Tempo



Capítulo 20 - Tempo


Dois meses se passaram desde que Draco e Gina haviam terminado. E eles pareciam dois fantasmas pelo Castelo.


Gina só saía de sua Torre para assistir às aulas e para se alimentar. E, mesmo assim, era como se ela nem fosse às aulas, já que parecia que nada entrava em sua cabeça.


Draco estava na mesma que ela, só saía de seu quarto para assistir às aulas e fazer sua ronda. Ele não conseguira fugir disso, já que era monitor-chefe. E foi numa noite fria de sábado que Draco a encontrou cambaleando pelos corredores, sozinha. Ele quase não acreditou quando a viu, mas não tinha como confundir sua ruiva com nenhuma outra garota no mundo.


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Era noite de sábado, e como sempre Gina estava em seu quarto olhando pela janela. Fazia tempo que ela não sabia o que era sorrir espontaneamente, ou sentir alegria. Ela era só um conjunto de órgãos, ossos, terminações nervosas, sangue, cabelos... Mas nada mais que isso. Ela não conversava mais com seus amigos nem se alimentava direito. E naquele início de noite quando Angie foi até ela pra tentar arrancá-la do quarto, a resposta foi a mesma: “Por favor, me deixa sozinha...”. Ninguém mais sabia o que fazer para ajudá-la. E ela estava um tanto quanto cansada de ver a pena nos olhos de todos, mas estava mais cansada ainda de todos aqueles pesadelos que a acompanhavam noite após noite. Então resolveu fazer algo pra amenizar a sua dor e não pensar mais em Draco. Foi até a cozinha e pediu muitas cervejas amanteigadas e whisky de fogo para os elfos, que a atenderam relutantes, mas atenderam. E ela saiu cambaleando pelos corredores após muitas garrafas.


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Draco estava andando pelos corredores fazendo sua ronda quando ouviu alguém esganiçando algo muito parecido com uma música.


- Hey little baby, little lover boy! Get in my arms, give me some joy, I wanna hold u tonight! It'll be alright! (Ei amor, paixão! Em meus braços, me dê um pouco de alegria, hoje à noite eu quero te abraçar! Está tudo bem!)


“Não acredito! Aluno bêbado logo na minha ronda? Ah, mas seja lá quem for, vai aprender a não fazer mais isso no meu dia...” – Draco pensou indo em direção à terrível voz. E quando ele virou no corredor de onde vinha o barulho, ele a viu: cantando, ou tentando, dando umas reboladas enquanto andava, o que o álcool permitia, e usando uma garrafa de cerveja amanteigada como microfone. Deu uma leve risada e esperou que ela chegasse perto dele.


- 'Cause the night is long and I hunt for u, in this darkest hour, where have u gone 2? Won't u come 2 my side, I need u tonight! (Porque a noite é longa e eu te procuro, nesta escuridão onde você foi? Porque você não vem para o meu lado, eu preciso de você hoje à noite!)


Draco riu de novo pelas coreografias, faltava só mais alguns metros para que ela chegasse até ele agora. Então ela deu uma corridinha desajeitada cantando o refrão da música.


- Run 2 me, I'll run 2 u! Let me crash into u! Run 2 u, you'll run 2 me! I alone can love u, U belong 2 me… (Corra pra mim, eu correrei pra você! Me deixe colidir com você! Correr pra você, você correrá pra mim!  Sozinha eu posso te amar, você me pertence...)


E se chocou contra o peito de Draco, quase caindo, e sendo segura por ele. Arregalou os olhos.


- Puta que pariu!! Acho que eu bebi demais... – ela falou enrolado, olhando nos olhos dele, que não teve como não rir.


- Tá tudo bem, Virgínia? – ele disse tentando ficar sério.


- Ai meu Merlim! Minha alucinação fala! – disse arregalando levemente os olhos e ficando com cara de demente.


- Eu não sou uma alucinação. – disse rindo levemente.


- É sim, eu tenho cer-te-za! – ela disse pausadamente e muito enrolado, fazendo Draco rir com vontade – Ei, que alucinação mais mal educada! Caramba! Sabia que devia ter bebido algo mais forte! – disse indignada.


- E por que você acha que devia ter bebido algo mais forte? – Draco perguntou tentando ficar sério.


- Pra dormir mais rápido e não ter que te encontrar em outro pesadelo! – disse como se fosse algo óbvio.


- Eu estou em algum pesadelo? Pense bem, se é comigo é claro que é sonho, Virgínia! – disse convencido, tentando descontrair.


- Mas será que nem em alucinação você deixa de ser convencido? – disse rolando os olhos – E, sim, foi um pesadelo horrível... – disse triste e muito baixo.


- E com o que foi? – ele perguntou olhando-a nos olhos, no mesmo tom que ela.


- Com a guerra... Você vestido de Comensal, lutando contra minha família...e...morrendo...nas mãos deles... Foi horrível. Eu nunca mais quero ver isso de novo – disse encarando-o com os olhos cheios de lágrimas.


- Isso não vai acontecer... – ele disse ainda baixo.


- Por que não?


- Esquece isso, foi só um pesadelo... – ele disse passando a mão nos cabelos dela e pousando em sua nuca.


- Como você sabe que não vai acontecer? – ela insistiu num sussurro.


- Porque isso foi só um pesadelo, não é real. Acredite em mim.


- Eu gostaria... – ela disse aproximando o seu rosto do dele e olhando-o nos olhos.


Nesse momento ele nem pensou no que estava fazendo, encostou os lábios nos dela com delicadeza e a beijou com a saudade de dois meses sem a mulher que mais amava na vida. E naquele momento tudo pareceu se encaixar novamente em seus lugares.


Ele a puxou mais para si apertando-a contra seu corpo enquanto aprofundava o beijo, e só voltou à realidade quando a garrafa que ela segurava se chocou contra o chão frio do corredor. Então ele parou o beijo devagar e se afastou dela.


- Vamos, eu te ajudo a chegar até a sua Casa - ele disse o mais firme que conseguiu.


- Eu não quero ir pra lá – ela disse ainda de olhos fechados – Eu quero você...


- Virgínia... – ele disse em tom de aviso.


- Draco? - ela disse baixo, voltando a encará-lo com cara de abobalhada.


- O que foi? - ele perguntou num suspiro quase resignado.


- É você mesmo? - ela perguntou erguendo a mão e tocando o rosto dele.


- Claro que sou eu - ele disse erguendo uma sobrancelha divertido.


- Não, não pode ser você - ela disse fechando os olhos novamente e se afastando dele - É só uma ilusão da minha mente.


- Ilusões não tem forma, Virgínia - ele disse se aproximando novamente dela e a tocando no rosto - E eu estou bem aqui, palpável.


Ela abriu os olhos e o encarou. Ele tirou a mão que estava em seu rosto e se afastou novamente dela. Ficaram se encarando por um tempo. Ele sem saber o que fazer, e ela decidindo se era ou não uma ilusão por causa do excesso de álcool em seu organismo. Então ela deu um passo vacilante até ele, e passou os braços em volta do pescoço dele, sentindo-o enrijecer.


- É você mesmo? Jura? - ela perguntou num sussurro.


- Juro. - ele respondeu também num sussurro.


- Ótimo. - ela disse antes de unir os lábios novamente aos dele num beijo sôfrego, puxando-o contra si e sentindo ele corresponder na mesma intensidade. Quando eles se separaram, ela permaneceu de olhos fechados.


- Não me acorde, por favor. - ela disse e o ouviu rir baixinho.


- Você não está dormindo, só está bêbada. - disse com um sorriso.


- Não tenta me enganar, eu sei que isso é só um sonho. - disse manhosa.


- Acredite em mim, é real. Vamos, eu te levo antes que você diga ou faça mais alguma coisa da qual se arrependa depois – ele se afastou dela e lhe ofereceu a mão.


Ela ignorou a mão que ele estendia para ela e o abraçou de novo.


- Eu sinto tanto a sua falta... - ela disse no ouvido de Draco, que fechou os olhos e a envolveu pela cintura.


- Por favor, não fale mais nada.


- Por que até em sonhos você insiste em me machucar? - ela perguntou se afastando dele e o encarando séria - Eu só queria poder ter você de alguma forma...


- Você vai me ter para sempre, você sabe disso. Mas não desse jeito. Se quando você estiver sóbria você ainda me quiser, eu vou estar à sua espera... Mas não assim... Sei que você vai se arrepender disso amanhã quando acordar.


- Como você é chato... - disse rolando os olhos e ele riu mais uma vez - Não ria de mim! E pára de dizer que eu não estou sonhando.


- Ok, se isso é um sonho, o que eu deveria fazer agora? - perguntou zombeteiro, desistindo de tentar convencê-la de que estava acordada.


- Me levar pro seu quarto e acabar logo com essa dor que eu sinto aqui... - ela disse com a mão apoiada na direção do coração e ele ficou sério - Faz passar, por favor... - pediu num sussurro.


Ele respirou fundo e a pegou no colo. Ela afundou o rosto no pescoço dele se aconchegando e ele a apertou um pouco mais em seus braços. Como gostaria de poder tê-la assim, em seus braços, para sempre. Mas sabia que se fizesse o que ela queria, e ele também, ela nunca o perdoaria por se aproveitar de um momento de fraqueza dela. E ele rumou para o quarto de Hermione. Lá chegando rezou para que Rony não estivesse lá e bateu na porta.


Depois de um tempo uma Hermione descabelada e sonolenta abriu a porta, mas logo ficou alerta, quando viu Gina nos braços de Draco.


- O que houve? - ela perguntou preocupada.


- Ela só bebeu um pouco demais - Hermione o olhou desconfiada - Não tenho nada com isso, Granger. Eu a encontrei cambaleando em um corredor, só isso.


- E por que você não a levou para a enfermaria? - perguntou ainda desconfiada.


- Escuta, Granger, eu não fiz nada a ela. E se eu a levasse para a enfermaria, ela provavelmente tomaria uma detenção. Satisfeita?


- Ok, você tem razão. Vem, coloca ela na minha cama.


Draco entrou com Gina em seu braços e a pousou na cama de Hermione devagar. Ela segurou suas vestes e ele fechou os olhos.


- Por favor, Virgínia - ele disse baixo - Me solta...


- Não vai, por favor, não me deixa de novo... - ela disse de olhos fechados e uma lágrima escorreu de seus olhos.


Ele conseguiu soltar as mãos dela de suas vestes e começou a andar para a saída do quarto, mas foi impedido por Hermione, que colocou uma mão em seu ombro o parando.


- O que realmente aconteceu entre vocês, Malfoy?


- Já disse Granger, eu a encontrei pelos corredores.


- Não hoje - ela disse e ele a olhou confuso.


- Ela nunca disse por que terminamos?


- Não, só disse que havia acabado. Mas é claro que vocês se amam... Eu não entendo...


- Não há o que entender - ele disse triste - Ela só percebeu que eu não sou o certo pra ela, e que é mais seguro que ela se afaste de mim...


- Mas...


- Eu preciso ir. Cuide dela, e, por favor, não diga que fui eu que a encontrei. Diga que foi você. Acho que ela não vai gostar de lembrar que disse algumas coisas que não diria sóbria - disse com um meio sorriso.


- Tudo bem. Boa noite.


- Boa noite, Granger. E obrigado.


Draco saiu do quarto de Hermione deixando parte de si para trás. Só Merlim sabe o quanto ele queria fazer o que ela pedira e a levar para seu quarto, fazendo parar a dor que ambos sentiam. Mas isso não seria o certo. Então ele voltou a fazer sua ronda, como se nada tivesse acontecido, como se aquela dor lancinante que ele sentia em seu peito não existisse.


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Gina acordou na manhã seguinte e olhou em volta. Se assustou quando viu que não estava em seu dormitório, mas logo reconheceu o quarto de Hermione.


- Como vim parar aqui? - perguntou para si mesma, mas ouviu a resposta vir de outra pessoa.


- Eu te trouxe, Gi - Hermione disse indo até ela.


- Ah...


- Que foi?


- Eu tive a impressão que tinha sido outra pessoa...


- Quem? - perguntou curiosa, queria saber se ela se lembrava de algo.


- Draco... - disse e deu uma pausa - Mas deve ter sido só outro sonho... Eles não me deixam em paz há tanto tempo mesmo...


- Ah, Gi... Não fica assim... - Hermione disse se sentando ao lado da amiga - Eu queria tanto poder fazer algo pra te ajudar...


- Tá tudo bem... Foi só um sonho - parou por um momento e olhou para Hermione - Só que foi tão real... Ainda posso sentir o gosto dele em mim... - disse tocando os lábios com as pontas dos dedos – Às vezes eu gostaria que fosse verdade...


- Gi, por que você não procura ele e conversa? Quem sabe vocês não se acertam?


- Não dá, Mi. Não podemos ficar juntos...


- Por que não? Merlim! Gina, eu não consigo entender! Juro que não! Vocês se amam! Tá tão na cara!

- Como assim? O que você quer dizer?


- Ah, eu quis dizer que vocês eram tão perfeitos juntos, não pode ter acabado assim! - Hermione disse contornando a situação.


- Bom, você disse bem, éramos... Isso já passou - disse triste e deu outra pausa - Acho melhor ir para meu dormitório. Ainda bem que hoje é domingo, né? Senão teria perdido aula - disse sorrindo fracamente.


- E quem disse que eu ia permitir isso? - Hermione disse brincando.


- Obrigada, Mi. De verdade. Você é uma amiga perfeita, sabia?


- Nem tanto... Mas vamos, eu te acompanho.


E as duas saíram em direção à Torre da Grifinória.


Chegando lá encontraram Angie e Collin sentados preocupados, que quando viram Gina entrar, correram até ela.


- Sua maluca, como você some assim? Eu quase morri de agonia e preocupação sem saber se você estava bem! – Angie disse abraçando a amiga apertado.


- Acho que nem preciso dizer nada, não é? – Disse Collin sério indo até as duas e as abraçando.


- Desculpa gente, mas eu precisava ficar sozinha.


- Mais? – Angie perguntou separando-se dela – Gina, você não faz outra coisa senão ficar sozinha nos últimos tempos, nem a gente tá conseguindo chegar até você... – completou triste.


- Ah, Angie, desculpa. Eu sei que eu não deveria ficar assim, mas eu não consigo não pensar.


- Então por que você não vai conversar com ele e resolve logo isso? Afinal, não me parece que ele esteja em melhor estado que você... – Collin falou olhando-a ainda sério.


- Como assim? – ela perguntou confusa.


- Jura que você não tem reparado nele nesses últimos tempos? – ela fez que não com a cabeça e ele continuou – Nas poucas vezes que o vi, ele pareceu mais abatido que nunca. Seus olhos não tem vida, ele não é mais visto pelo Castelo perturbando as pessoas, ele quase não fala mais nas aulas ou em qualquer outra situação. Parece que ele só se comunica com o mundo exterior quando ele é obrigado a isso. Até eu estou ficando preocupado já.


- Não pode ser...


- Por que não, Gina? – Angie disse agora também séria – Ou você acha que só você está sofrendo com isso? E eu não estou falando só dele, que está na cara que está mais morto que vivo, estou falando de todos nós, que não sabemos mais o que fazer pra te tirar de dentro de você mesma...


Gina começou a chorar silenciosamente, mas não conseguiu dizer nada. Só abaixou a cabeça e encarou seus pés.


- Ok, gente, acho que por hoje está bom – Hermione disse passando um dos braços pelos ombros de Gina – Vamos deixar essa conversa pra depois.


- Desculpa – Gina disse baixo, ignorando a leve pressão que Hermione fazia para tirá-la dali – Eu não imaginei que estivesse fazendo tão mal a vocês. Achei que me afastando, vocês não veriam minha dor e não a sentiriam.


- Como não? – Collin falou levantando o queixo dela – Você é parte da gente, ruiva. Não tem como você sofrer sozinha. Será que eu vou precisar desenhar pra você entender? – perguntou com um sorriso.


- Não abusa, anjinho... – Gina disse também sorrindo.


- Ok, mas o que eu queria eu já comecei a conseguir, que é colocar um sorriso no seu rosto – ele disse abraçando-a.


- Ai, gente, eu também quero abraço! – Angie disse chorando e rindo ao mesmo tempo enquanto se juntava ao abraço dos dois e puxava Hermione consigo – Vem Mi!


A partir daquele dia as coisas ficaram um pouco mais fáceis para Gina, mesmo que ela estivesse fazendo um esforço quase que sobre-humano pra não deixar transparecer a dor que ela ainda sentia. E assim se passaram mais três meses. Agora Gina não parecia tão doente, mas seu olhar ainda denunciava que ela nunca mais seria a mesma.


Draco continuava na mesma, com a diferença que ele parecia mais apreensivo. As provas finais tinham acabado há pouco, e todos se preparavam para a formatura. Mas a apreensão dele não se devia a isso, e sim ao fato de saber que a hora da batalha estava mais próxima do que nunca, visto que ele já tivera sido avisado que o ataque a Hogwarts seria uma semana antes da formatura. Ele avisou Dumbledore, mas não acreditou realmente que ele pudesse fazer algo contra Voldemort, já que ele tinha visto de perto o poder e a fúria do Lord por todas as tantas vezes em que ele foi obrigado a participar de ataques junto com os outros Comensais para não levantar suspeitas.


E isso o fazia acordar todas as noites com pesadelos, vendo os olhos das vítimas que ele fora obrigado a torturar e matar, pairando diante dele, acusando-o. Tantas pessoas inocentes, que ele se sentia sujo. O que aliviava sua dor às vezes era lembrar de Gina. Sua doçura e inocência. Mas então ele se lembrava que ela jamais o perdoaria por ter feito tudo o que fez, mesmo que o motivo tenha sido justo. Afinal, o que justifica matar e torturar? Nada... E era isso que o consumia, ao mesmo tempo que o aliviava: Gina.


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Os dias se passaram e era sábado novamente. Gina estava sentada nos jardins olhando o céu com seus amigos enquanto o resto do Castelo estava em polvorosa por causa da formatura. Todos estavam vendo os detalhes finais para que nada saísse errado com suas vestes e apetrechos, fazendo planos para a noite mais importante do ano para muitos.


- Eu não agüento mais esse clima eufórico de festa... – Gina comentou.


- Ah, deixa de ser chata! – Angie disse empurrando a amiga de leve.


- Sério, não sei por que tanta frescura!


- Gininha, não se esqueça que você vai estar no meio dessa frescura todinha! – Collin disse rindo da amiga.


- Ai, nem me fala! – ela disse deixando o corpo cair para trás deitando-se na grama, e foi quando ela viu uma das corujas da Escola vindo em sua direção e se sentou novamente, bem a tempo do animal deixar cair sobre ela um pergaminho amassado e ir embora – Mas o que é isso?


- Lê logo! – Angie disse e viu Gina abrir o pergaminho – De quem é?


- Do Draco... – ela disse fracamente.


- Quê? – Collin perguntou e ele e Angie juntaram suas cabeças à de Gina pra ler, nem se importando se era ou não particular.


“Virgínia,


Não se pergunte o por que ou fique parada tentando entender, só pegue seus amigos e se tranque em sua Torre agora mesmo. Depressa, não há mais tempo. Te amo pra sempre pequena.


DM”


O pergaminho estava amassado e a letra quase ilegível pela pressa com que foi escrito, mas Gina reconheceu a letra de Draco mesmo assim. E ao contrário do que pedia o pergaminho, Gina congelou.


- O que isso quer dizer? – Collin perguntou confuso.


- Eu não sei, mas acho melhor sairmos daqui, esse bilhete me deu um frio na espinha que parece até um mau presságio – Angie disse esfregando os braços para abaixar seus pelos que se eriçaram, mas vendo que nem Collin nem Gina se mexiam, levantou-se e começou a puxar os dois – Vamos logo! Anda gente!


Os três entraram correndo no Castelo e chegaram na Torre da Grifinória ao mesmo tempo em que escutaram uma explosão vinda da  direção da Torre Norte. Eles se olharam e entraram, encontrando o Salão Comunal cheio de alunos confusos e apavorados. Correram até seus dormitórios, apanharam suas varinhas e saíram porta afora da Torre, deixando muitos alunos gritando para que não fossem e outros os seguindo.


Encontraram Harry, Rony e Hermione num corredor começando a duelar com dois Comensais e Gina se apavorou com a cena, vendo seu pesadelo passar por sua mente como um flash. Quase foi acertada, não fosse Collin puxá-la para o lado e lançar um feitiço em direção ao Comensal que vinha pelo outro corredor com mais dois outros em direção a eles. E isso a fez acordar. Então ela rapidamente olhou nos olhos de todos os Comensais em volta a procura dos olhos de Draco mas não encontrou. Isso a deixou mais tranqüila, e ela começou a duelar. Eles se juntaram ao trio e derrubaram todos os Comensais que estavam à volta deles, seguindo para o Salão Principal, onde o confronto realmente estava acontecendo, segundo Harry.


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Draco estava em uma das torres olhando os jardins a espera do ataque começar. Sim, seria naquela noite, e ele só podia rezar para que sua pequena estivesse em sua Torre a salvo. Foi quando ele viu uma cabeça ruiva saindo do Castelo acompanhada de mais duas outras cabeças e se sentando nos jardins.


- Eu não acredito nisso, só pode ser brincadeira... – Draco disse saindo correndo de onde estava e indo em direção ao Corujal. Chegando lá ele escreveu um bilhete tremendo o menos que ele conseguia e atou à pata da primeira coruja que viu. Assim que o bicho saiu para a noite ele correu e praticamente se esmagou em uma janela para ver os jardins novamente. Viu quando a coruja largou o pergaminho em Gina e ficou quase sem respirar de tanta apreensão. Então ela leu, mas não se moveu.


- Vamos Virgínia, se mexe logo daí – ele disse quase implorando para o nada – Por favor... – então viu Angie puxando Gina e Collin e deu um pesado suspiro de alívio quando eles foram correndo em direção às portas do Castelo – É agora, não tem mais como fugir... Só espero que dê tudo certo – Draco disse indo em direção do Salão Principal e retirando uma capa e uma máscara negras que estavam encolhidas em seu bolso e trazendo-as ao seu tamanho original enquanto caminhava a passos largos.


Chegando às portas do Salão Principal ele já estava com a capa, agora só faltava a máscara. Ele fechou os olhos e respirou fundo. Colocou a máscara e entrou com somente um pensamento: Gina. Era por ela que ele precisava fazer isso.


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N.A.: Lá, lá, lá, lá, lá... Sim, eu ainda não morri, apesar de estar com umas manchas verdes bem parecidas com mofo... Bom, o que importa é que consegui escrever esse bendito capítulo!! Oh God!! Achei que nunca ia sair!! Mas eu consegui um tempo em minha horrenda rotina diária e consegui voltar pra vocês!! :D Ok, nada desculpa, mas eu prometo que termino essa bagaça!! Mesmo que só uma pessoa ainda esteja lendo e essa pessoa seja a minha beta amiga-amada que me atura sem perecer há séculos, a Manu!!! Hahahahahaha!!!


Encurtando isso aqui, muito obrigada mesmo a todas vocês que ainda tem fé em mim e não me abandonam, mesmo que eu demore séculos a atualizar!!


AMO TODAS VOCÊS!!!!


Beijos!!!


ChunLi Weasley Malfoy


#


Nota da Best-a Reader:


Serei breve: Você é uma égua.


Beijocas,


Manu Black

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