A nova Aluna




- Como?Aquela garota imbecil entrou em Hogwarts?


- Sim!


-Mas que droga! Ela pode mudar tudo! Se ela ficar amiguinha de Potter, meus planos serão arruinados novamente.


- Milord, ainda vamos resgatar o inútil do Rabicho?


- Não, será arriscado, essa menina pode conhecer o plano e arruinar tudo. Eu gostaria de saber como que ela consegue descobrir tudo, simplesmente tudo o que eu ainda planejo fazer, e quando vou fazer o que vejo? Aurores, por todos os lados. Mas isso não continuará assim, pois pretendo persuadir essa linda garota a vir para o meu lado. O QUE ESTÁ ESPERANDO, SUMA DA MINHA FRENTE!!!!


- S-sim milord... - Disse o comensal desaparatando assustado.


- Essa garota NÃO VAI ME DESTRUIR, NÃO, JÁ BASTA O IMPRESTÁVEL DO POTTER FAZÊ-LO, A...




Harry acordou assustado, tateou a cabeceira de sua cama à procura de seus óculos, assim que os colocou, se sentiu aliviado ao constatar que estava em seu dormitório na torre da Grifinória, sentia sua cicatriz latejar, porém isso não vinha ao caso no momento, Harry estava mais preocupado em saber quem era Ela, o que Voldemort quis dizer com: “será arriscado, essa menina pode conhecer o plano e arruinar tudo”.


De uma coisa Harry tinha certeza, tinha que conversar com Dumbledore, pegou o relógio que Rony lhe dera de aniversário, ainda era cedo, ou tarde dependendo do ponto de vista, ainda era 6:00 da manhã. Sem fazer barulho, Harry se levantou e foi até o seu baú, abriu e tirou de lá um pedaço de pergaminho velho, voltou para a mesa de cabeceira e pegou sua varinha, a apontou para o pergaminho e sussurrou:


- Juro solenemente não fazer nada de bom.


E do nada linhas apareceram no pergaminho mostrando cada passagem e pessoas que andavam em Hogwarts, Harry acionara o mapa do maroto. O pontinho que representava Dumbledore estava andando de um lado para o outro em seu escritório, Harry decidiu ir contar agora para Dumbledore o seu sonho. Com muita cautela Harry abriu novamente o seu baú e pegou um uniforme limpo, a capa de invisibilidade e uma capa comum, se trocou e saiu silenciosamente do quarto ao chegar ao salão comunal, jogou a capa preta por cima dos ombros e depois jogou a capa de invisibilidade sobre o corpo, saiu da torre da Grifinória e foi com muito cuidado para a sala de Dumbledore.Ao chegar ao gárgula, se lembrou de que não sabia a senha, porém, por sorte, ou azar, o gárgula se moveu, e por ele saiu o diretor. Harry mais do que depressa tirou a capa de cima de seu corpo.


Dumbledore pareceu educadamente surpreso:


- Harry? O que o traz aqui tão cedo?


- Professor, eu tive um sonho com Voldemort.


- A sim, bom vamos dar uma volta?


- Mas...


- Não se preocupe, enquanto caminhamos você me conta, não há mais ninguem acordado, e se o senhor estiver comigo não haverá problemas.


- Está bem.


Harry e Dumbledore saíram em caminhada, e Harry contou o seu breve sonho e disse que acordou com sua cicatriz doendo. Quando acabou de contar viu que eles já estavam no saguão de entrada:


- Harry, até o final do ano passado você era muito reservado nesses termos, e nas férias suponho que você ainda era, fico agradecido que você tenha vindo me contar, e Harry, eu gostaria que você me respondesse uma pergunta que anda me incomodando, mas peço que me responda com sinceridade, me promete?


- Sim.


- Harry, no último ano letivo e nas últimas férias você teve algum sonho com Voldemort, por mais insignificante que seja?


Harry pensou um pouco procurando se lembrar, depois de um tempo respondeu:


- Não, professor, ano passado Voldemort não apareceu muito.


- Sim, é verdade, Harry, fico grato que tenha me dito a verdade. Mas agora suponho que seja melhor você voltar para o seu salão comunal, daqui a pouco os alunos vão começar a acordar, e será melhor que o encontrem lá!


- Está bem! Tenha um bom dia!


- Obrigado! Você também!


Harry sorriu para Dumbledore, e foi para a torre da Grifinória:


- Asas encantadas!


- Se assim diz!


Harry entrou na sala, se sentou no sofá em frente à lareira e ficou lá pensando. Depois de uns 15 minutos, os primeiros alunos começaram a descer, entre eles estava Rony, e parecia aflito:


- Caramba, onde cê tava?


- Aqui!


- Dia!


Nesse instante Raquel desce:


- Bom dia R... Que quê cê fez??


- Nada, por quê?


- Ta diferente!


- Ah! Isso! Só soltei meu cabelo!


- Nossa... Ta enorme, hein? - Disse Rony reparando que o cabelo dela ia até a cintura.


- É!


Nesse momento Hermione, desce.


- Bom dia, povo!


- Bom dia, Mi!


- Vejo que resolveu soltar o seu “pequeno” cabelo, hein?


- Pois é, né!


- Gente, eu to com fome!


- Rony! Meu Deus, será que você só pensa em comer?


- Não, penso em várias coisas!


- Me dê exemplos!


- Como o Snape é seboso, em dormir e, principalmente, em garotas!!


- Francamente, Rony! Você deveria se preocupar com seus estudos.


- Mi, pense que o Rony tem coisas mais importantes!


- Como o que, Harry?


- Como desencalhar, pois já faz dois dias que o ano letivo começou e nós não ficamos com ninguém!


- Pelo menos são dois dias, não meses! - Disse Raquel sorrindo, que até então estava quieta.


- Por esse lado!


- Ah, francamente, será que vocês só pensam nisso? Em garotas e ficar?


- Pelo menos pensamos em duas coisas, e você só pensa em uma: Estudar. - Disse Rony. Hermione ficou emburrada e saiu pisando duro, arrastando Raquel junto.





Aparentemente todos os alunos estavam no salão principal tomando café, quando Dumbledore se levantou. Todos no salão ficaram em silêncio:


- Bom dia a todos, antes de vocês se dirigirem para suas primeiras aulas, queria dizer que hoje receberemos uma nova aluna, seu nome é Lílian Granger, e ela veio de uma escola da América do Sul, e irá cursar o sexto ano, pode entrar, Srta. Granger.


Os três amigos olharam pasmos para Hermione, que deu de ombros.
As portas do salão se abriram, e por ela entrou uma garota de cabelos castanhos, cheios até o meio das costas, olhos verdes, com mais ou menos 1,65 metros de altura, magra, com ar de intelectual, “coisa de família” pensou Rony. Ela se dirigiu ao banquinho de três penas que a professora Minerva colocou na frente da mesa dos professores:


- Sente-se, por favor, Srta. Granger.


Ela se sentou e, antes do chapéu cobrir seus olhos, ela lançou um olhar assustado à Hermione. Depois de uns 5 minutos o chapéu gritou:


- Grifinória!


A mesa da extrema esquerda começou a fazer um barulho muito grande, Harry e Rony estavam gritando: “Ganhamos mais uma Granger!” Ou “Sonserina, você já era! Mais uma para nos ajudar nos pontos!”


Lílian tirou o chapéu da cabeça, o entregou para a professora Minerva, e saiu correndo para o lado de Hermione, que levantou e abraçou a garota, pulando de alegria:


- Lily, que bom que você veio para a Grifinória! Seja bem-vinda!


- Obrigada, Mione! Oi, Quel!


- O que você está fazendo aqui, Lílian?


- Como?


- Você me ouviu muito bem!


- Eu vim estudar aqui, assim como você!


- Mas você me disse que só vinha ano que vem! - Disse Raquel se levantando, e aumentado o tom de voz, atraindo a atenção de quem estava perto.


- Qual é o problema? Um ano a mais, um a menos?


- Qual o problema? O problema é que você me enganou! Esse é o problema!


- Eu não estou te entendendo! Achei que você ficaria feliz!


- Eu ficaria feliz, se você tivesse me avisado que iria vir mais cedo! E quer saber? - Disse usando um tom que nunca tinha usado, o de superioridade - Eu vou para a aula, não quero me atrasar, com licença! - E saiu em disparada.


- Nossa! O que deu nela?


- Sei lá! Mas vamos para a aula?


- Só depois que você nos responder o porquê de ela ter o seu sobrenome! - Perguntou Rony, inocentemente.


- É minha prima!


- Estais brincando! - Disse, Rony, incrédulo.


- Num to não!


- Parem, vocês dois! Vamos logo para a aula! Quero descobrir quem é o novo professor! - Disse, Harry.


Harry, Hermione, Rony e Lílian foram para a sala de D.C.A.T. Ao entrarem, viram Raquel sentada no fundo da sala dividindo uma carteira com ninguém mais ninguém menos que Draco Malfoy:


- Mas ela está confraternizando com o inimigo!


- Calma, Rony, você nem sabe do que eles estão falando!




- Então, Escobar, decidiu largar o pobretão, o cicatriz e a sangue-ruim?


- Não te interessa!


- Se não me interessasse não estaria perguntando!


- Resposta pra burro é de graça!


- Me diga, quem é aquela garota que está te substituindo, andando junto com eles?!


- Prima da Mione!


- Mais uma Granger para Grifinória! Vocês têm sorte!


- Por termos alunos mais inteligentes?


- É!


- Fazer o quê? Não temos culpa que só a Sonserina tem alunos burros! Agora cala a boca, o professor já vai chegar!


Depois que todos os alunos se sentaram, a porta se abriu, e por ela entrou...


- Lupin? - Exclamaram todos os alunos.


- Olá! Há quanto tempo! Como vocês estão?


Depois de conversar um pouco com os alunos, Lupin começou sua aula:


- Bom, esse ano vamos nos aprofundar um pouco em Maldições Imperdoáveis. Sim, Srta. Granger?


- Professor, ano passado já estudamos mais detalhadamente as Maldições Imperdoáveis!


- Ah! Sim! Perdoem-me, olhei na programação do quinto ano! - Disse Lupin corando. - Bom, esse ano vocês vão estudar dementadores. - Vários “Ohs” veio da parte dos alunos. - Algum de vocês sabe o que os dementadores fazem?


Várias mãos se levantaram, e elas eram respectivamente de Harry, Rony, Hermione, Lílian, Raquel, Malfoy e, para espanto geral, do Neville.


- Fale, Neville!


- Os dementadores sugam as alegrias das pessoas, e quando mandam eles sugam as almas das pessoas pela boca.


- Muito bem, 10 pontos para a Grifinória! Agora, alguém sabe como repeli-los? Fale, Harry!


- Para repelir um dementador, o bruxo tem que se concentrar em uma lembrança feliz, e falar as palavras mágicas!


- Quais? - Perguntou Lupin sorrindo cúmplice para Harry.


- Expecto Patronus!


- Exatamente! Mais 10 pontos para a Grifinória! Alguém aqui sabe conjurar um patrono? Podem dizer, sem medo! - Disse Lupin para encorajar, os alunos, principalmente Harry, que não fazia idéia de onde Lupin estava querendo chegar.


- Eu sei, professor! - Disse Harry, criando coragem.


- Certo, então devo pedir, Harry, que nos mostre o seu patrono!


- Mas...


- Vou soltar um bicho papão, e quero que você, Harry, se concentre em um Dementador, para que o bicho papão se transforme em um, e você nos mostre o seu patrono!


- Ta bom! - Disse Harry, se arrependendo de ter se manifestado. Sentiu que alguém o observava, passou os olhos em volta e se deparou com o olhar de Raquel, que sorriu ao perceber que ele notara. Harry retribuiu e fez sinal para que ela olhasse para frente, pois Lupin estava voltando.


- Bom, venha cá, Harry!


Harry se levantou, quando passou pela mesa de Raquel, ela segurou sua mão, sem fazer ele parar, e deixou um papel lá, que ele guardou no bolso, e continuou andando, enfim chegando ao lado de Lupin:


- Muito bem, Harry, já sabe o que fazer! Certo?


- Sim!


- Ótimo, vou soltar o bicho papão do fundo da sala!


Lupin se encaminhou ao fundo, sentando-se no lugar que Harry estava ocupando, fez um feitiço e abriu a caixa. Harry se concentrou no dementador.


O bicho papão se transformou em um Dementador, e Harry começou a ouvir aquela gritaria na sua cabeça : “O Harry não, por favor, me leve no lugar dele!”. Mesmo assim, Harry se concentrou em um pensamento feliz, quando ele ganhara sua primeira taça como capitão do time de Quadribol, e gritou:


- EXPECTO PATRONUM!!!


Da sua varinha, de início, saiu uma névoa que logo tomou a forma de cervo, que andou em direção ao dementador e o repeliu, vários “ohs!” e “Ahs” veio dos alunos.Depois Lupin se levantou e eliminou o bicho papão:


- Como vocês viram, o patrono que Harry conjurou tem a forma de um cervo, agora alguém sabe me dizer se todos os patronos têm essa forma? Fale, Malfoy!


- Nenhum patrono tem a mesma forma que o outro, o do Potter tem a forma de um cervo, o meu pode ter a forma de uma cobra, o do senhor pode ter a forma de uma cabra, mas nenhum nunca vai ser igual ao de outro bruxo ou bruxa.


- Certo!


- Não ganho pontos, professor?


- Ah, sim, 2 pontos para Sonserina! - Os alunos da Sonserina ficaram emburrados, e os da Grifinória estavam sorrindo.


A aula seguiu nesse estilo, em um determinado momento da aula, em que Lupin estava de costas, Harry pegou o papel que Raquel lhe deu, estava escrito o seguinte:


Harry, faz um favor? Diga à Lílian que eu preciso falar com ela, se ela perguntar se eu adiantei alguma coisa, falei que é sobre o que aconteceu no salão principal no café, diga que quero falar com ela no almoço, pois não dá para falar no intervalo das aulas, como você sabe! Obrigada, se você for me responder, escreva o que for, aponte a varinha discretamente para o pergaminho e diga: “visibulos Potter e Escobar” esse feitiço faz com que somente nós vejamos o papel, depois aponte novamente e diga “Expulsales Escobar” esse feitiço fará o papel aparecer na minha mesa, evite dobrá-lo, pois Malfoy vai achar estranho eu estar mexendo a mão como se estivesse desdobrando um papel, pelo menos pra ele não vai ter nada na minha mão, brigadinha de novo.


Harry pegou outro pergaminho, pois Raquel só usara um pedaço pequeno, e esse pedaço já estava cheio pelo que ela escreveu, Harry respondeu assim:


Raquel, como você espera que eu avise a Lílian?


E fez exatamente o que Raquel falou no bilhete. Depois de uns 2 minutos, o pergaminho apareceu novamente em sua mesa, em cima de seu caderno:


R - Escreva em outro pergaminho o recado, e faça o mesmo que você está fazendo para me mandar.


H - Mas ela não vai se assustar??


R - Não, ela conhece esse esquema! Usávamos direto!


H - Se você diz!


Harry pegou outro pergaminho e escreveu, fazendo o mesmo procedimento, só que dessa vez para Lílian.


Lílian estava tão concentrada no que Lupin estava falando, que tomou um susto ao ver um pergaminho aparecer do nada na sua mesa, porém logo se acalmou, conhecia esse esquema, e a outra pessoa que o conhecia naquela sala era Raquel, porém ao ler, viu que foi o Harry quem o escreveu:


H -Lily, a nossa querida e estimada amiga, Raquel, quer falar com você no almoço.


L - Ela disse sobre o que ela quer falar?


H - Sobre o incidente que aconteceu no café.


L - Ah! Que bom! Ela é muito cabeça dura.


H -Tipo o Rony?


L - Pior!


H -Estais brincando!


L -To não!


H -Lílian, me responde uma coisa?


L - Claro!


H - Você veio da mesma escola que a Raquel, né?


L -É sim! Por quê?


H -Bom, se vocês estudaram juntas, suponho que ela deva saber que você é prima da Mione, mas, quando Dumbledore disse Srta. Granger, ela olhou para a Mione com uma cara!


L - Ah, é que eu disse que eu era prima dela, mas ela não acreditou muito.


- Acho que seria interessante saber o que a Senhorita Granger e o senhor Potter tanto escrevem! - Disse Lupin, fazendo com que ambos tomassem um susto.


- Ah! Nada de mais! - Disse Harry - E eu não estou escrevendo, professor!


- Não? E o que estava fazendo?


- Ilustrando meu caderno - Disse Harry sorrindo hipocritamente. Depois da resposta de Harry, Rony começou com um misterioso acesso de tosse.


- Posso ver?


O sorriso no rosto de Harry sumiu rapidamente, porém apareceu novamente assim que ele se lembrou de algo:


- Claro!


Enquanto Lupin se dirigia à sua mesa, Harry abriu, discretamente, seu caderno nas últimas folhas, e logo Lupin estava ao seu lado:


- Posso saber o que essas carinhas significam?


- É...


- Não seria tédio, ou seria?


- Tédio? Que é isso! Você acha? São só carinhas puras e inocentes.
(N/A: ele tá ferrado!).


- Sério? Sabe, seu pai fazia as mesmas carinhas no caderno dele, e sabe o que ele dizia que significavam? Não? Elas significam tédio, saco cheio, impaciência! Mas estais perdoado! - Disse Lupin, fazendo todos os alunos rirem, e o resto da aula seguiu nesse clima.

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