Os testes de habilidades



_Como eles souberam das medidas de seguranças?_O Sr.Wealsey perguntou apavorado à esposa.
_Eles esperaram a festa acabar, talvez tivessem pensado que já teríamos ido embora..._Lupin disse depressa._De alguma forma eles sabiam que você tomou medidas para impedir que qualquer pessoa aparatasse aqui, Arthur e se arriscaram a vir de vassouras.
VARINHAS EM PUNHO, DEPRESSA!!!
Harry levou depressa a mão à cintura, mas sua varinha não estava lá. Não a levara para o casamento, devia tê-la esquecido no quarto de Rony. Correu em direção à escada o máximo que pôde, Rony o olhou assustado, como se pensasse que ele fosse se esconder:
_Pra onde você vai, cara?_Ele perguntou, a varinha dele já estava e uma das mãos.
_Vou pegar minha varinha em seu quarto...

Os pés subiam os degraus da escada desornadamente, pulando dois de cada vez. Assim que chegou em frente ao quarto, escancarou a porta e pôs-se a procurar a varinha como um louco, revirando tudo o que via pela frente.
_Harry? Que Diabos você...?
_Gina..._Ele havia encontrado a varinha próxima ao travesseiro do Rony._Fique aqui, tranques-se, está vindo um bando de comensais da morte aí...
Ele segurava a menina pelo ombro e a fez sentar. Ela se levantou e disse:
_Não vou ficar aqui trancada!!! Eu vou lutar também...
Harry passou a mão pelo rosto, ofegante.
_Okay, vamos então!!!

Os dois desceram as escadas com o coração batendo muito rápido. Assim que chegou à sala, Harry percebeu que os outros haviam ido para o terraço, a porta da sala estava aberta e um vento frio cortava os rostos de Gina e dele.
_Non vá, Harry...Eles estõ lá, um bando deles._Fleur estava muito pálida, estava escondida atrás de uma poltrona.

_QUEREMOS POTTER, NOS DÊ ELE E NÃO HAVERÁ MORTES AQUI HOJE...DO CONTRÁRIO, NÃO RESTARÁ NENHUM DE VOCÊS PRA CONTAR NENHUMA HISTÓRIA!!!_Berrou Macnair, um dos comensais, ele vestia uma enorme veste negra com um capuz de seda que lhe cobria parcialmente o rosto.
Os comensais pairavam no ar um pouco acima da cabeça de Harry e os outros. Todos vestiam vestes negras como as de Mcnair, Harry não reconhecia mais nenhum deles...Ah, Crabbe e Goyle, sim, eram eles também. Seus corpanzis por debaixo das vestes e dois rostos carrancudo sob o capuz. Os outros deveriam ser novas aquizições, novos simpatizantes.

_SAIA JÁ DA MINHA CASA, MCNAIR, OU NÓS OS ATACAREMOS, NUNCA ENTREGAREMOS O HARRY.
_Vamos, eu estou aqui!_Berrou Harry ao comensal.
Mcnair riu alta e friamente. Depois curvou o corpo sobre a vassoura de modo a olhar melhor para o rosto do Sr.Weasley.
_Temos ordem de matar, Arthur...ORDENS PRA MATAR, ENTENDEU?
_Acha que vamos permitir que façam o que quiserem aqui, Mcnair? Você está amedrontado porque o lorde de vocês calculou mal este plano, somos dezesseis e vocês apenas oito.

O rosto de Mcnair se contorceu de fúria ao ouvir as palavras de Lupin. Era bem verdade, eles eram muitos e ainda havia um meio-gigante com eles, Hagrid.
_Seu porco sujo!!!_Berrou Hagrid._Saia da nossa frente em quanto é tempo...
_Harry, seu covardezinho, se escondendo atrás do gingante, não?_Berrou Mcnair.
_Eu o enfrento sozinho a hora que quiser!!!_Harry berrou, os nervos a flor da pele.
Harry sentiu a mão de Gina agarrar seu pulso esquerdo e a viu murmurar para que ele não entrasse no jogo do comensal.
_Deixem que ele me enfrente, somente nós dois, não ouviram?_O comensal perguntou, meio assustado, ao circo que agora se fechava diante deles.
_Você não quer mais nada, né?_Fred perguntou, o peito inchando._Você é uma porcaria suja...Harry nunca seria capaz de conjurar os mesmo feitiços que você...Não se rebaixaria a estar em seu nível.
Canino latia assustado, estava preso durante a festa, para não incomodar, mas agora parecia prestes a se soltar a qualquer momento.
_Eu quero enfrentá-lo._Harry falou aos outros.
_Harry, não seja bobo, não vê que é isso que ele quer?_Hermione perguntou, exasperada.
_Cara, pára com isso!_Rony disse.
_Harry, ele só quer provocá-lo._Disse a Sra.Weasley._Entre, nós terminaremos com isso sozinhos. Vamos, Harry entre em casa, Gina, você também. Eles sabem que se nos atacarem serão mortos também.

Mas Harry não estava mais ouvindo, seu sangue estava fervendo. Aquele bando tivera coragem de vir incomodar os Weasley no dia do casamento do filho deles. Aquele bando buscara confusão, Mcnair era o seu líder, ele devia pagar por isso.
_DESCA DA VASSOURA!!!_Harry obrigou Mcnair a descer.
Mcnair obedeceu, aterrisando no chão enquanto os companheiros pairavam no ar. Ele andou devagar até ficar no meio do círculo, frente a Harry. Ele era alto e de feições morenas, seus olhos possuíam um brilho maligno.
_O Potterzinho tem coragem pra me enfrentar agora que o vovô morreu, hein? Com que..._Perguntou com um sorriso debochado.
Havia algo dentro do peito de Harry, uma vontade intensa de fazer o outro sofrer. Uma vontade intensa de matá-lo, ferí-lo. Demostrar que poderia sim rebaixar-se ao nível dele. Macnair estava debochando da cara dele, ele iria matá-lo, o que será que Voldemort diria agora?
_CRUCIO!!!_Berrrou Harry antes mesmo que o outro terminasse o que disse. Dessa vez havia ódio em sua voz, havia vontade e até mesmo prazer em fazer o outro calar-se e guinchar de dor.
Mcnair ajoelhou-se no chão depois caiu emborcado, contorcendo-se. Crabbe, Goyle e o bando hesitaram, entreolhando-se. Mas ainda havia mais desejo, Harry estava regojizando-se ao ver a dor que aquele homem vil sentia, ele ainda poderia provocar-lhe mais. Levantou a mão paraconjurar mais algum feitiço quando:
_Petrificus Totallus!!!_Mcgonagall o petrificou.
Harry não conseguia se mover, pouco depois ouviu o mesmo feitiço ser executado em Mcnair.
_Crabbe, Goyle? Vocês...Pensei que tivessem...Ah, vão embora daqui antes que as coisas fiquem realmente feias pra vocês!_Disse Mcgonagall o lábio inferior se contraindo de desprezo.
De repente Harry percebeu Tonks e Quim se olharem cumplicidamente.
_Estupore!!!_Berrara os dois juntos executando o feitiço em Goyle e Crabbe.
Os dois caíram das vassouras fazendo muito barulho, se estatelaram no chão duro. Em seguida os dois aurores prederam-nos com um feitiço. Os outros comensais olhavam estupefatos a cena.
_Avada Kedrava!_Berrou um dos comensais alçando vôo mais alto, ele apontara para Tonks, mas esta se esquivou e o feitiço...

Um grito horrível e triste ecoou pelo terraço. Hagrid correu até o companheiro. Era seu fiel animal de estimação, canino, ele estava duro, acabara de soltar-se e ia correndo para o dono quando o feitiço lhe atingiu em cheio.
_ESTUPORE!!!_Berraram Lupin, Hermione, Rony e Mcgonagall para o resto do bando.

Dois deles caíram no chão ao lado de suas vassouras e outros dois fugiram no céu noturno.

A cena era horrível, Hagrid abraçava o cão morto enquanto Hermione e Rony corriam para acalmá-lo. Harry estava petrificado e Gina o segurava também, atordoada. Mcgonagall, Lupin, Tonks e o Sr.Weasley conjuravam cordas para prender os comensais. Os outros pareciam tristes e zangados demais para tomar qualquer ação.
_Finitus!_Disse Lupin.

Harry pôde mover-se novamente, mas não havia gratidão em seu coração. Ele estava com muito ódio. Eles não permitiram que ele enfrentasse Mcnair, o impediram. Mcgonagall até o petrificou.
_Harry, você está ok?_Gina perguntou numa voz fininha.

Hermione e Harry deixaram Hagrid sentado no chão ainda com o cão nas mãos e seguraram Harry um de cada lado, obrigando-o a entrar. Fizeram-no sentar numa das poltronas enquanto Fleur olhava assustada pela porta de entrada para o marido e os outros.
_A Mcgonagall não tinha o direito..._Harry falou entre os dentes._Ela não devia, ela não podia, eu não sou um IDIOTA!!!
_Harry, nós sabemos disso, mas você poderia fazer algo que viesse a se arrepender, a maldição cruciatus, Harry, por Merlin...Por que não o estupurou?_Hermione perguntou.
_EU QUERIA CAUSAR-LHE DOR, DOR, HERMIONE, SERÁ QUE NÃO PODE ENTENDER ISSO?_Harry perguntou sentindo os músculos estarem realmente doloridos.
_Entendemos você, Harry._Disse Gina._Você tem todo o direito de...
_Não, ele não tem!_Contrapôs-se Hermione._Se for dessa forma ele irá ter que matar um monte de comensais, Harry não vai querer ter que matar pessoas se puder evitar.
_Ah, Hermione, o Mcnair não é uma pessoa!_Rony disse impaciente._Ele mereceu o que o Harry fez, ele veio aqui para sequestrá-lo, se não fosse por haver tanta gente aqui...

Neste momento Hagrid entrou com os olhos vermelhos.
_Tonks, Athur, Lupin e Quim os levaram para o ministério...Acho que vão ser interrogados e presos. Ah, pobre canino! Estava tão assustado ao ver aquele pessoal todo, malditos sejam!



Harry não conseguia deixar de sentir pena de Canino, ele era um ótimo cão. Mas o ódio ainda não deixara o seu peito.
_Vou dormir._Ele disse.
_Harry, espera..._Era Mcgonagall._Espero que saiba que eu te enfeitiçei para o seu próprio bem.
_Vocês sempre acham que podem decidir o que é bom pra mim..._Harry disse friamente e subiu as escadas.


Não havia um pingo de vontade de dormir nele. Mas ele fechou os olhos o máximo que pôde. Aqueles malditos comensais iriam atormentá-lo até o dia em que Voldemort estivesse morto e já era mais que hora de Harry buscar o que Dumbledore o encarregara. Sentia-se estranho aquela noite, de alguma forma sabia que Dumbledore reprovaria o que ele havia feito, usar uma das maldições imperdoáveis sem necessidade, uma vez que era mais fácil estuporá-lo. Mas dentro de Harry algo o deixava com um sentimento de revolta, por que Dumbledore tivera que morrer? Por que ele foi tão fracassado em seus planos? Por que confiara em Snape? Ele não era o maior bruxo que ele conhecia? Morrer daquele jeito...


_Harry..._Era Gina, ela passava as mãos delicadamente sobre os cabelos de Harry. O menino abriu os olhos com muita dificuldade, ele estava com a cabeça muito pesada. Cheia dos acontecimentos recentes.
_Harry, eu sei que ainda nem amanheceu, mas ainda podíamos..._Gina disse baixinho.

Ele não queria discutir ali, Rony roncava. Se levantou com esforço, ainda estava com a mesma roupa do casamento, já Gina havia mudado.
_Eu vou me trocar, você se econtra comigo lá embaixo.
Ela concordou e saiu do quarto. Harry vestiu uma calça jeans, camiseta e jaqueta. Desceu as escadas em seguida. Fred e Jorge estavam deitados no chão da sala cada um em uma cama improvisada, o quarto deles havia sido cedido para Gui e Fleur. Carlinhos também dormia na sala, mas estava sentado em uma das potronas. A varinha nas mãos.
Harry abriu a porta e ele e Gina saíram. Não amanhecera ainda, o céu estava escuro como breu. Soluços podiam ser ouvidos da barraca de Hagrid.

_Eu fico tão feliz por você ainda querer fazer o voto, Harry._Gina falou segurando o braço do rapaz enquanto eles deixavam a propriedade.
_Gina, você vê por que não quero que você se prenda a mim?_Harry perguntou._Eles sempre estarão ligados em mim, sempre me perseguindo, não quero isso pra você.
_Então por que estamos arriscando nossa vida saíndo de casa assim?_Ela perguntou, mordida.
_Viu só, você nem ao menos confia em mim! Não estamos arriscando nossas vidas, você está comigo. Acho que eu não iria ficar parado esperando um comensal te matar!
_Eu não estou com medo, eu...Olha, Harry, se não quiser fazer o voto, se você achar que é bobagem e...
_Não é bobagem, Gina, de verdade, mas eu só acho que você está sendo muito precipitada. E se você passar a gostar de outro cara...E se eu...morrer?
_Olha, Harry, se quer saber...Acho que você não gosta de mim de verdade. Desde o ano passado que eu lhe digo que não me importo com nada que te aconteça, que não me importo com nada que me aconteça e você simplesmente me deixa fora da sua vida.

_Eu não quero deixá-la, Gina, Juro. Se ano passado eu disse que não queria mais nada com você foi pra poupá-la, mas na noite em que Duda me socou, naquela noite eu vi que seria muito difícil renunciar a você, e acabamos voltando a ficar juntos, mas se agora estou te dizendo isso é pelo mesmo motivo, porque eu não gostaria de arriscar alguém como você.

Ela baixou a cabeça, começara a chorar. Harry não sentia-se bem, sempre que Cho chorava, uma garota que ele namorara no quinto ano, ele sentia-se dessa forma.
_Vamos, Gina, eu te amo e você sabe..._Ele disse passando a mão sobre o cabelo ruivo da menina. Não era mais difícil dizer aquelas palavras com tantas coisas acontecendo.
_E-eu n-não queria chorar, queria te mandar embora agora, queria esquecer tudo que faço e tenho feito pra ficar com você...Mas você simplesmente...É a pessoa que mais g-gostei.

Harry não queria vê-la dessa forma. Deu-lhe um beijo, para provar de alguma forma que também a amava. Eles ficaram abraçados por um longo tempo. Depois, decidido o menino falou:
_Então, como é que se faz este voto?



Eles estavam na clareira mais uma vez. Gina havia preparado tudo antecipadamente. Um caldeirão enorme estava sobre um fogo alto. Alguns ingredientes estavam separados próximos ao caldeirão.
_Este voto somente impedirá que eu ou você tenhamos outras pessoas em nossas vidas, Harry.
_Mesmo se eu...Morrer?
_Você não vai morrer, Harry, só quando estiver muito velho. E aí já teremos sido muito felizes.
_E o que acontece se eu ou você arrumássemos outras pessoas? Só por saber..._Ele perguntou tentando parecer displicente.
_Bom, é impossível. Somente no caso de morte você pode arrumar outra pessoa porque se você tentar fazer isso, adoecerá, mal poderá levantar da cama. E acho que não poderá continuar namorando a outra pessoa estando tão doente.
_Gina...Você não pode querer mesmo fazer este voto!_Harry disse assutado._Eu não vejo finalidade alguma!
_Por que não, Harry?_Ela perguntou sinceramente._Eu sei que serei sempre sua, mas se você achar que não pode cumprí-lo, bom, então é melhor não fazê-lo. Acho que é uma forma de permanecermos juntos mesmo se estivermos longe.
Harry sentou-se no chão da clareira. Sua cabeça ainda estava pesada e dolorida. O vapor do caldeirão irritava seus olhos.
_Gina, essa magia...Ela...
_É magia rara, Harry. Poucos conhecem e só deve ser feitas por pessoas que realmente se amem...
_Mas por que alguém se daria ao trabalho de fazer este voto?_Harry insistiu.
_É justamente quando não podem ficar juntos, Harry. Eles fazem isso para permanecerem fieis até o fim. Mas eu entendo que seja algo muito forte e...
_Como você sabe?
_Ah, encontrei em um livro na sessão reservada da biblioteca. Olha, acho que não devia ter oferecido a você, é realmente algo muito forte e...
_Não, eu quero fazer.
_Você está certo mesmo, Harry?
O menino balançou afirmativamente a cabeça.
_Então levante-se._Ela pediu dando a mão a ele.
A menina derramou um frasco de excência de jasmim na água que esquentava no caldeirão. O odor adocicado deixou Harry um pouco tonto. Depois, ela depositou sete fios do próprio cabelo.
_Harry, você pode me dar sete fios de seu cabelo?_Ela perguntou, arrancou os fios do cabelo de Harry, este sentiu a dorzinha de cada retirada sem demonstrar qualquer expressão.
Logo após isso Gina pôs algumas ervas que Harry não conhecia. O líquido ficou azulado. Em seguida adicionou pedrinhas muito pequenas.
_Pedra d´ara. É bem forte!_Ela disse olhando para a própria porção orgulhosamente._Tudo o que temos que fazer é beber um copo cada um, depois dizer o juramento e...
_E?_Harry perguntou.
_Bom, você vai saber._Ela disse com um olhar estranho, pareceu corar um pouco.

Pôs o líquido em dois copos. O gosto não era tão ruim como o da poção polissuco, era bem mais amargo, mas tinha até um gosto agradável, refrescante. O líquido desceu pela garganta e Harry sentiu-se um pouco enebriado. Suas pernas ficaram um tanto que bambas e ele sentiu lágrimas escorrerem dos olhos. Depois de beberem Gina fez aparecerem no ar muitas letras, que se organizaram e formaram o discurso do juramento:


O voto de fidelidade é para a vida inteira
Só assumem este voto quem tem uma relação
Verdadeira.
Apoção é forte e impedirá a traição,
No entanto se o amor não for verdadeiro não haverá nenhuma
Reação.
Repitam juntos:
O Amor nos uniu
O Amor impedirá que procuremos outros
O Amor fará com que estejamos juntos
Para todo sempre e sempre!

Harry e Gina disseram essas palavras de mãos dadas. Então as palavras sumiram, estavam lá os dois parados. O Que estaria por vir? A cabeça de Harry rodava. Ele mal conseguira balbuciar as palavras do texto.








Os raios de sol invadiram a clareira. Harry estava sozinho, deitado no chão duro ao lado de algumas almofadas. Ele sabia o que acontecera e estava se sentindo horrível agora que acordara. Seria uma grande decepção para a família Weasley quando soubesse o que ele tinha permitido que acontecesse. Como pudera? Será que servia de desculpa ele não estar tão dentro de si, estar tonto e aéreo? Ele era mais velho que Gina, devia ter resistido, mas fora fraco demais, deixara-se levar por sentimentos e estintos.

De repente ele notou uma carta ao lado dele, no chão. Era a caligrafia de Gina:

Harry,

Sei como deve estar se sentindo quando acordar. Mas quero dizer-te que ninguém precisa saber de nada. Eu vou voltar pra casa sem ninguém me ver, você pode dizer que queria ficar algum tempo sozinho.
Apesar de também estar confusa, eu agora me sinto mais sua que nunca.
E nada ninguém poderá nos separar agora.
Beijos,

Gina.

Ele mal se lembrava realmente o que havia ocorrido. Só conseguia lembrar-se de flashes do momento, mas mesmo assim estava realmente envergonhado. Pensava com amargura que ele era um pevertido e que os Weasley não mereciam isso. Gina não merecia isso, com certeza estava arrependida. Ele também sentia que a amava mais, no entanto, não podia deixar de sentir-se culpado.

Saiu da clareira terminando de abotoar a jaqueta. O cheiro de mato invadia suas narinas. Felizmente ele sabia como encotrar a saída. Andava pensando ainda no ocorrido quando pisou em algo mole. E este algo mole era na verdade o rosto de um homem, ele estava com vestes pretas, era um comensal. Seu rosto encoberto pelo capuz deixava mostrar apenas o queixo protuberante e um cavanhaque ralo. No entanto, Harry percebeu, as vestes estavam ragadas na altura do peito, e nele estavam escritos: R.A.B.

Harry se encheu de pavor, o verdadeiro R.A.B estivera naquela floresta? O R.A.B não deveria estar morto a esta altura? O rosto do conhecido tinha um olhar de pânico. Harry não sabia o que fazer, porém, resolveu voltar para a toca e buscar ajuda. Seu coração batia mais descompassado que nunca.


_Harry, onde esteve?_Perguntou a senhora Weasley ao avistá-lo.

Ele contou tudo sobre o homem morto na floresta. O Sr.Weasley e os gêmeos foram até o local.
_Vá se arrumar para a seleção de aurores, Harry, eu cuido do assunto._Disse o Sr.Weasley antes de sair de casa.




_Harry, você acha que...Pode ter sido mesmo o R.A.B que fez isso?_Hermione perguntou assim que o garoto contou a ela e Rony, no quarto._Quer dizer, pode ter sido alguém se passando por ele, não pode?
_Quem mais seria, Mione?_Perguntou Rony.
_Ah, eu não sei...Mas acho estranho, no bilhete não dizia que ele, o R.A.B, deveria estar morto quando o medalhão fosse encontrado?

Alguém bateu na porta do quarto, era Hagrid.
_Você estava onde, Harry? Nem pôde participar do enterro do canino..._Ele falou desconsolado._È melhor irmos andando, eu vou levar vocês para a seleção no ministério.

A Sra.Weasley estava com um olhar de reprovação quando os três deixaram a casa, depois de tomarem um café da manhã reforçado. Carlinhos já havia voltado para a Romênia, e Fleur e Gui haviam ido para a lua de mel no Egito.
_Eles ficaram tão preocupados de irem, mas eu os tranquilizei, afinal, Tonks e Lupin estão sempre por aqui e Hagrid aceitou em ficar aqui até as aulas começarem em Hogwarts._Disse a Sra.Weasley a eles antes de saírem.
_E Mcgonagall?_Hermione perguntou.
_Acabou de sair, pediu para dizer boa-sorte a vocês, argh, como ela pode concordar com isso? Principalmente a você, Harry.


Eles tiveram que caminhar muito sob o sol quente da manhã para poderem encontrar um lugar livre dos feitiços anti-aparatar do Sr.Weasley. Acabaram por encontrar um lugar perfeito sob um pinheiro alto e frondoso, próximo à floresta.
_Se ao menos o papai tivesse posto feitiços anti-vassouras..._Resmungou Rony limpando o suor da testa vermelha.
_Ora, como ele poderia advinhar? É bem mais razoável esses comensais aparatarem, para não se arriscarem em serem vistos. Sabe o que eu não etendo, Harry?
O menino fez que não com a cabeça.
_Por que eles não te atacaram no dia do seu aniversário, você estava totalmente desprevenido. Olhe, eu até queria ir te vigiar, mas a Mcgonagall me impediu, sabe? Ela disse que eu chamaria muita atenção na rua dos Alfeneiros e que com certeza alguém do ministério o estaria vigiando.
_Pois é, Hagrid, mas ninguém do ministério foi solicitado para guardar o Harry!_Hermione disse.
_Isso foi realmente estranho...Não sei, acho que o Arthur tem razão em se preocupar com a nomeação de Percy para ministro da magia, talvez alguém por lá queria usá-lo como bode expiatório. Quero dizer, não acho que ele tenha nada de podre, mas alguém dujo pode estar quereno se beneficiar, sabem?
_Papai falou que vai procurar o pessoal do ministério, vai dizer a eles que não caha certo um garoto de apenas vinte e um anos ser ministro, nunca na história um ministro foi eleito com menos de trinta e cinco anos...

Harry também acreditava que alguém poderia estar usando Percy de alguma forma, mas o menino tinha certeza que este estava adorando ser usado. Desde que Harry o conhecera percebera a ganância que Percy tinha em se promover a qualquer custo e assistira com estranheza o intuito e o ideal que o rapaz sempre tivera em não quebrar regras e estar sempre a disposição de qualquer professor.
_Rony, você pode segurar em mim..._Harry disse, Rony ainda não passara nos exames para aparatar.
_Não, é melhor que se segure em mim, Rony. Sou maior, sabe? Menos risco de você ficar pelo caminho.
Rony sorriu afetadamente e segurou no braço de Hagrid com força.
_Concentração, hein! Temos que aparatar exatamente na cabine de telefone! Harry, primeiro vai a Hermione...Não podemos aparatar todos de uma vez. Assim que vocês dois tiverem aparatado, daremos um tempinho, vocês nos esperarão na recepção.
Hermione cerrou os olhos e concentrou-se, então com um pequeno barulho peculiar, desapareceu.
Era a vez de Harry. Ele concentrou-se como pôde na cabine de telefone. E então, também desapareceu com um barulhinho.

PAFF, Harry caíra sobre Hermione. Na confusão, a carta que estava dobrada cuidadosamente no bolso da jaqueta da menia caiu ao chão, Harry a reconheceu instantaneamente. Levantou-se e ajudou a amiga a levantar-se também.
_Então, ele te entregou finalmente?_Harry perguntou com um sorrisinho.
_Ah, isto, ainda não li, achei sobre a minha cama hoje de manhã. De quem voê está falando?
Ela ia abrir a carta quando foi impedida por Harry.
_Melhor não nos atrasarmos, Rony e Hagrid estão a caminho. Estamos ótimos nisso, conseguimos aparatar no lugar certinho._Ele pegou o gancho do telefone e anunicou o que iria fazer.
Dois cartões com os nomes deles e escrito: Testes para Aurores foram entregues a eles. E então a cabine telefônica desceu e desceu até dar lugar a recepção do ministério da magia. Harry notou o olhar carrancudo de Hermione ao passar pela fonte tão conhecida.


Rufus Scrimgeour: Vários Suspeitos

A morte do ministro da magia, Rufus Scrimegeour, ganhou novas suspeitas na última semana com a chegada de uma carta anônima ao ministério da magia, na última sexta-feira.
Leiam a carta na íntrega:
(A carta seguinte estava escrita em caligrafia rebuscada, no entanto quem quer que a tivesse escrito, a escrevera tão rapidamente que havia muitos borrões, Harry reconhecia aquela letrinha de algum lugar).

Aos responsáveis do Ministério da Magia,

O ministro foi morto por ordens do Lorde das Trevas. Rufus havia há muito sendo um dos comensais da morte, atuando em nosso círculo. No entanto, após a morte de Dumbledore o mesmo pareceu se acovardar, e o Lorde não teve dúvidas ao ordenar matá-lo.
Dessa forma, tornamos claro a responsabilidade da morte, para que todos os bruxos e seres mágicos, compreendam que Lorde Voldemort retornou ao que era seu.
Aquele que se puser em seu caminho será aniquilado sem qualquer piedade, e é importante que o ministério colabore com o Lorde.
Todos os bruxos deverão prestar homenagens e chamar aquele-que-não-deve-ser-nomeado por Lorde Voldemort. Aquele que não se puser ao chão à passagem de um comensal será morto instantaneamente.
Bolsas de ouro e pedras preciosas devem ser guardadas em casa para futuras necessidades. Hogwarts deve ser mantida fechada. Os testes para aurores devem ser cancelados. O único exército a ser montado será do Lorde das Trevas, que a cada dia angaria mais simpatizantes.

Um dos Fiéis Comensais,

Severo Snape.

Harry parou a leitura do grande cartaz na recepção com a boca aberta. Hermione olhou aprrensiva para o garoto e fez um sinal para que eles continuassem a ler.

No entanto, apesar da carta acima, o ministério reintera que não há motivos para pânico. O exército de aurores será selecionado na próxima segunda-feira. E Hogwarts será sim mantida aberta.
Percy Weasley, o mais novo ministro de todos os tempos, deu a seguinte declaração exclusiva:
_Tenho certeza que a morte de Rufus foi algo bolado para parecer que aquele-que-não-deve-ser-nomeado está forte, todos nós sabemos no entanto que ele ainda não está em seus plenos poderes. Com certeza, com a contratação de mais aurores, este problema será solucionado, todos os comensais presos e aquele-que-não-deve-ser-nomeado preso.

Severo Snape, que assina a carta acima, seria o comensal da morte que matou Alvo Dumbledore, diretor da escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Snape, por acaso, foi professor por muito tempo e de alta confiança de Dumbledore. Snape continua fugitivo.
Além disso, a relação entre o ministro e comensais, segundo disse o ministério, é totalmente despropositada. Rufus era um ministro sério e digno, e seria um abalo a sua moral, qualquer relação com aquele que não deve-ser-nomeado.


_É a letra do Snape...Ele escreveu esta carta, Mione._Harry disse entre os dentes, tremendo de ódio. Reconhecia a letra do professor porque passara todo o ano letivo anterior lendo as anotações de Snape.
_Então ele está muito bem ao lado de V-voldemort._A menina de repente avistou a enorme fila que se formava na mesinha de varinhas._É melhor irmos andando, olha a fila.

Harry seguiu Hermione ainda lembrando-se das últimas palavras da carta de Snape. Não lera o profeta diário desta manhã, por isso não pudera saber da manchete. Snape estava bem próximo a Voldemort e queria Hogwarts fechada. Não queria aurores, se Voldemort não queria aurores, Harry daria tudo de si para ser um.
_Olha, é o Lino, lá na frente._Hermione disse apontando.
Harry acenou para o rapaz, que retribuiu com um largo sorriso. Hagrid e Rony chegaram em seguida, o olhar de Rony se deteve um pouco na carta que escapulia do bolso da jaqueta de Hermione.
_Nossa, muita gente por aqui, não?_Hagrid falou olhando ao redor.
O lugar estava realmente cheio, bruxos de todas as idades rondavam o local. Então Harry percebeu uma moça realmente bonita de pele alva e traços delicados sorrir para ele. Ela era conhecida, seu corte de cabelo, seu sorriso.
_É a Cho, Harry._Hermione disse ao menino ao perceber que ele não a reconhecia.
_Nooosssa, que gata que ela está!_Rony falou abismado.
Hermione olhou irritada para o garoto e disse:
_Ela está sorrindo para o Harry, quer falar com ele, vê se não dá nenhuma bola fora.

Então Cho chegou, seu cabelo negro e brilhante estava ainda mais radiante.
_Eu sabia que você também viria, Harry, de algum modo eu sabia!
_Ah...Eu não imaginei que viria, quer dizer, pensei que...Ah, nem sei.
_É, não tínhamos mais nos visto. Queria só te dizer que realmente lamento a morte do Dumbledore, ele era realmente um grande bruxo.
_Ah, valeu._Harry disse encarando a menina.
_Vou ficar aqui atrás de vocês, espero que todos nós sejamos selecionados.
_Meninos, eu vou dar uma palavrinha com um conhecido meu, talvez ele possa adiantar as coisas pra nós._Disse Hagrid saindo da fila.

_E a Marieta?_Hermione perguntou._O que anda fazendo da vida?
_Ah, ela...Não tenho a isto mais, a mãe foi desligada temporariamente do ministério por causa de umas coisas, então, acho que elas foram morar na Irlanda.
_Melhor pra você, que se livrou dela._Disse Rony.
_Rony, acho que a Cho gostava da amiga..._Disse Hermione baixinho.
_Bom, na verdade foi uma boa mesmo. Ela foi quem fez eu brigar com o Harry, não foi, Harry?
_Ah, não se preocupe, nem lembro mais.
Era verdade, tanat coisa acontecera na vida de Harry, que este episódio já estava praticamente esquecido em sua memória.
_E você, Harry, como vai?_Ela perguntou suspirante._Está tão mais crescido, nem parece o Harry que eu conheci.
_Ele está muito bem com a Gina, eles se dão muito bem._Rony disse muito alto.
_Bom, eu só quis perguntar..._A menina falou desconcertada.

_Meninos, por aqui..._chamou Hagrid próximo a uma porta estreita._Você também Cho.

Todos eles foram até Hagrid. Entraram na sala pequenina e abafada e se acomodaram em um sofá de couro um tanto gasto enquanto admiravam um monte de cartazes pindurados na parede. Um deles mostrava um rosto magro e cadavérico, Sirius Black. Mas este cartaz tinha sido riscado com um imenso X, como se deixasse de ser procurado. Sirius fora inocentado ainda ano passado. Tantas coisas teriam sido evitadas se Sirius fosse inocentado antes.
_O Werdainy foi meu amigo em Hogwarts, sabem? Hoje está de plantão aqui, ele irá adiantar as coisas._Disse Hagrid apresentando um bruxo de rosto levemente enrugado e vermelho, com cabelos pretos e lisos que caíam sem graça na altura dos olhos._Werd, este é Harry Potter, grande Harry, este é Ronald Weasley, sim, filho de Arthur e...Irmão do ministro da magia, esta é Hermione Granger, uma bruxa e tanto, esta é Cho Chang, adorável, não?
_Sim, são todos jovens muito bem aparentados, tenho certeza que darão ótimos aurores, principalmente você, Harry. Estamos esperando por você, todos nós._Disse o bruxo muito sinceramente._Que bom perceber que você continua muito corajoso e disposto a lutar por esta causa tão nobre.
Harry apenas confirmou com a cabeça. O bruxo pegou quatro fichas de papel e entregou uma a cada um deles com um tinteiro e quatro penas.
_Respondam o formulário._Pediu o bruxo.


Nome Completo: Harry James Potter
Estado Civil: Solteiro (Será que ainda era? Pensou apreensivo Harry)
Idade: 17 anos
Nível de Estudo Mágico: 6º ano na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Feitiços raros que consegue resistir ou conjurar: Patrono Corpóreo, Maldição Imperius e um pouco de Oclumência (Era bem verdade que Harry não aprendera o suficiente desta arte).
Consegue Aparatar? Sim
Já participou de duelos práticos? Sim
Você tem algum animal de estimação? Estaria disposto a se separar dele? Sim, uma coruja, sim, desde que pudesse deixá-la em local seguro.
Estaria disposto a se ausentar de possíveis estudos ou família? Sim
A arriscar a própria vida? Sim
A participar de todo o treinamento exaustivo requerido para o cargo? Sim
A se submeter ao Ministério da Magia? Sim (harry hesitou um pouco antes de assinar sim)
Sua asssinatura efetuará um contrato mágico, uma vez escolhido você não poderá mais voltar atrás:
Harry James Potter (Harry assinou decidido)



Harry entregou a ficha a Werdainy. Este guardou dentro de um envelope preto junto aos outros.
_Ótimo, agora a varinha de vocês.
_Você viu, Harry? Eles querem que a pessoa saiba aparatar, estou ferrado!_Disse Rony desanimado.
Os quatro entregaram as varinhas. O homem pesou, analisou e anotou tudo em uma outra ficha separada. Depois entregou as varinhas aos donos.
_Pronto, nada de filas, agora vou levá-los até o salão de espera, Hagrid, você não poderá mais acompanhá-los, pode esperar aqui se quiser.
_Eu espero, Werd, boa sorte garotos!!!_Disse Hagrid ainda com um olhar melancólico por causa da morte de Canino.

Pegaram o elevador, que estava cheia de bruxos de todas as idades e pararam no sexto andar_Seleção Para Aurores. Os quatro foram levados a um grande salão cheio de cadeiras, muitos bruxos já estavam confortavelmente acomodados, outros ainda procuravam lugares para sentar. Num palco imenso, alguns bruxos dos ministérios organizavam uma imensa quantidade de fichas.
_Bom, acho que não tem quatro cadeiras juntas, vocês vão ter que se separar.

Então Cho deu boa sorte aos três e sentou-se em uma cadeira vazia logo a frente. Hermione, Harry e Rony ainda estavam a procura de um lugar para sentar.
_Olha, lá atrás do palco tem duas cadeiras vazias._Falou Rony apontando para duas cadeiras realmente isoladas e escondidas do lado esquerdo do palco que se estendia por quase metade do salão.
*_Podem sentar vocês dois, eu procuro um lugar pra mim._Disse Harry a Rony e Hermione.
Os dois sumiram na multidão.

Harry prosseguiu então na sua incansável luta por uma cadeira vazia. Depois de dar centenas de voltas no salão, avistou uma cadeira bem de quina ao palco, próxima ao grande palco e as de Rony e Hermione. Correu o máximo que pôde e então finalmente conseguiu sentar-se antes que um bruxo alto e forte fizesse isso por ele, o bruxo pareceu bem desapontado quando Harry sentou-se. Harry iria chegar um pouco mais a cadeira de modo a poder manter contato visual com os amigos quando ouviu:
_Rony, essa carta é sua, não é?_Ela perguntou com a voz fraquinha.
Harry não conseguiu ouvir a resposta de Rony, o que foi justificável porque em seguida Hermione falou:
_Por que não responde? Se você foi capaz de fazer uma brincadeira idiota como essa, você deve ser...
_Brincadeira?_Rony perguntou._Por que acha que foi brincadeira?
_Então foi você._Ela perguntou triunfante._Você disse mesmo que queria me mostrar algo, era essa carta?
_Hum-hum._O menino respondeu acanhado.
_Mas por que você? Eu não entendo, eu...
_Mione, não tá muito claro, não? Eu g-gosto de você, de verdade.
_Você está brincando, não está, Rony?_Hermione perguntou, mas sua voz estava meio embargada.
_Não estou não, Mione. Eu percebi que realmente gosto de você, só não tinha coragem suficiente pra te dizer isso, sabe?
_Por que não teria? Você não teve coragem suficiente pra ficar com a Lilá?
_Mione, já disse que ela foi só...Um passatempo.
Hermione parecia ficar calada por algum tempo.
_E você...? O que sente por mim?_Rony perguntou, sua voz estava pausada e amedrontada.
_Bom, você sabe...Você já deve ter notado...Ano passado...Eu também sinto algo...
Pareceu ser suficiente para Rony porque a conversa terminara e o que Harry ouvia agora era tão íntimo que o menino tentou prestar atenção em qualquer coisa no salão menos no barulho que vinha do lado junto a parede do palco. Mas era praticamente impossível...



_Sonorus._Disse um bruxo do ministério apontando a varinha para a própria garganta._Sejam bem vindos todos vocês a seleção de aurores, é com muito prazer que recebemos tantos bruxos, como podem perceber, imaginávamos uma quantidade mais modesta.
E um grupo que se acomodava em pé no fundo do salão berrou de raiva.
_O mais importante não é quanto de vocês permanecerão aqui, mas que todos vocês tiveram coragem suficiente para isso. Podemos nos orgulhar, ainda há muitos bruxos valentes no mundo.
O barulho incômodo dos amigos foi cessado e Harry ouviu duas cadeiras serem afastadas até que:
_Harry!!!_Exclamaram os dois muito vermelhos.
_Que foi?_Harry perguntou, exasperado.
_Nada...Só não esperávamos encontrá-lo aqui._Mentiu Hermione.
_Eh, depois que vimos esta cadeira aí, você já tinha sumido. Nem pudemos te chamar...
_Sem problemas._Harry disse.
_Bom, os nossos selecionadores, que são aurores experientes, analisarão as fichas de cada um de vocês, e escolherão uma grande maioria para um primeira fase. Eu chamarei agora o nome dos selecionados. Os que assim forem devm vir até o palco e apanharem a medalha de seleção, em seguida deixarão o salão por esta porta aqui._Disse ele apontando para a porta à esquerda do palco.

Armando Mingg
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Cho Chang

Harry viu a bela menina subir graciosamente o palco e apanhar uma reluzente medalha com seu nome gravado. Sorrindo, deixou o salão.
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Lino Jordan

O rapaz sorriu de orelha a orelha e apanhou a medalha com um grande sinal de vitória. Harry ficou realmente feliz com a seleção de Lino. Ele seria um grande auror, mas ainda deveria haver muitos testes.
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Harry Potter, ora, ora, este era mais que esperado._O bruxo falou com um olhar empolgado._Todos estamos confiando em Harry.
Harry foi até o palco e apanhou a medalha cujo seu nome estava gravado. Ela reluzia em seu peito, Harry sorriu brevemente para os amigos quando deixou o salão.

Um grande almoço estava servido naquela sala, pratos dos mais variados numa mesa imensa. Em uma outra mesa gigante estavam sentados muitos bruxos, entre eles Quim e Tonks. Tonks veio em direção a Harry assim que o avistou, ela estava com o cabelo comprido e castanho, Harry nunca a vira mais bonita.
_Harry, eu sabia, eu pude votar, mas infelizmente não peguei sua ficha...Peguei a de um garoto chamado Lino Jordan, ele também é de Hogwarts e...Hermione, você também!
_Oi, Tonks, estou tão feliz..._A menina chegou esbaforida._Ah, agora só falta o Rony, estou preocupada que ele não sej aselecionado, a questão de ele não ter sido aprovado nos teste para aparatar, sabem?
Harry pensava a mesma coisa, mas não disse nada.
_Hagrid está sentado ali, o Werd da recepção deixou ele entrar._Tonks falou animada._Desculpem, meninos, mas vou ter que sentar com os aurores, é proíbido que a gente tenha muito contato com vocês, sabem? Por causa dos testes...
E saiu com o longo cabelo balançando.
_Ela não está bonita hoje?_Hermione perguntou sorrindo enquanto tentavam chegar até onde Hagrid havia se sentado, em três cadeiras.
_Você é que parece radiante hoje._Harry falou sonsamente._ Mas precisamente desde a solenidade de seleção...
_Harry...Bom, nada, depois eu te conto._Disse Hermione com o rosto queimando.

_Sentem-se aí, já vou embora._Disse Hagrid.
_Como assim, Hagrid?_Harry perguntou.
_Bom, vocês foram escolhidos, vão ter que passar muito tempo por aqui, não é? Eu vou embora sozinho. Onde está o Rony?
_Bom, acho que ainda não chegaram na letra R._Hermione disse pesarosa.
Ninguém tocava na comida ainda, com certeza estavam esperando um aval. Harry viu centenas de bolos de carne com passas, licor de pêssego e arroz temperado, sentiu o estômago reclamar.
_Não vai esperar o almoço, Hagrid?_Harry perguntou.
O gigante pareceu tentado, mas depois disse:
_Não posso, Molly está sozinha com Gina, Arthur veio para cá e os gêmeos já devem ter voltado para o Beco Diagonal. Vou só esperar pra ver se Rony vai ser selecionado ou não.
De repente um auror realmente velho levantou-se e disse:
_Todos já foram selecionados, podemos comer. Antes, gostaria de dar a todos minha verdadeira gratidão. Sangue novo, quer dizer desejo novo. Obrigado.

Harry sentiu um aperto no estômago, Rony não havia sido selecionado. O rapaz não participaria dos tais testes. O garoto devia estar arrasado.
_Que pena, vou encontrar o Rony e levá-lo pra casa._Disse Hagrid._Escute, Harry e Hermione, comportem-se, assim que forem reprovados em um teste é só aparatar direto na casa do Arthur, até lá ele já deve ter retirado os feitiços, caso vocês passem em todos estaremos aqui para recebê-los no final. Já vou, boa sorte.
E dando uma palmadinha no ombro de Harry e Hermione, o meio-gigante sumiu pela porta que levava ao palco.
_O Rony deve estar tão arrasado...Disse Hermione pondo as mãos no rosto.
_Eu posso sentir como ele se sente neste momento. Quer dizer, não foi nada divertido quando você e ele foram escolhidos monitores e eu não, me senti totalmente excluído.
_O melhor para ele agora é voltar pra Hogwarts, não é? Pelo menos ele pode estudar e se esforçar e conseguir passar nestes malditos exames de aparatar.
Harry não sabia se concordava ou não, a perspectiva de se separar do amigo era muito dura agora que ele se acostumara a idéia de que os dois, Rony e Hermione, ficariam ao seu lado.
_Eu sei, Harry. Sei o que você estgá sentindo, e te juro que estou sentindo o mesmo, mas...Temos que pensar no que é melhor pra ele, né?
_É claro que eu quero o melhor pra ele!_Harry falou, tocado._Só vou sentir muita falta dele, só isso. Mas quem sabe nem passamos nesses testes e aí...
_Bom, então nós três podemos não voltar a Hogwarts. Mas os testes podem levar meses, e se Rony já tiver voltado pra Hogwarts, vamos tirá-lo de lá?
_Claro que não..._Disse Harry arrasado.
_Aposto que a Sra.Weasley não vai mais deixar ele não voltar pra Hogwarts, agora que ele não foi selecionado para auror._Disse Hermione melancolicamente.
Eles terminaram a comida muito sem graça. Teria sido totalmente diferente se Rony estivesse ali com eles, mas Harry teria que superar isso, afinal, Hermione que era a “namorada” (Isso soava bem estranho na mente de Harry) dele aguentaria, por que ele não?

Olho tonto-moody entrou pela porta do salão em seguida. Foi ovacionado pelos colegas aurores. O bruxo idoso, parecia ser do tempo de Moody, pois o tratou com muito carinho:
_Tempos de verdade aqueles em que andávamos juntos atrás desses cães, hein Moody?
_Claro que sim, Rordh, você era um verdadeiro dragão na arte de apanhar esses vira-latas.
_Um pouco de licro, Moody?_Perguntou o bruxo assim que Moody sentou-se ao seu lado na mesa de aurores.
_Não, obrigado, trouxe minha própria bebida, mas acho que aceito um pastelão de rins.

Depois que todos ficaram realmente saciados, o bruso idoso tornou a se levantar:
_Hoje, já sofreram pressão demais. Irão para os alojamentos que foram preprarados para esta ocasião, e amanhã nós nos veremos novamente.

Harry e Hermione acenaram para Quim, Moody e Tonks antes de saírem com os outros. Tomaram o elevador de volta, e desceram novamente à recepção.Uma grande corda havia sido presa de uma ponta a outra do grande salão vazio.
_Bom, tudo que vocês têm a fazer é segurar na corda. Ela é uma chave de portal para os alojamentos._Explicou Werdany a todos.
Harry e Hermione tocaram na corda, e como uma coisa que o puxava pelo umbigo, ele caiu dentro de uma enorme barraca. Harry massageou o braço porque caíra emborcado por cima dele, enquanto Hermione pusera a mão no queixo.
Centenas de camas de campanha estavam armadas. A barraca era iluminada por dezenas e dezenas de lamparinas, uma para cada cama. Harry e Hermione escolheram duas camas de campanha próximas e sentaram-se. De repente os dois perceberam sua respectivas malas.
_Nossa, que impressionante! Eles nem ao menos sabiam onde íamos deitar._Hermione falou, estupefata._Mas ainda é cedo demais para dormir, o que eles esperam?
_Bom, acho que querem para a gente passar o resto do dia de bobeira e só amanhã começarão so testes..._Harry falou abrindo o malão.
Harry encontrou uma carta da senhora Weasley, Hermione tinha uma idêntica a de Harry:

Querido Harry, (No caso da de Hermione havia o nome dela)

Não sei digo que estou feliz ou triste por sua seleção. No entanto, como todos, quero desejar-te boa sorte! Espero que tudo esteja correndo bem por aí. Edwiges (Bichento, no caso de Hermione) ficará conosco enquanto for necessário.
Rony está realmente triste com a reprovação, mas está ainda mais chateado por ter que voltar à escola com Gina. Não sei quanto tempo vai durar os testes de vocês, mas lembrem-se que vocês dois tem que ir a abertura do testamento de Dumbledore, mas Arthur arranjará isto com o pessoal, não se preocupem.
Alimentem-se bem. Anexas segue a carta de Gina (Rony, no caso de Hermione).


Harry, estou realmente com saudades de você, antes mesmo de estarmos verdadeiramente longes. Bom, queria que você soubesse que te amo demais e se não apareci pra você hoje de manhã é porque estava envergonhada demais pra isso. Você me faz a garota mais feliz do mundo, sabia?
Viu como este voto irá fortalecer a nossa relação enquanto estiver fora? Se não houvesse nada entre nós dois, poderíamos simplesmente esquecermos um ao outro, agora não tem como.
Desejando que você vote logo pra casa, isso não quer dizer que você deve ser reprovado.
Gina.
PS: Que bom que a Mione está aí com você, ela ficará de olho na Cho por mim, Rony me contou. Se bem que agora não há mais necessidade, viu só? Poupa desconfianças e ciúmes.

Era verdade. Harry estava realmente feliz por ter feito aquele voto, neste momento. Ter visto Cho tão bonita fizera ele sentir algo estranho. Talvez voltasse a perceber que Gina não era a única menina no mundo. E como ele nunca queria traí-la ou fazê-la sofrer, mas não estava tão certo que poderia se segurar em certas ocasiões, a melhor coisa que Gina havia feito fora este voto com ele. Agora ele se sentia mais seguro, até tranquilo. Gina era a pessoa que ele deveria ficar para todo sempre porque fora a primeira garota da vida dele e apesar de não lembar-se muito bem de tudo e sentir-se culpado, ele não poderia deixar-se de lembrar que fora muito bom no momento.
_E então, quer ler a carta da Gina?_Harry perguntou.
_Ah, não...Você por algum acaso estaria interessado em ler a carta de Rony?
_Sim, vou passar bastante tempo sem vê-lo, né?_Era só meia verdade, ele também queria dar uma olhadinha a que pés estariam os amigos.
Hermione parou avaliando-o, depois disse muito acanhada:
_Eu e o Rony estamos...Bem, nós estamos...Namorando!
Harry sorriu, e Hermione fez uma cara realmente estranha ao ver o imenso sorriso que enfeitava o rosto de Harry.
_Que foi? Por acaso isso soa ridículo? Eu e o Rony? O Rony e eu?
_Não, é que vocês já deveriam ter iniciado isso há séculos!
_Você acha mesmo?_Ela perguntou._Bom, agora que já sabe, toma a carta.

Não havia nada de muito importante na carta, além de declarações de amor. Eram tão melosas e fajutas, que Harry teve vontade de vomitar. Rony era horrível para escrever cartas, talvez fosse porque não tivera muito tempo com esta, demorara séculos para escrever a outra.

Hermione e Harry deixaram a barraca acompanhados por Lino e Cho. Harry nunca vira nada parecido, estavam num deserto no meio do nada.
_Gente..._Hermione começou hesitante._Vocês não acham estranho que o ministério não tenha posto cadeiras suficiente pra todos?
_Bom, nada estranho._Cho falou._Eles devem ter pensado que todos iram se acovardar.
_Não, mas eu quero dizer, por que uma nota tão minúscula no jornal? Parecia que eles simplesmente queria que desse o mínimo de pessoas possível.
_Bom, Mione, mas até que eles escolheram sem muitos problemas, não era pra gente estar aqui, nós nem terminados Hogwarts ainda.
Hermione pareceu sem argumento e calou-se, mas seu rosto ainda conservava uma expressão intrigada.
_Acho que não tem nada pra gente ver aqui além de umas boas cascavéis, é melhor a gente voltar pra barraca._Disse Lino limpando o suor da testa com a manga._Lá está bem mais agradável.

Como era ainda muito cedo, Harry e os amigos se arrumaram como puderam em torno de uma pequena mesa que encontraram na barraca. Eles estavam sentados no chão e tinham os braços largados sobre a pequena mesa.
_Olha, só tem cinco bruxos do ministério por aqui._Hermione notou, preocupada.
_Acho que os outros estão preparando nossos testes.Cho disse entedeada olhando para as unhas.
_Quanto tempo acham que vamos ficar por aqui?_Lino questionou.
_Não faço a mínima idéia, mas espero que por pouco tempo, esse lugar não é meuito agradável._ Harry disse olhando ao redor.

Dezenas de bruxos conversavam com as mesmas expressões duvidosas de Harry e os amigos. Então Harry ouviu barulhos de pessoas desaparatando, muitas delas.
_Devem ter chegado, o pessoal do ministério._Disse Harry levantando-se e tirando a poeira das calças com a mão.
Todos os bruxos que conversavam, calaram-se e olhavam interessados para a porta da cabana. Os bruxos do ministério se entreolharam, apreensivos.
Hermione segurou o braço de Harry, as mãos dela estavam suadas. Harry não compreendia a expressão da amiga e dos funcionários do ministério.
Então um homem alto, vestido de negro, com um capuz que lhe cobria parcialmente a cabeça, entrou na grande de barraca, a passos lentos. Harry levou a mão à varinha, aquele definitivamente era um comensal da morte. Atrás do comensal adentraram muitos outros, todos com a mesma expressão maligna.
_Deve ser um jogo._Lino disse, sorrindo._Querem que a gente pense que eles são comensais.
_É verdade, Lino._Disse Cho mais aliviada._Querem nos testar.
Mas Hermione já tirara a varinha e a colocava em punho. Ela não parecia acreditar nem um pouquinho que aquilo fosse apenas um teste...

Um dos bruxos do ministério se adiantou, a varinha na mira do líder dos invasores. O rosto do funcionário tremia como uma gelatina quando sacudida, mas seus olhos estavam firmes no peito do homem que tinha um pequeno sorriso nos lábios. O funcionário abriu a boca para falar algo, mas imediatamente o invasor conjurou muito friamente a maldição imperdoável, Avada Kedrava.
_Zeutren, e ainda pertenceu à Sonserina, que desgosto!_Disse o comensal antes de cuspir no corpo do outro que jazia sobre o chão.
Gritos sinalizaram que todos que estavam ali já haviam se dado conta de que aquilo não era apenas um teste. Os outros bruxos do ministério tentaram reagir, mas foram imediatamente mortos por outros cinco comensais de vestes mais pomposas que a dos outros como as do líder.
Houve um grande correria, todos que estavam ali correram para o canto da barraca esmagando Harry, Hermione e os outros contra a parede de lona.
_Por...que...Eles...Simplesmente não aparatam?_Cho perguntou, esganiçada.
_Não dá, acho que puseram feitiços antiaparatação aqui..._Hermione falou enquanto era esmagada por um rapaz duas vezes maiores que ela.
Harry se desvencilhou de todos que o prendiam e deixou-se aparecer na frente dos comensais que estavam chutando os corpos inertes dos bruxos do ministério.
_Então estes eram os comensais que o ministério iria contratar? Pensei que fôssemos encontrar bruxos fortes aqui..._Então os olhos dele se encontraram com os de Harry que acabara de sair da multidão._ Harry Potter, sim, o grande auror do ministério, faz-me rir.
Harry sentia gotas de suor molharem o rosto, uma enorme fenda havia sido aberta na parede de lona por onde muitos bruxos aterrorizados fugiam.
_Então o Harry Potter gostaria de ser um auror?_Debochou o comensal, sua voz continha uma familiaridade longe com alguém que ele já conhecia.

Hermione juntou-se a Harry, seus cabelos espessos estavam lisos de suor, os dedos apertavam com tanta força a varinha que estavam brancos e sem uma gota de sangue aparente.
_E a trouxa de sangue-ruim..._O comensal disse num suspiro._Teremos muita diversão hoje.
Harry não conseguia nem ao menos abrir a boca, seu olhar estava fixo nos comensais. UM deles puxou a veste do líder e disse:
_Eles estão fugindo pelo buraco da lona, o que faremos?
_Que fujam, são muito covardes, não valem a pena._O líder disse empurrando o outro e concentrando-se em Harry._Então, Harry...
O garoto sabia que precisaria de tempo se quisesse continuar vivo, por isso não fez objeção às voltas que o comensal dava em torno dele.
_Deve estar se perguntando por que eu não o mato logo, não?
Harry baixou o olhar.
_É claro que não vou te responder!_Disse em meio a uma gargalhada._Locomotor mortis!

Harry não poderia movimentar as pernas. Ele viu Hermione olhar apreensiva para a maioria dos bruxos que deixava a barraca. Que grandes aurores eram eles...
_Vamos dar uma voltinha, Harry...._O comensal falou._Mobilicorpus!

Harry simplesmente sentiu algo lhe puxar e começou a mover-se contra sua vontade em direção ao lado de fora da barraca. Antes que que o comensal o levasse para fora, contudo, Hermione corajosamente conjurou:
_Impedimenta.

O feitiço antigira o líder dos comensais e Harry pôde voltar ao normal. Ele sabia que deveria fugir, mas seria considerado um grande covarde se fizesse isso. Ainda havia alguns bruxos a assistir a cena, eles ao verem que Hermione reagira, também movimentaram-se, conjurando inúmeros feitiços ao mesmo tempo. Os outros comensais esqueceram-se de Harry e começaram a lutar contra Hermione e os bruxos. A diferença entre os comensais e os candidatos era de 3 para 1, respectivamente.

O líder dos comensais deixou o capuz lhe cair sobre as costas. Era um homem louro e magro, Harry não o conhecia, mas havia uma leve familiariedade em seu rosto.
_Expelliarmus._Harry berrou antes que o comensal pudesse se recompor.

A varinha do outro de madeira negra colonial e muito comprida veio às mãos de Harry. Ele a colocou no bolso enquanto imaginava o próximo passo. Dessa vez não iria aplicar nenhuma maldição imperdoável, cujo não fosse o fato de o ministério estar realmente decadente, ele provavelmente tivesse levado um processo, dessa vez ele agiria como um verdadeiro auror.
_Estupore._Harry berrou e em seguida conjurou um outro feitiço: _Enjaulius.

O comensal foi preso numa enorme jaula, mas não havia a menor necessidade, ele estava completamente apagado. Harry o deixou de lado e foi ajudar os amigos que lutavam contra três cada. Hermione tinha um grande corte no rosto, mas acabara de estuporar dois comensais. Eles caíram no chão desnudando o rosto, eram tão jovens quanto Harry, mas o menino não o conhecia de Hogwarts, provavelmente estudaram em Durmstrang.


Os outros comensais simplesmente tentavam matar os outros com Avada Kedrava, mas não parecia surtir efeito. Harry lembrou-se uma vez que Moody dissera que era realmente difícil conjurar este feitiço. Então, desistindo dele, os comensais partiram com feitiços de tortura.

Lino estava caído no chão, contorcendo-se de dor sobre o olhar de três comensais que se revesavam para aplicar o feitiço. Hermione dançava sem parar à moda de um tarantallegra e Cho estava caída sem sentidos no chão enquanto os comensais conjuravam cordas para amarrá-la. Vários outros bruxos estavam sendo mortos por cinco comensais de vestes tão pomposas quanto as do líder. Harry conseguia divisar os corpos caídos, no chão e os jatos verdes.
_Finite Incantatem._Harry bradou e Hermione saiu no chão, exausta.

Em seguida o rapaz lançou um feitiço estuporante em um dos três comensais que largaram Hermione e avançavam sobre ele. O bruxo caiu demonstrando um rosto jovem.
_Veritas._Berrou o companheiro do comensal.

Harry sentiu dois ganchos furarem-lhe o peito, bradou de dor, mas não havia sangue em suas vestes, mesmo assim caiu no chão segurando o tórax. Hermione conjurara, com as forças que ela conseguiu reunir, uma grande bola de energia que atingiu os dois comensais ainda de pés, fazendo-os cair. Em seguida os petrificou.
_Harry...Você está legal?_Ela perguntou se ajoelhando._Este feitiço é magia negra.

Apesar de ainda sentir muitas dores no peito Harry levantou-se e junto com Hermione, lutaram contra os bruxos que torturavam Lino. Acabaram por derrotá-los, Lino estava muito mal. Um fio de saliva caía-lhe da boca e ele murmurava coisas que não se podia entender.
Cho, estava amarrada e largada sozinha em um canto, os outros comensais voltavam-se contra Harry e Hermione, com exceção dos de vestes pomposas que ainda matavam os outros bruxos que tentavam lutar contra eles em vão.
Os bruxos que lutavam contra ele não eram experientes, deviam ser jovens como os outros, porque lançavam feitiços previsíveis e bobos. Harry com um simples impedimenta e feitiços estuporantes conseguiu paralisá-los. No final, os comensais fazim um grande círculo caídos ao redor de Hermione e Harry.
Mas não eram só os comensais que estavam caídos, não havia nenhum bruxo candidato em pé além de Harry, Hermione e um jovem bruxo de cabelos cor de palha...Além de Colin Creevey.
Harry não conseguira imaginar como não tivesse prestado atenção no menino antes na barraca ou então no dia da seleção, como não havia ouvido o nome do garoto? Talvez por causa do barulho que estava naquele dia...

_Harry, vamos ajudá-lo..._Hermione falou, puxando-o pela camisa.

Correram até os comensais que tentavam atingir Colin enquanto este se esquivava e tentava lançar-lhes feitiços estuporantes ou mesmo desarmá-los. Estes, antes que nem mesmo Harry e Hermione conseguissem ficarem muito próximos, lançaram jatos vermelhos, Harry esquivou-se, mas Hermione foi acertada em cheio no peito, caindo, estatelada. Um dos comensais pomposos aproximou-se da menina e preprarava-se para atingi-la, certamente com o feitiço fatal, quando Harry foi mais rápido e berrou impedimenta. Nesse meio tempo outro bruxo atingiu Harry com um feitiço paralisante e Collin pôde animar Hermione com um enevarte. Mas mal a menina havia se levantado e já havia caído no chão com um cruciatus que a fez guinchar de dor, enquanto Collin finalmente fora acertado com um feito estuporante.
_Matem os dois..._Berrou o comensal que havia sido enfeitiçado com o impedimenta._Os dois trouxas, agora.
Então, quando Harry pensou que veria Collin e Hermione morrerem na sua frente, quando seu coração simplesmente parou de trabalhar, um ser vestido com trapos brancos e com o rosto obscuro por uma máscara de madeira muito tosca, abriu passagem pelo buraco da fenda e roubou a atenção dos comensais.
_Que Dia...?_Disse um, preparando-se para lutar contra o estranho.

Mas o estranho fora mais rápido e acabara de estuporar um deles. Hermione e Collin foram imediatamente esquecidos. Todos os quatro comensais ainda de pé virararam-se para lutar contra o estranho, que assim como Collin procurava correr por entre os corpos caídos no chão, para ganhar tempo, os comensais corriam atrás dele.
Hermione respirava com dificuldade, lágrimas se desprendiam de seus olhos, mas ela conseguiu levantar-se e pôde reanimar Collin. Em seguida ela se aproximou de Harry e disse:
_Finite Incantatem.
Mais uma vez o rapaz se levantou, as pernas quase dormentes. Ele visualizou os comensais correndo atrás do estranho para fora da barraca.
_Devíamos ajudá-lo..._Harry falou.
_Não, Harry, melhor a gente prender os comensais que estão aqui em gaiolas como você fez, para o caso deles acordarem. Eu não sei quem é este estranho, mas acho que o melhor que podemos fazer, não temops chances lutando contra estes comensais no meio do deserto.

Então Harry, Collin e Hermione prenderam os comensais desacordados em enormes jaulas como as do líder. E, imediatamente soltaram Cho das cordas que a prendiam e a reanimaram. Ela parecia um pouco tonta, mas estava bem. Eles a fizeram deitar em uma das camas de campanha. No entanto, Lino não parecia nada bem quando eles o deitaram, não conseguiram fizerem fazê-lo ficar lúcido. Ainda tiveram de reanimar e colocar bandagens em outros bruxos.
O mais triste para os meninos foi lidar com os inúmeros corpos de bruxos mortos que jaziam pelo chão. Em quanto Harry olhava desolado para os corpos de bruxos jovens e adultos, todos com caras espantadas, ele visualizou pelo buraco da parede de lona uma imensa marca verde no céu, a marca negra.
_Será que aconteceu alguma coisa com...?_Hermione perguntou, olhando o céu plúmbeo lá fora, num escuro constrastrante com a caveira verde.

Harry não respondeu, acabara de escutar dezenas de barulhos de pessoas aparatando novamente. Levou a mão mais uma vez à varinha, mas relaxou ao ver entre tantos outros rostos, as faces conhecidas de de Tonks e Quim.
_Harry, nós viemos assim que soubemos..._Tonks disse preocupada olhando ao redor._Pensei que o encontraríamos...Morto você e todos.
_Você pode nos contar tudo o que houve o mais rápido possível, Harry?_Quim perguntou, sua expressão era de intenso terror ao ver a situação em que a barraca se encontrava.
_Por que não vieram antes?_Harry perguntou antes de responder qualquer coisa.
_Harry, os bruxos que conseguiram fugir não conseguiam aparatar no intenso calor que fazia fora da barraca, na verdade nós recebemos um chamado anônimo e tivemos que esperar uma decisão do ministério para montar uma comitiva para vir averiguar...Você sabe, o ministério está um caos desde que o filho do Arthur assumiu...Ele simplesmente impôe normas pra tudo...
_E os que conseguiram fugir, onde estão?_Harry perguntou.
_Nos separamos em duas comitivas, a outra deve estar à procura deles no deserto e nós viemos para cá, esperando encontrá-los todos mortos, mas graças a Merlin...
_Roywer, por favor, certifiquem-se que estes comensais estejam bem presos._Quim ordenou._Tonks, você trouxe a pena de repetição rápida? Precisamos do testemunho do Potter, Hermione e deste rapazinho...
_Collin Creevey, senhor._O menino apressou-se em informar.

Os três juntos contaram tudo o que sabiam, inclusive a parte do estranho vestido em trapos. Quim e Tonks pareciam realmente curiosos sobre o estranho, mas Harry tinha quase certeza que fora o mesmo que ele visualizara de relançe no cemitério próximo à rua dos alfeneiros.





24 mortos, 23 feridos e 09 candidatos desaparecidos no tumulto ocorrido sob o olhar míope do ministério




Do total de 180 selecionados para os testes de habilidades para o cargo de auror no ministério da magia, apenas três conseguiram ficar de pé ao final do tumulto, embora com muitas escoriações pelo corpo.
A tragédia ocorreu na tarde de ontem, quando apenas cinco funcionários do ministério se reversavam para fortalecer a barraca onde estavam alojados os cento e oitenta selecionados. Segundo relatam os três jovens que conseguiram vencê-los com o auxílio de um estranho, os comensais eram mais de duzentos e em sua maioria muito jovens. Talvez por causa da inexperiência tenham falhado em dizimar todos os candidatos a aurores.
“Acredito piamente que a intenção destes comensais seria acabar com todos os nossos aurores e assim enfraquecer a base do ministério. Acreditamos também que aquele-que-não-deve-ser-nomeado esteja montando seu próprio exército, devido à quantidade de comensais jovens. Acreditamos que ele estja buscando estes bruxos principalmente fora da Grã-Bretanha.” Afirmou Percy Weasley, ministro da magia, enfático.
Os três jovens que conseguiram vencer os comensais eram Harry Potter, Hermione Granger e Collin Creevey, todos nem ao menos terminaram a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Eles destacaram como os colegas foram fortes e lutaram contra mais de dois comensais cada um, e mesmo que tenham sido derrotados no final, foram indispensáveis para o resultado final.
40 comensais ficaram gravemente feridos, 37 foram pêgos pelos jovens selecionados e presos pelo ministério e os outros continuam fugidos ou então, desaparecidos pelo deserto. O ministério tentou extrair dados dos comensais por meio de veritaserum, no entanto, a poção não surtiu efeito, devido talvez a alguma magia muito negra e rara que aquele-que-não-deve-se-nomear tenha conjurado em seus “fiéis”.

_Collin, como foi que eu não o vi na cerimônia de seleção?_Harry perguntou para o menino, enquanto olhava as figuras dos bruxos mortos e a marca negra no céu no profeta diário.
_Ahh...Eu fiquei lá atrás, Harry. Fui chamado por último...É que primeiro eles escolheram os cento e oitenta selecionados, mas um desistiu e então eles resolveram me chamar...
_Mas Collin, você também não sabe aparatar, sabe? O Rony não foi chamado por isso e...
_Eu sei, Harry._O menino falou, olhando para o chão._Você não soube o que houve...O que fizeram ao meu pai, soube?
_Não.
_Eles o mataram, Harry._O menino disse, o queixo tremendo._ Eu, o meu pai e meu irmão Dennis estávamos no Beco Diagonal, fumos ao correio-coruja entregar a carta de confirmação de matrícula para Hogwarts. Então vimos aqueles dois grandalhões que acompanhavam o Malfoy...
_Crabbe e Goyle._Harry supôs.
_Sim. Eu perguntei a eles se já haviam enviado as cartas deles e eles me responderam que não queriam mais voltar para aquela escola maldita...É claro que eu e o Dennis respondemos à altura e ele nos conjurou uma maldição tarantallegra, papai que sempre teve o sangue muito quente quis fazê-los parar a força...Então eles disseram que odiavam trouxas e que meu não deveria estar ali e logo o mataram. Então aparataram e ninguém quis depor contra eles...
_Eles foram pêgos na casa do Rony, você soube?_Harry perguntou para consolá-lo.
_Soube. Bem, então eu e o Denis fomos morar com o professor Filtwick numa casa em um lugar bem frio, fora do Reino Unido. Não sei dizer bem onde fica, mas se chama Strawfirky Prondhous. O professor fica lá durante as férias. Eu estava muito revoltado e ele queria que eu canalizasse isso para alguma coisa, a minha raiva. Passou a me ensinar tudo o que podia para que eu virasse um auror e assim pudesse vingar meu pai. Denis também aprendeu bastante, mas ainda não tem idade, vai voltar a Hogwarts. Eu agora já sei até aparatar, não com muita precisão, mas sei.
_Mas não é proibido?_Harry perguntou.
_Não fora do Reino Unido onde eu treinava. Mas não vou usar aqui até eu ter idade suficiente. Só coloquei no formulário para que isso ajudasse no meu currículo.
_Collin, sinto muito pelo seu pai..._Harry falou dando um tapinha no ombro do amigo enquanto observava Hermione ajudar uma enfermeira a cuidar dos últimos bruxos que ainda estivessem doentes.
_Meu pai ficaria realmente feliz em saber que eu fui um auror, como você, Harry.
_Você fez um grande trabalho. Por que não me procurou durante o almoço ou mesmo depois que chegamos na barraca ontem?
_Bom, estava meio receioso. Não sei como você estava se sentindo agora...

Harry sabia que ele se referia a Dumbledore, como não queria tocar neste assunto, despediu-se de Collin e foi ajudar Hermione e a enfermeira com os doentes. Lino, apesar de ainda parecer um pouco atordoado, já conseguia se comunicar e se alimentar. Um dos mais graves havia sido removido para o St.Mungus, com um osso atravessado no pulmão que o impedia de respirar. Os outros que continuavam na barraca tinham apenas derimentos simples ou ainda estavam nervosos e atordoados.
A enfermeira pediu que Harry levasse copos de sucos refrescantes de alho com menta aos pacientes. Harry pegou a bandeja ignorando o odor forte e penetrante da bebida e foi de cama em cama servindo. A maioria reclamou. Lino, mostrando uma grande melhora, até conseguira derrubar “sem querer” seu copo. Harry reparou os cacos com um feitiço, mas não havia nada a fazer com a bebida e como o números de copos estavam contados e Lino insistiu que já se sentia suficientemente refrescado, Harry passou para cama seguinte, a de Cho.
_Oi, Cho. Vim trazer esta bebida a você, foi a enfermeira que mandou...Diz que repõe
o líquido do corpo e..._Harry falava normalmente enquanto colocava o copo ao lado da cama de Cho.
_Harry, você está tão mudado..._A menina disse jogando uma madecha negra por cima do ombro.
_Bom, você também e...
_Não, não fisicamente._A menina disse, dando o primeiro gole e quase vomitando._Eu quero dizer que você parece mais maduro e sério do que quando a gente se conheceu. Não que eu ache isso ruim, mas tenho medo do que você possa virar, Harry. É coisa demais para uma mente, eu não aguentaria.
Harry não respondeu e a menina tomou todo o resto da bebida de vez, para fazer uma expressão horrível logo depois. E deitar-se com o rosto muito pálido.
_Ãh, você está bem?_Disse Harry se aproximando.
_Acho que preciso ir ao banheiro..._Ela falou fazendo força para levantar-se.

Harry a segurou pela mão até que ela descesse da cama. Ela estava vestida com uma camisola de seda e chinelos. A menina então fazia o caminho até o banheiro sozinha quando parou. Harry foi até ela:
_O que houve?_Ele perguntou.
_Tô muito tonta...Acho que vou....
Harry a segurou em seus braços com medo que ela desmaiasse ou coisa parecida. A menina fechou os olhos, Harry olhava apavorado para a face lívida da garota quando esta reabriu os olhos. E o olhar dela não era de alguém que se sentia mal, era de uma moça bela e que queria ser beijada por Harry. O seu rosto perfeito estava ali a poucos centímetros do dele, mas o rapaz não iria fazer isso, por duas razões muito fortes. Soltou a moça e recompôs-se.
_Então...Eu vou lá, obrigada, Harry._A garota falou indo em direção ao banheiro.

Mais de cinquenta homens haviam sido recrutados para fortalecerem a enorme barraca. Todos os doentes já haviam tido alta e estavam prontos para os testes de habilidades. Fora anunciado que Percy Weasley em pessoa estaria na barraca para lhe dizer quais viriam a ser as provas. E no dia marcada, escoltado por dez aurores, Percy chegou na barraca. Seus cabelos estavam muito bem escovados e ele vestia uma espécie de jaqueta verde e uma calça folgada que tinham a intenção de chamarem a atenção e demonstrar nobreza, Harry não conseguia imaginar como alguém em sã consciência pudesse vestir algo assim. O rapaz, se fosse possível, parecia com um ar ainda mais presunçoso. Harry sentiu um enorme ódio dele. O Percy que sempre seguia as regras, o Percy cachorrinho do poder, O Percy que desacreditava Dumbledore, o Percy que renegava a própria família, agora era ministro da magia. E o poder estava cheio de gente assim. Harry pensou para si mesmo que demoraria muito a ver um ministro da magia decente. Dois ministros mortos, os dois incompetentes e covardes, agora mais um encheria a lista.
Percy Weasley passou galantemente pela barraca e se posicionou no fundo dela, de modo que pudesse olhar cada um dos bruxos que estivessem ali. Seus olhos pararam por um segundo em Hermione, Harry percebeu a expressão confusa da amiga que não sabia se retribuia carinhosamente o olhar ou não. Em seguida se detiveram em Harry, e fosse ou não impressão do garoto, parecera um olhar de muito rancor.
_Muito boa tarde a todos vocês._Disse Percy num tom de voz alto, mas não alegre, como se estivesse apenas seguindo um discurso preparado há séculos._É com muito prazer que vos recebo aqui. Todos você, cento e oitenta grandes bruxos...
_Somos apenas noventa agora, senhor._Lino o corrigiu._Dos mais de cem que fugiram na ocasião, poucos retornaram.
Percy murmurou um obrigado inaudível e reiniciou se texto do ponto que parou:
_Noventa grandes bruxos, que só de terem sido selecionados já têm um grande potencial. Vocês sabem que apenas cinquenta se juntarão ao ministério e..._Percy disse mais algumas baboseiras até voltar a um tópico interessante na visão de Harry._Os testes de habilidades foram renovados para este ano. Serão inteiramente novos, não têm nada a ver com os testes anteriores, pois caracterizam a situação atual que o ministério vem passando. Hoje é sete de setembro dia da abertura oficial dos testes. Amanhã, dia oito, vocês prestarão o primeiro teste: O de agilidade e Contra-feitiços. Dia 10, vocês realizarão o segundo, Transfiguração e Disfarces. Dia 12, realizarão o terceiro, Poções ordinárias e raras. No dia 14, habilidades mágico-físicas e no dia 16, realizarão o último e mais importante, o de sobrevivência e inteligência sob adversidades.
Harry viu a amiga respirar fundo, como se estivesse perguntando a si mesma se seria capaz, ela também tentava anotar tudo o que Percy dizia em um pedaço de pergaminho. Collin olhou esperançoso para a própria varinha na mão, Lino parecia preocupado e Cho um pouco intrigada.
_Boa sorte a todos vocês. No dia dezessete haverá um grande almoço e então vocês irão partir para as casas de vocês, primeiro terão de voltar ao ministério para assinar algumas papeladas. No dia 20 os resultados chegarão às residências de vocês e no dia 25 vocês já estarão tendo o primeiro dia de treinamento. O treinamento durará cinco dias, sendo que no dia primeiro de setembro vocês já serão aurores empossados pelo ministério e com as primeiras missões a que forem designados. Os calendários contando tudo o que falei agora serão entregues a vocês. É só, adeus.
E saiu sem mencionar mais nada sobre as mortes terríveis ou sobre qualquer outra coisa. Hermione amassara o pedaço de pergaminho e jogara no chão com violência

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