Dúvidas



Cap. 20
DÚVIDAS E MAIS DÚVIDAS

__ Quem?
__ Só pode ter sido uma pessoa!
__ Quem???
__ Você não faz a mínima idéia ainda, Rony?
__ Não!!
__ Como que eu fui arranjar um namorado tão tapado...
__ Ei!
__ Ela só está brincando, Rony. Vai, eu falo, foi o... Cozinheiro!
Harry, Rony, Hermione e Ayame estavam jogando um jogo que Ayame lhes ensinara chamado Detetive, onde tinham que descobrir quem matara a dona da fábrica. Haviam se passado exatamente uma semana desde o incidente do roubo do livro, ou seja, era sábado e faltavam somente três dias para o Natal.
Vocês devem estar pensando como os quatro estavam lá, tranqüilos, jogando, enquanto deviam estar tentando descobrir quem era a pessoa que ajudava Malfoy. Com certeza, se Ayame e Hermione não tivessem convencido-o de esquecer um pouco isso, Harry estaria é espionando alguém, ao invés de estar jogando Detetive.

*Flashback*

__ Quem?
__ Com certeza é Snape!! Só pode ser ele!
__ Eu concordo com o Harry.
__ Vocês três estão sendo precipitados!__ ratiou Ayame__ Não podemos sair acusando as pessoas assim. E, aliás, Dumbledore confia nele.
__ Ora, mas eu não confio! Ele anda estranho ultimamente...__ disse Harry.
__ Por que não vamos falar com Dumbledore? Talvez ele possa nos ajudar.__ sugeriu Rony.
__ Não!__ exclamou Ayame__ Eu... acho melhor não meter Dumbledore nisso. Não pelos menos antes de termos provas claras e concretas de tudo o que supomos até agora.
__ Mas por que?__ indagou Harry__ Dumbledore sempre acreditou na gente, mesmo sem provas.
Ayame hesitou um pouquinho.
__ É que... eu vou ser sincera com vocês. Dumbledore me proibiu de me meter em alguma investigação, algum plano que esteja ocorrendo, entendem? Eu já fiz isso muitas vezes e me dei muito mal uma vez, por isso ele tem medo de que eu me precipite e faça algo doido, ainda mais perigoso do que fiz com Malfoy aquela vez. Com certeza, agora que houve o roubo do livro, ele colocou alguém da Ordem investigando, mas de jeito nenhum deixaria eu me envolver, muito menos vocês.
__ Mas e se falássemos que temos informações sobre o roubo do livro, informações que coletamos antes de tudo isso acontecer, e falar que você não estava envolvida em nada, não sabia de nada?__ sugeriu Mione.
__ E você acha que ele vai acreditar? Claro que não. Ele me conhece, e conhece vocês também, sabe.
__ Também acho que isso não daria certo__ disse Harry__ Então só nos resta resolvermos tudo sozinhos, ou pelo menos conseguir alguma prova. Afinal foi sempre assim, não é? Sempre nos viramos sozinhos.
__ Mas nem sempre nos demos bem.

*Fim*

Ainda naquela discussão, Harry sugerira ficarem vigiando Snape, mas Ayame também discordou com isso, dizendo que algum outro professor poderia estar sendo controlado pela maldição Imperius e que eles estavam precipitados e que deveriam ter mais provas para isso do que a intuição. Na verdade, Harry tinha quase certeza de que ela não queria que eles dessem muito na cara, coisa que fariam ao vigiar Snape ou Draco, pois provavelmente Dumbledore estava de olho nela, e também em Harry. O garoto achava um pouco de exagero a proibição, mas ele não conhecia totalmente o passado da amiga, e provavelmente ela fizera algo totalmente e extremamente perigoso e o diretor, no papel de responsável e “vovô” de Ayame, estaria preocupado e só iria querer o bem dela.
De qualquer maneira, Harry estava meio tranqüilo quanto a isso. O que mais o preocupava, na verdade, eram as aulas. Ele estava indo bem em quase todas as disciplinas, mas em compensação, e Poções ele estava mais catastrófico do que nunca. Snape parecia que estava descontando toda a raiva acumulada em cima dele, e por causa de coisas bobas, dava detenções (felizmente curtas, “Não quero perder muito do meu tempo com você”, dizia ele) ou excluía o garoto da sala, horas em que o moreno aproveitava para fazer a tarefa de outras disciplinas. Harry não sabia o que estava dando no professor, mas sabia que ele estava dando um duro danado para pegar as aulas perdidas e para fazer tudo certo na aula de Poções.
Porém, esse comportamento incomum do professor reforçava ainda mais a teoria de Harry de que ele estava tramando alguma coisa.

O Natal chegou cheio de luzes, alegria, pinheiros, azevinho, presentes e festa. Harry acordou no dia 25 com a cama amarrotada de presentes: uma coleção de miniaturas de bruxos famosos dada por Lupin; uma toca azul especialmente tricotada pela Sra. Weasley; uma pena e um tinteiro novos dados pelo Sr. Weasley; uma miniatura dele montado na Firebolt, que Fred e George mandaram encomendar; vários livros sobre DCTA dados por Olho Tonto e Hermione; um monte de doces e tortas dados por Tonks, Gina e Hagrid (dessa vez, o gigante comprou as tortas ao invés de fazê-las em casa, fato que Harry agradeceu muito); e muitas outras coisas dos amigos, além de um livro sobre a manutenção da Firebolt que você não precisa ler, pois o livro fala, dado por Ayame.
__ Eu sei que você não tem muito gosto nem tempo para a leitura, então eu mesma enfeiticei esse livro pra falar o que esta escrito nele__ explicou ela.
O Salão principal estava magnífico como todo ano: lindas árvores de Natal decoradas com as mais variadas coisas, cristaizinhos de gelo pendurados no teto que reluzia o dia nebuloso e frio lá fora, e várias fadinhas vestindo roupas feitas de neve sobrevoando as cabeças dos alunos.
Os fantasmas andavam por aí mais reluzentes do que o normal, e quando Hermione explicava que isso acontecia por causa de um feitiço do castelo que deixavam as coisas mais reluzentes e Ayame se gabava pelo fato de ela mesma ter feito o feitiço, Hagrid apareceu na porta do Salão, grande como sempre. (Nããão, pequeno, ele diminuiu de uma hora pra outra! ... Eu não fui feliz naquela afirmação, mas não tinha o que escrever... XD).
O gigante foi sentar-se com eles à mesa da Grifinória, já que haviam vários lugares vagos dos alunos que tinham retornado às suas casas para o Natal. Harry notou, ma não sendo preconceituoso nem nada, que a maioria dos alunos que tinham ficado na escola eram filhos de trouxas, ou seja, que não encontrariam mais segurança em casa do que na escola. Sinceramente, Harry achava que mesmo nas melhores e mais poderosas famílias de bruxos eles não estariam mais seguros do que na escola (a não ser que a família seja de um Comensal), já que Hogwarts era o lugar mais seguro na opinião dele.
Já era de se esperar que a casa que tivesse menos alunos ainda na escola naquele período fosse Sonserina, mas foi um pouco de surpresa ver Draco Malfoy, Crabbe e Goyle sentados à mesa da casa da serpente.
__ Eu não estou muito surpresa__ comentou Ayame, logo quando Harry comentou o fato__ Eles tem que ficar aqui pra dar continuidade ao plano.
__ Que plano??
Os quatro tinham se esquecido completamente da presença do amigo Hagrid ali.
__ Ah... nada não, Hagrid...__ começou Rony__ Ah, Giina!
A aparição da ruivinha e de seu namorado Dino salvou a pele dos amigos. Os dois sentaram-se na mesa, e logo Luna apareceu, pedindo se poderia sentar-se ali com eles, e Neville também, vindo com uma enorme cara de sono.
O almoço foi servido, e depois de comer muito mousse de maracujá de sobremesa (era a sua favorita)(e a minha também!!), Ayame se levantou da mesa e sentou-se junto com os demais professores, ao lado de Dumbledore. Hagrid a acompanhou, sentando-se do outro lado do diretor, que parecia muito satisfeito com a presença dos dois.


Passaram-se os dias e as aulas voltaram ao normal. Harry treinava muito com o time de quadribol, que melhorava ao passar do tempo, tanto que chegaram ao ponto de deixar até a prof. MacGonagall satisfeita.
__ Assim vamos arrebentar a Sonserina!__ exclamou precipitada a professora de coque ao ver o treinamento e as táticas que Harry apresentara, mas logo depois se arrependeu e voltou à carranca séria e exigente de sempre__ Agora tratem de treinar mais.
Como antes, nas aulas de DCAT o garoto se dava muito bem ( e não porque era amigo da professora não, como alegava Malfoy ao ver o espetacular desempenho do “rival” nas aulas). Ayame conseguira deixar os alunos em um nível de aprendizado que até Lupin elogiou (por carta), pois ela ensinava feitiços avançados e táticas para aprende-los mais rápido. Algumas pessoas da Sonserina (como... adivinhem quem) se recusavam a usar as táticas que a professora ensinava, alegando que não queriam aprender de forma “desonesta e que não exigisse esforço pessoal”, e assim eram os mais atrasados da turma.
Harry, assim como os amigos, se sentiam como se estivessem nos encontros da AD na aula de Ayame. Um dia, quando Ayame contou ao garoto que uma aluna do quarto ano dissera que com a professora ela aprendera muito mais do que nos quatro anos passados e que a aula dela era muito divertida e descontraída, Harry se surpreendeu ao ouvir a amiga agradece-lo por ter tido a idéia da AD.
__ Eu aprendi com você como se dá aula!__ dissera ela__ Obrigado!

Já tinham se passado três semanas desde o Natal, ou seja, estavam na penúltima semana de Janeiro. Ayame comentou das saudades que ela sentia das férias de verão do Brasil, com muito calor, água de coco, praia e mar. Ah, o mar!, ela suspirava, e sempre começava a cantar uma cantiguinha sobre o oceano, como se fosse uma sereia, que Hermione já estava quase decorando de tanto que ouvia a amiga cantar.

Num momento neste mar
Eu já sinto que estou no meu lar
E fico curtindo que vou ser sereia
Já não tenho meus pés sempre sujos de areia
Num momento realizei
Tudo aquilo que tanto sonhei
Pra todos eu diria que o mar é meu lar
Num momento, ou pra sempre
Sou do mar

Harry não entendia essa obsessão pelo mar, mas Ayame retrucava dizendo que eles nunca tinham visto o mar, então não sabiam como era.
__ Eu já vi o mar!__ retribuiu Mione, indignada, e Harry e Rony concordaram.
__ Mas não o do Brasil! Não o azul, maravilhoso, cristalino e profundo mar tropical!__ dizia ela, sonhadora__ Qualquer dia, eu vou levar todos vocês lá!Assim, vocês verão as maravilhas que existem no fundo do mar!
__ Mergulhar?__ perguntou Rony__ De jeito nenhum! Já bastou ficar preso lá em baixo no lago há dois anos atrás! Não, obrigado, mas eu dispenso.

__ Eu quero falar com a Prof. Ayame. Diga a ela para estar aqui na minha sala daqui a dez minutos.
Harry balançou a cabeça afirmativamente para Snape, mas de mal grado. O professore, no final da aula, o fizera parar para dar aquele recado. Mesmo mal-humorado com o fato, Harry foi caminhando devagar até a sala de DCAT para chamar Ayame como Snape pedira, e imaginando o que o professor de cabelos oleosos queria com ela.
“ Será que só porque hoje Dumbledore está fora, ele pensa que pode mandar?”, pensou o garoto, lembrando-se de que MacGonagall tinha dito que o diretor viajara a Londres para resolver alguns problemas. Na verdade, Harry não estava em seus melhores dias, depois de descobrir que suas notas em Poções não passavam de um T+ (ou seja, um trasgo segurando uma placa com um + escrito em vermelho), então acabava descontando seu descontentamento nessas pequenas coisas.
__ Ayame?__ ele bateu à porta__ Você está aí?
__ Abre!__ veio uma voz lá de dentro, mas não era de Ayame.
Qual foi a surpresa de Harry ao ver ninguém menos que Cho Chang na sala de DCAT.
__ C-Cho? Cadê a Ayame?
__ Ah, ela foi até a sala dos professores pegar pergaminho e tinta, e já volta__ respondeu a garota.
__ Ah__ disse Harry, concordando e sentando-se em uma das cadeiras da sala. Ele estranhara Cho ali.
__ Que cara é essa, Harry? Era algo muito importante que você queria falar com ela?__ perguntou a japonesinha, se aproximando.
__ Não...__ disse Harry, mas logo se arrependeu e resolveu ser sincero__ Na verdade, Snape me mandou aqui chamá-la. Mas... eu achei estranho achar você aqui.
__ Por que?__ indagou Cho__ Ela é professora e eu sou aluna, isso é comum.
__ Não, não é isso...
__ Já sei!__ disse a garota, começando a rir__ Você nunca pensou que eu e Ayame pudéssemos ser amigas. Estou certa?__ ela não esperou a resposta__ Pois saiba que estava enganado. Eu conheci uma garota muito especial que é a Ayame, e nos damos super bem.
Harry abaixou a cabeça.
__ Me desculpe. Está brava?
__ Não.
__ Será que a Ayame vai ficar brava?
__ Vai, acho que ela vai ficar chateada porque você pensou que ela estava com ciúmes de mim.
Harry sentiu o coração acelerar. Não queria que Ayame ficasse brava com ele de novo.
__ Ai...
Ayame acabara de chegar, e disse oi para os dois, nem se surpreendendo por ver Harry ali.
__ Ayame!__ começou Cho__ Você não acredita o que o Harry me falou.
O coração de Harry deu um salto no mesmo instante que ele pulou da cadeira.
__ Que Snape mandou chamá-la__ continuou a japonesinha, mas no tom de quem já tinha terminado. Harry não entendeu. Ela não ia contar?
Cho lhe deu uma piscadela ao sair. Só então Harry foi entender, e agradeceu muito em pensamento à garota.
Ayame passou por Harry e deixou os pergaminhos e a tinta em cima da mesa.
__ Ayame, o Snape me mandou...
__ Ah, Harry, eu sei, ele já falou comigo na sala dos professores.
Harry sentiu um frieza meio quente na voz dela.
__ O que era?__ perguntou.
__ Nada... não era nada.
__Mesmo?
__ Ora, Harry, se eu pudesse te contar já tinha contado! Eu tenho que ir agora.
Harry ficou parado no mesmo lugar, observando pasmo Ayame sair apressada pela porta e pensando se ela por acaso estaria de TPM.

oii
comentem ok!
e não percam o proximo capitulo, vai estar muuuito legal!
bjao!

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