Adeus Hogwarts

Capitulo XXVII

- Só pra constar, foi a minha mãe que pediu que eu faça isso para ela, se você quiser pode desistir agora – Scorpius disse momentos antes do plano realmente começar.

- Agora estou aliviada, nos vemos por ai então! – Rose disse revirando os olhos, coisa que ele não viu pois os dois estavam invisíveis.

- Sério? – ele disse com um quê de magoa na voz.

- Claro que não, seu palerma! – ela disse exasperada – Você realmente achava que eu iria me retirar a essa altura do campeonato?

- Não, mas uma confirmação é sempre boa, vai que depois você fala que não teve escolha – Scorpius deu de ombros.

- Ah, simplesmente fique calado e vamos de uma vez – Rose disse indo para o corredor, Scorpius fez o mesmo quando não sentiu mais ela perto de si, e assim os dois passara o mais silenciosamente que puderam pelas guardas da sala do diretor.

Rose achou que os olhos as duas gárgulas a seguiam, mas não teve tempo de verificar isso visto que a escada pra sala do diretor, a parte mais difícil para os dois estava ali, ninguém a tinha recolhido, o que era meio estranho. E assim simplesmente subiram e passaram pela porta do diretor executando um feitiço simples, isso sim era muito estranho.

- Ah, não sabia que vinham tão cedo! – o professor Heldre falou, ele estava na mesa e do diretor e olhava para frente divertido, com um simples floreio da varinha Rose e Scorpius estavam visíveis, ambos com os olhos arregalados – Não se acanhem, por favor.

- Ma-ma-mas como... – Rose tentou perguntar.

- Simplesmente recebi uma ordem para esperar dois alunos que levariam em segurança isso! – o professor disse mostrando um pergaminho simples para os dois.

- Isso ai contem todos os passados e futuros bruxos? – Rose perguntou espantada.

- Sim, desde o décimo ano de existência dessa escola – ele falou – Mas o interessante foi a escolha de vocês, achei que apenas estavam xeretando um pouco no começo do ano, interessante.

- Eu que o diga! – Rose disse olhando com uma careta para Scorpius que recebe de bom grado o pergaminho enrolado que o professor estende.

- Mas agora vamos ao que interessa, é o seguinte, provavelmente já sabem que algo tão importante como isso está fora do lugar, o que dá a vocês dois alguns minutos para escaparem, não se preocupem, eu digo que foi tudo minha culpa e...

- Hum, professor – Rose o interrompeu, Heldre revirou os olhos e a olhou esperando uma continuação – Bom, já que é de certo que vão nos perseguir só por portar isso, pode falar que nós o dominamos, ou algo assim.

- Eu dominado por dois alunos? Acho que não vão acreditar – o professor disse desdenhoso.

- Aposto que posso ser bem convincente – Rose comentou sorrindo marota.

- Sem contar que isso aliviaria sua culpa – Scorpius adicionou timidamente.

- Hum – o professor avaliou – Está bem, mas como esperam que eles realmente acreditem? - ele disse depois de um tempo.

- Mais alguma coisa? – Rose perguntou.

- Apenas boa sorte, mas eu ainda acho que ninguém vai acreditar que fui dominado por dois alunos – o professor disse revirando os olhos.

- Com todo o respeito professor – Rose disse cálida de aproximando do professor. Em um instante ele a olhava com desdém, a menina fez um rápido movimento com a mão e no segundo seguinte sua cabeça estava enterrada na mesa e ele desmaiado.

- Co-como você fez isso? – Scorpius arregalou os olhos e Rose o puxou para a saída, logo ambos estavam correndo.

- Depois eu explico, vamos rápido – Rose disse passando pelas gárgulas.

Os dois correram pelos corredores contando apenas com a luz da lua como guia afinal os quadros estavam dormindo e os archotes todos apagados, quando chegam ao portão principal o acharam aberto, certamente coisa do professor e então saíram silenciosamente do castelo e se esconderam as margens da floresta proibida para pensar no próximo passo.

- Para onde vamos? – Rose perguntou confusa.

- Bom, minha mãe deu uma pista e acho que sei... – entretanto antes de Scorpius terminar sua fala, de repente alguns bruxos desconhecidos apareceram no jardim, Rose olhou de olhos arregalados para Scorpius, mas ele se limitou a pegar a mão da menina e sair correndo seguindo a margem da floresta.

- Espera, acho que ouvi alguém ali – um dos bruxos alertou.

- Rápido! Eles estão fugindo! – outra voz soou atrás dos dois.

- Incarcerou! – um dos bruxos gritou e uma corda se prendeu no pé de Rose a fazendo cair em um poça de lama; Scorpius até pensou em continuar correndo, mas algo o fez parar para ajudar a menina, e o jeito mais rápido foi a pegar no colo e sair correndo.

- Vai pro Salgueiro Lutador – Rose disse tentando apontar sua varinha para seus pés e tirar as cordas.

- Você está querendo morrer? – Scorpius perguntou nervoso se desviando de um Petrificus Totalus.

- Só vai pra lá! – Rose disse autoritária.

- Mas...

- Vai logo! Eu tenho um plano! – Rose disse no mesmo tom.

- Se eu for pego por sua causa! – Scorpius disse mudando de direção, sempre ouvindo rápidos passos atrás.

- Accio Bom-Bom! – Rose disse quando conseguiu livrar seus pés e de dentro do saquinho que levava no pescoço um fino palito vermelho com uma ponta curta branca foi parar na sua mão.

- Não querendo interromper, mas eu não quero ser esmagado daqui uns metros – Scorpius disse já avistando o salgueiro.

- Está vendo aquela abertura um pouco maior entre as duas raízes? Vá direto a ele! – Rose disse apontando a direção.

- Você enlouqueceu? – Scorpius disse arregalando os olhos – Vedaram aquilo com uma pedra encan...

- Só faça o que eu digo! – ela disse irritada – Flagrate – ela disse apontando para a ponta do palitinho que pegou fogo.

- Você é louca! – ele disse, mas saiu correndo para o meio das raízes, a árvore foi pega muito de surpresa para agir rápido, e fechou os olhos quando pulou no meio delas, coisa que aconteceu naturalmente, eles passaram pela pedra como de fosse o pilar entre as plataformas três e quatro de King Cross.

- Rápido! Vamos! – Rose disse largando o palitinho no chão, saindo do colo dele e o puxando para longe dali. Não se passou trinta segundos antes do túnel se explodir os jogando-os para os pés de uma escada – Levante-se, estamos chegando! – Rose incentivou e os dois acabaram subindo por um alçapão de uma casa abandonada.

- Essa não é...

- Depois! Agora nos leve para algum lugar seguro! – Rose o interrompeu pegando a mão do menino.

- Ok – ele disse e ambos desaparataram.

.....

Mais cedo naquele dia...

- Me expliquem de novo porque estamos aqui? – Brandon perguntou olhando em volta a bagunça em que aquele quarto estava.

- Você não consegue ver? – Elizabeth perguntou como se seu pensamento fosse obvio.

- Como você quer que eu veja algo nessa bagunça? – Brandon disse franzindo a testa.

- Eu estou falando justamente da bagunça! Não vê como está organizada? – ela disse revirando os olhos.

- Ok, dessa vez você se atrapalhou nas palavras! – Tammy disse sorrindo e olhando as coisas em cima da cama.

- E como vocês sabem a senha do quarto da Rose de qualquer maneira? – Brando cruzou os braços.

- Eu sou o primo dela e ela é a melhor amiga, não foi tão difícil assim! – Albus avaliou encostado em uma parede e sorrindo.

- Mas vocês estão perdendo o foco, notem que algo suspeito está sem duvida rolando... – Elizabeth tentou chamar a atenção dos amigos.

- Ei, olha que bolinhas legais! – Tammy disse pegando uma caixa com algumas bolas aparentemente de plástico coloridas.

- Opa, opa, coloca isso no lugar, por favor – Albus disse nervoso de repente.

- Por quê? – a metamorfoga perguntou desconfiada.

- Gente, presta atenção, por favor! – Elizabeth já estava se estressando.

- Só coloca na cama com cuidado! – Albus disse olhando a caixa sem piscar.

- E se eu deixar... cair? – Tammy disse fazendo gracinha com a caixa.

- Por favor! - Albus se aproximou mais – Agora – ele disse um pouco irritado

- Ai, calma, já coloco e... – mas no momento antes de ela se virar para colocar a caixa no lugar, uma coruja apareceu e Tammy acabou se assustando e deixou a caixa cair.

- Ninguém me escuta! – Elizabeth cruzou os braços.

- Não – Albus tentou impedir, mas a caixa chegou ao chão espalhando as bolinhas e fazendo os quatro ali mais a coruja desaparecerem.

Minutos depois Rose entrava distraída e desanimada em seu quarto quando notou uma bolinha amarela no chão.

- Hum, o que isso está fazendo aqui? – ela perguntou pra si mesmo – Accio luvas de Cisne - Rose disse e duas luvas verdes flutuaram de sua cama para a mesma, a menina as vestiu.

Assim Rose pegou a bolinha e a colocou sob a os últimos raios de luz que vinham da janela.

- Kole! – Rose disse sorrindo divertida e balançando a cabeça; logo depois esticou mão com a palma aberta e a bolinha sobre ela e disse apontando a varinha com a outra mão – Aperire – E então a ave apareceu novamente voando assustada – Não deveria Brincar pelo quarto, estou arrumando tudo então tem coisas perigosas por aqui – Rose disse naturalmente indo para a janela onde a coruja de sua mãe pousara, com toda o cuidado para não tocar em nenhuma bolinha espalhada pelo chão.

“Preocupação de mãe nunca falha!” Rose pensou sorrindo e pegando a carta e então olhou o relógio de ponteiro ali perto.

 - Droga, vou me atrasar! – ela disse pegando a varinha e fazendo um feitiço silencioso para que todas as dez bolinhas voltassem para a caixa e depois fazendo outro para tudo que separou de importante fosse para uma bolsinha pendurada em um cordão, a caixa de bolinhas se encaixava nessa parte.

- Puxa, vou sentir falta daqui – Rose disse olhando o quarto que agora estava limpo, passou a mão por seu malão bagunçado cheio de livros e uniformes limpos, olhou pra escrivaninha com um trabalho feito pela metade, tudo indicava que era um dia normal e ela voltaria, menos a decisão formada em sua cabeça. Ela soltou um ultimo suspiro, pegou sua bolsinha, a pendurou no pescoço e saiu pela porta.

A menina andava olhando para todos os lados, queria gravar cada detalhe e nunca mais esquecer, distraída assim nem notou as pessoas que passavam por si ansiosas para voltar para suas camas e descansar de mais um dia passado, coisa que não aconteceu com uma dessas pessoas.

- Senhorita Rose! – Nara a chamou sorrindo.

- Ah, olá Nara! – Rose disse balançando a cabeça paras dispersar suas divagações.

- Como foi de provas?

- Tudo certo, mas nem vou perguntar pra você, não? Sua sabichona? – Rose sorriu.

- Nem tanto assim, só sei o que existe em alguns livros – a metamorfoga sorriu – Mas o que realmente me encantou em todos os livros que li, são os contos de fadas, não é interessante o jeito que eles ensinam as coisas?

- Claro, eu também sempre os adorei, são mágicos – Rose soltou um risinho.

- Enfim, você pode avisar seu primo que só porque as provas passaram não significa que minhas aulas também, ainda tenho muito a aprender sobre aqui – Nara disse fingindo-se de brava.

- Pode deixar, eu digo se o encontrar – Rose acenou.

- Ah, estava indo mandar uma carta e interrompi? – Nara perguntou preocupada notando uma carta na mão da ruiva.

- Não, eu recebi esta – Rose disse sorrindo e guardando a correspondência no bolso.

- Menos mal – e então ela bocejou – Bom, vou indo pro meu salão comunal, até mais! – a metamorfoga disse e se afastou de Rose depois da mesma se despedir.

Sendo assim Rose continuou seu caminho, ciente que estava quase em cima da hora, um pouco mais tarde para compensar a hora.

- Ah, me desculpe – Rose se desculpou ao trombar com alguém.

- Tudo bem, Ro, eu sei como você fica distraída em época de prova – o menino sorriu.

[...]

 

.....




N/a: Desculpem-me a demora novamente e ai está mais um capitulo :)

Sobre o código, Lana, eu meio que inventei, hehe, é que eu adoro livros de mistério e a partinha de pular as palavras foi de um ( se não me engano algum do Sherlock Holmes), já a dos numeros nem sei de onde tirei, hehe.

Então Marcela, o plano era não levar ninguem, afinal pessoas começaram a desaparecer tambem, mas essa parte não vai sair muito como o esperado e sobre o que a menina espirrou... bem, pode ser só um perfume mesmo, não? hehe

Espero que gostem :)

Bjs,

Bibi. 

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