Surpresas



Capitulo XXXVI


Como todos no grupo estavam exaustos, decidiram que o mais prudente seria descansar a uma conversa que seria atrapalhada pelo sono. Acordaram tarde no dia seguinte e depois de descerem para comer, já no horário do almoço, decidiram que o mais seguro era voltar para a parte deserta ao final da praia para, assim, contarem suas aventuras.


- Não, eu não acredito nisso! – Rose exclamou balançando a cabeça – Como assim Molly escreveu apenas uma página?


- Eu também fiquei chocado – Albus afirmou com a cabeça, seus olhos estavam arregalados.


- Enfim, voltando para assuntos mais urgentes – Tammy olhou os primos com uma careta – A comunidade bruxa britânica está realmente muito assustada.


- Com tudo que está acontecendo, estranharia se não estivesse – Scorpius comentou.


- E aí, vamos visitar tia Daf. então? – Brandon perguntou sorrindo – Faz tempo que não falo com a Meg.


- E não vai falar tão cedo, estamos desaparecidos, esqueceu? – Scorpius perguntou – Eu nem sei como eu vou conseguir entrar lá, e ainda sem ser visto.


- A casa é muito bem protegida – Brandon explica para os grifinorianos que pareciam confusos.


- Bom, primeiro chegamos lá e depois nos preocupamos com isso – Elizabeth concluiu – Porque de trem demorará muito.


- Não, podemos pegar uma chave de portal para lá, meu pai me ensinou a fazer caso precisasse algum dia – Scorpius sorriu – É diferente porque é mais simples e especifica, mas tem o mesmo efeito e finaliza em uma casa que pode servir de abrigo por uns dias.


- Genial! – Brandon sorriu levantando a mão para o amigo bater em um comprimento.


- O que precisa para começar? – Albus perguntou automaticamente.


- Bom, além do objeto, apenas minha varinha para fazer encantos, posso fazer hoje mesmo! – Scorpius sorriu.


- Ok, calma – Elizabeth se intrometeu até agora só observava a conversa para ver até onde chegariam – Eu seu que as coisas são meio urgentes, mas vocês já se olharam?


- O que tem? – Tammy perguntou olhando os amigos, assim como todos se olhavam entre si.


- Estamos a menos de uma semana seguindo as pisas e não paramos para descansar se quer uma vez – Elizabeth lembrou – Todos estamos tensos e pálidos, principalmente aqueles dois – ela disse apontando para Scorpius e Rose – Nossas mentes não relaxam, procurando respostas toda a hora e isso não é saudável – Elizabeth cruzou os braços – Proponho termos pelo menos um dia para renovarmos as energias.


- Mas o livro… - Scorpius começou.


- Continuará lá - Elizabeth o interrompeu, o grupo se olhou novamente; era certo que não estavam a procura por muito tempo, mas aparentavam um desgaste enorme, entre descobrir que alguém da família está desaparecido, Aurores entre eles, e que muitos outros, incluindo criaturas enormes, como dragões, se encontram no mesmo estado e seguir em uma busca incerta, pareciam que os poucos dias valeram por meses.


- Certo, acho que posso preparar a chave para amanhã ao anoitecer – Scorpius concordou – E pela manhã e um pouco da tarde estamos livres – ele sorriu assim como os outros.


- Combinado então – a loira sorriu também.


- Agora que tudo está decidido, vamos voltar pro hotel? – Tammy perguntou – Já está escurecendo e estou com fome – os amigos riram se levantando, Albus seguiu abraçado à Rose que permanecia cabisbaixa desde que se reencontraram. 


*****


- Pronto, está marcado para sair às seis horas da tarde – Scorpius comentou chegando perto de onde seus amigos relaxavam, Brandon e Tammy recebiam massagens e Albus estava na piscina com Elizabeth; o garoto tinha desaparecido logo depois do café-da-manhã e só voltara agora.


- Muito bem – Tammy comentou com os olhos fechados.


- Nick – Albus chamou se referindo a Scorpius que o olhou – Será que poderia procurar Kim? – ele disse se referindo a Rose – Está quase na hora do almoço e eu quero que ela venha conosco cedo, para não pegar muita fila, sabe?


- Então por que você não vai? Digo, ela não é sua pri... filha? – ele perguntou com um quase deslize.


- Mas estou na água, vou ter que me secar e eu nem sei exatamente onde ela está – Albus desculpou-se.


- Então eu vou ter que sair por ai procurando? – Albus piscou pidão – Por que alguém quem que procurá-la? Ela aparece mais tarde – ele comentou arrumando seus óculos escuros.


- Por favor, ela não parecia muito bem hoje de manhã – Elizabeth pediu – Eu até iria, mas ela não me escuta.


- E por que você acha que ela iria me escutar? Nos ainda estamos no processo de parar de brigar, lembra? – ele perguntou a encarando.


- Só pare de reclamar e vá logo, Nick – Tammy disse de olhos fechados – Isso pode ajudá-los a se aturar melhor – ela o olhou rapidamente e ele assentiu de mau gosto – E tente trazê-la antes do refeitório ficar cheio – Scorpius revirou os olhos e saiu se arrastando dali.


- Como você fez isso? – Elizabeth arregalou os olhos.


- Simples, quando a essa mandona manda algo, é porque aquilo vai acontecer – Brandon disse com uma cara de desgosto – Pelo menos quase sempre acontece, até dá raiva às vezes.


- Fazer o quê? Não é a toa que cai na casa dos persistentes – ela picou para Elizabeth sorrindo.


*****


Rose estava alimentando os pássaros em uma espécie de parque que havia no hotel, tinha pegado um pedaço de pão e jogado algumas migalhas no chão. Sabia que não deveria, mas estava quase desistindo de procurar ajuda, afinal não acreditava que algo tinha mudado, não tinha esperanças.


- Finalmente! – Scorpius disse levantando as mãos – Só você para sumir em um hotel desse tamanho – ele disse em um tom alto, alguns passarinhos que estavam por ali voaram assustados.


- Muito bem delicadeza em pessoa – Rose o olhou fulminante por um instante – A esquece – ela olhou para o resto de pão em sua mão – O que está fazendo aqui?


- Fui intimado a sair a sua procura, ver se não fez algo muito estupido – ele disse e ela o olhou com indignação enquanto ele se sentava ao seu lado.


- Eu nunca faço coisas estupidas – ela se defendeu e ele a encarou como se ironizasse “Sei”, ela sorriu – Não muito estupidas.


- Uhum – ele continuou com a mesma expressão – Agora vamos, não sei quando o almoço é servido então é melhor ficar com o grupo.


- Daqui a pouco eu encontro vocês – ela disse olhando para o outro lado.


- Ok, uma “você-desanimada” é pior do que uma “você-normal” – Scorpius disse soltando o ar, Rose o olhou sem entender – Não aquento mais o fato de você ter entregado os pontos, nem parece àquela garota corajosa que ajudou na pintura do Salgueiro Lutador – ele disse se referindo ao sexto ano deles quando Rose com James e outros tornaram a mortífera árvore rosa.


- É fácil falar... – Rose começou depois de um suspiro.


- Não – Scorpius a interrompeu – Já chega – ele suspirou – Feche os olhos – ele mandou.


- Quem você... – ela começou indignada, mas parou e fez o que ele disse ao ver a vara séria do menino – Se você fizer qualquer brincadeirinha, considere-se morto! – ela o ameaçou.


- Só fique quieta – o garoto revirou os olhos já pensando sorrindo minimamente com um pensamento – Ok, você precisa de uma nova esperança – ele disse se aproximando – Então encare isso como se estivéssemos novamente fin... 


Como Scorpius sabia que Rose o pararia se soubesse o que o mesmo estava prestes a fazer, ele fechou os olhos e tocou rapidamente os lábios dela com os próprios, como fizera algumas vezes enquanto “namoravam”.


Depois de sentir Scorpius a beijando rapidamente, Rose apertou ainda mais os olhos não querendo ver o que aconteceria. Na verdade teve de respirar fundo três vezes antes de abrir os olhos novamente, começou aos poucos, mas quando viu o menino desfalecido ao seu lado suas orbes se arregalaram.


- Não faça isso comigo – ela disse o sacudindo – Vamos, você é a pessoa mais desprezível, chata e idiota que eu conheço, mas não merece um destino assim – ela continuou, lágrimas começaram a se formar sem ela perceber – Eu não posso ter te matado – ela disse pausadamente, a cada palavra dava um soco no corpo do garoto, sendo que o último foi forte em seu estomago.


- Nossa, é assim que você trata sua vitima de assassinato? – Scorpius reagiu por fim com a mão na barriga. Rose olhou-o confusa, mas aos poucos entendeu o que o garoto tinha feito e então o olhou com raiva.


- Scorpius Malfoy – ela sussurrou com os olhos semicerrados – Sua besta imbecil ambulante, como ousa fazer uma brincadeira dessas comigo – ela fechou os punhos – Como disse, considere-se um homem morto – ela ameaçou, mas então a garota percebeu o que estava dizendo – Espera, você não está morto! – ela disse feliz.


- Hum, ainda não – Scorpius disse por trás da proteção que fazia com os braços a encarando com um pouco de medo.


- Você não está morto! – Rose sorriu – Você não está morto! – ela levantou do banco e começou a comemorar.


- Você está bem? – Scorpius perguntou abaixando os braços e a olhado duvidoso.


- Você não entende? – ela o olhou parando de pular de repente – O Mago conseguiu, deve haver algum meio de aumentar o poder daquela poção! – ela disse ainda exaltada – Eu posso achar a cura para a minha maldição! – ela comemorou por fim.


- Bom, pelo menos você não parece mais uma suicida – Scorpius analisou se levantando também; Rose o olhou com uma careta, mas deu de ombros logo em seguida.


- Vamos, tenho que contar isso a todos – ela sorriu o puxando – Mas antes... – ela parou de repente e se virou para encarar Scorpius com um olhar avaliativo, enquanto o mesmo a olhava, confuso.


- O que... – ele começou.


- Eu não sei o que está acontecendo, por que você está sendo legal comigo algumas vezes nos últimos tempos – Rose o encarava sem picar – Realmente você está me deixando confusa e se isso for algum plano seu, vou te responder com a mesma moeda.


- Mas o que... – Scorpius a olhava confuso, não entendia o que ela estava tentando dizer.


- Entretanto, você tem me ajudado bastante ultimamente então eu quero lhe agradecer – ela suavizou a expressão – Pela ajuda com o plano, por não ter me deixado em Hogwarts, pelas palavras de incentivo, enfim, por você não estar sendo o arrogante e certinho de sempre – Rose sorriu minimamente, Scorpius a encarava chocado – Nossa eu realmente estou agradecendo um... Bem, você – ela arregalou os olhos surpresa por uns instantes, mas então balançou a cabeça encarando o menino de novo – Enfim, é isso, obrigada.


- Bom – ele começou saindo do choque e ficando apenas surpreso – Por nada – ele completou incerto.


- Ah, e se falar alguma coisa sobre isso, eu nego até a morte – Rose piscou e então suas orelhas começaram a ficar vermelhas enquanto se aproximava dele, por fim ela deu um beijo em sua bochecha, ele ficou corado também – Legal, você ainda está vivo! – ela sorriu novamente esquecendo o constrangimento.


- Repito, você está bem? – ele perguntou já recomposto.


- Muito! – ela sorriu e começou a arrastá-lo pro hotel novamente, mas então parou novamente e o encarou séria outra vez – Por que fez tudo isso por mim? Digo, nós apenas no aturamos.


- Eu não... – Scorpius começou procurando motivos, os quais simplesmente não vinham, Rose o olhava curiosa – Bom, quando eu achar uma resposta eu te digo, pode ser? – ele disse por fim.


- Hum, dessa vez pode – ela respondeu meio desapontada.


- E sobre essa coisa de nos aturar, acho que já podemos nos encarar como amigos, visto que você me idolatra – ele disso começando a andar.


- E quem mentiu pra você dessa maneira? – Rose perguntou.


- Ora, você até tem um cachorro nomeado em minha homenagem – ele sorriu pomposo.


- Você não entendeu, você que devia estar honrado de eu ter feito uma caridade como essa – Rose piscou – Afinal meu cachorro é de raça e se rebaixou minimamente ao receber o nome de um vira-lata.


- Eu não acredito que você disse isso – ele disse a encarando um pouco irritado – Eu já disse...


- Não falei que era só seguir os sons de briga que encontrávamos eles – Tammy sorriu para os dois que só notaram agora os amigos perto.


- Que bom, vocês estão aqui – Rose sorriu alegre – Olhem isso! – ela disse e deu outro beijo inesperado na bochecha de Scorpius – Ele não morreu! Minha maldição esta mais fraca!


- Que ótimo! – Elizabeth sorriu vendo a amiga feliz, ela e Albus se apressaram em abraçar a garota.


- Vish, você viu sua vida passar pelos seus olhos? – Brandon sorriu para o amigo.


- Claro, você viu o quão próximo esse ser estava perto de mim? – Scorpius perguntou em um tom de brincadeira – Podia ser contaminado com sua falta de juízo! – os outros riram, menos Rose que o olhou mortalmente.


- Enfim, estou com fome, vamos comer! – Rose sorriu puxando Albus e Elizabeth, os outros os acompanhavam. Todos estavam feliz por no minimoum motivo para sorrir no meio de tanta confusão.


*****


- E então, já decidiu o que vai querer para jantar? – um homem moreno de olhos azuis encarava a mulher loira amarrada em um canto da sala com os olhos brilhantes – Pão duro com uma carne especial ou ensopado surpresa? – ele disse com um prato e uma tigela na mão – Espera, isso é um olho? Que surpresa, não? – ele perguntou com escarnio, a mulher apenas o encarava séria, além da respiração não fazia movimento algum – Não quer conversar então? Que seja – ele disse sando de ombros e se virando para outra pessoa que estava de guarda ali – Leve isso de volta, talvez amanhã ela aprecie minhas ofertas melhor.


- Sim, Senhor – o homem disse pegando os pratos e saindo dali.


- Sabia que seu filho está saindo muito melhor do que eu imaginava? – finalmente ele conseguiu algo a loira o olhou com raiva – Sim, sim, apesar de tudo ele está fazendo tudo certinho – ele sorriu vendo ela cerrar os punhos – Quem diria, tanto esconde-esconde para nada – ele sorriu largamente vendo que estava a atingindo – Eu...


- Pai? – um garoto loiro bateu na porta.


- Sim, pode entrar garoto – o homem sorriu orgulhoso ao ver seu filho trajando as vestes sofisticadas que o próprio lhe dera.


- A Feiticeira pediu para o senhor comparecer a sala se reuniões, o...


- Não fale na frente de nossos assuntos na frente da convidada – o homem interrompeu o filho – Não é de bom tom revelar assuntos pessoais a convidados. – ele explicou – E obrigado pelo aviso – ele finalizou alisando o cabelo do filho e saindo da sala. O garoto então encarou a mulher, que o olhava de volta.


- Eu não... Eu... – o garoto tentou dizer algo, se sentia mal com o que seu pai fazia aquela mulher passar – Eu... Ele... – ele não conseguia pensar em nada bom para dizer, e então reparou que ela o olhava com ternura e quando notou que ele retribuía o olhar balançou a cabeça como se dissesse que o menino não precisava dizer nada.


- Está tudo bem – o loiro se assustou com as palavras da mulher, nunca havia visto ea falar nada – Você não tem culpa de nada – o garoto ainda estava surpreso com as palavras repentinas, apenas assentiu grato e saiu dali.


*****


Há seis horas em ponto uma forte luz apareceu em uma mansão antiga escondida na parte montanhosa da ilha grega de Lemnos e tão rápido quanto apareceu, se foi deixando seis jovens meio desnorteados na sala de estar.  


- Todo mundo inteiro? – Scortius perguntou acendendo sua varinha, já estava noite.


- Sim – Brandon sorriu – Depois você tem que me ensinar como fazer isso – ele completou animado.


- Já disse que isso é bem especifico para essa casa – Scorpius piscou – Mas ensino sem problemas.


- Quantas mansões espalhadas pelo mundo sua família tem? – Albus perguntou com sua varinha acesa olhando em volta.


- Não sei – Scorpius deu de ombros – Acho que foram acumuladas com o tempo, os negócios da família devem ter contribuído bastante.


- Enfim, eu quero dormir – Tammy disse se espreguiçando.


- Nunca realmente explorei aqui – Scorpius disse – Sempre chegamos aqui e aparatamos direto para a casa da minha tia, mas ceio que os quartos devem ser no segundo andar.


- Como está escuro e eu não estou a fim de me aventurar por esse lugar escuro sozinha, acho que o melhor seria... – Elizabeth começou – Accio colchões – e mais de meia dúzia de colchões apareceram voando na sala – ... Todo mundo dormir aqui! – ela completou se deixando cair no chão almofadado.


Os outros deram de ombros e sorriram se jogando cada um em um colchão também, convocaram outras coisas necessárias para uma boa noite de sono e dormiram, a maioria pensando no que fariam no dia seguinte.


- Eu disse, eu disse que ele não estava morto! – alguém exclamou acordando o grupo que se levantaram com as varinha apontadas para o lugar de onde vinha a voz, todos assustados.


- Vocês não precisarão disso – uma das duas figuras encapuzados na ali disse convocando a varinha de todos com um feitiço mudo.





********


N/a: Oi :) Pronto, aqui está outro cap.

Oi Lana, haha, sempre achei engraçada a palavra "gangue"... :D É o beijo não foi daquela vez, hehe. Não sei porque, mas eu sempre penso que a Rose é mais parecido com o pai, mesmo o Rony falano que ela herdou as maneiras da mãe :)
Bjs, espero que goste;)

Eu adorei escrever esse capitulo, então espero que gostem :)

Bjs,

Bibi 

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Eu amei o capitulo, super descontraido, engraçado, divertido. Bem a não ser pelo final e pela parte da Astoria... Ahhh o beijo veio nesse, mesmo que em selinho. Scorpius se arriscou *-* Achei muito lindo isso da parte dele e Rose também, tanto que agradeceu. Gostei deles dois nessa cumplicidade, e é claro do povo po mal se manifestando... Já eu acho o contrário, no caso acho que a  Rose pode ser parecida com a Mione, ou uma junção dos dois, engraçada e inteligente, algo assim kkkk e acho a sua Rose assim, é claro que parece bem mais com o Ron - o que é legal, porque costumo ver ela mais parecida com a Mione nas outras fics kkkkkkk Bem, quero ver o  que vem por ai \o/bjoos flr :) 

    2013-01-25
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