Cap 5 (REV)



TUDO EM PAZ...




Harry pulou da cama, vestiu uma roupa “decente” (como se ele tivesse uma) e desceu correndo a escadaria pro salão comunal seguido por Jorge. Quando chegaram, viram Rony, Fred e Gina, no chão em frente à lareira, batendo um papo às gargalhadas sobre o que aconteceu quando os gêmeos foram embora... Quando chegaram, eles abriram espaço para que os rapazes se sentassem.


-Oi Harry! Como está?!


-Bem, Gina. E vocês?


-Tudo bem com a gente... Estávamos preocupados! Mamãe quase surtou quando te viu nesse estado – disse Rony


-Em que estado?


-Ora! Como assim em que estado!? Você devia se olhar no espelho! – exclamou Fred.


Fred conjurou um espelho e Harry, então, mirou sua face. Estava quase sem cor de tão pálido.


- Porque estou assim?


- O efeito daquelas criaturas... Dumbledore disse que esse efeito deixa a vítima incapaz de realizar magia e paralisada por, aproximadamente, 5 min... O tempo suficiente para que a criatura sugue a sua alma com mais facilidade. A propósito, aquelas criaturas são dementadores que sugaram a alma de um bicho papão. Assim eles ganham um efeito especial além de lhe trazer lembranças ruins: bloquear os poderes mágicos da vítima e paralisa-la buscando exatamente o seu maior medo. Isso deixa a pessoa meio enjoada e pouco pálida – Gina falou tudo isso tão rápido que Harry mal conseguiu entender.


-Gina, a Mione é uma má influência pra você... Mas então, porque eu não fiquei paralisado e sim tão pálido?


-Sua capacidade de dedução é ruim mesmo... Olha, O Dementador Papão, foi um apelido que demos, busca o seu maior medo... Agora pense Harry, qual o seu maior medo?


-Um dementador... e daí?


-Como você é lerdo! Se a criatura que estava na sua frente era um dementador, ele não precisou “se buscar” em você! Então, ele não precisou inserir nenhum medo na sua mente, o que faz a pessoa se paralizar... ele próprio já era o seu medo! Sendo assim você não se paralisou. Ah, e você ficou pálido assim porque mais uma lembrança ruim, e recente, está na sua mente e também porque o dementador - papão é mais forte que um dementador normal – explicou Rony


-Vocês estão fazendo eu me sentir burro, idiota, retardado mental. Puxa, como vocês sabem tudo isso!?


-Mamãe nos contou! – Disseram os irmãos em uníssono


-Hum... Bom, vamos falar de outra coisa. Ahn, quem será o novo capitão do time de Quadribol da Grifinória? E teremos de fazer uma nova escalação... Muitos saíram da escola. – disse Rony


-Como vamos saber Rony? Não dá... McGonnagal tem que selecionar alguém! – disse Gina – mas de qualquer forma, vou fazer os testes para artilheira. Me dei bem como apanhadora, mas prefiro artilharia... E também, Harry é o melhor apanhador de Hogwarts. Ele deve ficar nessa posição.


-Valeu pelo elogio! – Disse Harry com as faces quentes e dando-lhes uma tonalidade avermelhada que era drasticamente denunciada pela sua palidez.


-Mas não pense que só a Gina que acha isso cara! Todos achamos! – disse Rony


-Isso mesmo! – Disseram Fred e Jorge


-Vamos parar com os elogios! Já to meio encabulado...


-Ah! O “Harrizinho” tá encabulado! Mas que garoto tímido!!! – debochou Gina.


-Nossa! Chega né! Bom, que horas são?


-São... 10 pras 8 da manhã.


-Ahn? Eu to dormindo desde ontem?!


-é o que parece não é?! Ah é!, daqui a pouco Dobby vem trazer o café da manhã para “o grande senhor Harry Potter” – disse Jorge, entoando essa última frase imitando a voz esganiçada do elfo doméstico. – “Dobby ficaria muito feliz se os senhores chamassem o senhor Harry Potter para tomar o café”.


Todos riram da imitação, inclusive Harry. Apesar de sua situação, ele estava “menos ruim” por estar com os Weasley. Pelo menos tinha com quem se distrair... As únicas coisas que mais o incomodavam no momento: o sonho que teve e a morte de Sirius e a de seus tios e primo... Sua lembrança assolava seus pensamentos... não tinha como esquecer disso. A escuridão apertava seu peito... chamava-o para a perdição. O terrível destino que compartilhava com Voldemort afastava qualquer esperança, quase toda pelo menos. O rapaz parou por um momento e olhou para os amigos que conversavam alegremente. Não queria destruir essa alegria puxando mais alguém para seu destino desgraçado, não queria mais sofrer vendo seus amigos sucumbindo por sua causa... Não mais se aproximaria de ninguém... de ninguém.


- Harry! Você tá me escutando? A gente perguntou se você quer ir conosco ao jardim!


-Como? Ah sim. Quero.


Sendo assim, desceram para caminhar pelo jardim. Harry estava atrás do grupo e não conversava com os outros enquanto caminhava, mas pensava intimamente na profecia.


-No que você está pensando? – disse Gina de uma forma petulante, interrompendo os pensamentos do rapaz. Ao ouvir isso a defesa arrogante que agia instantaneamente nele se manifestou como um raio


-Nada que você precise saber...


-Então me conta! Eu não preciso saber, eu só quero saber... fala, talvez eu te ajude.


-Hum... é que não dá pra eu contar. Ahn, é um assunto só meu. De mais ninguém.


-Talvez seja melhor você dividir isso com alguém. Eu e o Rony estamos aqui caso você precise... hum, deixa ver, desabafar.


-Tá bom. Valeu a força! Mas, podemos mudar de assunto? – Harry bem que pensou na possibilidade de contar Gina o que ele estava sentindo, mas resolveu pensar mais um pouco. Essa garota vem me surpreendendo


-Deixa ver, ah, sonhou com alguma coisa estranha?


-Bom... sim. Mas não tem nada ligado com Voldemort.


-Ele está se movimentando em silêncio.


-Acho que ele só vai dar as caras quando o exército dele estiver pronto.


-Você acha mesmo que ele vai fazer frente a Dumbledore e o Ministério?


-Com certeza. Acho que vai haver uma fuga em massa de Azkaban e ele vai reunir diversas criaturas mais.


-Por exemplo?


-Testrálios. Isso daria medo nas pessoas. Muita gente não saberia o que estava atacando. Também acho que os gigantes e trasgos apoiarão Voldemort.


-Desse jeito, quem estará do nosso lado?


-Não sei. Unicórnios e Centauros talvez. Também acho que teremos alguns dragões...


-Hei vocês dois!! Vão ficar pra trás é?! – exclamou Rony, que estava muito a frente. Harry e Gina nem tinham notado que estavam tão longe do restante do grupo... Bem longe.


Os Waesley e Harry, depois de reunidos, foram até o lago e deixaram–se relaxar debaixo daquela velha árvore onde o pai de Harry também costumava ficar junto de seus amigos. Harry lembrou-se da arrogância de seu pai quanto a Snape e da preocupação e segurança de Lilly. Gina lembrava muito sua mãe: doce e decidida ao mesmo tempo; carinhosa e dura quando precisava... e também era ruiva... só não tinha aqueles olhos espetacularmente verdes de sua mãe. Ela também habitava seus sonhos... Lilly Potter. Dela ele se lembrava melhor que seu pai. Além de te-la visto no espelho de Ojesed, ela o marcou profundamente... com a magia que o salvou. Harry sonhou uma vez que ela estava viva junto com seu pai... mas quando os tocou, eles se desfizeram... Harry acordou chorando nessa noite em questão. Pensando nisso, Harry cochilou ali mesmo na grama.


“Estava num lugar frio e escuro, com árvores mortas ao seu redor. O homem com quem sonhara noutro dia estava lá, flutuando de pernas cruzadas a alguns centímetros do chão. Era velho e vestia uma túnica longa e negra... lembrava um ancião daqueles filmes trouxas ridículos. Desta vez não havia lua... Nem luz alguma sendo emitida pelo velho. De repente o chão tremeu e o velho desapareceu, dando lugar a uma figura alta, magra e muito branca. A figura então soltou uma gargalhada e atacou o garoto, que acordou de repente. Harry sentiu na pele a dor do ataque... O sonho foi diferente dos que ele estava acostumado a ter. Não era real como os outros. Este mais parecia um alerta. Apesar de ter sentido o ataque... não era real. Harry viu, ainda deitado, Rony e Gina conversando e dirigindo olhares para ele (os gêmeos não estavam mais ali)... talvez não tivessem percebido que havia acordado. Decidiu ficar somente escutando fingindo-se adormecido.”


-Que pena... Ele está sozinho agora. Onde será que ele vai ficar nas férias de verão? – disse Gina


-Provavelmente em casa!


-é mesmo... – disse Gina com certa apreensão – A morte do padrinho está muito recente... e para acabar com ele ainda tem a morte dos tios e do primo...


-Bom, agora já aconteceu... E, por favor, faça de tudo para que ele não procure mais encrencas... Agora ele já tá bem ferrado por ter quebrado a profecia... Pena que a gente não sabe qual é né...


-Rony, você sabe como ele é teimoso... vai procurar Você Sabe Quem sim... nem adianta tentar impedir. Ah, e tem “aquilo” que Dumbledore falou... sabe?!


-Claro. Mas não gostaria, de forma alguma de faze-lo. Mas é necessário. A Mione também ajudará na tarefa. Dumbledore me pediu que comunicasse isso a ela.


-Certo. Por falar nela... Você tem uma queda por ela né?!


-De onde você tirou isso Mana? – questionou Rony irritado.


- Ahhh! Ficou irritadinho né?! Tá muito na cara que vocês se gostam, vocês que não querem admitir! – disse Gina provocando.


-Pára de bobagens Gina! Nunca eu namoraria a Mione!


-“Peraí”... Quem falou em namorar?!


-Você!


-Não mesmo! Eu disse GOSTAR!


-Mas... você... eu...


-Sabia! Te peguei!! Já tá pensando em namora-la né?!


-Pára Gina! Detesto quando você faz isso!


-Então quer dizer que eu acertei! Hahahahahaha... como você é burro!


-Nisso a sua irmã tem razão Rony! – disse Harry de surpresa, que parou de fingir.


Gina e Harry caíram a gargalhada! Rony ficou mais vermelho do que nunca... tanto que não dava pra saber o que tinha cor mais forte: Seu cabelo ou seu Rosto. Como ele caiu nessa?!


-Rony, meu amigo... SE FERROU!


-Tá... Já chega!


-Bom... agora, quando vai contar pra ela?


-O quê?! Pára de perguntar!


-A Ro... Harry, você não ouviu toda a conversa né!? – perguntou Gina assustada


-Claro que não... só ouvi a parte da Mione. – mentiu


-Ah... tá.


-Porquê?


-Ah... Por nada!!


-Então tá! – Harry ficou imaginando o que seria “aquilo” que mencionaram... mas guardou pra si. Bom, a única coisa que o incomodou mesmo naquela conversa que ouviu, foi a menção de “Procurar encrencas”... Como se fosse ele que procurava Voldemort!!! Bom... chegou a conclusão de que ninguém o entendia. (N/A: ô coitado!)


Dois milésimos de segundo depois de Harry ter fechado os seus pensamentos, Fred e Jorge chegaram trazendo uma bandeja cheia de comida, leite e chá... Ao lado de Fred vinha Dobby, segurando uma toalha de piquenique. O elfo era a figura mais extravagante (para não dizer horrível) que Harry já vira. Estava mais cheio de gorros do que nunca... Todos os que Mione fizera, ele pegara... todas as meias que encontrara espalhadas, ele pegara. Dobby usava, além da montanha de gorros de Mione, uma meia vermelho-sangue e outra verde-oliva com vários sininhos dourados bordados... Harry notou que ele pisava o chão com força. Só depois percebeu que a meia dos sininhos fazia o barulho dos mesmos quando o elfo pisava... Pra variar um pouco, o elfo também vestia uma camisola rosa do mais fino tecido com uma cueca marrom por cima... Usava também um relógio de couro de dragão, a única peça decente no vestuário do elfo doméstico.


Olá Dobby! – disseram todos em uníssono.


-Bom dia senhores! Dobby tem muita honra em vê-los. Ele veio trazer seu café da manhã, Harry Potter, e pediu ajuda aos gêmeos cabelos-de-fogo...


-Bom gente, vamos estender a toalha para comermos. Nós trouxemos comida a mais da cozinha!


-Que coisa feia Jorge! – disse Rony com cara de reprovação


-Ah... parem de falar e vamos comer! – disse Gina com entusiasmo


-Ai... que feliz que minha irmã é.


-Sou feliz mas pelo menos tenho cérebro Rony!! – Todos Riram, exceto Rony, é claro!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.