Após a calmaria vem a tempesta




Após um tempo Raquel decidiu que seria somente amiga de Malfoy, desde que ele parasse de implicar com Harry, Lílian, Hermione e Rony, e ele concordou.


Já estavam na metade de Junho, o período letivo já estava acabando, e logo eles estariam indo cada um para sua casa, para passarem um tempo com suas famílias e quem sabe ir na casa um do outro.
Harry estava na sala comunal, observando o fogo que crepitava na lareira. Era Sábado, já estava de noite, e no período da tarde havia ocorrido a final Grifinória x Sonserina. A Sonserina foi esmagada por 600 a 300. Harry estava passando mentalmente o momento que viveu um pouco após a partida, exatamente na comemoração.



Eles estavam comemorando a seu modo, ou seja, namorando, quando Raquel entrou nervosa na sala comunal, com as vestes de Quadribol. Ela joga na cara dele o que aconteceu e subiu para o Dormitório:


- O que deu nela? - Harry perguntou para Lílian.


- Brigou com o Malfoy, para variar! - Ela respondeu, beijando o namorado.


- Por que você não vai ver se ela precisa de alguma coisa? - Ele perguntou a abraçando.


- Porque ela está nervosa, e quando ela ta nervosa ela fala o que não queria. - ela respondeu com simplicidade - Harry... - Chamou após um tempo em silêncio.


- Fala... - Ele falou vagamente.


- O que você acha da Raquel? - Ele pareceu surpreso com a pergunta repentina da namorada


- Bom... - ele começou depois de um tempo - Ela é legal, inteligente, joga bem, e bonita... Não mais que você - acrescentou ao ver a cara que a menina fez.


- Sabe, Harry, às vezes eu acho que você ama a minha amiga! - Ela falou sinceramente.


- Amor?... Acho que é uma palavra muito forte! Eu diria carinho! - Ele falou incerto.


- Bom, pode até ser que você não a ame desse jeito que eu disse, mas ela eu tenho certeza que te ama! - Ela viu que o namorado ficou sem palavras - E sabe... Harry, eu pensei que te amasse, mas eu me confundi, eu só sinto um carinho extremamente grande por você!


- Agora que você falou... Eu também só sinto um carinho muito grande por você! E acho que você pode se sentir feliz, foi uma das únicas garotas com quem eu fiquei por mais de um mês! - Ambos riram.


- É... E depois a Raquel ta morrendo de ciúmes! - Ela disse, fazendo Harry rir de leve.


- E você acha que seria melhor terminarmos? - Ele perguntou, agora sério.


- Sim, e você?


- Também! - Ele disse sorrindo - um beijo de despedida de namoro? - ele brincou, mas ela levou a sério e eles se beijaram e depois ficaram conversando como amigos normais fazem.



Agora, ali estava ele, Harry, pensando na vida quando ouviu um barulho vindo das escadas do dormitório feminino:


- Ainda aqui, Harry? - Era Raquel, que estranhou ver Harry ali no salão comunal em plena madrugada, ainda com o uniforme de Quadribol.


- É! Estou sem sono. - Ele disse com simplicidade e reparando que Raquel estava com uma camisola fina e os cabelos soltos - E você?


- Perdi o sono! - Ela disse encolhendo os ombros - E somos dois acordados, - ela disse sorrindo - Podemos conversar à vontade. Mas se a Lily ficar sabendo ela me mata.


- Ah! Bom, não estamos mais namorando, sabe! - Ele falou, como se fosse a coisa mais normal do mundo.


- Ah, Harry, eu sinto muito! - Ela disse penalizada se sentando ao lado do amigo e colocando a mão em seu ombro em conforto. - Ta tudo bem?


- Ta! A gente achou melhor terminar, sabe, a gente acabou se tocando que não se ama do jeito que pensava, a gente só tinha um carinho grande um pelo outro, e confundimos isso. No fundo, nós sabíamos que era isso, desde o início.


- Entendo, mas mudando de assunto... por que ainda não trocou de roupa ou ao menos se deu ao trabalho de tomar banho? - Ela falou sorrindo cinicamente - Cê ta fedendo, sabia?


- Tô? - Ele disse fazendo graça e levantando o braço para cheirar a axila - Eca! O pior é que tô! - Completou fazendo uma careta, Raquel começou a gargalhar da cara do amigo.


- Vai tomar banho, eu vou lá em cima pôr um agasalho, e a gente se encontra aqui de novo daqui a pouco. - Ela sugeriu.


- Está bem! Até daqui a pouco! - ele disse se levantando e subindo, Raquel subiu e colocou uma capa, e voltou para o salão comunal. Esperou mais uns 10 minutos até Harry descer novamente.


- Está melhor? - Ele perguntou.


- Muito! - Ela sorriu para ele - E aí, como se sente capitão? - ela perguntou cinicamente.


- Revigorado! - Ele sorriu e se sentou ao lado da garota - Bom, como vai sua família, faz tempo que não tenho noticias deles!


- Vão bem! - Ela contou - Parece que meu pai se arrependeu de ter feito negócio com seu tio. “Mas, Luiz, por que não me disse que sua filha é uma ABERRAÇÃO?” - falou imitando a voz do tio Valter. - Meu pai ficou furioso e acabou com a sociedade. - Harry riu e assim seguiu o papo até que em um determinado momento se virou para namoro:


- Como vai com o Draco? - ele perguntou.


- Nós terminamos no baile, sabe, mas agora somos amigos! O que é isso? - Ela perguntou olhando diretamente para a bochecha do rapaz - Você escreveu alguma coisa?


- Não! Por quê? - Ele respondeu.


- Está com uma marquinha de tinta bem aqui! - Ela disse se aproximando mais e limpando, seus rostos estavam muito próximos. Depois que a garota acabou de limpar, Harry virou o rosto, e eles ficaram se encarando, olhos nos olhos. Seus rostos estavam separados agora por milímetros, até que aconteceu, um beijo, de inicio tímido, mas logo se transformou em um beijo ardente.


- Por que você fez isso? - Ela sussurrou ainda com os olhos fechados, chorando. Saiu correndo para o dormitório, deixando um Harry com os seus hormônios a mil. Depois de ficar mais uma meia hora pensando, Harry subiu.



******************


No dia seguinte Raquel agia como se nada tivesse acontecido, mas também quase não falava com Harry, este pode perceber que ela estava magoada:


- Raquel! - Ele chamou cauteloso, uma hora antes do almoço.


- Fala... - ela respondeu desinteressada, estava observando Lílian jogando xadrez de bruxo com Rony do outro lado do salão.


- Eu... É... Queria pedir desculpas pelo o que aconteceu ontem à noite. - Ele disse, fazendo com que ela o encarasse.


- Ah! Ta! Tudo bem! - Ela disse calmamente - Que não se repita! - Ela acrescentou sorrindo.


- Tudo bem! - Ele concordou, também sorrindo.



************************


- Como é? - Raquel estava espantada com o que Draco acabara de lhe falar - Minha mãe foi seqüestrada por Voldemort?


- É! - Ele disse, com suposto desespero e pena da amiga - Ele a levou para a floresta proibida - A menina não esperou que ele terminasse, saiu correndo para fora do castelo, em direção à Floresta Proibida - Menininha ingênua - ele sussurrou para si mesmo, sorrindo.


Raquel corria desesperadamente pela floresta, até que parou em uma clareia, estava desesperada. No meio da clareira, havia um homem parado, um homem com nariz em fenda, com o rosto branco como giz e com os olhos vermelhos:


- Quem é você? - ela perguntou baixo, mas ainda assim o estranho a ouviu.


- A sua perdição! - ele disse cinicamente.


- Você não me respondeu, seu verme! - Ela estourou, embora usasse um tom de voz baixo.


- Crucio! - Ele disse apontando sua varinha na direção de Raquel, fazendo com que ela começasse a se contorcer de dor - NINGUÉM FALA ASSIM DE LORD VOLDEMORT. - Gritou, abaixando a varinha.


- Então você é Voldemort! - Ela continuou, como se não tivesse acabado de sofrer um imperdoável. A quilômetros dali, Harry desmaiava por causa de uma dor forte na cicatriz. - Cadê a minha mãe?


- Sua mãe? Hum... Provavelmente em sua casa! - Ele disse dando uma risada, uma risada sem alegria.


- Mandou Malfoy me dizer que minha mãe estava aqui! - ela disse, finalmente entendendo o plano - SEU VERME IMUNDO! - Gritou.


- Crucio! - Voldemort gritou apontando a varinha para Raquel, que caiu novamente, sentindo uma dor mais insuportável que a anterior, estava gritando a plenos pulmões, não tinha medo de mostrar sua dor na frente de Voldemort. Estava começando a achar que iria enlouquecer, quando a dor finalmente desapareceu - Nunca, ouviu bem sua sangue ruim? NUNCA MAIS INSULTE O LORD DAS TREVAS DESSA MANEIRA!!


- Pra mim você não passa de um babaca metido a poderoso! - Ela sussurrou, estava ficando fraca.


- Crucio! - Ele sussurrou com veneno na voz. Raquel voltou a gritar a plenos pulmões.


****************


- Professor Dumbledore! - Hagrid entrou desesperado no salão principal durante o almoço de quinta feira.


- Fale, Hagrid! - Disse Dumbledore se levantando, não era normal seu guarda caças entrar assim no salão principal.


- Encontrei a Srta.Escobar! - Ele exclamou, começando a chorar.


- Onde ela está? - Perguntou Dumbledore desesperado, tinha acabado de receber os pais da menina, que estavam chocados sentados ao seu lado.


- Eu a encontrei desacordada na floresta proibida! Já a levei para a enfermaria. - Ele disse tudo muito rápido - Madame Pomfrey pediu para que eu avisasse o senhor! - Ele disse, chorando mais - E ela pediu a sua presença junto com os pais dela!


- Muito bem! - Disse Dumbledore, mais calmo - Professora McGonagall, tome conta dos alunos, senhores Escobar, venham comigo, por favor!


********************

Raquel se sentia extremamente fraca, ainda estava na floresta, quando Voldemort se aproximou:


- Você terá minha marca, garota! - Ele sibilou.


- Não, por favor! Tudo menos isso! - Ela disse num fio de voz.


- Não terei pena de você! - Disse rindo e apontando a varinha para o antebraço esquerdo da menina, que gritou com o que restava de suas forças. Antes que Voldemort terminasse, a menina caiu desacordada na grama fofa.


************************

- Bom, suponho que Hagrid tenha lhe dito que encontrou a menina desacordada na floresta - Começou Madame Pomfrey e continuou assim que Dumbledore concordou com um aceno da cabeça - Mas... Quando eu estava trocando a Srta.Escobar, descobri uma coisa. Venha ver, diretor.


- Por Merlin! - Exclamou Dumbledore espantado - Papoula, descubra há quanto tempo essa menina tem a marca.


- Sim, senhor - Disse, e começou uma seqüência complexa de feitiços, os Srs. Escobar estavam nervosos, apesar de trouxas, sua filha tinha lhes dito o que aquela marca representava - Há mais ou menos 24 horas! - Concluiu a enfermeira - Mas suponho que tenha sido feita a força, sabe, a menina sofreu uma seqüência inimaginável da Maldição Cruciatus.


*************************

Harry estava desesperado, sua amiga estava à beira da morte na ala hospitalar, por causa de Voldemort, sempre por causa dele! Até quando ele, Harry, teria que agüentar? Quantos inocentes teriam que morrer? Pensando nisso Harry se dirigiu até a enfermaria, os pais da amiga permitiram que ele entrasse:


- Eu... Eu sinto muito! - Ele disse triste, deixando uma lágrima escorrer. Ao ver que o menino chorava, a Sra. Escobar o abraçou aos prantos. - Eu juro que vou acabar com a raça de Voldemort - Ele sussurrou para a mulher.


- Não! - Ela exclamou - Não vele a pena, Harry, querido, não faça nada que te prejudique! - Ela disse mais triste - Não faça isso, por favor! - ela suplicou.


- Sra. Escobar, vou lhe contar uma coisa, mas peço que não conte a ela! - Disse apontando para Raquel. Após receber um sinal afirmativo, continuou, percebendo que o pai dela também prestava atenção no que ele dizia, mas também concordou com a cabeça - Eu vou acabar com a raça de Voldemort, porque... Ele sempre prejudica as pessoas que eu amo! Eu amo a sua filha, apesar de ela não sabe disso! Pra dizer a verdade eu acabei de me tocar disso!... Eu não quero que nada aconteça a ela, e muito menos aos Senhores! - Ele disse, chorando mais - Eu quero que ela sobreviva para que eu possa disser a ela que a amo!


- Harry, eu ficou feliz que você a ame, mas a enfermeira não nos deu muita esperança... - Ela começou, chorando mais - Ela disse que se ela passar dessa noite será muito! É por isso que eu não quero que você vá atrás desse monstro, ela não iria gostar que você se arriscasse por ela, não mesmo, Harry! Me promete que não vai atrás dele?


- Prometo! - Ele sussurrou, abraçando a mãe da amiga, estava precisando de conforto. Precisava de carinho, e encontrou tudo o que precisava naquele abraço maternal - Eu gosto muito da senhora! - Ele sussurrou quando se separaram.


- Eu também gosto muito de você, Harry! - Disse a mulher, dando um sorriso triste.



*********************

Estava caminhando decidido pela floresta proibida, embora tivesse prometido para a mãe da amiga que não faria isso, queria vingança, queria acabar com a raça daquele bruxo:


- Achei que você viria, Potter! - Falou Voldemort calmamente, assim que Harry saiu debaixo da sua capa de invisibilidade.


- Por quê? - Ele simplesmente perguntou.


- Por que o quê? - Voldemort perguntou, confuso.


- Por que atacou a Raquel? POR QUE A DEIXOU A BEIRA DA MORTE? - Ele estourou, simplesmente não aquentava mais essa situação - O QUE FOI QUE ELA TE FEZ? SE MOSTROU MAIS PODEROSA?


- Ela não me fez nada, Potter, mas você fez! Há quinze anos atrás, você quase me matou. - Ele sussurrou com ódio.


- E O QUE ELA TEM A VER? ME DIZ! - ele gritou com mais ódio ainda.


- Como você espera que eu me vingue? - Ele disse, sorrindo com desdém - Te matando? Não, eu vou te fazer sofrer.


- POIS EU PREFIRO MORRER! - ele respondeu, estava se descontrolando muito, tentava a todo custo ficar calmo - Por que não me mata de vez? Eu troco minha vida por um pouco de paz, se for preciso! Você não presta, Voldemort, eu te odeio! Ó GRANDE LORD DE MEIA TIGELA! - ele gritou exasperado, o que estava fazendo? Ir atrás de Voldemort sozinho era suicídio.


- Crucio! - Voldemort respondeu com uma maldição, fazendo Harry gritar, mas o garoto se mostrou forte e não caiu.


- O que foi? O grande Lord das trevas está sem uma resposta? - Ele perguntou sarcasticamente - Você não passa de um assassino que não sabe se defender sem usar magia! - Disse, recebendo em seguida mais uma carga da maldição cruciatus.


Harry estava começando a entrar em desespero, não sabia onde estava com a cabeça quando saiu atrás do Lord das Trevas, agora estava sofrendo várias maldição cruciatus, tinha que arranjar um jeito de fugir. Foi quando uma idéia lhe veio a cabeça:


- Expelliarmos! - Exclamou assim que sacou a varinha, Voldemort foi atingido em cheio pelo feitiço e acabou batendo em uma árvore. Harry se aproveitou dessa situação, pegou sua capa de invisibilidade, que jazia esquecida no chão, a colocou e saiu correndo dali.


Tinha mudado tanto de lado quando corria que acabou se perdendo, mas ainda se lembrava de um feitiço que aprendera no quarto ano:


- Me oriente! - Sussurrou, e sua varinha flutuou uns cinco centímetros acima de sua mão, e girou até parar apontando para o norte, seguiu nessa direção até que saiu da floresta:


- Senha! - Pediu a mulher gorda, assim que Harry parou na sua frente e tirou a capa, estava exausto. Já era de madrugada e todos com certeza já estavam dormindo.


- Fênix encantada! - Sussurrou, entrou e foi direto para o dormitório, sem perceber que Rony e Hermione estavam no salão comunal, extremamente preocupados com ele.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.