A procura de ajuda



Capitulo XLVIII


- O primeiro grito, o mais estridente, tenho certeza que era da Rose – Elizabeth disse avançando rapidamente para a porta.


- Rose? – ele perguntou se preocupando também.


Ambos lutavam para passar pela multidão de criaturas que corriam para a porta também, mas quando em fim passaram correram rapidamente para a porta que haviam deixado Rose e Scorpius. Assim que chegaram tentaram de tudo, até provocar uma explosão, mas a porta não abria.


- Rose! – Elizabeth gritava desesperada.


- Liz? – eles ouviram a voz desesperada de Scorpius – Por favor, tragam... – ele de repente falou no meio da fala.


- Scorpius? – Brandon gritou – Scorpius! – ninguém respondia – Temos que encontrar ajuda! – ele olhou desesperado para Elizabeth que também estava com um semblante preocupado.


- Justo agora todo mundo resolve sumir – a loira disse impaciente olhando para o corredor vazio.


- E parece que esta havendo uma guerra lá fora – ele disse ouvindo os gritos e feitiços que ecoavam pelo local.


- Vamos procurar alguém! – Elizabeth disse já puxando Brandon pelo corredor.


- Abram essa porta!


- Há alguém ai?


- Abram já!


O casal se preparava para subir pelas escadas quando ouviram vozes no final do corredor, Elizabeth sabia que pelo menos eles poderiam ajudar e se virou correndo para a porta.


- Se afastem da porta! – ela gritou, queria abrir ela de uma vez – Bombarda! – ela gritou e a porta de explodiu.


- Vocês estão bem? – Brandon perguntou vendo mais de vinte adultos de azul escuro os olhando.


- Elizabeth? – Harry e Ronald se espantaram.


- O que faz aqui? Onde é aqui? – Ronald perguntou olhando para todos os lados.


- História muito longa, o que vocês têm que saber é que estamos em...


- Esta havendo uma luta lá fora? – um dos Aurores perguntou.


- Não sabemos, mas parece que sim – Brandon respondeu, bastou isso para todos começarem a discutir entre si.


- Bom, fiquem aqui em segurança que vamos averiguar – Harry disse e as pessoas ali meio que se alinharam em formação.


- Mas acabaram de acordar! – Elizabeth arregalou os olhos – E estão sem suas varinhas, e precisamos de ajuda para...


- Somos Aurores, não se preocupem, aprendemos a lutar sem nossas varinhas – Ronald sorriu, de dois a dois os Aurores começaram a sair da sala com cautela.


- Mas... – Brandom começou exasperado vendo a sala se esvaziando.


- Não se preocupem, tudo vai dar certo! – Ronald disse olhando para Harry e saindo porta a fora depois de uma afirmação mutua.


- Voltamos a estaca zero – Elizabeth disse olhando para a porta aberta.


- Sim, vamos achar alguém que ouça – dessa vez Brandon começou a correr antes.


Ao passar pela escada ouviram um barulho como se algo tivesse explodido, mas não possuíam tempo de averiguar portanto seguiram diretamente para as escadas. No primeiro andar puderam ver a confusão que acontecia no jardim. Até aquele momento não sabia que existiam tantos seguidores ali, mas as capas cinzas pareciam tomar o local.


Entretanto perceberam que vários Aurores e outras pessoas de capas pretas estavam lutando contra eles e as criaturas que tinhas ajudado estavam dando uma ótima ajuda, os números estavam equilibrados.


Elizabeth e Brandon começaram a olhar em volta desesperados, precisavam de alguém experiente que soubesse outro feitiço para abrir a porta do calabouço, mas parecia que todos estavam ocupados.


- Brandon! – Elizabeth gritou desesperada.


- Vamos ter que passar pela batalha, talvez os pais de Rose ouçam – Brandon afagou a mão da garota.


- Qual? – Elizabeth disse olhando que Hermione lutava de um lado e Ronald do outro.


- O Sr. Weasley acabou de levantar, vamos atrás da Sra. Weasley – Brandon disse segurando firmemente a mão se Elizabeth, respirando fundo e indo em direção à mulher que lutava bravamente com duas figuras em cinza.


*****


- Alguém ai? – Albus perguntou assim que chegou na casa de seus avós, ninguém estava na sala – Vovô? Vovó? Tios? Primos? – ele gritava circundando a sala.


- Talvez não haja ninguém – Tammy chamou o amigo.


- Você tem certeza que aqui é seguro? – Adam perguntou sério.


- Absoluta! Ninguém se atreveria a atacar a casa dos patriarcas Weasley – o moreno disse com orgulho.


- Ok, então vamos deixar vocês aqui, não se metam em encrencas! – Adam disse se despedindo dos dois.


- Mas achei que iriam ficar conosco agora – Tammy levantou uma sobrancelha.


- Não, temos que seguir nossas ordens, mas vocês ficarão bem – o loiro assegurou.


- Ok, então, até mais – Tammy se despediu.


- Assim que tiver noticias de Scorpius, me mande, por favor – Megara pediu abraçando a metamorfoga.


- No mesmo instante – ela assegurou, logo os quatro já tinham se despedido e Adam e Megara já não se encontravam mais ali.


- E agora? – Tammy olhou para o amigo.


- Agora esperamos, é horrível, mas é apenas o que podemos fazer – Albus disse se jogando no sofá.


- Tenho que avisar meus pais que estou bem – Tammy disse – Eles devem estar preocupados.


- Mas não podemos sair daqui e...


- Tia Muriel, ele está desaparecido há semanas, você acha que não procuramos na Toca? – Albus se levantou assim que ouviu a voz de seu tio Jorge.


- Cale-se, vocês jovens não sabem de nada, acham que alguém da família simplesmente desaparece assim – ele ouviu a voz entediante de sua Tia Bisavó, se é que isso existe – No meu tempo crianças, principalmente bruxas, viviam se perdendo por ai, por isso temos que ter o controle de todas elas, vocês, crianças, que não me ouvem e...


- Tio Jorge? – Albus perguntou correndo para a cozinha e viu que varias pessoas da família entravam seguindo sua Tia Bisavó.


- Albus? – Gina gritou não acreditando em seus olhos, teve de agarra-lo bem forte para enfim acreditar que ele estava ali.


- Mas como? – James olhou surpreso para Muriel.


- Se vocês tivessem me chamado antes, teriam o achado antes – ela respondeu guardando a varinha – Mas não pensam, acham que não precisam aprender mais nada, eu tenho mais de cem anos e mesmo assim acham que não aprendi nada a mais que vocês, as crianças estão piores a cada geração, nunca vi tal desrespeito...


- Ok, desculpe tia  - James revirou os olhos.


- É por isso que guardo essência de todos da família, com tantos Weasleys por ai não seria difícil perder um de vista, sempre disse a Molly que essa parte da família cresce como coelhos  - ela continuou resmungando – Agora alguém pode arrumar algum lugar para me sentar, essa caminhada acabou comigo, tenho mais de cem anos, por Merlin!


- Sim, Tia Muriel – Jorge revirou os olhos puxando uma cadeira da mesa ali na cozinha mesmo para a senhora se sentar.


- Quando chegou aqui? Como? Está machucado? Onde estava? – Gina estava olhando todas as partes do filho para ver se havia algo.


- Mãe,  para – ele pediu enquanto ela abria os olhos do menino para ver melhor – Mãe, eu estou bem – ele disse olhando para os olhos da ruiva que então irrompeu em um choro e o abraçou forte novamente.


- Cara, você deu um super susto em todo mundo – James se aproximou.


- Tenho certeza que morreu de saudades minhas – Albus sorriu ainda abraçado a mãe.


- Mano, eu até já tinha pego seu quarto – o mais velho sorriu de lado, mas então ficou sério – Não faz mais isso, ok, quem dá cabelos brancos a mãe sou eu, não você, ok?


- Certo – ele disse e Gina o soltou.


- Nunca mais faça isso mocinho! – ela disse o encarando com olhar assassino – Certo, todo mundo saindo da cozinha, vou preparar algo para meu menino.


- Mãe – Albus reclamou.


- Al! – o moreno sentiu algum pulando em si e segurou a pessoa já reconhecendo seus cabelos alaranjados.


- E ai Lily – ele disse acariciando os cabelos da irmã – Sentiu minha falta? – ele brincou.


- Você é o pior irmão do mundo – ela disse – E olha que sou irmã de James.


- Ei! – o Potter mais velho reclamou.


- Não me assuste mais assim! – ela pediu – Passei semanas apenas com ele em casa, foi um pesadelo.


- Ei! – James reclamou novamente e pegou sua irmã de Albus.


- James! – Lilian reclamou batendo nas costas do irmão – Entende com o que eu tive que lidar? – ela olhou feio para Albus enquanto era carregada para a sala.


- Garoto! – Jorge o abraçou – Que bom que voltou, já não estava mais aguentando a choradeira da sua mãe – ele piscou e abraçou o sobrinho.


- Jorge! – Gina reclamou.


- Mas foi verdade! – Carlinhos apoiou o irmão recebendo olhares mortais da irmã.


- Tio Carlinhos!  - Albus exclamou abraçando o tio – O que está fazendo aqui?


- E já sabemos qual o tio favorito dele – Jorge disse um pouco enciumado.


- Não tenho favoritos – o moreno negou com a cabeça abraçando o outro tio.


- Vim ao enterro de Rose, mas dai você desapareceu e...


- Enterro de Rose?  - Albus levantou a sobrancelha.


- Você não sabe? – Gina se voltou para o filho deixando o que preparava e o abraçou novamente – Filho, não vai ser muito fácil te dar essa noticia, mas...


- Espera mãe – Albus chamou a atenção da ruiva que olhava o chão – Não sei se posso dizer isso ainda, você tem que prometer que não fará nada. 0


- Diga logo Albus Severus! – ela disse cruzando os braços.


- Rose não morreu, muito menos Scorpius – Albus disse sem encarar a mãe, sabia que ela ficaria furiosa – Estávamos em uma missão secreta e...


- Missão secreta? – Gina aumentou o tom – Você tem apenas quinze anos, como pode ser...


- Dezessete!


- Vou matar um por um – ela disse sem prestar atenção na interrupção do filho – Mas agora você vai me contar exata... – ela foi interrompida por um grito vindo da sala, todos ali correram ao cômodo.


Tammy estava em um canto com a varinha levantada encarando desafiadoramente Lilian e James que estavam na mesma posição do outro lado.


- Não! – Albus gritou se colocando entre a amiga e os irmãos – Ela é minha amiga, nós escapamos juntos e ela veio aqui, pois disse que era seguro.


- Amiga? Escaparam? Seguro? – Gina perguntou, cada palavra se enfurecendo ainda mais, e se preocupando também – Albus Severus Potter, você ira contar agora o que andou fazendo nas ultimas semanas! – o moreno engoliu em seco.


- Desde que esses Potter’s entraram na família tudo virou uma bagunça, todos procurando encrenca – Muriel apareceu na porta da sala – Eu bem disse a Molly que essas crianças só pensavam em aprontar, Arthur nunca me ouviu mesmo. Agora estão novamente se metendo em enrascadas, do jeito que anda não importa se continuarem crescendo como coelhos, todos acabarão mortos.


- Muito obrigado pelas palavras, tia Muriel – Carlinhos revirou os olhos – Mas acho que é hora da senhora descansar – ele apontou as escadas.


- E você acha que vou subir isso tudo? Eu tenho mais de cem anos, uma ajuda seria bom – ela resmungou – Esses jovens hoje em dia não tem mais respeito pelos mais velhos – Carlinhos revirou os olhos, mas se aproximou da tia e aparatou com ela para outro lugar.


- Agora, senhor Potter, pode ir explicando direitinho o que está acontecendo! – Gina ordenou colocando as mãos na cintura, Albus suspirou.


- Você vai me ajudar com isso – ele sussurrou para Tammy que estava se divertindo um pouco com a situação.


- Tem tempo de pegar pipoca? Não quero presenciar a morte de meu sobrinho  sem algo para comer – Jorge brincou, mas apenas James riu.


- Do começo! – Gina olhou bufou.


*****


- Hugo, as coisas estão fe... – Hermione estava atrás de uma arvore em um canto mais afastado da batalha.


Sua fala foi interrompida por um alto som de gritos, Hugo estava com os olhos arregalados olando para um ponto atrás da arvore em que estavam. Hermione se virou e de inicio não entendeu se tinha levado um feitiço que produzia miragens, pelas portas da própria mansão do Senhor varias criaturas chegavam em campo de batalha.


O mais estranho era que os alvos não estavam sendo os intrusos e sus os seguidores de Senhor, Hermione balançou a cabeça e se focou em Hugo.


- Parece que temos ajuda, agora fique aqui bem abaixado - Hermione pediu olhando o filho com um pouco de angustia – Queria muito que fosse para casa.


- Já falamos sobre isso, mãe – Hugo fez uma careta.


- Certo – a morena suspirou – Se proteja – ela deu um beijo na testa do filho se virou e entrou novamente em combate.


Hermione estava lutando com dois feiticeiros ao mesmo tempo, os quais não estavam facilitado as coisas. Em uma vacilada conseguiu congelar um deles e então um ponto ruivo chamou sua atenção, Hugo estava correndo para o meio da batalha.


 - Hugo! – ela gritou; o ruivo não parou.


Com a distração o bruxo conseguiu jogar um feitiço em Hermione que a jogou longe, a grama amaciou sua queda. A bruxa levantou a cabeça e viu que seu inimigo tinha se virado a procura de outro oponente, ela levantou a varinha e o congelou também com o feitiço do corpo preso. Imediatamente ela se pôs em pé e saiu correndo a procura de seu filho no meio da batalha.


Desviando de feitiços e jogando alguns sem realmente mirar, a morena atravessou a batalha. Estava completamente focada em seu filho, quase entrando em desespero por não acha-lo. Quando finalmente achou as vestes trouxas do filho, apressou o passo em sua direção.


- O que eu falei para você? – ela quase gritou o abraçando – É isso, você vai diretamente para a Toca, nem...


- O que passou na sua cabeça para trazer ele aqui? – uma voz as costas da morena, Hermione congelou – Ele nem tem idade para usar magia ainda, ele poderia ter se machucado Mione.


- Vá agora direto para casa – Hermione se focou em Hugo o soltando um pouco do abraço, notou que um inimigo apontava a varinha para seu filho e rapidamente inverteu suas posições.


- O que eu falei? O melhor é vocês dois saírem daqui – Hermione não poderia ignorar essa voz tão conhecida novamente, afinal a pessoa, também conhecida, estava ali hora a olhando com desaprovação, hora olhando em volta a procura do perigo.


Seu marido considerado morto há tempos estava na sua frente a olhando impacientemente. 

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Comentários (1)

  • Bia Ginny Potter

    Acabei de ler a fic e simplesmente A-D-O-R-E-I. Amei o enredo, a Rose e principalmente como você construiu a relação scorose. Gostei bastante da história falar um pouco sobre padrões de beleza e sobre como eles são tão importantes para as pessoas quando na verdade não significam nada, mas o que ficou na minha cabeça é: o Brandon se interessaria pela Liz sem a mudança? Bom, o que eu mais gostei sobre isso é que foi uma mudança saudavel e não para satisfazer a sociedade...Pergunta: o que a Gina tá fazendo aí que ainda não foi comprar a briga? Sei lá, acho que ruivos tem tendência a arrumar confusão, principalmente os relacionados ao sobrenome Potter.Enfim, aguardo próximos capítulos.

    2015-01-07
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