldeirão Furado. Porém, antes da garota ir embora, uma coruja veio voando barulhentamente e aterrisou bem em cima da cabeça de Harry.
__ Ai!__ disse ele__ Sai!!
__ Calma, ela tá segurando uma carta, é pra você Harry!__ avisou Rony, pegando a coruja, acalmando-a e retirando a carta da perna da coruja.
__ A coruja é de Hogwarts__ comentou Gina.
__ E a carta é de Hagrid__ disse Harry, pegando a carta da mão estendida de Rony e reconhecendo os garranchos do amigo.
__ Leia em voz alta__ pediu Hermione.
O garoto abriu a carta e começou:

 Harry, Você precisa urgentemente ver isso!! Não sei se vai acreditar só pela carta, até agora nem eu to acreditando, mas você precisa vir aqui!! Traga Rony e os outros junto, mas venha logo!! É um milagre, eu nem sei como aconteceu, é tão estranho... Foi tudo tão rápido, do nada, e Dumbledore nem está aqui... A Ayame está viva!!
Hagrid

Quando terminou de ler a carta em voz alta, somente uma coisa estava na mente de Harry, e dos outros que a haviam ouvido:
A Ayame está viva!!

 Olá!! Esse foi o último capitulo da minha fic.... mas não fiquem tristes não, pois logo uma segunda fic virá!! Procurem por ela: Harry Potter e a Flor de Fogo 2: A saga das irmãs. È a continuação desta, por isso NAO PERCAM!! Comentem o que acharam do ultimo cap.... Bjos! E até a próxima! Xauzinhu!!^^
Oii gente! passei por aki de novo, tipo, dois anos depois hehehe só p/dizer a outra fic, continuacao desta, está terminada!! aproveitem bem a leitura e continuem comentando pq eu sempre passo p/ ver os coments ta!!
bjoos amo vcs!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.