Feixe de Sol EDITADO



 Lílian acabara de sair da biblioteca, ela estava contente consigo mesma, pois conseguira adiantar todos os deveres de casa, e estava feliz por Alice, que estava saindo com Franck, ele era um cara legal, ia dar atenção e carinho para Alice. Todo o romance de Alice a inspirara, então ela resolvera ir até a biblioteca, para pegar algum romance bruxo. Madame Pince lhe recomedara "Focinho Peludo Coração Humano", mas era de um autor anonimo. Ela saiu contente de lá, e abrira o livro, somente para dar uma olhadinha, mas o inicio da história era tão bom, e o homem escrevia tão bem que ela acabou com o nariz enfiado no livro. De vez enquando ela olhava para frente, para ir até a Sala Comunal da Grifinória. Ela fechou o livro e subiu a escadaria que a levaria para a Torre, chegando no topo, ela o abriu mais um vez para marcar a página onde parara cuidadosamente.
 Mas de repente el sentiu algo pesado batento nas suas costas com força, impulcionando-a para frente, ela perdeu o equilíbrio e seu coração parecia que iria saltar pela boca, seus joelhos cairam nos degraus de pedra, produzindo um baque violento, ela sentia uma do lancinante no tornezelo direito. Ela ia cair de cara em mais um daqueles degraus, que com certeza lhe arrebentaria.
 Ela viu, em uma fração de segundo, que alguém corria escada acima, ela sentiu que braços fortes seguraram de seus ombros, e envolvia sua cintura, amparando seu corpo, para que ela não caísse.  A dor no tornozelo a deixava cega de dor, as lágrimas subiram quentes por seus olhos. O garoto que a salvara falava com ela, mas ela não estava prestando atenção. Ele a havia sentado delicadamente em um dos degraus.
 - Evans...
 - Meu tonozelo... - disse ela com  voz fraquinha.
 Levando a mão até o tornozelo, ela ergueu os olhos para ver com que estava falando, um feixe de sol transpassou por uma janela, iluminando o rosto dele, e foi aí que ela percebeu quem era...
 - Potter... 
 Ela tentou se levantar para tomar alguma distância dele. Mas ela se  desequilibrou e ele a pegou e a empurrou gentimente de volta para a escada. Ele se levantou e se agachou para verificar  tornezelo de Lílian.
 - Está quebrado. Eu faria uma tala para você, mas o Remo é melhor nisso do que eu. Como foi que você caiu? - perguntou ele com uma delicadeza que Lílian jamais pensou que fosse possível.
 - Eu estava lá em cima... - ela apontou para o topo da escada. - ... eu estava distraída, quando eu senti alguma coisa me empurrando, mas não havia nada ali, eu não consegui me segurar... ai eu acho que tropecei e quebrei o... - ela fez um movimento para indicar o tornezelo, mas foi um erro, pois uma dor aguda subiu por tuda a sua perna, indo parar nas costelas.
 Tiago passou um dos braços dela pelo seu pescoço, e um dos seus pela cintura dela. Ela apanhou o livro que deixara cair. 
 - Venha, vou levar você até a Ala Hospitalar.
 Ela deixou que ele a sustentasse, mas a dor aumentou e ela gemeu. Ele tirou o braço da cintura dela colocando-o nas costas da menina, e ergueu as pernas dela com o outro.
 - O que está fazendo? - perguntou Lílian, numa tentativa de protesto.
 - Daquele jeito nós não íamos chegar no hospital nunca.
 Ele desceu as escada com cuidado, ele era mais forte do que ela imaginava, afinal ele era magro. Chegando no final da escada ela tentou descer, mas ele não deixou, e insistiu em carregá-la até a Ala Hospitalar. Se ele estava cansado, ele não demonstrou. Por sorte não havia ninguém nos corredores naquele momento, o que diriam dela, se a visse sendo carregada pelo mega popularérrimo apanhador Potter? Mas a verdade é que ela queria que a Ala Hospitalar fosse do outro lado da Floresta Proibida.
 - Madame Promfrey... - ele tirou o braço das costas dela, ela agarrou com força o pescoço de Tiago. O perfume dele era bom, e esta misturado com o cheiro salgado do seu suor. Ele bateu na porta. - Madame Promfreeeey...
 A enfermeira abriu a porta alvoroçada, ao ver Lílian agarrada a Tiago ela liberou  passagem e se pôs a fazer umas poucas perguntas:
 - O que foi que aconteceu com ela? - a enfermaria estava vazia.
 - A Evans tropeçou na escada e quebrou o tornozelo.
 - Essas escadas são um perigo. Estava distraída querida? - perguntou Madame Promfrey distraídamente.
 Lílian fez que sim com a cabeça, quietinha. Tiago a colocou delicadamente em uma da camas. O sol já havia se posto.
 - Bom meu bem, posso concertar o seu tornozelo num segundo, mas a dor não vai permitir que você saia andando, se você passar a noite aqui, posso te dar os medicaments certos para fazer essa dor passar.
 - Passar a noite aqui?
 Lílian não queria ficar sozinha, e ela nunca ficara na Ala Hospitalar mais do que alguns minutos. Mas a enfermeira não havia uovido, ela entrara em sua sala para pegar um pijama para a menina, ela voltou um minuto depois e já ia arrastando para a cama dela um cortinado. Ela entrou na sua sala novamente.
 - Você nunca passou a noite aqui, não é? - perguntou Tiago.
 Ela fez que não com a cabeça.
 - Se você quiser posso voltar aqui mais tarde, mas tem que ser depois da meia-noite, senão Madame Promfrey vai descobrir e me expulsar. - disse ele, do modo mais calmo que pode.
 - Tudo bem. - ela podia sentir seu rosto esquentar, com certeza suas bochecas já estavam da cor dos seus cabelos.
 Madame Promfrey voltou com um garrafão, contendo um líquido da cor do âmbar, ela pediu para que Tiago se retirasse enquanto fechava o cortinado e ajudava a menina a vestir um pijama. Quando a enfermeira apontou a varinha para  tornezelo quebrado ela sentiu seus ossos voltando aos lugares certos e se emendando. Quando ela tomou a poção sentiu um gelo descendo por sua garganta, indo parar no lugar contundido. Ia ser uma noite díficil, não fosse a perspectiva de que Tiago iria voltar.

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