Fatos e Boatos



- Capítulo Dezessete -

Fatos e Boatos

Harry mal podia acreditar que estava vivo e em companhia de seus amigos. Jogou-se extasiado sobre o macio tapete do Salão Comunal e tentou esquecer todo o alvoroço que presenciara nesses últimos três dias. Refletia para si mesmo a capacidade que possuía de arrumar tantas confusões em tão pouco tempo, seus primeiros dias de aula. Nunca prestara tão pouca atenção às aulas, nunca estivera tão desligado do seu mundo, Hogwarts, e com a cabeça viajando por assuntos que deveriam ser particulares ao ministério e a seus aurores.

Sentiu um fardo cada vez mais forte cair sobre seus ombros, e o sinal de um cansaço permanente pousar sobre seus olhos. Estava quase dormindo quando ouviu o estalo de algo batendo na janela. Com esforço arqueou suas pálpebras e de onde estava tentou avistar a fonte daquele estalo perturbador, a única coisa que viu foi uma pena desaparecer em uma queda suave do outro lado da janela.

Com raiva levantou-se e marchou apressadamente em direção a fonte do ruído. E lá estava Errol caído sobre o parapeito da janela, por sorte não despencara da tamanha altura da Torre da Grifinória e chocara-se com a sempre verde grama de Hogwarts. O garoto abriu a janela com cautela e puxou a coruja para dentro do salão comunal, uma carta estava amarrada à sua perna.

Oh, Harry, fiquei tão preocupada! Por que vocês foram inventar de se meter com as coisas do Ministério? Isso não é assunto para garotos da idade de vocês. Dou graças a Deus por estarem vivos. Muito obrigada por salvar o meu Roniquinho e minha querida Gina. Estarei grata eternamente por sua tremenda valentia. Dumbledore mandou-me avisá-lo que não se preocupe por sua ausência nos dias que prosseguem. Disse-me também que é para avisá-lo que pratique Oclumência enquanto ele não estiver no castelo. Agradeço novamente por seu socorro a meus filhos e à menina Hermione, não sei o quanto sofreria se soubesse que algum de vocês está ferido.

Boa Noite!

Molly Weasley.

Harry sorriu ao terminar de ler a carta enviada pela mãe de Rony. Pelo que a caligrafia alertava, a carta havia sido escrita com rapidez, sem muitos caprichos, e há poucos instantes. Errol dessa vez se superara; pela primeira vez desde que Harry a conhece, a coruja entregou a carta no dia em que o seu remetente a enviou. Merecendo méritos por tamanha bravura, o garoto guiou-se ao seu dormitório a procura de algum alimento para a anciã e exausta coruja. Deixou seus amigos ali mesmo, deitados sobre o tapete; mesmo que Harry quisesse, eles não iriam acordar tão rápido.

Foi até a sua parte do dormitório e apanhou um saco de bolinhos de chocolate que a Sra. Weasley fez e o entregara antes de embarcar no trem. Errol negou os bolinhos; mesmo estando com fome parecia estar acostumada a comer apenas esse tipo de bolinhos. Piou baixinho e, desaparecendo por uma janela aberta, voou para o corujal.

Saindo silenciosamente para não acordar nenhum de seus companheiros de quarto, Harry chegou ao Salão Comunal. Não podia deixar seus amigos dormirem ali, então arrastou-os um a um em direção a confortáveis poltronas próximas ao fogo da lareira e ali acomodou-os. Sentando-se também em uma dessas poltronas, adormeceu observando o sono perturbado de seus amigos.


O belo canto dos pássaros anunciou a chegada de mais uma bela manhã nas propriedades de Hogwarts. As árvores balançavam seguindo o ritmo dos ventos e o sol iluminava toda a extensão do terreno com uma forte luz dourada, que banhava todo o lago e fazia do mesmo um belo espelho de prata.

Harry, porém, não estava acordado para se deliciar de toda esse beleza matutina. Estava mergulhado em sonhos com a mente ligada em todos os recentes acontecimentos em sua vida. Sentia-se confuso e cada vez mais preocupado com que Voldemort poderia armar a qualquer hora contra ele e Dumbledore. Lembrava-se dos momentos passados em Azkaban e refletia consigo mesmo o porquê de Dumbledore ausentar-se de Hogwarts por algum tempo. Será que teria acontecido algo a mais na noite anterior?

Um frio gélido invadiu o salão comunal quando um garoto gorducho abriu a janela com cautela. Depois se virou em direção a Harry, e sacudindo-o falou:

- Harry! É bom você se levantar logo senão perderá as primeiras aulas.

O garoto virou o rosto ao sentido contrário de onde veio a voz do menino gorducho e fingiu não ter ouvido nada.

- Harry! É melhor você não perder mais nenhuma aula... - escutou a voz de Neville atormentá-lo mais um pouco.

- O que é? Será que ninguém mais pode descansar em uma bela manhã de sábado? - dizia esfregando os olhos e se surpreendendo com o que disse.

- Sábado? Ainda estamos em uma quinta, Harry! Acorde-se... Hermione e Rony levantaram-se agora a pouco e desceram para o Salão Principal - Neville informava ao garoto. Ouvindo isso Harry levantou-se de imediato e, sem nem ao menos escovar aos dentes ou trocar de roupas, desceu às pressas para o Salão Principal.

Ouvia a conversa dos alunos deliciando-se com a maravilhosa comida de Hogwarts, aproximou-se vagarosamente e viu Rony e Hermione, com rugas sob os olhos e com uma aparência exausta, sentados lado a lado e comendo um pão de abóbora. Harry caminhou em direção a mesa da Grifinória, e logo se arrependeu. Centenas de pares de olhos miraram o garoto, ou melhor, a sua roupa. Havia esquecido completamente que não trocara de roupa desde o dia anterior e que a mesma encontrava-se enlameada e totalmente coberta de pó. Presenteando os observadores com um olhar furtivo sentou-se em um lugar vazio ao lado de Hermione, sorriu e falou:

- Ainda bem que não ocorreu nada demais com vocês. Espero que me desculpem por eu ter posto vocês em risco outra vez - dizia olhando para os colegas. Rony virou o rosto e fingiu nada ouvir, Hermione encarou Harry e respondeu:

- Lógico que eu desculparei você! Não haveria motivos para não perdoá-lo. - e nisso lançou um olhar desafiador a Rony - Só quero que me explique tudo que aconteceu naquela noite! Não consigo me lembrar de nada além da hora em que pus os pés no solo de Azkaban - dizia a garota alisando a testa levemente. Rony distraia-se com uma jujuba alaranjada.

- Bem, na verdade não chegamos primeiro à Azkaban. Ali era algo como um território antes do portão que leva a verdadeira prisão de Azkaban - e nisso Harry empenhou-se em contar em detalhes tudo que acontecera com ele: como Voldemort tentara se defender do gigante estupefaça, como fugira da cela, como Rabicho pulara em sua frente para salvá-lo e como voltaram em segurança para Hogwarts. Hermione escutou tudo em pleno silêncio e quando Harry se calou ela olhou-o dos pés a cabeça e disse:

- Harry! Você está imundo. Vá logo tomar um banho porque não podemos perder mais nenhuma aula. - disse observando o garoto, que logo ficou vermelho e tentou disfarçar a desastrosa mancha em seu uniforme escolar. Hermione pôs a mão no queixo do garoto e levantando-o a alguns centímetros colou os seus lábios na bochecha de Harry, depois disso sussurrou: Esperamos você na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas - e nisso virou-se e saiu junta a Rony e Parvati em direção à sala de Miva Willa.


Três dias já haviam se passado desde que Harry e seus amigos voltaram de Azkaban e ninguém anunciava saber o menor sinal do paradeiro de Dumbledore. Os professores insistiam em dizer que ele estava na Bulgária no Congresso Internacional para Atualização dos Métodos Educacionais Bruxos, mas Harry sabia que isso era conversa fiada, o seu interior avisava que Dumbledore estaria em qualquer lugar, menos sentado em qualquer cadeira em um congresso búlgaro.

Rony não dava o menor sinal de querer perdoá-lo, e nem Harry nem Hermione sabiam o real motivo de tanta raiva exalada pelo garoto. A única companhia de Harry nesse meio tempo era, além de Neville, Hermione, a qual o ajudava em diversas atividades e com ele adiantava e revisava as matérias que Harry perdera nos últimos dias de aula. Fanny estava desaparecido desde que o Harry acordara com a voz de Neville convidando-o a um novo dia de aula, e talvez esse fosse o motivo da raiva de Rony.

As últimas aulas da semana foram realmente agradáveis e Harry até conseguiu tirar um "Aceitável" em poções. Neville, porém, fez com que uma poção que deveria ser azul-celeste tornar-se algo semelhante a verde-pântano. A Grifinória, por incrível que pareça, liderava o campeonato das casas e uma inexplicável "dose extra de êxtase" espalhava-se pelos alunos de todas as casas.

Harry achava que sabia o motivo de tanta euforia. Os treinos de quadribol da Sonserina e da Corvinal já haviam começado; o primeiro jogo do campeonato aproximava-se cada vez mais. O primeiro treino do time da Grifinória seria na terça-feira logo após a última aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, e Harry alimentava-se cada vez mais da esperança de tornar-se o capitão do time da Grifinória.

Uma curiosidade que ainda estava para ser esclarecida pelos alunos, que até o presente momento não havia sido discutida nem mesmo com os professores, era o paradeiro da Profa. Miva Willa. A mesma não aparecia desde a aula fracassada com a presença do queridíssimo Hookbooster. O professor substituto de Willa nesses últimos dias foi o único que Harry temia ser, o Prof. Snape. Como se já não fosse o bastante encará-lo e aturá-lo nas aulas de poções, o professor Snape demonstrava maior severidade e até mesmo crueldade com os alunos nessas aulas. Neville uma vez desmaiara ao ter de encarar um Hookbooster sozinho, Snape teve que paralisar o bicho antes que o garoto recebesse realmente algum ferimento.

Uma das aulas mais legais ao ver de Harry e dos seus mais novos amigos, estava tendo que se virar sem a presença de Rony, era a chamada "Duelando Contra as Trevas"; uma aula realizada no último horário da sexta-feira, na qual os professores de Duelos e Defesa Contra as Artes das Trevas uniam-se e ensinavam aos alunos técnicas que podiam ser usadas contra criaturas das trevas e contra homens em um duelo. Harry achava que essa matéria não era nada mais que uma iniciativa para ensinar os alunos a se defender de Voldemort e de seu exército de dementadores.

Mas o principal fato que ocorrera nesses últimos três dias foi a chegada das corujas numa manhã de sábado quando Harry e Hermione terminavam de tomar o café da manhã. Uma coruja-das-torres pousou por sobre a mesa da Grifinória e deixou para Hermione não só o Profeta Diário, mas também duas outras correspondências enviadas em envelopes esverdeados. Hermione depositou um nuque na bolsinha amarrada à perna da coruja e assim a mesma levantou vôo. A garota desatou a fitinha que amarrava o jornal e folheou-o lentamente. Harry deixou de observar a garota e olhou para a mesa dos professores no Salão Principal. Lá estavam dois lugares vazios, e Harry se perguntava quando eles voltariam a ser ocupados outra vez; o Prof. Merticco não dava o menor sinal de tristeza e sorria enquanto conversava com Snape, Mcgonagall, porém, estava mais cabisbaixa que nunca.

O garoto assustou-se ao olhar para o lado e ver que o lugar onde deveria estar Hermione agora estava ocupado por um quartanista da grifinória. O único sinal que mostrava que a garota estive ali eram picotes de um papel esverdeado e o Profeta Diário amassado. Harry tomou o jornal para si e folheando-o chegou a uma manchete que chamou a sua atenção: Ministério nega fuga em massa na prisão de Azkaban, baixou os olhos para a matéria e leu.

Ministério nega fuga em massa na prisão de Azkaban

Desde a última quarta-feira boatos sobre uma fuga em massa de Azkaban espalhou-se na sociedade bruxa. De fato isso tem um quê de verdade, apesar do ministério negar o acontecimento e dizer que a prisão continua em perfeita ordem e que os únicos que ali estiveram no último mês foram os dementadores.

Há bruxos que digam que viram os Comensais da Morte andando em companhia dos dementadores e de você-sabe-quem, mas o ministério retruca: "Os dementadores serão afastados de Azkaban, mas enquanto isso estão fazendo o seu papel guardando a nossa prisão.", diz Paul Hudson, funcionário do departamento de Segurança e Prisões.

Há ainda quem diga que os aurores do ministério estão em constante movimentação. Um bruxo que reside próximo ao porto de onde os barcos partem com os prisioneiros para Azkaban diz: "Vi muitos aurores mortos! O porto nunca esteve tão movimentado". "Ontem á noite senti um frio enorme percorrer o meu corpo, tudo estava tão frio que tive de reaquecer a comida que eu tinha acabado de esquentar".

Torcemos que esses boatos sejam realmente boatos! Mais pessoas apresentaram-se ontem na sede do Profeta Diário dando relatos que tornam esses boatos cada vez mais verídicos. "O Ministério está tentando passar ordem e calma, mas estamos em um estado complicado. Perdemos os dementadores e todos os prisioneiros estão livres. Cinco aurores estão mortos, e mais três estão inconscientes. Você-sabe-quem voltou com força total", afirma um funcionário do ministério que pediu para seu nome não ser divulgado.

Em prol de descobrirmos o real sumiço de alguns aurores um de nossos redatores visitou o Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos e ao entrevistar enfermeiros recebeu a notícia que quatro aurores do ministério estão sob observação especial e que Alvo Dumbledore e o Sr. Arthur Weasley foram vistos duas ou três vezes andando preocupados pelos corredores.

Essas são as primeiras afirmações de um caso até então abafado e negado por nosso ministério. A sociedade bruxa deseja um real esclarecimento sobre os acontecimentos recentes e teme sofrer a mesma ausência de informação que tiveram com o ministro anterior.

Maiores informações e depoimentos na próxima edição do jornal.

Harry admirou-se do que acabara de ler e releu duas ou três vezes para realmente acreditar que lera aquilo. O Sr. Weasley estava negando esclarecer o que aconteceu em Azkaban? Por que estaria fazendo isso?

Agora que realmente percebera que a sociedade bruxa estava em um maior perigo. Os dementadores estavam soltos, Voldemort e todos os outros bruxos também. O ministério não encontrava guardas para reajustarem a prisão. Dumbledore não estava na escola, o Sr. Weasley andava preocupado... Quando que todo esse alvoroço iria parar?

O seu sábado não foi lá todas essas coisas, apenas caminhou um pouco próximo ao lado e junto com Hermione fez todos os exercícios para as aulas de segunda feira. Chegando a noite foi dormir cedo e teve um sonho esquisito. Um dragão voava em direção a uma das torres do castelo de Hogwarts, só que antes de haver o choque o animal transformara-se em borboletas que saíram voando em direção a floresta... Depois disso as borboletas seguiram um brilho amarelado que vinha de uma das árvores da floresta, estavam chegando cada vez mais perto até que um vulto negro passou sobre suas asas e as borboletas caíram esfareladas sobre as folhas das árvores. A mente de Harry esvaziou-se e depois de uma boa noite de sono acordou em uma bela manhã de domingo.

Seu domingo não teve nada de especial. Passou a maior parte do tempo sentado em uma poltrona no Salão Comunal observando as nuvens e imaginando as formas que elas podiam tomar. Mais à tarde procurou Hermione pelo castelo, mas não a encontrou em lugar nenhum. Esquecendo que podia olhar em seu mapa onde a garota estava, foi para o dormitório e empenhou-se em criar estratégias de jogo para serem passadas ao time no treino de quadribol na terça-feira. Enquanto bolava planos em um pergaminho velho, Rony abriu a porta do dormitório e vendo que Harry ali estava deu meia volta e foi para o Salão Comunal.

Só depois que deliciara-se com o banquete noturno do castelo é que Harry pôde deitar-se em sua cama no dormitório e mergulhar em um sono profundo. Escutou batidas metálicas, barulho de gente gritando... Viu homens em meio à escuridão, suor, cansaço. Aos poucos a luz fazia-se naquele lugar e Harry podia distinguir a formas que ali trabalhavam pesadamente. Havia homens empunhando varinhas e equilibrando blocos de concreto um sobre o outro, havia outros que trabalhavam arrastando com força bruta blocos de metal que pesavam toneladas. Faísca, fogo, fumaça; era o mais comum naquele local... Aos poucos um prédio se erguia, um chão se fazia. Monitorando toda a obra estava um homem andando por todo o lugar e dando instruções de como cada um construir o que ele queria. Um dos homens que carregava o bloco de metal tropeçou e sentiu duas toneladas de metal caírem sobre seu corpo. Um grito de dor espalhou-se pelo lugar e expandiu através de suas fronteiras. Percorreu vales e bosques e sobrevoando um lago alcançou os ouvidos de um garoto que acordou-se assustado.

Sua cicatriz ardia e o grito ainda ecoava em suas ouças. Tinha dó daquele pobre indivíduo que morrera em seu trabalho. Tentou lembrar-se o máximo que podia do lugar que visitara há pouco, mas recordou apenas de um grito de dor. Tentou dormir novamente e não conseguiu. Então se levantou e saiu em silêncio de seu dormitório. Deviam ser umas quatro horas da manhã da segunda-feira, mas mesmo nessa hora o Salão Comunal não estava vazio. Hermione ali estava sentada lendo um livro grosso e com bolsas sob os olhos. Seus cabelos estavam despenteados e sua aparência era de alguém cansado.

- Por que você não está dormindo? - perguntou a garota que assustou-se e deixou o livro cair no chão.

- Eu que pergunto por que você não está dormindo - Hermione falou para o garoto fazendo menção de apanhar o livro. Harry porém foi mais rápido e entregou as mãos da garota, ela retribuiu com um sorriso.

- Eu estou um pouco sem sono - mentia para a garota achando que dizer que tivera um pesadelo pareceria coisa de criança.

- Eu acordei um pouco mais cedo para ler este livro - dizia ela apontando para a obra e duas mil páginas - É sobre uma coisa que li naquele jornal.

- Sobre o quê, exatamente? - perguntou a garota sentando em uma poltrona ao lado da dela.

- Sobre uma profecia que ronda Azkaban. Está escrita no portão da prisão uma espécie de profecia. É em uma outra língua, não sei qual, mas diz algo como que quem ali entra por motivos certos se sair por motivos errados será perseguido pela morte. Em linhas gerais diz que quem for condenado e preso em Azkaban só poderá sair de lá se o ministério aprovar a saída, senão a morte o aguarda - dizia ela um pouco assustada e lendo algumas linhas do livro.

- Isso quer dizer que Lúcio Malfoy logo morrerá? - Harry perguntava à garota.

- Isso quer dizer que qualquer hipótese para Sirius estar vivo está incorreta - Hermione disse depressa ao garoto. Os olhos de Harry logo se encheram de lágrimas e seu corpo estremeceu. Sem nem ao menos perceber já estava de pé encarando Hermione. Jogou o livro que estava sobre o colo da garota no chão e levantou-a dando um puxão em seu braço direito. Hermione parecia ter perdido a capacidade de se movimentar, pois permaneceu imóvel olhando para o garoto. Seus olhos fixaram os olhos verdes do garoto.

Harry sentiu uma raiva maior aflorar em sua mente, estava com vontade de matar Hermione.Não conseguia conter tanto ódio que invadia e se expandia em sua cabeça, sentia que estaria livre daquilo se acabasse com a garota. Levantou o braço esquerdo com menção de socá-la, mas ao invés disso passou a mão por trás do pescoço da garota e levando o seu rosto contra o dela colou os seus lábios nos lábios quentes de Hermione.

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