O Regresso a Hogwarts



- Capítulo Dez -


O Regresso a Hogwarts


- Quê? Como foi que você veio parar aqui? - perguntou Rony rapidamente.


- Oras, seu pai me trouxe para cá. - Mundungo respondeu como se aquilo não pudesse ser mais óbvio, enrugando a feia e mal desenhada testa.


- Sim, sei que alguém teria de trazê-lo. Mas como você virou um quadro? - Rony rebateu.


- Isso não é uma coisa tão simples e nem tão complicada quanto parece. Eu apenas morri, virei um fantasma e me pintei. - respondeu Mundungo enquanto olhava para um pontinho preto que voava no céu da sua pintura.


- Então tudo é tão simples assim? Morre, vira fantasma e se pinta? Que coisa mais chata. - disse Harry em um resmungo.


- Eu disse que não era tão simples assim, - Mundungo tirara uma garrafa de cerveja de um bolso de sua capa e estava abrindo-a - tive de comprar uma tinta especial, fazer a legalização no ministério, autorizar a cópia dos quadros, arrumar lugares para pregá-los, depois disso pedir permissão para poder me movimentar entre os outros e...


- Hum, não sabia que algo assim teria haver com o ministério... - Rony dizia parecendo pensativo - então que dizer que você tinha medo de morrer?


Mundungo cuspiu a cerveja no gramado, mal cuidado e garranchoso, e olhou friamente para Rony.


- Morri para salvar o Harry. Foi isso que o Prof. Dumbledore me mandou fazer. Protegê-lo nem que tivesse que morrer fazendo isso. Eu estava preparado para a morte, mas admito que tinha medo dela.


- Como alguém da Ordem poderia ter medo da morte? - Harry soltou sem querer, e com isso Mundungo deixou cair a segunda garrafa de cerveja que acabara de puxar de outro bolso da capa.


- Pensei que você se importasse de eu ter morrido por você... Mas pelo visto seu coração é duro o suficiente para ignorar um ato assim de tanta coragem. - e nisso Mundungo desapareceu, fungando e bebendo outra cerveja, pela moldura do quarto.


- Que idiota. O Mundungo mudou muito depois que morreu. Não era tão sensível e chato assim em vida. - Harry dizia arrogantemente.


- Você deveria no mínimo respeitá-lo. - disse Rony seriamente.


- Não é você quem vai mandar em mim. Não sou mais nenhuma criança boba para precisar de um manual de instruções ambulante o tempo todo de meu lado... - Harry gritava quando Rony interrompeu.


- PELO MENOS NÃO FOI EU QUE FUI ARROGANTE COM ALGUÉM QUE SALVOU MINHA VIDA A POUCOS DIAS. - Rony disse ironicamente.


- SE NÃO FOSSE POR VOCÊ, NINGUÉM TINHA TOCADO NESSE ASSUNTO DE MORTE...


- Olha, eu tenho uma ótima nov... Que é isso? - Gina acabara de entrar na cozinha e olhava assustada para Harry e Rony, um apontando a varinha para o outro.


- Harry e Rony começaram a discutir aí porque...


- Ah, você sempre é a certinha. É a “Senhora Acerto” da Grifinória. Vou dizer uma coisa para que você fique logo sabendo: “EU TI ODEIO”! - e saindo da cozinha, Harry deixou Hermione caída em lágrimas.


Não sentia a menor pena do que fizera com Hermione, sabia que não odiava Hermione, só dissera aquilo porque queria que a garota se calasse ou então caísse em lágrimas exatamente como ela fizera...


Agora que estava no quarto Harry não sabia porque se sentia tão enraivado, tão ignorante, com tudo e com todos. Agora que percebera quantas pessoas ele tinha magoado... Marco, Dumbledore, a Sra. Weasley, Mundungo, Rony, Hermione...


- Por que fiz aquilo? Pessoas que tanto confio e que gosto agora estão sentindo-se magoadas... Maldito seja esse meu temperamento difícil... Eu quero é morrer. - Harry pensava - Isso mesmo... Morrer...


O corpo de Harry rumava sozinho em direção à piscina, enquanto sua mente se esvaziara de todos os pensamentos. Enchera a piscina ao máximo e pulara dentro, totalmente vestido. Mergulhara na água e não queria subir...


- Suba... Suba, por favor. - Harry falava, produzindo bolhas sob a água. - Não, não... Quero permanecer aqui... Quero morrer!


- Harry... HARRY... - sentira duas tapas em seu rosto e ao abrir os olhos viu Hermione segurando-o com a cabeça para fora da água - Rony, venha me ajudar. Ele não está bem.


Ouvindo um barulho de algo entrando na água, Harry logo sentiu mais duas mãos segurando seu corpo e levando-o à borda da piscina...


Estava fora da piscina. O corpo todo molhado, sentia falta de ar, junto com um aperto no coração e uma intensa dor na cicatriz.


- Foi ele... Culpa dele... - Harry gaguejava - Preciso de ar, muito ar... Eu vou morrer.


- Não... Você não vai. Tenho que fazer como algumas pessoas do pronto-socorro fazem. - e nisso Hermione tapou as narinas de Harry e encostou os seus lábios nos dele... Ela soprava ar para dentro de seu organismo, um sopro de vida. Todas a dores em seu peito e o aperto no coração passaram, e Hermione afastou-se dele.


Rony parecia se incomodar com alguma coisa, pois resmungava para si e batia o pé impacientemente no chão, e estava brevemente interessado em alguma coisa no teto do quarto.


- Muito obrigado. - respondeu Harry sinceramente - E gostaria de... de pedir desculpas aos dois.


Harry viu Hermione sorrir e dar um beijo em sua bochecha, mas Rony continuava a olhar para o teto, explicitamente chateado.


- Claro que desculparemos você, não é Rony? - Rony não respondeu a pergunta, mas olhou para Hermione e disse:


- Não vamos abrir os envelopes que a Gina queria nos mostrar? Ela está lá no corredor junto com o Marco.


- Você vai Harry? - perguntou Hermione.


- Sim. - disse Harry encarando Rony, que baixou o rosto olhando para os pés.


Gina estava sentada em uma poltrona dourada à esquerda de um quadro, onde Mundungo e outro bruxo de bigode fino e negro, e ao seu lado estava Marco.


- Chegaram as cartas de Hogwarts, só que o pacote de vocês três parece ser bem maior que as nossas.


Marco estava com um envelope no colo e lia um pergaminho atentamente, enquanto Gina distribuía grandes e volumosos envelopes para os três.


Harry abriu o envelope e descobriu o porquê de aquele envelope ser tão grande. Além de haver a carta de sempre, a qual informava o material escolar necessário para esse ano, agora havia mais três pergaminhos.


Desdobrando o primeiro pergaminho, Harry leu:


“A arte dos Duelos


A partir desse ano a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts anexará uma nova matéria para todos os quintanistas em diante, a aula de Duelos.


Nessa aula os alunos aprenderão técnicas de ataque e defesa necessárias para vencer um duelo oficial e participarão do: 1º Torneio de Duelos de Hogwarts.


Nenhum material extra precisará ser comprado para essa aula, mas alguns alunos, se preferirem, podem comprar coletes de algodão para proteger um pouco o impacto sofrido por feitiços.


Espero que aprendam e se divirtam.


Merticco Fredericco


Hepta Campeão Mundial de Duelos, e


Prof. de Duelos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts”


- Alguém já viu aí quem teremos de agüentar? Aquele traste do “Merddico, ” o que tanto critica o pai de Rony. Por que o Dumbledore teve de contratá-lo?


- Não é óbvio? Ele é Hepta Campeão Mundial de Duelos, deve ser um gênio... - disse Rony arrogantemente.


- Já o vi em duelos e ele é realmente bom. Há sete anos ele entrou nessa carreira de duelista e há sete anos a taça do campeonato não vai para outro senão ele. - disse o bruxo de bigode fino e negro, em um quadro onde Mundungo já bebia a sua sétima cerveja.


- Não é bem nisso que estou interessada. Olha aqui, o resultado dos N.O.M.’s... - disse ela e euforicamente, apontando para o outro pergaminho que Harry segurava na mão.


O nervosismo tomou de conta de seu corpo... O que estava ali não era nada senão todo o seu futuro. Toda a sua vida, o seu emprego, estava dentro daquele envelope... Esse era o seu primeiro passo... Então abriu e leu:


“Resultado dos N.O.M.’s da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts


A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts tem o prazer de informar o resultado dos N.O.M.’s ao senhor Harry James Potter, ex-quintanista do colégio e que fez as seguintes provas: Transfiguração, Feitiços, Poções,


Defesa Contra as Artes das Trevas, Astrologia, Adivinhação, História da Magia, Herbologia e Trato das Criaturas Mágicas.


Veja abaixo as suas devidas notas:


Adivinhação -> D = Deplorável


Astrologia -> P = Passável


Defesa Contra as Artes das Trevas -> Excepcional


Feitiços -> A = Aceitável


Herbologia -> A = Aceitável


História da Magia -> O = Ótimo


Poções -> EE = Aceitável


Transfiguração -> EE = Excede Expectativas


Trato das Criaturas Mágicas -> A = Aceitável


Os dados acima estão devidamente arquivados no ministério e autorizados pelo ministro da magia.


Arthur Weasley


Ministro da Magia”


Harry quase tinha certeza de que passara em todas as matérias que necessitava para ser auror e achava que, mesmo que não tivesse passado, suas notas não estavam tão ruins para não ser aceito em um bom emprego.


Só de imaginar que poderia ser um auror Harry sentia uma enorme chama de alegria formar-se em seu peito e podia notar que um sangue novo percorria as suas veias.


- É, não fui tão mal assim. - Harry ouviu Rony dizer a Hermione, enquanto olhava para um pergaminho agora amassado em sua mão - Só acho que não serei auror.


- Eu adorei as minhas notas... Pena que recebi apenas um A em astrologia. - Hermione dizia com um imenso sorriso no rosto.


- O.K., o que será que há nesse outro aqui? - dizia Harry a si mesmo, enquanto guardava as suas notas no bolso de sua camisa.


“Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts


De acordo com a profissão escolha no serviço Orientação Vocacional no ano anterior, as matérias que deverão ser cursadas pelo senhor, em nossa escola, são:


Transfiguração


Feitiços


Defesa Contra as Artes das Trevas


Poções


Caso opte por não cursar essas matérias, envie-nos uma resposta em menos de 24 horas informando assim as matérias que deseja cursar nesse ano letivo.


Ou se, ainda, desejar cursar as matérias relativas à outra profissão, avise-nos informando qual seria a sua nova opção.


Lembre-se que esse ato poderá (e irá) comprometer o seu futuro profissional e pessoal.


Minerva McGonaggal


Vice Diretora”


- Acho que não vou querer nenhuma matéria a mais que essas quatro que já tenho. - disse Harry, sorrindo para Hermione. Ela olhou séria para ele e respondeu:


- Eu não sei se eu gostaria mesmo de ter que trabalhar em “Relação com os Trouxas”, acho que vou re-optar pelo Setor de Reversão de Feitiços ou algo que faça parte do Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, no ministério da magia. É algo bem útil, não é mesmo? E, pensando bem, o F.A.L.E. não acabou...


E nisso ela pegou um outro pergaminho, rabiscou algumas palavras e falou:


- Pode me emprestar a Edwiges, por favor. Tenho que mandar isso imediatamente...


- Claro, só não sei bem onde ela está. - respondeu Harry, pensando pela primeira vez, desde que se mudaram para a nova casa, onde estaria a sua coruja.


Hermione saiu do corredor, acompanhada por Marco e Gina, a procura de Edwiges, andando rapidamente e parecendo nervosa...


Harry e Rony agora estavam sozinhos em um imenso silêncio, sem se olharem, tentando fingir que não se viam ou que não se conheciam...


- Tenho de pedir desculpas... Eu vou pedir desculpas... - Harry pensava - Ou isso seria me rebaixar? Me humilhar? Não... Não irei fazer isso - seu sangue começara a ferver - Ele merece... É um idiota. Quero que ele morra. Vou matá-lo.


A mente de Harry estava em euforia, ao mesmo tempo pensamentos entravam e saiam formando um enorme tumulto em sua cabeça... Estava perdendo a noção de o que era pensar, sua mão guiava-se lentamente em direção à sua varinha, seu corpo tremia...


- Claro que poderá matá-lo milorde... Se essa é a sua extrema vontade. - dizia uma voz fina e assustada.


- Quero que o mate para mim. Seria muita honra para ele morrer através de minhas mãos. - Harry dizia olhando arrogantemente para um homenzinho, ruivo, caído no chão.


- M-mas, milorde, seria muito arriscado, é melhor que... - o homem tentava esconder o seu medo inutilmente.


- O que o Lord das Trevas mandar todos terão de obedecer, está entendido Rabicho? - disse Harry em tom de ameaça.


- S-sim senhor, milorde. Que seja feita a sua vontade. - o homem gemia, e pôs a mão em um bolso de sua vestes e tirou um instrumento fino e longo, uma varinha. Ainda tremendo, e parecendo temer o que faria em breve, esforçou-se e escancarou um imenso portão de madeira negra, onde havia gravado em ouro o nome “Casa dos Dragões” e logo abaixo um imenso dragão que se movia cuspindo fogo em todas as direções, e desapareceu sob a escuridão.


A cabeça de Harry rodopiou. Parecia que o mundo girava sob seus pés e ele continuava ali, imóvel. Então se viu novamente no corredor de entrada da casa dos Weasley. Rony olhava para ele e segurava o seu braço.


- O que você gritou? - Rony perguntou assustado.


Harry alisou o seu estômago, massageou um pouco a sua testa e respondeu:


- Q-que você perguntou? Eu não gritei, acho. - dizia ele sem forças.


- Não, você gritou sim... Gritou o nome de meu irmão, Carlinhos. Disse que ele ia morrer, que estava em perigo... - Rony enchera-se de nervosismo e seu punho fechou sobre a varinha no cós da calça.


- E-eu não lembro de nada, não lembro de ter falado nada. - Harry dizia tristemente, enquanto sua cicatriz pulsava.


- Você teve outra visão? Uma visão de alguém sendo atacado? Responda Harry. - Rony sacudia o corpo de Harry que cada vez mais perdia as forças.


- Eu não sei... - a visão dele se apagava e sentia os seus lábios se ressecarem.


- Rony... Que é que você está fazendo com o Harry? - Hermione chegara, com Edwiges encarrapitada em seu ombro.


- Harry está morrendo, Mione. Ele não está bem... Olha ele está muito branco... - Rony parara de sacudir o corpo de Harry e olhava-o constrangido.


 


- Harry, você está bem? - escutou uma voz feminina ao longe.


As forças foram voltando ao seu corpo lentamente, seus olhos começaram a se abrir e a luz incidiu sobre seu rosto.


Estava deitado em uma cama, pouco macia e uma mulher estranha o olhava de perto. Ainda atordoado olhou de lado e viu outras camas iguais a dele, também ocupadas por pessoas que agora dormiam, estava em um hospital.


- Como eu vim parar aqui? - disse ele recuperando-se do choque de estar no St. Mungus sem nem ter conhecimento.


- Acho que eram os seus amigos que o trouxeram aqui. A família do nosso ministro, um primo seu uma bela garota chamada Hermione. Você os conhece? - dizia a mulher com um largo sorriso.


- Ah, sim. São todos meus amigos... Estou aqui a quanto tempo? - perguntou Harry, agora com toda a sua energia de volta.


- Faz dois dias. Você chegou aqui desmaiado e foi trazido para cá. Sou a enfermeira Maggy Gons, e estou a seu dispor. - dizia ela simpaticamente.


- Que é que você fez comigo?


- Primeiro dei uma poção para que você não tivesse nenhum sonho que pudesse ti acordar. Depois você tomou uma extra-dose de uma outra poção para fazer com que caísse em um sono profundo, ao tempo em que ti diagnosticava com outras poções e ervas que iam curando aos poucos suas dores de cabeça, dores nos olhos, no corpo...


- Acho que já estou bem melhor. Poderia chamar o pai ou a mãe de Rony para que eu possa sair daqui? - dizia Harry educadamente.


- Ah, não. Eles foram em casa. O efeito da sua poção seria até amanhã, portanto cuide de dormir e você acordará perfeitamente curado amanhã.


- Não, eu já estou muito bom. E também não sou tão criança para não poder sair sozinho de um hospital. - retrucou Harry rapidamente, levantando-se da cama.


- Sinto muito, mas terá que ficar aqui e só poderá sair quando o diagnóstico terminar e mesmo que você fosse sair antes do término do diagnóstico, você só poderia se fosse em companhia de um adulto.


Uma imensa chama se acendeu no peito de Harry, seu coração acelerou, sua mente se infestou de pensamentos ruins e quando sua mente começava a se anuviar e embranquecer, um forte apito iniciou dentro da enfermaria e a cama dele começara a tremer. A enfermeira observava a cena sem se mexer e quando um vidro cheio de um líquido azul e viscoso voou na direção de Harry e pousou em sua boca, ela sorriu e disse:


- Boa noite e durma com os anjinhos. - e sorriu infantilmente para Harry.


Já era véspera do dia em que finalmente Harry regressaria para Hogwarts. Seu material escolar já havia sido comprado, como sempre, pela Sra. Weasley e ele analisava atentamente a capa do livro de seu novo livro de Defesa Contra as Artes das Trevas, na qual um bruxo e um lobisomem se confrontavam.


Agora Harry estava bem melhor, com as forças recuperadas e uma sensação de bem-estar entrando por suas narinas, animou-se cada vez mais para o grande dia do retorno a Hogwarts...


O grande dia chegara e Harry, Marco, Hermione, Rony e a Sra. Weasley já estavam caminhando por King´s Cross calmamente conversando sobre todos os acontecimentos agradáveis do verão.


Marco parecia nervoso, inquieto e até mesmo irritado. Mas Harry agora achava que isso era pura bobagem, pois ele já cansara de avisar ao primo que na primeira vez sempre é assim.


Rony andava super feliz, afinal tinha agora vestes novas, um novo malão, novas penas, livros de primeira mão e tudo que ele sempre sonhara em ter, e a felicidade de seu amigo não só animou a Harry, mas a todos os outros.


Hermione andava entretida no livro de Duelos: A arte de Duelar, e não parava de pronunciar coisas para si própria...


Enfim a barreira da plataforma nove e meia fora atravessada pelos cinco e logo sentiram o agradável cheiro de fumaça do expresso de Hogwarts e a euforia de todos os outros colegas embarcando no trem.


Depois de se despedirem da Sra. Weasley, a qual beijou fortemente a bochecha de Harry desejando um ótimo ano letivo e lembrando-o pela sétima vez de não se meter em confusão, eles encontraram uma cabine vazia, a qual foi ocupada por Harry, Marco, Gina, Luna e Neville, Rony e Hermione tinham de ficar em um vagão separado e fazendo constantes vigílias pelas cabines vendo se nenhum aluno resolvera fazer algo de errado.


Em uma das vezes que Rony e Hermione reservaram um tempinho para ficar na cabine onde Harry estava, todos se divertiram muito. Afinal, Rony comprara um estranho equipamento na loja de Fred e Jorge, o “Veritagosm”, uma espécie de bolinha colorida que esfumaçava, como um Lembrol, só que formava algumas palavras desconexas que aos poucos se organizavam formando uma pergunta, se você não soubesse responder a bola cuspiria uma espécie de gosma, que possuía diversos odores, em sua cara...


Enfim a noite chegava e isso indicava que o castelo de Hogwarts estava bem próximo, e quinze minutos antes de chegarem todos, até mesmo um nervoso Marco, estavam vestidos devidamente para o tradicional banquete de boas vindas.


Descendo do trem Harry logo avistou, seria impossível não vê-lo, Hagrid já guiando os calouros em direção aos barquinhos para a travessia do lago.


- Olá Harry. - disse Hagrid, risonho.


- Oi, espero que você tenha passado um bom verão. - respondeu


Harry, reparando que o rosto de Hagrid ainda guardava algumas deformações do ano anterior.


Antes mesmo que Hagrid pudesse responder, a multidão empurrou


Harry em direção as carruagens guiadas pelos testrálios, cavalos com asas de morcego e um imenso rosto fino.


Se perguntando se Rony e Hermione já poderiam vê-los, entrou em uma carruagem e aguardou todos os seus companheiros de cabine chegar. E poucos segundos depois lá vinha Rony com o Veritagosm em mãos, rindo do rosto melado de Neville.


Após alguns poucos minutos de cavalgada, os imensos portões de carvalho se aproximavam, e se sentiram cada vez mais iluminados ao passar por entre os dois javalis alados que encimavam os dois pilares de entrada de Hogwarts.


E lá estavam os portões de carvalho, abertos de uma forma convidativa, a alegria invadia seu coração... Pôs os pés no sólido piso de Hogwarts sentindo um imenso arrepio percorrer toda a sua nuca.


Retornara, estava novamente em Hogwarts. Estava em casa.


- Sr. Potter, siga-me. Tenho que falar com você. - ouviu a maliciosa voz de Snape ecoar no saguão de entrada e logo um silêncio instantâneo se fez.


- Sr. Potter, permaneça onde está. E isso é uma ordem.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.