Reencontros





Reencontros


Hermione andava calmamente pela calçada molhada, ao seu lado, Rony não havia parado de reclamar dela nos últimos 5 minutos. A morena rolou os olhos com impaciência “como ele é criança!”, e ao perceber que ele parara de falar, perguntou, com impaciência:

-Já terminou?- O ruivo parou de andar, olhou nos olhos dela e falou incrédulo:

-Não mudou nada, e eu continuo sem entender você. - Hermione deu um sorriso e puxou Rony mais para perto de si, se abraçaram longamente enquanto ela sussurrava em seu ouvido:

-Quando é que vai entender seu ruivo cabeça-dura?! Eu adoro você, nunca faria algo para decepcionar ou magoá-lo. -Quando se afastaram Rony estava sem jeito. E adorou mudar de assunto. Avistou um vendedor de sorvetes, e alegre foi até lá e voltou com dois sorvetes em casquinha. Ficou com o de chocolate e perguntou para a morena:

-Baunilha ainda é o seu favorito?- Hermione assentiu e segurou a casquinha que ele lhe estendia.

Caminharam mais um pouco, em silêncio. Cada um ocupado com o seu sorvete. Pararam na frente de um pequeno parque. Era acolhedor, verde e belo. Havia caminhos feitos de cascalho para aqueles que gostavam de caminhar, balanços para as crianças, e bancos para os mais velhos. Tudo isso rodeando um lago simpático no qual alguns patos aproveitavam para descansar, antes de alçar vôo novamente. Havia árvores imensas, suas folhas caiam pelo caminho de cascalhos, formando um tapete alaranjado. Duas crianças empinavam uma pipa colorida, um casal observava seus filhos brincarem nos balanços e uma senhora dava migalhas de pão para os patos, que agradecidos, não se mostravam receosos. Hermione tinha se esquecido do quanto gostava do outono. Suspirou e se deixou cair sobre um dos bancos do parque, instantes depois Rony também se sentou; o ruivo respirou fundo e começou a falar, bastante embaraçado:

-Sabe Mione, quero pedir desculpas a você, me comportei feito uma criança impulsiva. Não deveria ter falado com você e Jorge daquele jeito. É que... Eu senti tanto medo por você, pensei que estivesse morta ou que qualquer outra coisa tinha acontecido com você. E, nossa, não dá para acreditar que você está aqui, do meu lado.- Ele enrubesceu, havia falado tudo olhando diretamente para os seus pés, sem encarar Hermione. E quando o fez, ela sorriu amigavelmente.

-Eu sei Rony, eu acho que teria reagido da mesma forma sabe? Se você ou o Harry fizessem o que eu fiz. Sumir assim, sem mais nem menos. Mas eu precisava desse tempo, precisava mesmo, e imagino que você queira saber o que aconteceu comigo durante esse tempo em que passei fora.- o ruivo acenou, concordando. E então Hermione contou tudo, ou pelo menos quase tudo. Rony ouvia atentamente e ás vezes, a interrompia com frases do tipo “se esse Afsham aparecer na minha frente, ele vai ver só” ou “não acredito que você fez isso”, mas, no final, ele estava impassível e Hermione estava com medo dele não ter entendido que não havia outra maneira. Finalmente, o ruivo falou:

-Olha, eu poderia dizer que isso me deixou balançado. Não iria estar sendo sincero se não falasse que eu fiquei meio chateado com você, Mione. Não por você ter feito o que deveria ser feito, mas pelo fato de você não ter tentado se comunicar conosco! Puxa vida, eu e Harry, nós iríamos tirar você de lá, de verdade. Nem que para isso tivéssemos tirar todos os elfos do nosso caminho. - Hermione sacudiu a cabeça, negativamente.

-Mas era justamente isso que eu estava querendo evitar Rony, se você e Harry entrassem naquele povoado dos elfos Bazhir, devastando tudo, acho que iria ser impossível manter o tratado de paz. E acredite, o que nós menos precisamos agora é ter eles como inimigo.
-Certo então você é a mesma Hermione de sempre, pronta a se sacrificar por um bem maior, não é mesmo?- A morena gargalhou, ele ainda a conhecia bem. Mirou o rosto do ruivo, coberto de sardas e começou a rir novamente, Rony percebera que não havia sido como da primeira vez e fez uma cara de interrogação. Hermione parou de rir, mas sua voz saiu divertida.

-Aqui, ainda tem um pouco de sorvete na sua bochecha. -e falando isso a morena se aproximou de Rony e com o dedo indicador, limpou o pouquinho de sorvete que insistia em ficar ali. Tentou se afastar, mas Rony estava se aproximando cada vez mais, ela teve absoluta certeza que se aquele momento teria acontecido há alguns anos atrás, ela seria a mulher mais feliz do mundo. Mas naquele momento, não era. Seus olhares se encontraram e Hermione sentiu passar em sua mente lembranças, e outro par de olhos tão azuis como os de Rony, mas tão diferentes ao mesmo tempo. Retirou delicadamente a mão que Rony pousara em seu rosto e o afastou confusa.

-Rony, o que foi isso?- o ruivo estava tão vermelho quanto seus cabelos e conseguiu apenas balbuciar algo do tipo:

-Pensei que você queria também. Quer dizer, em Hogwats você era louca por mim Hermione, isso você não pode negar. - Hermione se levantou e olhou para Rony, que parecia tão confuso quanto ela.

-Não, não posso negar Rony. Mas uma coisa você também não pode negar, o tempo de Hogwats já passou. - sorriu para amenizar o impacto da afirmação. Falar mais diretamente que isso era impossível, e até mesmo Rony pareceu entender que perdera as chances com ela. Levantou-se e bagunçou os cabelos de Hermione.

-É eu iria ser mesmo um cara sortudo se depois de tudo que aconteceu, você ainda gostasse de mim. - Hermione riu e tentou bagunçar os cabelos dele também, sem sucesso, o ruivo era alto demais para ela.

-Ahh Rony, pára com isso! Você fala como se eu estivesse rodeada de caras que gostassem de mim. - E suas faces ficaram rosadas, Rony riu, se divertindo por ainda conseguir deixa-la sem graça.

-Bem, aposto que há bem mais do que você imagina dona Hermione. - e imediatamente os pensamentos da morena pararam no outro ruivo, que ainda deveria estar no apartamento pequeno e aconchegante no subúrbio da cidade. Se repreendeu por estar pensando em Jorge, logo nele que deveria ter outras coisas na cabeça, coisas que não haviam nada a ver com ela. Balançou a cabeça para tentar expulsar esses pensamentos e andou ao lado de Rony pelas ruas de Londres enquanto ele lhe contava seus grandes feitos de auror.

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Jorge foi lançado pelo ar e caiu nos colchões de proteção. Levantou, praguejando, já havia sido a terceira vez no mesmo dia. Nunca havia ficado tão desconcentrado em uma aula prática de defesas e ataques usando apenas feitiços considerados de dificuldade “média”. Olhou para Harry, que estava com a varinha erguida e um sorriso de satisfação nos lábios.

-Ora Jorge, vamos lá cara! Nunca vi você tão desconcentrado! Desse jeito não durará nem um minuto na presença de um comensal. - Jorge sorriu também, depois, com um aceno de varinha fez Harry rodopiar e cair em um monte de almofadas que havia na pequena sala de treinamento. O moreno saiu gargalhando do monte e aceitou a mão que Jorge dava para ele. Com um forte impulso, levantou Harry do chão e depois foi até um jarro de água que apareceu prontamente em um canto da sala, em cima de uma mesinha na qual ainda se encontravam dois copos. Harry o seguiu.

-Gelo?-perguntou o ruivo, o moreno assentiu. Jorge apontou sua varinha e dela surgiram dois pedaços de gelo que caíram no copo de Harry. Fez o mesmo com o seu e se virou para beber a água. Estava suado, não havia sido um dos melhores treinamentos. Harry pareceu perceber que algo o incomodava e não demorou muito para ele perguntar a razão dessas rugas de preocupação e o motivo de Jorge ter se comportado meio ausente durante o exercício. O ruivo demorou um pouco para responder. Sabia exatamente o porquê. E esse porquê atendia por um nome. Hermione Granger. Desde os tempos em Hogwats ele percebera o quanto ela era interessante. O modo de como ela pensava, suas idéias revolucionárias como o F.A.L.E. (Jorge havia até tentado, mas Fred achara a idéia ridícula e deixara claro que não ia participar) e o jeito de como ela se sentia no direito de sair por aí censurando todos. E o jeito de como ela o repreendera tantas vezes, ele se lembrava de cada uma. Jorge sempre achara aquilo engraçado, como Hermione, que era três anos mais nova do que ele, já no segundo ano da escola de magia e bruxaria, o repreendera por ele estar jogando bombas de bosta pelo corredor que dava acesso ás masmorras. Mas acontecia que desde a noite anterior, ela não saia da cabeça dele. Nem por um minuto. E ele ainda não entendera completamente o motivo dela ter procurado ele, justo ele! Forçou a voltar ao presente e encontrou um Harry apreensivo olhando para ele. Suspirou e começou a falar:

-Bem, é a Hermione, Harry. - O moreno ficou pálido e agarrou Jorge pelos ombros:

-O que aconteceu com ela Jorge?! Pode me falar, por pior que seja, é melhor eu saber!- O ruivo não podia deixar de sorrir, Hermione era tão amada e não tinha idéia disso. Olhou para os olhos verdes angustiados á sua frente e achou melhor não contrariar Harry.

-Bem, eu não sei como ela está, realmente não. Mas talvez ela possa lhe contar pessoalmente, mas antes, é melhor tomarmos banho, acho que ela não iria gostar nada de nos ver suados desse jeito.

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Os dois chegaram até o prédio onde Jorge morava e Rony parou.

-Você vai continuar aqui com o Jorge?-Hermione olhou para seu amigo de modo interrogativo.

-Bem, se ele não se incomodar, acho que sim.

-Mas você poderia vir para A Toca! Minha mãe ficaria feliz em te ver!- Hermione sorriu, agradecendo.

-Eu imagino Ron, mas eu acho que iria preferir descansar mais um pouco, era o que eu planejava fazer hoje durante todo o dia, mas você apareceu feito um vendaval logo pela manhã...

-Vai continuar me jogando isso na cara, não é? Desculpe novamente Mi. -ela não resistia a essa voz meiga e não conseguiu segurar o riso.

-Certo, seu bobo! Está desculpado, novamente. - Rony ainda parecia encabulado.

-Bem, eu vou voltar para o Centro de Capacitação para Aurores, acho que já estão sentindo minha falta por lá. Escute Mione, acho que hoje não vou mais poder ver você e todo o mais, mas acho que amanhã eu vou passar por aqui, tudo bem?

-Claro que sim Ron, se cuida. - o ruivo se inclinou e lhe deu um beijo suave na testa. Hermione sorriu, ele não havia ficado tão frustrado por ela não ter aceitado seu beijo no parque. Ron acenou e, vendo que não havia ninguém além deles na rua, aparatou. Hermione se virou e começou a subir as escadarias do prédio, não achava certo simplesmente aparatar na sala de estar de Jorge, ele havia sido muito bondoso em hospedá-la então não queria abusar. Quando chegou ao andar do apartamento, verificou que a porta estava apenas encostada e automaticamente, sacou a varinha. Aproximou-se lentamente, com o coração batendo tão forte que achava ser possível ouvi-lo a metros de distância. Depois, praguejou, ela era Hermione Granger, e não seria uma porta que iria causar medo nela. Entrou decidida no aposento e instantaneamente uma pessoa de cabelos profundamente negros se lançou sobre ela.

A princípio, Hermione pensou em lutar, mas logo percebeu que isso não seria necessário, pois quando abriu os olhos, um homem jovem com olhos esverdeados e uma cicatriz na testa a encarava, sorridente.

-Mione, nossa, eu não acredito que está aqui! Não acreditei quando o Jorge me contou - e deu uma piscadela para o ruivo que se encostava-se ao vão de uma porta, Jorge retribuiu a piscadela e um frio percorreu Hermione. Mas Harry ainda a olhava abobalhado:

-Por Merlin! Você terá que me conta tudo Mione, não esconda nada.- Hermione estava feliz por Harry estar lá. Ele estava exatamente como ela se lembrava dele, exceto por um brilho nos olhos que Hermione instantaneamente reconheceu por ser obra de certa ruiva que atendia pelo nome de Gina Weasley. Mas ela também se sentia cansada, o dia tinha sido bastante desgastante e já estava escurecendo. Jorge, vendo o estado dela, a ajudou na narrativa. Demorou algum tempo, mas finalmente eles terminaram. Harry, ao contrário de Rony, se mostrou mais compreensível e interessado em relação aos hábitos dos elfos. Quando escureceu completamente o moreno olhou para seu relógio e se levantou do sofá pequeno.

-Ahhh não, Gina vai me matar! Prometi que iria com ela naquele restaurante bruxo que abriu faz pouco tempo, bem, acho melhor eu me apressar. Ninguém sabe como estará o humor de uma mulher grávida. - Olhou mais uma vez para Jorge.

-Cuide bem da Mione Jorge, ou terá que se ver com dois bruxos raivosos. - Jorge riu, e fez sinal de rendição. Hermione se levantou e deu mais um abraço no moreno.

-Dê lembranças para a Gin, diga a ela que irei visitá-la qualquer dia desses. - Harry concordou e logo depois, desapareceu com um “craque” característico. Quando o jovem bruxo desapareceu, Jorge perguntou animadamente para Hermione:

-E então, que tal uma pizza?- Hermione o olhou inquisitiva.

-Depende, é você que vai cozinhar? - Jorge fez sinal para ela esperar, sumiu para a cozinha e voltou instantes depois, triunfante com uma embalagem de pizza pronta, bastava aquecer. Hermione gargalhou e o ajudou a colocar a embalagem no pequeno fogão. Quando Jorge colocava a pizza no forno (depois de Hermione lembra-lo de retirar o plástico que cobria a pizza) a morena lavava alguns pratos que haviam ficado sujos no café da manhã. Ouviu o ruivo soltar uma exclamação de dor e se virou instantaneamente, ele havia se queimado quando colocou a pizza no forno, Hermione exclamou e soltou o prato na pia. Segurou a mão de Jorge que estava vermelha e puxando o atrás de si o guiou até a pia, onde ligou rapidamente a água que escorria agora entre os dedos vermelhos do rapaz. Ele não se alterou e falou, em tom de brincadeira:

-Bem, pelo menos consegui colocar a pizza lá dentro. - Hermione sorriu docemente “como ele conseguia fazer brincadeira até numa hora dessas?”, mas ela sentiu ficar corada quando Jorge olhou para as mãos dos dois, ainda estavam juntas, a água resfriando o ferimento do ruivo, porém não conseguindo fazer Hermione parar de se sentir com febre. Ela se afastou:

-Desculpe Jorge, eu não deveria... - Mas sua voz foi ficando cada vez mais fraca enquanto sentia o olhar dele sobre ela. Estavam próximos, próximos demais. Jorge se afastou, como se tivesse recuperado a sanidade.

-Apenas desculparei se você me desculpar também Hermione eu também não deveria... Droga está doendo muito. -Hermione observou a mão do ruivo, que agora, estava envolvida por bolhas vermelhas e grandes que pareciam bastante sensíveis. Sentiu-se na obrigação de fazer algo.

-Eu posso ajudar você sabe? É um tipo de magia que aprendi com os elfos. - Jorge assentiu e murmurou:

-Apenas faça parar de doer, por favor. -Hermione o acompanhou até a mesa e se sentou de frente para ele. Pediu para que Jorge colocasse suas mãos sobre a mesa e se aproximou mais e entre as próprias mãos, segurou a mão ferida de Jorge. O ruivo soltou um palavrão, nada mais. Hermione se sentiu corar novamente, mas fortalecida pela idéia de poder ajudá-lo, conseguiu se concentrar. Murmurou feitiços longos e complicados que apenas os elfos conheciam e Jorge a observou o tempo todo, mesmo sem ela perceber. Pérolas de suor se formavam na testa da morena, ela tinha os olhos fechados, concentrados. O ruivo não podia deixar de notar o quanto ela havia ficado mais e mais bonita. Havia algo diferente nela, algo élfico. Instantes depois, as mãos de Hermione começavam a brilhar em uma cor branca pura logo a mão de Jorge também estava brilhando e ele observava tudo de olhos arregalados, Hermione continuava com os seus fechados. Depois, tudo se tornou como era antes. Hermione abriu os olhos satisfeita e abriu as suas mãos. Lá estava a mão grande de Jorge, intacta e saudável. Ele olhou, maravilhado para a sua mão e depois para Hermione e sussurrou:

-Obrigado. - Hermione levantou-se e logo talheres, copos e pratos voavam pela cozinha pousaram delicadamente na frente de Jorge e no lugar vazio que Hermione ocuparia depois. Logo depois veio a pizza e Hermione fez com que ela mesma se cortasse e seus pedaços voaram até os pratos. Jorge não pudera deixar de sorrir. Comeram em quase absoluto silêncio. E depois, Hermione deixou os talheres copos e pratos se lavando sozinhos, se sentou exausta no sofá e Jorge a acompanhou.

-Sabe o que eu gosto no mundo dos trouxas? Essa tal de televisão, a gente nunca se sente sozinho com ela. Quer ver um filme?- Hermione concordou, sabendo que iria pegar no sono logo no começo do filme. Jorge ligou a TV e se sentou ao lado dela, Hermione sentiu um calafrio e logo depois se acalmou. Não havia necessidade daquilo. Ele não sentia nada por ela, apenas amizade talvez. Agüentou até a metade do filme (porque ele era de ação e tinha uma história interessante), mas depois seus olhos foram ficando pesados e ela adormeceu, sem perceber que havia se aconchegado no braço de Jorge. Este a princípio ficou corado, mas quando percebeu que ela estava dormindo ele sorriu. Colocou seu braço por cima dela e assistiu o resto do filme. Não podia evitar, a presença dela o deixava ludibriado. A sensação da pele dela na sua causava uma sensação incrível de desejo e carinho ao mesmo tempo. Quando o filme terminou ele olhou para a morena que dormia com a cabeça em seu colo. Levantou-se com cuidado para não acorda-la e a tomou nos braços. Hermione se mexeu e parecia que iria acordar, mas apenas parecia, ela se aninhou melhor nos braços do ruivo e ficou imóvel novamente. Ele suspirou de alívio e a carregou até seu quarto. Colocou a lentamente na cama, ficou ali, a observando durante algum tempo. Logo depois voltou a si e a cobriu com carinho. Não podendo resistir, ele deu um beijo suave em seu rosto e se retirou em seguida.
Passou boa parte da noite acordado, pensando nela, o tempo todo. Mas tratou de tirar ela da cabeça, ou pelo menos tentar. Ela não sentia nada por ele, apenas amizade talvez.
Quando Hermione acordou, ela estava na cama de Jorge, não se lembrava de nada, apenas que ela havia adormecido no sofá. Levantou-se e inspirou longamente, o cheiro dele estava por todos os lados na casa. Uma mistura de travessuras, perfume amadeirado e... Chocolate?! Ela andou curiosa até a sala de estar e novamente viu o sofá arrumado, mas desta vez havia um bilhete perto da TV e Hermione o leu.

“Bom dia Hermione,
Eu sai cedo para o trabalho, não quis te acordar.
Tem panquecas com chocolate na cozinha para você.
Não sei como, mas consegui não queima-las!
Se continuar assim, em breve poderei ser cozinheiro.
No almoço eu estou de volta.
Se quiser sair, as chaves estão em cima da mesa.
Um abraço,
Jorge.”

A morena segurou o bilhete firmemente e sentiu o cheiro amadeirado nele. Ela não tinha como evitar, sentia algo forte por Jorge. Algo que, no fundo, ela sempre sentiu. Estremeceu quando a campainha tocou. Endireitou-se o máximo que pôde, mas suas roupas ainda estavam amassadas já que Jorge não havia trocado a roupa dela (ainda bem) enquanto dormia para um confortável pijama. Respirou fundo e abriu a porta. Lá estava uma mulher jovem, vestida com um jeans muito apertado e uma blusa com um decote excessivamente grande (Hermione achava que seria melhor ela não vestir nada na parte de cima se quisesse se expor tanto). Era loira e tinha cabelos ondulados até a cintura. Mascava um chiclete de modo irritante e se mostrou supresa quando viu Hermione. Perguntou em voz histérica:

-Onde está o Jorge? E quem é você?

Continua...

N/A: bem, acho que meu estilo de escrever mudou um pouco (tbm, pudera, um ano sem atualizar aqui) e espero que tenha mudado pra melhor.
Capítulo dedicado e escrito apenas por causa da insistência de uma certa pessoa
huahuahuahuhaus
[JOjo]

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