Esperança



Capitulo XLIX


Alguns instantes antes...


Rose olhava para a varinha da bruxa anciã com uma enorme angustia, não sabia o que iria acontecer, mas tinha certeza que não seria nada bom para ela. Não queria parecer fraca, seus ataques de asma já a haviam entregado, mas não daria a satisfação de a verem chorando; pelo menos não naquele momento.


- Como lhe disse, Daisy, laços são partes muito importantes – ela olhou para sua pupila ao lado de Rose – Portanto antes de qualquer ação, deve-se enfraquecer a alma e o espirito. A poção que fez deve cuidar dessa parte – a bruxa sorria maquiavélica.


- Precisa de um copo ou...


- Não, menina, não acha que nossa voluntária aceitaria de bom grado tal poção, certo? – ela disse com desdém – Não, nossa voluntária ira tomar do jeito antigo, à força.


Com um aceno da varinha, a anciã fez um pouco do liquido formar uma bolha no ar e voar em direção de Rose que fechou sua boca fortemente, mas o liquido invadiu seu organismo pelo nariz mesmo. Rose abriu a boca puxando o ar e engasgou.


- Esse é o destino de quem não colabora, querida – a mais velha comentou enquanto Rose se recuperava – Agora esperamos a poção surtir efeito.


- Como... Entendo – Daisy notou que Rose começou a ficar pálida, parecia que a cor estava sumindo de sua feição.


Os músculos de Rose também relaxaram, a ruiva se sentia fraca e como se toda a vontade de viver tivesse se esvaindo pelos seus dedos. Ela afundou na cadeira.


- Façam isso parar! – Nirlara suplicou pela amiga.


- Não se preocupe esse é a parte mais simples do processo – a bruxa dispensou com desdém.


- Como sabe quando agir? – Daisy perguntou.


- Quando os olhos dela desfocarem, neste momento a energia para se quer participar do que acontece a volta dela já estará se esvaindo – Daisy acenou com a cabeça.


Rose não queria se entrega, mas a poção foi mais forte.


- Esplendido – a bruxa sorriu – Prontinha para a próxima etapa, não falarei as palavras em alto tom porque tal ato enfraquece o feitiço, ele precisa de concentração, depois falo quais são .


A feição da anciã se transformou em uma expressão de intensa concentração, ela murmurou algumas  palavras, girou a varinha duas vezes para esquerda e depois duas para direita, terminou o feitiço com um floreio rápido em direção há ruiva.


O grito que Rose soltou foi de quebrar o coração de qualquer um que tenha ouvido. Um frio subiu pela espinha de Scorpius e ele desejou mais do que nunca poder proteger Rose, uma fração da dor que Rose sentira Scorpius também sentira no próprio peito. Entretanto pouco notou dela.


Neste exato momento o motivo de tudo aquilo entrou pela porta com a varinha em punho agitando todos na sala menos Rose e a bruxa. Daisy lançou um feitiço para que Rose ficasse muda e não alertassem ninguém.


Bryan entrou de supetão, mas ficou tão atordoado pelo que via e pela ligeira dor que passou por seu peito que de inicio não dez nada. Portanto sua ação um minuto depois não obteve muito êxito.


- Estupefaça! – ele gritou em direção a bruxa.


- Protego! – Daisy a protegeu.


- Menina tola, porque a entrada não está selada com magia? – bruxa perguntou acenando a varinha para a porta que se fechou com um baque – Isso é importante – ela voltou a se concentrar em Rose que ainda torcia a boca, mas sem emitir som nenhum.


- O que está acontecendo aqui? – Bryan perguntou encarando firmemente Daisy.


- Senhor não pediu para aprimorar meus conhecimentos? Estou tendo uma aula – a garota sorriu irônica.


- O que Rose está fazendo aqui? O que está acontecendo com ela? – ele perguntou sofrendo pela ruiva.


- Não lhe interessa, vá embora! – Daisy quase gritou.


- Não sem antes...


- Rose? – Elizabeth gritou atrás da porta, Scorpius se agitou.


- Liz? – Scorpius chamou – Por favor, tragam...


- Nem pense – Daisy lançou um feitiço do silencio no garoto também.


Ouvindo seu amigo o chamar, Scorpius se agitou ainda mais, mas simplesmente nenhum som saia de sua garganta. Foi ficando cada vez mais angustiado. Nirlara ao seu lado já chorava, não acreditava no horror que estava presenciando.


- Sente-se em teu lugar – a bruxa mandou a Daisy – Primeira etapa completa.


Rose respirava com dificuldade, havia sentido uma dor quase insuportável. Estava exausta, seus olhos estavam fechados, mas se recusava a se entregar. Já passara por tanta coisa, não era aquilo que a derrubaria.


Nesse momento tanto Scorpius quanto Bryan ofegaram, uma fração do que Rose passava, eles também estavam sentindo. Bryan caiu em seus joelhos e Scorpius só não o fez por estar apoiado na grade de sua cela.


- Que etapa? – Bryan estava perdido, olhou para sua namorada – Daisy, o que está acontecendo?


- Não lhe interessa, fique fora disso – ela disse o olhando firmemente.


- O que é isso? – a bruxa se afastou para falar algo com sua pupila ignorando completamente Bryan.


Na frente de Rose, bem perto de seu peito, uma massa roda pulsava e a cada batida uma luz irradiava pelo corpo da ruiva que continuava com os olhos fechados.  Dessa massa, vários fios de variadas cores partiam pela frente e chegavam por trás, um que chegava saia de seu próprio peito.


- Que monstruosidade está fazendo, Daisy? – ele perguntou se levantando.


- Você não entenderia, apenas fique quieto! – ela respondeu ríspida.


- Daisy, essa bruxa é uma vilã, você não...


- Mas que rapaz petulante, tem certeza que é ele que quer? – a bruxa perguntou o interrompendo.


- Sim.


- Se tens tanta certeza – a bruxa dispensou com as mãos – Como ele não me deixa terminar a explicação para você, todos terão que ouvir então – a anciã se aproximou de Rose.


- Pode continuar – Daisy ignorou seu namorado em pé parecendo ainda desnorteado.


- Isso aqui é o coração vital da nossa voluntária – a bruxa apontou para a massa rosada, Rose abriu os olhos espantada e olhou para seu peito – Vê como ele manda vida para o corpo? – ela disse mostrando os espasmos de luz que travessavam o corpo de Rose de tempos em tempos, a mesma arregalou seus olhos – É com isso que vamos brincar.


- Se isso é realmente o que diz, não deveriam nem se aproximar! – Bryan estava horrorizado.


- Com a poção que ela ingeriu, seu coração está diretamente ligado com a poção no nosso caldeirão, é lá que faremos tudo – s bruxa continuou como se o garoto não tivesse dito nada.


- Não se eu puder evitar – Bryan cansou de ser ignorado e levantou a varinha.


A mais velha bufou em irritação e lançou um feitiço no loiro que desvirou, ela então se virou para ele percebendo que Bryan poderia não ser tão obvio. O duelo que se seguiu não demorou muito, afinal a bruxa tinha muitas décadas de experiência, entretanto quando Bryan percebeu sua derrota, mudou a estratégia.


- Preparado para sua derrota? – a bruxa debochou.


- Não tão rápido – ele disse e lançou um ultimo feitiço, sua varinha voou pelo ar.


- Errou, minha vez – ela sorriu maligna e lançou um feitiço que lançou o garoto para a parede oposta – Agora onde estávamos? – ela se virou para Daisy.    


- Sobre a poção...


O que elas não perceberam é que o feitiço de Bryan atingiu a grade da cela de Scorpius e Nirlara, abrindo-a. Não perceberam também que o loiro não tinha simplesmente perdido a varinha e sim a lançado para a direção dos prisioneiros. Scorpius interrompeu Daisy lançando um estupefaça, e logo depois desfez os feitiços silenciadores sobre ele e sobre Rose.


- Mas quando me livro de um petulante, outro aparece? – a bruxa se irritou – Não aguento mais isso.


- Scorpius fuja! – Rose gritou.


- Não sem você, Nara, vá chamar alguém – ele gritou – Bombarda! – a parede ao lado da porta explodiu.


- Mas... – ela olhou o olhar suplicante que Scorpius a lançava enquanto bloqueava um feitiço jogado pela bruxa – Ok – e ela saiu buraco a fora.  


- Ajuda contra mim, boa sorte! – a bruxa riu maleficamente.


- Acho que estou no lugar certo – um homem de profundos cabelos brancos passou pelo buraco.


- Gasp? – Rose e Scorpius perguntaram espantados.


*****


- O que é isso? – Senhor perguntou entrando em sua sala do trono e encontrando uma bandeja de comida caída no chão.


- Seu filho teve que sair correndo – Astória respondeu calmamente – Não o culpe, era uma emergência.


- Mas o que poderia ser emergência... Hoho, veja quem decidiu falar – Senhor a olhou com um sorriso superior.


- Devido aos acontecimentos recentes, não vejo mais porque apenas aturar suas asneiras.


- Acontecimentos recentes, do quê..?


- Senhor! Senhor! – um seguidor entrou correndo na grande sala – Aurores! Inomináveis! Animais! – ele gritou aterrorizado.


- Fale direito! – Senhor ordenou com uma voz firme, o homem respirou fundo.


- Estamos sendo invadidos, de todos os lados – ele disse mais seguro – Aurores invadiram durante o almoço, as criaturas escaparam e estão prontas para lutar, assim como os Aurores que capturamos.


- Como? – Senhor não acreditava no que estava ouvindo, foi direto para a janela e viu a batalha que acontecia em seu gramado – Não pode ser!


- Senhor, todos já estão em alerta, não há tempo de usar nossa estra...


- Esqueça, apenas temos que usar o Controlador Temporal que... – Senhor começou a traçar um plano, mas antes que pudesse passar pela porta pela qual seu seguidor já passara ela se fechou com um estrondo – Mas o quê..?


- Não posso permitir que neutralize tantas pessoas de uma só vez – Astória disse de pé com a varinha a mão.


- Mas como...


- Por favor, você sabe que sou uma Inominável, achou mesmo que me capturou tão fácil assim como confiscou minha varinha – Astória debochou – Sem contar o jeito que me confinou, tão...


- Certo, já entendi que a subestimei – Senhor disse erguendo sua varinha.


- Fico feliz, agora, por favor, se renda para que possamos acabar logo com isso – a loira pediu gentilmente.


- Não me entregarei antes de lutar! – ele disse e lançou um feitiço.


- Sempre tem que ser do jeito mais difícil – ela disse para si mesma esquivando – Que assim seja – ela disse apertando sua varinha e iniciando o duelo.


*****


 - Rony! – Hermione correu para o ruivo o enlaçando com as mãos e os pés, o homem não caiu por muito pouco – Não posso acreditar que esteja bem! – ela já estava chorando.


- Mione – Ronald disse meio assustado a abraçando de volta – Estou bem sim, se acalme! – ele disse e ela voltou os pés no chão sem, entretanto, o soltar.


- Eu achei que tinha te perdido para sempre!


- Claro que não, você sabe que não poderia ficar longe por muito tempo – ele disse se distanciando um pouco para olhá-la nos olhos – Se acalme, certo, estou bem aqui! – ele sorriu e a beijou ternamente.


- Pai? – Hugo perguntou com lagrimas nos olhos também.


- Hugo – Ronald olhou o filho que estava muito temeroso de se aproximar, o ruivo mais velho ficou confuso – O que está fazendo aqui? Usou seu cérebro de Hermione para achar perigo de novo?


- Pai? – o garoto perguntou de novo e olhou para a mãe, ela confirmou com a cabeça sorrindo.


- O que há? – Ronald perguntou e logo foi envolvido em um forte abraço pelo filho também.


- Não consigo acreditar que é você de verdade – Hugo disse apertando ainda mais o pai e enfim o soltando.


- O que há com vocês? Sou eu, em carne e osso! – o ruivo estava muito confuso.


Os três estavam tão envolvidos em sentimentos que nem notaram que ao redor deles a luta ia se acabando, com os Aurores, Inomináveis e as criaturas como vitoriosos.


- O que está havendo aqui? Vocês estão loucos? Parar assim no meio de uma batalha? – Harry chegou com cara de poucos amigos – Será que nunca mudam?


- Harry! – Hermione exclamou e foi abraçar forte o amigo – Você também voltou!


- De onde? – Ronald deu de ombros.


- Imagine quando todos virem isso, vão...


- Todos?- Ronald estava bem confuso.


- Hum, sem querer atrapalhar, mas já atrapalhando... – Brandon quebrou o clima ameno do local – Mas precisamos falar urgentemente com vocês.


- Elizabeth? – Hermione perguntou reconhecendo a amiga desaparecida de sua “falecida” filha.


- Sim, precisamos...


- O que está fazendo aqui? – a morena estava confusa.


- É uma longa história, mas não podemos contar ela agora, a questão é que...


- Ei, não foram vocês que nos tiraram do quarto? – Harry perguntou – O que estávamos fazendo lá? O que vocês..?


- Não há tempo, escutem, é importante...


- Não... – Ronald começou.


- É sobre a Rose – Elizabeth quase gritou; o coração de Hermione pulou uma batida, Hugo olhou para o chão.


 - Eu sei que estão desaparecidos há algum tempo, Rose não está mais aqui.


- Ela esta viva – Brandon disse rapidamente – Eu acho.


- Você acha? – Ronald o olhou impacientemente.


- Sigam-nos! – Elizabeth disse de uma vez e puxou Brandon para a construção novamente.


Harry, Ronald, Hermione e Hugo os seguiram. Os dois primeiros mais confusos que nunca e os outros dois com medo de ter esperança.



******

n/A: Penultimo capitulo! Yay! Tentarei postar o próximo mês que vem mesmo.


Olá Bia Ginny Potter, fico muito feliz que tenha gostado da fic. Eu imagino a relação entre o Brandon e a Liz como algo bem puro, ele sempre estaav rodeado, mas nunca conseguiu achar alguem que o interessase, ele já notava a Liz, mas apenas como amiga; o sentimento surgiu nesse ultimo ano quando foram forçados a se aproximar. O popular e a excluida que teve uma mudança. :) A Gina não está no meio dessa treta porque não sabe o que está acontecendo, mas se soubesse tenho certeza que estaria lutando sim. Quando ela descobrir que omitiram faotos dela tenho dó de quem ficar por perto. 

Espero que gostem.

Bjs,

Bibi. 

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