Laços



Capitulo XLV


- Kingsley! – Hermione chamou um pouco irritada – O que significa aqueles agentes se infiltrando com suas ordens nos meus planos?


- Convenhamos que você não avançou muito desde começou a vasculhar por ai – ele disse sem perder a calma – Eles estão lá para ajudar, assumo qualquer desfalque que tiver com eles.


- Não sei, a operação já esta em ação, esse grupo vai chegar do nada, não sei o que fazer com pessoas novas – ela disse cruzando os braços.


- Confie em mim, eles conhecem muito bem o que esta acontecendo – ele disse a olhando intensamente.


- Hum, ok – ela se rendeu – Mas se eles me atrapalharem em algo, eu te garanto que movo uma campanha para trocar seu cargo para secretário do Percy! – Kingsley engoliu em seco.


- Eles são bons – ele disse simplesmente.


- É bom estar certo – ela disse e saiu de lá batendo a porta.


Hermione pegou o elevador e seguiu direto para o andar doa Aurores, faltava pouco para a reunião com o novo grupo começar e ela não se permitiria se atrasar. Não acreditava que tinha aceitado essa nova intromissão, mas se o próprio Ministro disse que eles ajudariam a encontrar Rony e Harry, ela permitiria o risco.


Depois da reunião, Hermione teve de reconhecer, realmente os novatos tinham um vasto saber sobre o que acontecia e suas informações foram tão uteis que já tinham um local para investigar até o final da semana, ela estava muito animada em finalmente obter um avanço. Entretanto, sua euforia não a impediu de notar uma figura distinta saindo de sua sala de reunião, ela suspirou e seguiu-a.


- Hugo Arthur Weasley! – ela chamou e a figura parou, se recriminando por ser pego – Quantas vezes já falei que esse assunto não é para você?


Ela o alcançou e o virou para encara-lo diretamente, ele estava com a cara emburrada e encarava o chão.


- Como você ainda consegue escapar, dessa vez estava na casa de sua avó! – ela disse balançando a cabeça, cansada.


- Vovó deixou eu falar com você – ele deu de ombros.


- Você tem que parar de fazer isso, aquela reunião não era para os seus ouvidos – ela cruzou os braços.


- E você espera que eu faça o que? – ele a encarou dessa vez, com os olhos vermelhos – Espere sentado em casa até receber uma noticia que você se foi também?


- Eu... – ela o olhou atônita – Estou tentando encontrar seu pai, não vou sumir.


- Quem me garante? – ele se exasperou – Sem contar que eu posso ajudar.


- Você tem quinze anos – Hermione descartou-o.


- Você tinha menos que isso quando ajudou tio Harry contra Voldemort pela primeira vez – ele disse a olhando – E você pode ser a bruxa mais inteligente, mas papai que sabia de estratégia e acho que eu posso ajudar a melhorar um pouco o plano que vocês traçaram – ele disse pomposo.


- Ah, claro – ela desdenhou – E onde meu filho-gênio acha que erramos?


- Para começar, como vocês acham que uma ofensiva dará certo? Se eles forem os responsáveis pelos sumiços de todas as criaturas magicas desaparecidas e as usarem como um exercito, uma ofensiva com a quantidade de agentes que tem, não importando suas habilidades, poderia acabar em uma grande derrota – ele disse desafiador.


Hermione abriu a boca e fechou diversas vezes ponderando a ideia de seu filho.


- Essa parte ainda está aberta a questionamentos – ela disse fazendo descaso.


- E sobre os vizinhos, vocês poderiam interroga-los, procurar uma entrada secreta ou algo assim com eles – ele continuou – E...


- Ok, você tem varias ideias – Hermione o cortou – Você pode escrever, me mandar e prometo colocar em pauta.


- Não, eu não vou voltar para a casa de algum parente – ele disse irritado – Ou me leva com você para resolver os problemas de sua missão, ou eu entro sozinho lá e vejo o que está acontecendo por mim mesmo.


- Eu sou sua mãe, não fale desse jeito comigo! – ela se irritou também.


- E eu sou seu filho, e filho do papai, não vou ficar sentado de braços cruzados! – ele disse com uma tonalidade mais calma – Vou pra Toca, espero que apareça lá até amanhã.


- Você não pode fazer isso comigo, você tem apenas quinze anos! Essa não é a idade de sair em missões perigosas! – ela disse massageando as têmporas.


- Não que seja importante, mas eu tenho dezesseis – ele disse frio olhando no relógio – E eu não vou comentar sobre a segunda parte – ele se virou para seguir para os elevadores, mas virou a cabeça uma ultima vez – Ah, vovó pediu para dizer que ela vai fazer um bolo e chamar a família para comemorar, se você quiser, pode aparecer.


Hermione fechou os olhos vendo seu filho desaparecer, não podia acreditar que tinha esquecido seu aniversário. Não queria que Hugo se arriscasse, mas não podia negar que ele estava sentindo a mesma coisa por ela. Sua cabeça estava a mil calculando o que seria melhor a fazer, e não parou quando sua decisão foi tomada.


*****


- Os Aurores? – Tammy arregalou os olhos.


- Fale baixo! – Albus mandou.


- Nossa, isso muda tudo! – Brandon avaliou – Não podemos simplesmente sair, temos que ajuda-los.


- O que vocês encontraram? – Elizabeth mudou de assunto.


- Nós... – Tammy começou, mas então a porta de onde Rose e Scorpius estavam presos se abriu e uma garota reconhecida saiu de lá entrando na porta imediatamente ao lado que outrora estava fechada, ao amigos prenderam a respiração.


- Vejamos, isso, isso, isso, o caldeirão – eles ouviram a garota dizendo pois a porta se mantinha escancarada – É, acho que peguei tudo.


A garota saiu com um caldeirão lotado de artigos e com um livro por cima, na euforia fechou a porta, mas não voltou a tranca-la. Os amigos ainda estavam paralisados e temeram ainda mais quando ela entrou novamente na prisão dos amigos.


- Acho que com tudo que ela levou, não volta tão cedo – Elizabeth sussurrou tremendo um pouco.


- Vamos lá! – Brandon disse puxando Tammy, assim como Elizabeth puxava Albus.


Uma vez dentro da sala notaram que aquele lugar era o local de trabalho de alguma Fazedora de poções, as paredes estavam lotadas de prateleiras com todo o tipo de ingredientes e livros, três grandes caldeirões e uma grande bancada se encontravam no meio da sala em lugares estratégicos para haver fogo por baixo deles sem queimar a sala inteira. Como a sala estava vazia, os amigos desfizeram os encantos de disfarce.


- O que vamos fazer, então? – Albus foi o primeiro a se pronunciar, nunca esteve mais sério.


- Bom, vamos tentar salvar as criaturas e os Auroes...


- Criaturas? – Elizabeth interrompeu Tammy.


- Sim, encontramos uma enorme sala cheia de criaturas mágicas em um dos piores estados que eu já vi, tinha até um unicórneo no chão abatido – a metamorfoga esclareceu.


- Um unicórneo? Como conseguiram capturar um deles? – a loira estava impressionada.


- E centauros, vampiros, trols, de tudo – Tammy fez uma cara triste.


- Enfim, vamos salva-los ou seguir o plano original e apenas pegar nossos amigos e pensamos em voltar depois? – Brandon interrompeu a discussão feminina olhando seriamente para cada um ali.


- Acho que a resposta é obvia, não posso deixar meu pai sabendo que ele está desacordado aqui – o moreno disse duro.


- Bom, temos que avisar Scorpius e Rose da mudança de planos – Tammy disse tirando um pedaço de pergaminho do bolso – Quem diria que esse caderno duplicado da loja do seu tio serviria para algo além de conversar na aula – ela sorriu amarelo.


“Mudança de planos”, ela escreveu no papel, “Vamos tentar salvar outras pessoas, voltamos para pegar vocês depois”


- Tomara que ele veja logo – Tammy disse guardando o papel.


- E agora, qual o plano? – Elizabeth encarou os amigos.


- Estava pensando em um, que tal fazermos uma poção revigorante forte para os seres mágicos, daí eles próprios podem nos ajudar a sair – Brandon disse olhando para a sala – Acho que temos aqui todos os ingredientes para o dobro de uma poção.


- Sim, e os caldeirões parecem muito bem – Elizabeth avaliou.


- Acho que é um bom plano – Albus disse, mas olhou Tammy entediado, ambos não faziam poções há dois anos.


- Pode ser – ela disse desanimada.


- Ok, acho que ali em baixo tem mais Ditamno – Elizabeth disse à Brandon se dirigindo a uma estante oposta a que apontava.


- Acho que vi umas cascas de Wiggentree por ali também – ele disse se dirigindo para onde ela apontava.


- Entretanto – Albus se pronunciou, Tammy se animou com a palavra – Acho eu nós não seriamos de grande ajuda aqui, e quando conseguirem animar as criaturas deveríamos levar para onde? Sugiro que eu e Tammy saiamos para reconhecer o local.


- Eu topo, não estamos ajudando em nada mesmo – ela disse sorrindo.


- Mas é perigoso ficar zanzando por aqui, se forem descobertos estarão em muito perigo e todo o plano também – Elizabeth disse se virando para eles.


- Temos de ter uma rota de fuga, caso contrario ficaremos perdidos nesse castelo com uma legião de criaturas atrás – Albus cruzou os braços.


- Essa poção é rápida de se fazer , não demoraremos muito –Brandon disse sabendo que eles só estavam entediados.


- Não demoraremos, qualquer coisa nos encontramos na sala onde estão as criaturas – Albus disse já pegando a mão de Tammy.


- É só reconhecimento – a metamorfoga disse usando a sua varinha para deixar ela e Albus invisíveis de novo.


- Sei que já são adultos, mas ainda é difícil de confiar que não farão nenhuma burrada – Elizabeth suspirou voltando sua atenção para a prateleira.


- Também tenho de me convencer que nós não vamos fazer burradas – Brandon sorriu de lado.


- Essa é uma poção do terceiro ano, não há como dar problema – ela sorriu colocando os ingredientes que pegara em uma bancada.


- Não tenho receios com isso e sim em como vamos fazer eles beberem essa poção – o castanho disse levantando as sobrancelhas.


- Um passo de cada vez! – ela disse fazendo uma careta.


- Você que manda! – ele sorriu e voltou sua atenção para a bacada.


*****


- Já que já temos uma voluntaria, sua próxima aula já pode começar – a bruxa mais velha sorria para a pupila – Hoje vamos aprender sobre os laços que ligam as pessoas, se você conseguir dominar essa lição, nenhuma pessoa será totalmente um mistério para você.


A bruxa andava de um lado para o outro observando os prisioneiros e quanto mais olhava, mais seu sorriso se alargava. A força que ela emanava deixava claro que estavam lidando com uma bruxa realmente poderosa.


- Que laços? – Daisy, a namorada de Brayan, a olhava, interessada.


- O bom de saber tudo que eu sei é que posso fazê-los ficarem visíveis, mas com o tempo você poderá os vir sozinha quando quiser – ela disse e então ficou séria enquanto pegava sua varinha – Tiesrelio! – ela disse depois de fazer movimentos amplos com sua varinha.


Em pouco tempo os archotes que iluminavam o local se apagaram e então vários fios saindo pelo peito e entrando pelas costas de todas as pessoas presentes apareceram e brilharam, saiam e entravam pelas paredes ou por outra pessoa. Haviam fios grossos e haviam fios finos, nas cores azul, dourado e prateado.


- Wow! – Daisy assoviou; Rose, Scorpius e Nirlara também estavam boquiabertos.


- É, existe muito para se aprender ainda – a bruxa sorriu.


- Como isso funciona? – ela perguntou olhando de perto um fio prata que saia se seu peito – E como saberei mais das pessoas com isso?


- Bom, veja os exemplos que temos – a mais velha apontou para os prisioneiros – Aquela ruiva possui plenas relações, olha a quantidade de laços que sai e entra dela, ou seja, é mais suscetível a emoções e ameaças, provavelmente pensa mais nos outros no que em si mesmo por estimar muito elas.


- A loira, ela tem uma coisa negra em volta dela, o que significa?


- Que algum laço foi quebrado abruptamente e ela ainda não se recuperou, a ruiva também tem isso, só que em pouca quantidade o que significa que ela sente que algum laço se quebrou, mas ainda está ali – ela explicou – O garoto já é mais centrado, tem os laços em uma quantidade controlada.


- Interessante – ela disse vendo que a quantidade de seus laços era ainda menor.


- Sim, mas sua experiência com laços está apenas começando.


*****


- Hermione! – Moly Weasley disse surpresa ao ver a nora saindo da lareira – Não sabia que viria, todos já se foram e...


- Tudo bem Moly – Hermione sorriu e abraçou a anciã – Onde ele está? – a mais velha a encarou com tristeza.


- Ele está lá fora, acho que no antigo balanço de Rony e George construíram – ela disse – Ele participou bem da festa, mas depois do bolo ele simplesmente se isolou lá.


- Rose sempre soprava as velas antes dele – Hermione sorriu fraco – Vou falar com ele.


- Tente fazer ele comer um pouco, ele não anda comendo muito bem – ela disse entregando um pedaço de bolo para a castanha que sorriu saindo dali.


Hugo olhava para seus pés pensando em como cumpriria o que tinha dito, já que já sabia das missões, poderia sair atrás de uma delas, entretanto era muito arriscado pois sua mãe poderia se prevenir daquilo, sem contar que com sua idade ainda não podia fazer magia sem que alguém do ministério soubesse, estava com os pensamentos a mil. Até que sentou alguém se sentando no balanço ao seu lado.


- Sua avó está preocupada com a sua alimentação – Hugo se surpreendeu com a voz e ficou ainda mais surpreso ao olhar para o lado e ver sua mãe sorrindo lhe estendendo um pedaço bolo.


- Obrigado – ele disse incerto aceitando o bolo, ficaram em silencio por um tempo – Desculpe por ter falado daquele jeito com você, foi falta de respeito – ele encarou o chão, envergonhado.


- Tudo bem, eu seu que não te dei o melhor apoio nesse momento difícil – Hermione disse com um sorriso amarelo – Mas você tem que entender que encarar a situação é muito difícil – a voz dela ficou um pouco embargada, mas Hermione se recompôs – Enfim, desculpe ter me distanciado – ela bagunçou os cabelos ruivos de seu filho.


- Mãe – ele reclamou tirando a mão dela de seus cabelos.


- ah, e aqui está seu presente de aniversário – ela disse lhe entregando um papel enrrolado cum uma fita azul.


- O que é isso, um cartão? – ele perguntou sorrindo enquanto desenrolava o papel, Hermione sorriu ao ver ele arregalando os olhos conforme lia – Uma licença para praticar magia fora da escola?


- Não iria te deixar completamente dependente nas missões, certo? – ela perguntou irônica.


 - Obrigado, mãe! – Hugo disse se levantando e abraçando forte Hermione que o abraçou na mesma intensidade.


- Mas você vai ficar perto de mim o tempo inteiro, e só vai usar sua varinha em casos extremos, se a coisa ficar feia você sairá imediatamente, seguirá exatamente tudo que eu mandar, vai também... – ela disse rápido o abraçando mais forte.


- Você está me sufocando – ele disse com a voz abafada e Hermione o soltou um pouco para o olha-lo.


- Só não quero te perder também – ela disse com poucas lagrimas nos olhos.


- Você não vai, mãe – ele disse limpando as lagrimas da mãe – Prometo fazer tudo certinho, sabe que sou o mais sensato da família.


- E o mais modesto também, não sei de onde puxou isso – ela diz o soltando e se dirigindo para a Toca – Temos que falar com seus avós.






******

n/A: Yey, mais um cap.!!

Oi Lana, é, eu já tava pensando mostrar o que acontecia com a Mione nesse cap., está ai sua resposta ^^. Sim, vão usar a Rose e o Scorpius para experimentos também :/ É, algo grande vai acontecer com as criaturas e os Aurores. É, essa namorada do Bryan apareceu do nada, mas logo você vai entender como ela surgiu, hehe. espero que esse cap. tenha te ajudado nos mistérios, hehe. Bjs.

Então, a fic está acabando, como dá para perceber, hehe. Vou tentar postar aqui até o final, mas ainda não consigo logar no novo site então se, de repente, sumir tudo do velho vai ser complicado de postar, dai posso começar a postar em outro lugar, como o Nyah ou o fanfiction.net... Se quiserem, podem comentar que site preferem ^^

Espero que gostem do capitulo!!

Bjs, 

Bibi.

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Comentários (1)

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