Sobre Paradoxos



Capitulo XXXV


- E então? Como se sente? – Scorpius perguntou a olhando curioso.


- Na verdade não sinto nada de diferente – Rose olhou para o mago, preocupada.


- Só há uma forma de saber – ele disse simplesmente.


- Não, eu terminantemente não vou arriscar tirar a vida de alguém apenas como um teste – ela disse negando com a cabeça.


- Sendo assim, você nunca saberá se o feitiço funciona ou não, seu esforço em vir aqui se tornara em vão – o Mago disse a fitando.


- Mas... mas... – Rose disse não contendo as lágrimas – E se eu matar mais alguém?


- Eu garanto que isso não vai acontecer – Guaspar assegurou.


- Pode me dar um beijo, confio nele – Scorpius disse olhando para o Mago – Você tem certeza, não?


- Plenamente – ele disse asseando positivamente.


- Viu, pode beijar aqui – ele disse apontando para sua bochecha, Rose se aproximou.


- Eu... eu não consigo – Rose disse parando e se afastando.


- Vamos Weasley, eu não sou tão nojento assim – ele disse a encarando.


- Não é isso, idiota – Rose devolveu limpando suas lágrimas – Ele pode ser a pessoa mais desprezível que eu conheço...


- Obrigado pela parte que me toca – Scorpius disse a olhando ultrajado.


- ... e mesmo assim não merece morrer – Rose disse ignorando o comentário de Scorpius.


- Não sei se devo agradecer ou não – Scorpius comentou.


- Bom, você escolhe – o Mago disse apenas –  Mas antes de ir, precisam comer algo, já estão a muitas horas sem comer ou beber por aqui – o Mago disse estralando os dedos e logo uma mesa com uma bela refeição apareceu.


- Mas eu pensei que não se podia fazer magia com comida – Scorpius estranhou.


- E bruxos não podem mesmo – ele disse – Mas a magia de elfos é diferente e eu tenho um que me ajuda por aqui – ele piscou – Afinal não sei se perceberam, mas estou um pouquinho velho – os mais jovens riram.


- Vamos, se sentem – ele disse já se sentando e servindo-se, os outros logo o seguiram – enfim, precisam de algo mais de mim?


- Hum, vamos embarcar em uma perigosa missão, na verdade já estamos nela, será que você tem algo que possa nos ajudar? – Scorpius perguntou.


- Hum, será que... Não, vocês não saberiam como usar – o ancião disse consigo mesmo.


- Aprendemos rápido, poderemos usar o que quer que nos mostre – Rose assegurou.


- Existe um feitiço... Não, isso não é para crianças – Ele se recriminara.


- Oi, nós não somos crianças – Rose o corrigiu meio brava – Já temos 18 anos, isso já é adulto inclusive para os trouxas.


- Sim, claro que sim – o mago confirmou – Mas ainda são jovens, comparados crianças quando se fala de magia – Scorpius abriu a boca para contestar, mas Guaspar foi mais rápido – Sim, vocês frequentaram, acho que Hogwarts, desde os onze anos, certo? – os mais jovens confirmaram – Então, esses onze anos foram como uma introdução a magia, não acreditam em mim?


- Sinceramente, como oito anos podem ser apenas introdução? – Rose perguntou cética.


- Corrija-me se estiver errado, mas vocês ainda não sabem controlar a mágia sem uma varinha, certo? Voar sem uma vassoura? Fazer um encantamento? – eles apenas negaram nas anteriores, Rose abriu a boca para reaponder algo, mas o mago foi mais rápido novamente – Digo, com palavras, gestos, locais, tempo e objetos certos?


- Na verdade, meus avós me ensinaram alguns como os que aconteciam nos solstícios e nos equinócios, outros para mudar as coisas ou para se revigorar, essas... – Scorpius começou.


- Ótimo, isso é realmente esplêndido – o Mago comemorou – Nunca se esqueça deles e sempre procure aprender novos – ele conselhou – Mas acho que mostrei meu ponto.


- Mas fazer mágica com as mãos é algo incontrolável, só acontece com algum estímulo – Rose contestou.


- Então isto – ele disse fazendo um pergaminho aparecer em sua mão – É um delírio de sua mente.


- Mas como... – Rose começou boquiaberta.


- Com muito treino e disciplina, é mais difícil pois com a varinha, há como condicionar a mágica, já de mãos nuas ela apenas flui e é complicado condicioná-la – ele explicou e fez o pergaminho desaparecer novamente – É uma magia esquecida, afinal quem treinará o mais díficil sendo que o mais fácil está na palma da mão, literalmente – ele disse pegando sua varinha.


- E quanto tempo mais ou menos se demora em conseguir isso? – Scorpius perguntou interessado.


- No mínimo meio século – o Mago riu da careta que o loiro fez – Mas isso foi na minha época, na qual apenas alguns bruxos conseguiam ser pupilos de outros mais experientes que os ajudavam a aprimorar sua mágica – ele comentou – Quando fui ensinado, por exemplo, éramos apenas eu e mais dois estudantes para um Mestre.


- Épocas diferentes – Scorpius comentou.


- Sim, muito diferentes – o Mago sorriu.


- Mas um dia eu quero chegar a esse nível – Rose sorriu.


- Boa sorte, Srta. Weasley – o Mago desejou, Rose então olhou para um espelho e se focou em seus lábios passando a mão por eles.


- Por que será que essas coisas estão acontecendo conosco? – ela perguntou agora triste ainda olhando para o seu lábio.


- Essa é uma boa pergunta – o Mago sorriu – Como sabem que algo é bom?


- Hum, porque ele não machuca, não há nada que prejudique – Scorpius tentou.


- Ou seja, porque não é mau – ele disse sorrindo ainda mais – Vivemos reclamando das coisas ruins que acontecem por ai, mas sem elas nossa existência seria a coisa mais chata do mundo.


- Como assim? Se não houvesse coisas ruins, tudo seriam flores – Rose sorriu.


- E você lá perceberia as flores? – o Mago perguntou – Provavelmente já estaria enjoada de seus perfumes e delicadeza – Rose tentou protestar – Vejamos, qual foi o dia mais interessante se sua existência?


- Hum, creio que foi quando eu desci do telhado da casa da minha avó com uma prancha, desci até pelo barranco que finda em um riacho lá perto – Rose sorriu – Todos os meus primos, Elizabeth e.. bem, todos estavam lá me vendo e depois meus primos decidiram descer também, acabou o dia com muitos machucados pelo corpo, mas foi muito bom.


- Aposto que seus pais não gostaram nada disso – o Mago fez uma careta.


- Claro que não, ouvi tanto também, mas valeu a pena – Rose o olhou.


- E está ai minha prova, você teve uma dura pena, machucado e broncas, o mau, mas a parte boa, a diversão, ficou melhor depois disso – o mais velho disse sabiamente – Afinal se nada disse tivesse acontecido, esse dia só iria ser mais um, sem grandes emoções.


- Você até pode ter razão – Rose disse mordida.


- Bem, Weasley, você pode dizer muito das coisas que você fez na escola forma muito boas, mas a maioria aconteceu quando você quebrou alguma regra – Scorpius comentou.


- Cala a boca, Malfoy – Rose disse e ele riu.


- Enfim, há algo mais que possa fazer por vocês? – Guaspar perguntou chamando a atenção dos dois.


- Se pudesse contar tudo que está acontecendo e o que devemos fazer, eu ficaria muito grato – Scorpius disse suspirando.


- Isso eu não posso fazer – ele disse os olhando um pouco triste – A única coisa que consegui me atualizar mais ou menos foi a evolução da língua – ele sorriu um pouco – Entretanto tentarei me atualizar e ajudarei no que puder.


- Bom, com uma pessoa tão sábia será de grande valor, caso algo aconteça – Rose disse se levantando – Muito obrigada por tudo – ela disse o abraçando.


- É, agora vamos para a Grécia – Scorpius disse e olhou em volta – Como saímos daqui?


- Hum, aquele túnel é a saída menos perigosa – ele disse apontando para uma abertura logo atrás de si.


- Como assim, o que há lá? – Rose perguntou desconfiada enquanto limpava sua boca.


- Nada, mas nunca se sabe onde ele acabará – o Mago deu de ombros, Rose e Scorpius se entreolharam suspirando.


- É, parece que nada por aqui é fácil – Scorpius deu de ombros depois de colocar uma última garfada na boca.


- Essa era a intenção – ele disse meio que se desculpando – E agora só o que posso fazer é desejar boa sorte em sua empreitada.


- Obrigado, por tudo – Scorpius agradeceu se levantando e já se encaminhando para o túnel.


- Até mais! – Rose piscou acenando para Guaspar antes de respirar fundo seguir Scorpius.


- Só mais uma coisa! – ele chamou a atenção dos dois – Quero que se lembrem do que eu disse, não há como algo ser apenas certo ou errado – os dois assentiram – Quer dizer, o que seria de uma coisa sem o seu contrário? Nada alem de algo perdido por ai – ele respondeu piscando.


- Há, mas tenho quase certeza que o que estamos fazendo é bom – Rose comentou – Afinal, há um grande perigo vindo, pelo que parece.


- E isso é mau – Scorpius emendou.


- Mas me digam, o que seria do bem sem o mau? – ele piscou – Só quero que pensem nisso. E lembrem-se: a vida é o maior dos paradoxos, afinal ela nunca é plenamente algo, ela é uma mistura de coisas – ele os fitou intensamente – Agora vão, em pouco tempo um novo dia amanhece – ele completou acenando, Rose e Scorpius acenaram também e entraram pelo túnel com suas varinhas já acesas.


- Nossa, esse lugar escuro já me fez perder a noção do tempo – Scorpius comentou depois de uns momentos de silêncio.


- É – Rose respondeu, estava cabisbaixa por não ter resolvido nada se sua maldição.


- Estou cansado, você não? – ele disse novamente.


- É – ela respondeu novamente.


- Hum– ele a olhou, mas não conseguiu pensar em nada para fazer ou dizer então apenas continuou seu caminho em silêncio, de ambas as partes.


*****


Tammy, Bradon, Albus e Elizabeth voltaram para o hotel, já disfarçados, mas ninguém estava com sono então apenas decidiram descer e andar pela praia na frente do hotel e então acharam uma sorveteria no final da praia e se sentaram em um banco virado para a praia com seus sorvetes.


- Que horas devem ser? – Elizabeth perguntou.


- Perto das seis, o céu está tão escuro que logo amanhecerá – Brandon comentou.


- Só espero que os outros dois apareçam logo – Albus disse preocupado.


- É, já se passou um dia – Tammy também soava preocupada.


- Ah, eles logo aparecem, aposto que já estão vindo na verdade – Brandon tentou animar o grupo.


- Tomara – Tammy disse e fixou seu olhar na praia a gente do banco onde estavam sentados – vocês estão vendo aquilo?


- Acho que... Não – Elizabeth balançou a cabeça.


- Vamos ver! – Albus disse se levantando e logo todos estavam correndo para a praia.


*****


- Nossa, aqui fede! – Rose comentou tapando o nariz com a blusa.


- Nem me fale! – Scorpius comentou do mesmo jeito.


- Em que estamos pisando? – Rose perguntou sentindo o chão um pouco mais mole que o costume.


- Não sei, e não quero descobrir – ele disse com uma cara de nojo.


- Acho que estou vendo algo – Rose disse de repente olhando para cima, Scorpius virou a cabeça que antes estava para frente.


- No teto? – Scorpius estranhou, mas então arregalou os olhos – Corre! – ele praticamente gritou agarrando a mão dela e a puxando.


- Nem precisa repetir! – ela disse o seguindo.


Quando ambos levaram as varinhas ao teto, provocaram um conjunto de morcegos que agora voavam para eles guinchando irritados.


- Por que fez isso Weasley – ele perguntou – Eles podem nos matar, ou pior, nos derrubar! – ele gritou.


- Não foi minha intenção – ela respondeu gritando também – E você tem que revisar suas priorides – ela disse e então soltou um riso.


- Por que está rindo? – ele perguntou a olhando por um momento, mas sem parar de correr.


- Desde que papai me contou uma história que ele falava isso, fiquei com uma tremenda vontade de dizer também – ela respondeu rindo.


E então os morcegos pareceram não mais voar entre eles, eles haviam sumido.


- O quê..? – Scorpius começou a perguntar, mas então percebeu que o gupo de Morcegos estavam subindo – Saímos da caverna!


- Sim, eu sinto o vento de novo! – Rose disse sorrindo – e acho que já podemos parar de correr agora.


- Sim, verdade – Scorpius disse parando de correr, e então notou que ainda segurava sua mão e a soltou imediatamente.


- Aonde acha que estamos? – Rose perguntou olhando em volta.


- Na praia – ele sorriu apontando para o mar a sua frente.


- Isso eu sei, mas qual praia? – Rose perguntou revirando os olhos.


- Bom, tem uma cidade ali em cima, então é só perguntar – Scorpius deu de ombros.


- Epa, parece também que já tem gente querendo nos ajudar – Rose disse estranhando quatro pessoas correndo para eles.


- Mas eu conheço eles de algum lugar – Scorpius espremeu os olhos.


- Oh, você está bem, que bom que vocês estão bem! – uma menina morena disse enquanto a abraçava, assim como um homem loiro e então Rose lembro de onde os conhecia.


- Como nos acharam? – Rose perguntou sorrindo.


- Só estávamos tomando sorvete e vocês apareceram correndo de algum lugar – Tammy respondeu, ela e Brandon abraçavam Scorpius.


- Onde estamos? – o loiro perguntou.


- Em Portugal, no final da praia que fica na frente do  nosso hotel – Brandon respondeu o soltando enquanto sorria.


- Que bom! – Rose sorriu aliviada.


- E você foi muito imprudente, eu pensei... – Albus disse dando um ultimo abraço apertado na prima antes de soltá-la – Bom, o que importa é que você está bem e... – Albus a olhou lembrando-se do porque que ela entrou na caverna – E ai, conseguiu?


- Ah, não – Rose olhou para baixo – O Mago disse que apenas o bruxo que fez isso comigo pode acabar com a maldição, ou então um beijo de verdade em alguém que logo depois morrerá e eu não farei isso com ninguém – ela completou olhando o primo firme.


- Então se você simplesmente dar um beijinho em um pássaro de novo ele não morrerá? – Albus perguntou sorrindo.


- Ainda não sei, mas acho melhor não arriscar – Rose deu de ombros.


- Hum, agora estou cansado – Scorpius comentou com um bocejo – Vamos voltar pro hotel?


-  Pode ser – Tammy sorriu – Mas primeiro: não queremos que pensem que mortos voltaram a vida, certo? – ela completou fazendo Rose e Scorpius voltarem a aparentar alguém da família Dustin e o grupo começou a caminhar.


- Mas então, o que aconteceu na caverna? Como é o tal Mago? – Albus perguntou.


- Ah, ele é legal, mas suas ideias não eram as mais normais – Scorpius comentou.


- Como assim, vocês foram lá pra nada? – Brandon perguntou olhando para Scorpius que estava mais atrás como Rose.


- Não, ele me falou onde está o livro, porque não estava lá – ele fez uma careta – Ou seja, ele disse onde devemos ir.


- Que seria..? – Brandon perguntou.


- Grécia, na ilha do meu tio – Scorpius suspirou.


- Uh, essa será difícil – Tammy comentou.


- Bom, tudo que estamos fazendo é difícil – Scorpius deu de ombros.


- Ele disse mais alguma coisa para nos ajudar? – Elizabeth perguntou ansiosa.


- Ele ajudou a Rose – Scorpius comentou.


- Não muito, só para não esquecermos que tudo têm dois lados opostos – Rose disse desta vez ignorando Scorpius – Algo sobre os paradoxos da vida.




******

N/a: Ai está, mais um capitulo :)

Oi Lana :) Há, será que os fios significaram algo??? Será que a menina misteriosa que enantou Rose??? Hehe, cenas futuras. Agora a gangue está reunida de novo, hora de uma nova aventura :)
Sim, eu também acho que Rose e Scorpius estão se entendendo melhor, um pouquinho melhor, hehe
Obrigada pelo comentário *-*. Bjs, até mais

Espero que gostem :)

Bjs,

Bibi 


PS: FELIZ NATAL E PROSPERO ANO NOVO PARA TODOS!!!!!
BOAS FESTAS!!! :)   

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Comentários (2)

  • Ana CR

    Céus... minha vontade de descobrir os mistérios não me deixa nem dormir Hauhauhau

    2013-07-13
  • Lana Silva

    *-------------------------------------* Eu amei o capitulo flr, já estava cvom saudades da fanfic. Bem eu acho que foi a menina misteriosa que encantou a Rose sim. kkkkkkkkkkkkkkk esse "gangue" que você falou me lembrou meus amigos, porque quando a galera sai toda junta sempre fica que tumulto ai  a gente sempre se chama de "gangue" kkkkkkkkkkkkkk bem o capitulo foi maravilhoso, por alguns instantes eu pensei que ela fosse beijar Scorpius mesmo *-* e ri bastante quando a Rose soltou a  peróla do Rony, realmente ela parece com o Rony e ele , nesse caso parece muito com a Mione *----------------------* Bem eu estou louca pelo próximo. Feliz Natal para ti, e um próspero ano novo, que Deus abençoe toda sua familia flrbjoos *-* 

    2012-12-24
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