O julgamento (parte I)




Quando deu dia 30, Dumbledore chamou Harry para conversar em sua sala:


- Bom, Harry, como você sabe amanhã é o julgamento de Sirius, e vão precisar de seu testemunho, e eu quero que você conte o que aconteceu no seu terceiro ano! - Começou Dumbledore.


- Sim! Eu teria que contar que o Rony e a Hermione também conhecem a história, não é? - Perguntou Harry.


- Não, Harry! Se você colocar os dois no meio será pior para Sirius! - Disse Dumbledore encerrando essa questão que o garoto levantava.


- E sobre os encontros que eu tive com ele no quarto e quinto ano? - Perguntou novamente.


- Sim, será melhor que você conte! - falou Dumbledore calmamente.


- Quem será o promotor? - Perguntou extremamente interessado.


- Lucio Malfoy. Por isso que será melhor que você tente contar com todos os detalhes. - Dumbledore estava mais sério do que o de costume, e já não possuía seu brilho no olhar.



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No dia 1º de outubro, Harry se levantou mais cedo que os outros alunos. Colocou as veste de Hogwarts, pegou sua varinha e saiu do dormitório sem fazer barulho. Dirigiu-se até o saguão de entrada, onde ficara de se encontrar com Dumbledore:


- Bom dia, professor! - Desejou Harry assim que chegou.


- Bom dia, Harry! - Retribuiu Dumbledore. -Bom, Harry, você irá assistir às aulas da manhã, você almoça e depois vá até minha sala! - Harry concordou com a cabeça - A senha é Pudim de chocolate!


- Certo! E professor, tem que ir de gala ou pode ir de uniforme mesmo?


- É melhor você ir de uniforme, Harry, assim pouparemos tempo! - Aconselhou Dumbledore.


- Está bem! - Disse Harry - Até mais tarde, professor!


- Até, Harry!


Harry voltou para o salão comunal e ficou em frente à lareira, relembrando o seu terceiro ano, até que os outros descessem, o que não demorou muito. Seguiram para suas aulas da manhã de quinta-feira, e quando estavam exatamente na aula de feitiços a professora McGonagall apareceu:


- Com licença, Fillius, eu gostaria de pedir que o senhor me cedesse o senhor Potter pelo resto de sua aula! - Disse a Professora extremamente aflita.


- Claro que sim! Está tudo bem, Minerva? - Perguntou o professor preocupado.


- Sim, claro! - Respondeu apressada - Potter, pegue suas coisas e venha comigo!


Harry se levantou se perguntando o que tinha feito agora, mas fez o que a professora pediu, os amigos lhe desejaram boa sorte, e ele saiu da sala acompanhando a professora:


- Professora? - Arriscou encabulado.


- Sim! - ela respondeu ainda aflita.


- O que foi que eu fiz? - Perguntou, sentindo suas orelhas esquentarem, com certeza estavam vermelhas.


- Nada, você não fez nada, Harry, o ministério da magia que fez, eles decidiram que o julgamento de Black será realizado em dez minutos, e só avisaram Dumbledore agora, certamente estavam na esperança de que Dumbledore demorasse mais do que a lei permite e assim Sirius seria preso novamente. - Ela disse com pena.


- Então... Não dá nem tempo de eu deixar meu material no dormitório, temos que correr para a sala de Dumbledore. - Disse Harry com tom de urgência.


- Sim, é por isso que pedi para o Filch não lhe punir, vá correndo para a sala de Dumbledore, Harry, deixe suas coisas comigo, eu levarei para seu dormitório.Você sabe a senha? - McGonagall disse tudo muito rápido, mas Harry conseguiu entender.


- Sei! - Disse Harry, entregando sua mochila para a professora, e saiu correndo.Antes de virar para o outro lado, ele gritou - Obrigado por me ajudar, professora!


McGonagall só sorriu para o garoto, que se deu por satisfeito. Harry saiu correndo a toda “Por que será que eles querem realizar o julgamento mais cedo? Será que ainda não acreditam que Sirius é inocente? Mas como é que conseguem ser tão cegos?” Harry ia correndo pensando nisso, quase que ele derrubou Filch, que não pôde fazer nada, a não ser reclamar e retomar seu caminho. Harry parou derrapando na frente da Gárgula que guardava a entrada para a sala de Dumbledore:


- Pudim de chocolate! - Disse ofegante, nunca tentara subir 3 andares correndo. A gárgula se moveu para o lado revelando uma escada circular, que Harry também subiu correndo. Quando parou na porta de Dumbledore olhou o relógio, tinha só mais cinco minutos. Respirou fundo e bateu na porta, entrou assim que Dumbledore permitiu.


- Ah! Harry, vejo que você realmente veio correndo - Disse Dumbledore se levantando e pegando um pomo de ouro sem as asas e extremamente sujo em cima de sua mesa - Aqui, vamos de chave de portal, vamos sair exatamente no andar em que o julgamento ocorrerá. Harry, lembre-se de contar tudo com os mínimos detalhes, esse julgamento realmente será o mais difícil, mas iremos conseguir, só com Rabicho já conseguiríamos, mas como Lucio Malfoy é o promotor - Ia dizendo enquanto ele e Harry seguravam o pomo esperando chegar o horário programado, o que não demorou muito.


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Harry e Dumbledore andavam com muita pressa dentro do Ministério, muitos funcionários paravam o que estavam fazendo para olhar para Harry, uma por ele estar com uniforme escolar e outra por ser Harry Potter, o-menino-que-sobreviveu.


Quando Dumbledore parou, Harry olhou para a porta extremamente assombrado. Era um porta dupla, folheada a ouro, as maçanetas eram de prata, um pouco acima das maçanetas tinha alguns detalhes em relevo, e mais acima ainda estava escrito “Tribunal, sala 3” e o nome de quem ia ser julgado, no caso Sirius, que com certeza mudava por magia.


Dumbledore abriu a porta, revelando assim uma sala grande e retangular, Harry ficou mais assombrado ainda, era uma sala muito rica, as paredes tinham desenhos de anjos e atrás da cadeira do Juiz, havia um quadro de Merlin, que sorria e acenava, do lado extremo da esquerda estava a mesa dos jurados. Ao lado da mesa onde iria ficar Fudge tinha mais duas bancadas, uma de cada lado, com pelo menos 4 cadeiras, onde iriam ficar as pessoas com os cargos mais importantes. Havia uma bancadinha, que Harry julgou ser onde ficariam as testemunhas na hora que iriam relatar suas versões. No fundo havia as cadeiras para que todos que iriam assistir e testemunhar ficarem, no centro da sala havia 2 cadeiras com correntes, iguais a que Harry viu na penseira de Dumbledore no quarto ano, e mais atrás as mesas onde o advogado e o promotor iriam ficar.


- Bom, Harry, sente-se na cadeira mais próxima da entrada, você será o primeiro a testemunhar, terei que ir falar brevemente com Sirius e devo pedir que você espere e não saia de sua cadeira. - recomendou Dumbledore.


- Claro, professor. Será que o senhor poderia desejar boa sorte para o Sirius por mim? - Perguntou meio incerto.


- Claro, Harry! - Dumbledore sorriu e foi em direção à outra porta, falou alguma coisa para os Aurores que estavam postados diante da mesma e entrou.


Harry passou para onde Dumbledore indicou e se sentou na primeira cadeira fila, ao lado da passagem.

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