Falsas Promessas





Falsas Promessas





Hermione olhava incrédula para a jovem á sua frente. Não parecia nada simpática, mas se ela fosse amiga de Jorge ela teria que trata-la bem. Estendeu a mão amigavelmente e respondeu:

-Meu nome é Hermione Granger, sou amiga de Jorge. Ele não está agora, saiu para trabalhar, e você é...?- a loira mirou Hermione com desprezo e arrogância, continuou mascando o chiclete ruidosamente.

-Brenda Brown, namorada do Jorge. - e sem apertar a mão de Hermione ela entrou no apartamento e começou a chamar pelo ruivo. Hermione já estava bastante zangada “como ela se atrevia a entrar assim, no apartamento dos outros?!”. A loira enquanto isso vasculhava o apartamento, para ter certeza se o ruivo não estaria em algum lugar. Hermione cruzou os braços, raivosa.

-Já disse que ele não está!- Brenda a ignorou e foi procurar na cozinha, se virou quando viu que não tinha ninguém e andou a passos largos até Hermione, raivosa.

-O que você e o Jorge são mesmo?- Hermione tentava ficar calma, mas repetiu a informação.

-Somos amigos. - a loira parecia cismada com algo e então sorriu, debochando.

-Bem, então você deve ser uma amiga pouco importante, porque ele nunca falou de você. -Hermione permanecia calma, mas não se conteve em responder, em tom sarcástico:

-Estranho, ele também nunca me falou de você. - E era absoluta verdade, por que ele não havia contado que estava namorando? E ainda mais com uma pessoa desprezível como aquela? Brenda parecia querer batê-la, mas se reteve, com um olhar malicioso.

-Certamente nunca ouvi falar de você, em nossos encontros, eu e Jorge costumamos nos divertir mais do que conversar. - aquilo afetou Hermione diretamente. Uma onda de raiva subiu por ela e teve que se controlar para não partir para cima da outra. Mas respirou fundo e falou, com a voz mais normal possível.

-O que você e o Jorge fazem ou deixam de fazer não é da minha conta! Por favor, vá embora. - e com essas palavras ela abriu a porta do apartamento.

-É eu vou. Vou falar com o Jorge no trabalho dele mesmo! Adeus ahhn, Hermione né?- Hermione não respondeu, não iria deixar se perturbar justamente por aquela vadia loira. Fechou a porta atrás dela e suspirou. “Como o Jorge tem mau gosto!”.

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-Hmm, Jorge? Tem uma mulher lá fora querendo falar com você!- O ruivo ergueu seus olhos azuis do livro que estava estudando “Como se prevenir de feitiços mentais” e olhou esperançoso para o moreno:

-Hermione?- Harry gargalhou, e acenou negativamente com a cabeça.

-É a tal da Brenda, cara, ela é realmente bonita!-Jorge se levantou frustrado e deu um leve empurrão em Harry antes de sair pela porta. E falou por cima de seu ombro esquerdo:

-Cuidado para a Gina não te ouvir falando assim!- ouviu o moreno rir e então começou a se preparar para o que a Brenda iria falar com ele.

Como se ele não soubesse! Deveria ser mais um de seus chiliques constantes. Sim, porque nos últimos tempos ela só o procurava para brigar, ele nem se lembrava mais porque eles ainda estavam namorando. Quando a viu o esperando do outro lado da rua, soube que iria ser pior dessa vez. A loira estava com uma cara azeda e só foi ele chegar perto que ela já foi falando, com aquela voz histérica e irritante se sempre:

-Jorge, ohh Jorge! Fui hoje ao seu apartamento para te fazer uma supresa e encontrei uma garota lá! Como você explica isso?! – Jorge se manteve impassível e imaginou o que aquela louca tinha dito para Hermione.

-A Hermione? Ela é só uma amiga minha, ta passando um tempo na minha casa, só isso.- Antes de terminar de falar sabia que havia sido um erro, pois o rosto da loira ficou vermelho de raiva e ela explodiu:

-SÓ ISSO?! Como você ousa falar assim! Aquela garota ridícula na sua casa, abrindo a porta para mim sorridente, o que você quer que eu pense?- Jorge deu de ombros.

-Não sei.

-COMO ASSIM NÃO SABE? O que ela é na verdade, uma vadia qualquer que você arranjou para me trair, é isso?!- Jorge parou instantaneamente e segurou o pulso da loira, com força. E sua voz saiu baixa e perigosa:

-Não fale assim dela! Ela é muito melhor que você!- Brenda o encarou incrédula. Por um momento ele também ficou supreso pelas suas próprias palavras, mas logo se acalmou, era a absoluta verdade. Lágrimas começaram a se formar nos olhos da loira, e Jorge se assustou quando percebeu que não tinha a mínima vontade de consolá-la, de pedir desculpas. Ela se agarrou ao tórax do ruivo e chorava compulsivamente.

-Jorge! Como você fala isso? Nós estamos indo tão bem e – mas Jorge não a deixou terminar.

-Não, não estamos. E já faz um tempo que estamos assim. Chega Brenda, acabou. Vai ser melhor para mim e para você também. - A loira se afastou, e o mirou com ódio.

NÃO, NÃO VAI! Vai ser apenas melhor para você e aquela vadia no seu apartamento, era isso que você queria não é?! Terminar comigo para não ficar com dor na consciência? Pois parabéns senhor Weasley! Você conseguiu, o caminho está livre para vocês dois! Mas sabe o que eu mais desejo? QUE VOCÊS MORRAM JORGE, QUE VOCÊS MORRAM DE UM JEITO BEM DOLOROSO!- com estas palavras ela se virou e saiu andando com passos largos e autoritários. Jorge suspirou e olhou em volta, todas as pessoas que estavam passando na rua o miraram com curiosidade e ele soube que elas haviam assistido a tudo. Ele bufou baixo de raiva e elas passaram a agir normalmente, levemente desconcertadas. Jorge suspirou e passou a mão pelo seu cabelo ruivo, pelo menos dessa ele havia se livrado.

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Hermione estava sentada na pequena mesa da cozinha. Ela mirava as panquecas com chocolate, mas não estava com a mínima vontade de comer algo. Imagens de Jorge e Brenda se agarrando vieram automaticamente até seus pensamentos e ela suspirou, derrotada. Eles estavam certos, afinal, eram namorados, e ela era apenas Hermione Granger. Prometeu que assim que visse Jorge novamente iria dizer que iria se hospedar em outro lugar, aquilo já estava ficando patético. Mas só de pensar que ela poderia ficar longe dele, e não vê-lo mais sua garganta fechava e ela ficava sem ar.
Levantou, decidida. Precisava falar com alguém. E sabia exatamente com quem. Mas não sabia onde encontra-la, resolveu que seria bom começar procurando n’A Toca e mentalizou fortemente seu destino. Aparatou e seus pés bateram momentos depois nos pés da pequena estrada de terra que dava para a porta da casa dos Weasleys, havia um pequeno jardim na frente da casa e uma fonte onde haviam dois pássaros de pedra inclinados, bebendo a água, imóveis. Hermione os observou fascinada e se assustou quando os dois começaram a se mexer de verdade e a voar por aí. Tinha se esquecido completamente como era uma casa de uma família bruxa. Bateu na porta e segundos depois uma mulher de meia idade, gorducha e de aspecto inteiramente simpática abriu a porta. Ao ver Hermione soltou um gritinho de alegria e a puxou para dentro da casa. A morena teve certa dificuldade para se soltar daquele abraço, mas logo o conseguiu e encarou Molly Weasley sorridente.

-Olá senhora Weasley? Como está?

-Como estou?- Molly sorria abertamente. - estou supresa em vê-la Hermione!

-Bem, desculpe se vim sem avisar, mas é que eu preciso muito falar com a Gina e não sabia onde procurar ela primeiro.

-Não, imagina, não há problema nenhum! E, por sorte, a Gina está lá em cima em seu quarto. Ela não mora mais aqui, mas vem me visitar ás vezes. Então, pode subir que eu faço questão de preparar um almoço ótimo para nós três!-Hermione conseguiu apenas sorrir em agradecimento e subiu as velhas escadas de madeira. Quando chegou lá em cima viu que a porta de Gina estava apenas encostado e entrou. A jovem ruiva estava deitada em sua cama, ouvindo uma rádio bruxa. Estava de olhos fechados e não percebeu que Hermione chegara. Gina estava muito bonita, o cabelo comprido e ruivo até a cintura e sua barriga já mostrava sinais de gravidez. Hermione pigarreou alto e Gina abriu os olhos assustada. Quando viu Hermione se levantou rapidamente e deu um abraço apertado na amiga. Hermione ria e a ruiva se afastou dela, fingindo raiva:

-Hermione! Como você demorou a voltar! Como você está? E porque demorou tanto para vir me ver?- A morena sorria para a apreensão da ruiva:

-Não havia encontrado uma boa oportunidade ainda, e veja só, você está até grávida! Já sabe o sexo do bebê?- a ruiva acariciou a barriga orgulhosa e balançou a barriga negativamente.

-Eu e o Harry preferimos não saber, assim ficamos muito mais ansiosos para o momento do nascimento. - Hermione assentiu se sentou na cama da ruiva, esta se sentou em um sofá que havia no quarto e a mirou curiosa. Hermione sentiu que teria que contar toda a história novamente. E contou, apenas omitindo algumas partes. Gina ouvia curiosa e no final chegou mais perto dela para abraçá-la novamente.

-Ah, Mione. Por quanta coisa você passou... - Hermione sorriu, agradecendo a compreensão dela.

-Mas isso não chega a ser o problema Gi. O problema é que agora que voltei, não sei o que fazer em relação aos meus sentimentos. - A ruiva assentiu e sussurrou baixinho:

-Foi o Ron, não? Ele beijou você?

-Ele tentou.

-Como assim, tentou?

-Eu não quis.

-Mas então... - e uma luz de compreensão iluminou o rosto da ruiva.

-Hm, então é o Jorge?- Hermione a olhava, chocada, como ela sabia daquilo? Mas balançou a cabeça concordando. E contou tudo sobre o que ela sentiu desde que pisara no apartamento do ruivo. Gina ouvia, em silêncio. Quando terminou, Gina começou a rir. Aquilo deixou a morena bastante chateada.

-Por que você está rindo Gi, francamente!- A ruiva gargalhava pequenas lágrimas começaram a se formar em seus olhos castanhos, Hermione a encarou confusa. Quando percebeu que já havia rido o bastante, Gina se endireitou e falou com simplicidade invejável:

-Mione! Eu não acredito que você ainda não percebeu!

-Percebi o que Gina, o que há para perceber?

-Ele gosta de você Mione, desde o começo. - Hermione a encarou incrédula, mas seu coração batia muito forte e ela tinha certeza que a ruiva, mesmo distante, conseguia ouvi-lo. Quando Hermione ia abrindo a boca para retrucar a porta do quarto foi aberta com violência. E lá estava Ron a encarando com um sorriso largo.

-Hermione! Não acredito que você veio!- Gina o fitou, com raiva.

-E eu não acredito que você ainda não aprendeu a bater na porta antes de entrar!- Rony a ignorou e foi abraçar a morena. Esta sorria de leve, mas a revelação de Gina ainda a deixara com o coração batendo forte, mesmo ela acreditando que fosse mentira. O ruivo a soltou e logo perguntou:

-Mas o que você está fazendo aqui? Pensei que iria vir para cá apenas depois de um tempo?- Hermione respondeu calmamente.

-Eu queria apenas... -mas parou quando viu a figura que estava na porta, de braços cruzados e exclamou:

-Jorge!- e impulsivamente foi até o ruivo que sorria para ela. Ron apenas fez uma careta:

-Jorge?! Tem certeza que é isso que você quer? Olha que ele está livre agora.- Hermione ficou vermelha de vergonha e murmurou baixinho:

-Ron está apenas brincando Jorge, não o leve a sério. - o ruivo concordou e durante alguns momentos reinou o silêncio. Depois Gina se levantou rapidamente e segurou a mão de Ron, puxando-o atrás dela.

-Ron! Venha me ajudar a arrumar a mesa para o almoço!- Mas o ruivo mais novo não sentiu a mínima vontade.

-Você pode fazer isso sozinha também Gin.

-Não, não posso, agora venha.- e saiu empurrando Ron para fora do quarto, deixando Hermione sozinha com Jorge antes de dar uma piscadela para a amiga.

Hermione ainda estava vermelha e Jorge a encarava, com um sorriso no rosto. “Maldito sorriso, se ele continuar assim eu não vou me controlar” pensou a morena.

-Então... aquela garota, a Brenda, ela é mesmo a sua namorada?- Jorge sorriu e passou a mão pelo cabelo. Suspirou.

-Costumava ser, até hoje.- O coração de Hermione deu um pulo de alegria, mas ela não podia transparecer feliz. Fez uma cara triste bastante convincente.

-Ah Jorge, sinto muito... Eu não tive culpa não é? Droga acho que tenho sim, não deveria ter atendido a porta. - Jorge estava de costas para ela, observando a janela. Falou suavemente:

-É, acho que você foi mesmo o motivo, mas acho que devo agradecer a você, faz tempo que o nosso relacionamento estava uma droga, eu só precisava de um bom motivo. - Hermione riu, se divertindo:

-Então eu sou um bom motivo?- E logo se arrependeu, não imaginava que aquela frase iria parecer tão insinuante. ”Merda Hermione, você sempre foi a mais racional, o que diabos está fazendo?” sua consciência não a deixava em paz. Jorge se virou e o modo de como a luz do sol caiu sobre o seu cabelo o fez brilhar, como se fosse composto por pequenos rubis. Hermione sabia que não resistiria por muito tempo. Jorge se aproximou e segurou seu rosto entre suas mãos, delicadamente. E sussurrou quase inaudivelmente:

-Sim, Hermione, você é um bom motivo. - Hermione sentiu um arrepio, e ele havia apenas tocado a sua face. Sentiu que eles estavam cada vez mais próximos. Quando seus lábios estavam a poucos centímetros de distância, Hermione se afastou. Foi até a janela e ficou ali, observando a paisagem, mas aquilo pouco importava, ela tremia e tentava desesperadamente não chorar, passou os braços ao redor de si, tentando de consolar. Aquilo estava errado. Não podiam ficar juntos, simplesmente não podiam. Ele não entenderia, acabaria com ela no mesmo momento que ela lhe contasse a verdade. E quando eles iriam se separar, ela sabia em qual dos dois aquilo iria doer mais. Sentiu lágrimas quentes inundarem seu rosto.

Jorge estava sem ação. Sabia que ela queria também, então por que ela havia recuado? Estava até com certa irritação, haviam chegado tão perto. Mas toda a sua irritação passou quando ela começou a tremer, a figura solitária ali, na frente da janela tentando se proteger contra algo. Mas contra o que? Realmente não sabia a resposta. Afastou aqueles pensamentos e se aproximou da morena, queria abraçá-la e dizer que tudo iria ficar bem, que ela não precisava ter medo. Mas quando estava a menos de um passo de Hermione, ela aparatou. Jorge ficou encarando o vazio durante um tempo, depois decidido desceu as escadas correndo. Chegando à cozinha viu a sua mãe com uma panela na mão, levando-a para a mesa onde Ron e Gina já esperavam. Rony se levantou:

-Finalmente, como vocês demoraram! Espere aí, cadê a Mione?!- Jorge apenas parou e falou agitado:

-Ela foi embora, mas não se preocupem, vou ver como ela está. - e um segundo depois ele havia aparatado.

Assim que sentiu que estava novamente em sua casa, ele procurou por Hermione. Chamou, chamou e nada. Então resolveu procurar. Encontrou a morena arrumando sua mochila de viagem. Lágrimas não paravam de cair de seus olhos castanhos. Jorge se amaldiçoava por ser o motivo daquela tristeza. Hermione não o notou, talvez porque seus olhos já estavam inchados e vermelhos, apenas continuou a colocar suas roupas dentro da mochila, apressada. Jorge se aproximou lentamente e quando Hermione iria fechar a mochila com o zíper, ele a impediu, colocando sua mão em cima da dela. Estava fria e Hermione imediatamente se soltou e deu um lamento baixinho, olhou Jorge diretamente nos olhos, e isso doía nele, doía a maneira de como eles transmitiam apenas tristeza.

-Me deixa ir embora Jorge, por favor. – ele a mirou decidido.

-Não antes de você me contar o que está acontecendo Hermione. - a morena balançou a cabeça, negando. Mas depois ela apenas perdeu as forças e se encostou em Jorge. Suas lágrimas começaram a molhar a camisa do ruivo, mas ele não se importou e passou seus braços em volta de Hermione, tentando lhe passar forças. Encostou seu queixo na cabeça de Hermione e ficaram assim, durante alguns minutos, em silêncio. Hermione começara a se mexer, sem jeito, Jorge a soltou e Hermione o encarou. Ainda haviam lágrimas em seu rosto, mas ela parecia melhor. E lentamente ela foi chegando mais perto e mais. Finalmente seus lábios se tocaram e uma onda de eletricidade percorreu Jorge. Segurava a nuca de Hermione enquanto ela fazia cafuné em seu cabelo. Aprofundaram o beijo e Jorge sentiu que seus corpos pediam por mais, o quarto parecia abafado e a cama bastante convidativa. Mas ele se conteve, sabia que ela não iria gostar, não tão depressa. Diminuiu o beijo e depois delicadamente afastou seus lábios dos dela. Segurou seu rosto entre suas mãos e sussurrou:

-Tudo vai ficar bem agora. - e começou a beijar as lágrimas que ainda estavam no rosto de Hermione. Ela sorriu tristemente e o puxou para um abraço.

-Eu prometo. - disse Jorge em seu ouvido, fazendo a morena estremecer. Queria muito acreditar nas palavras dele, mas nada iria ficar bem.

Continua...


N/A: não sei o que dizer desse capítulo, realmente não sei --'
espero realmente que o próximo saia melhor, me desculpem :~~
JOjo

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