Esperando...



Capitulo XXXIV


- Sh, fala baixo! – Tammy o repreendeu.


- Mas... mas  - Albus balbuciou sem conseguir parar de encarar a loja de sua família totalmente diferente de quando a viu pela ultima vez.


- Há algo estranho no ar, vem, vamos tomar algo no Bebidas Encantadas – Elizabeth comentou puxando o garoto.


- Nunca vi aquela loja fechada – Elizabeth comentou aos sussurros. Os quatro já estavam sentados em uma mesa do pub que, como sempre, estava lotado.


- Verdade, era a melhor loja daqui – Brandon se lamentou.


- Mas não é só isso, sempre vi essas ruas lotadas de pessoas – Tammy disse desconfiada.


- Ah, mas o que você esperava depois de tudo que aconteceu? – uma quarta voz, conhecida se pronunciou acima dos quatro, a garçonete era uma das colegas dos quatro na escola.


- Como assim? – Albus perguntou interessado.


- Hum, estiveram fora por um tempo, não? – ela perguntou sorrindo – Bom, deixe-me atualizá-los do que está acontecendo então – ela se sentou em uma cadeira vazia da mesa – Acontece que há meses ataques pequenos, mas constates começaram a ocorrer, sempre sobre bruxos e criaturas magicas. Os coitadinhos estão aterrorizadas e agitadas o que acaba por aumentar o risco de exposição da magia, o ministério está atolado – ela disse com uma cara no início triste e depois séria.


“Sem contar que até Hogwarts está sendo vitima, afinal um homem invadiu a escola e matou, acidentalmente, dois alunos e sequestrou mais quatro, essa é a história oficial – a menina então se aproximou mais – eu, particularmente, acho que algo muito estranho está acontecendo, parece que estamos entrando em uma nova era de terror – ela completou triste.”


- Uau! – os quatro exclamaram apreensivos.


- Mas essa ultima parte é mais especulação do que qualquer outra coisa – ela tentou aliviá-los – Baseados em murmúrios que ouço por ai – ele completou – Estou muito aliviada por finalmente falar para alguém – ela sorriu – E se alguém perguntar, eu não disse nada e não espalhem nada por ai, por favor – ela pediu se levantando – Enfim, aproveitem suas bebidas e desculpem por qualquer inconveniência – ela disse saindo rapidamente dali, pareci que agora estava arrependida de ter contado essas coisas aos quatro.


- Que bagunça causamos, não? – Elizabeth foi a primeira a se pronunciar e, sem saberem a razão, os quatro começaram a rir.


- Causamos não, aqueles dois loucos que causaram – Tammy comentou se recuperando.


- Mas tudo por uma boa causa, não se esqueçam – Albus lembrou, ele se mantinha quieto, não lembrava em nada o velho Albus.


- Enfim, agora só nos resta saber o que realmente anda acontecendo por aqui – Brandon comentou – Algum palpite de por onde começar?


- Pela mais duvidosa fonte de informações – Elizabeth disse como se fosse óbvio, todos a olharam – O jornal, oras – ela sorriu minimamente, assim como os outros sorriram um pouco.


- Então – Brandon disse tomando em um gole só sua cerveja amanteigada – Prontos? – e os outros sorriram mais um pouco, parecia que só de estarem “em casa” a atmosfera já era menos pesada, sendo assim terminaram suas bebidas e se dirigiram para a Biblioteca da vila, visto que a maioria dos jornais eram entreguem via coruja, só deixando essa opção para eles.


- Vocês veem o de ontem e nós vemos o de hoje – Tammy disse puxando Albus consigo para                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      um sofá ali perto.


- Vamos lá, Al, eu sei que está sendo difícil, mas creio que seu pai gostaria que nós o encontrássemos o quanto antes – a, nesse momento, morena começou – Sinto falta do meu colega de zoação, menos da parte que ficamos conversando sobre a Outra – era assim que Tammy chamava Nara, a outra metamorfoga da escola – mesmo que você ficasse meio mulherzinha falando sobre ela.


- Hum, e você sobre o Zack? Naquelas horas eu me condenava por ter amizades femininas – ele disse divertido – Quem é a mulherzinha agora?


- Isso, esse é o Al que eu conheço, agora vamos ver se encontramos uma declaração de como minha falta é sentida por aqui – Tammy sorriu abrindo o jornal.


 Albus suspirou, é verdade que os dois tinham se identificado desde a primeira conversa, ali encontrara mais uma amiga e tanto, mas que tinha qualidades masculinas de mais, como a falta de cuidado de não o lembra-lo de Nara, como será que ela estava? O garoto piscou os olhos, agora era melhor procurar algo que o ajudasse a encontrar seu pai.


Enquanto isso no outro lado da sala, o silêncio reinava enquanto Brandon e Elizabeth procuravam algo em seu jornal.


- Vamos, agora fale o que está acontecendo – Brandon pediu depois de um suspiro.


- Como assim? – Elizabeth perguntou sem olhá-lo.


- Passamos um ano inteiro juntos tentando descobrir o que os dois loucos estavam tramando, consegui conhecer bem vocês leões – Brandon sorriu – Cara, eu até já estou me identificando com Albus, e olha que ele é praticamente meu oposto – ele levantou as sobrancelhas – Estou com medo aqui – Elizabeth riu.


- Não fique, ele até que é legal – ela disse o olhando ao lado de Tammy e suspirando.


- Ah, e vai me dizer que esse suspiro foi por nada? – Bandon serrou os olhos.


- Não, é que... –ela disse e então suspirou – A dos lábios vermelhos e aquele menino sempre foram meus melhores amigos – ela disse apontando rapidamente para Albus – E agora que eles estão sofrendo, me sinto muito impotente em não poder fazer nada – ela completou escondendo virando seu rosto para que ninguém pudesse ver seus olhos brilhantes em lágrimas.


- Não é assim, todo mundo está passando por problemas – Brandon disse tentando fazer a menina o olhar – E eles estão sofrendo um pouco mais porque as famílias deles sempre estão no meio quando acontece alguma coisa – Elizabeth soltou uma pequena risada.


- Mas sei lá – ela o olhou com algumas lágrimas caindo – Parece que como melhor amiga, eu deveria estar fazendo alguma coisa.


- E estamos – ele disse a mostrando o jornal – Estamos fazendo o possível sendo que nem nos formamos em Hogwarts e essa confusão entrou na nossa vida há dois dias – Brandon completou limpando às lágrimas da garota.


- Não essa confusão está na nossa vida há sete anos – Elizabeth sorriu – Eles também são outros que me preocupam, não sei se ela tem controle suficiente pros desafios da caverna – ela sussurrou triste.


- Ela vai se sair bem, ele está lá para ajudá-la – Brandon piscou – Ele sempre está lá para ajuda-la – Elizabeth sorriu.


- É, eu já notei umas vagas demonstrações disso – ela o encarou – Só não sei se ela notou, ela formou um bloqueio tão grande em seus sentimentos que é se tornou quase cega para qualquer coisa desse tipo.


- Bom, estou só esperando para ver o que vai dar – Brandon sorriu – Mas agora vamos ao trabalho, quero saber o que anda rolando por aqui – ele disse levantando o jornal para ambos lerem.


.....


- Sim, eu falei sim de uma cura – Rose suspirou contendo as lágrimas e se sentando, ainda não acreditava que havia matado aquela criatura inocente – Acontece que... – e ela narrou o episódio do pássaro.


- Ah, e os lábios dela estão estranhamente vermelhos, sem que ela faça nada, aparentemente – Scorpius acrescentou.


- Mais uma – o mago suspirou para si mesmo – É mocinha, eu já vi isso antes – ele disse com um suspiro desgostoso – Na verdade, essa maldição ainda surrupia algumas de minhas noites de sono.


- Espera, então realmente existiu aquela história infantil da menina e seus lábios vermelhos? – Scorpius encarava o mago interessado.


- Tenha de certo que sim – Guaspar sorriu minimamente – Afinal uma história tem de ser vivida antes de ser contada e depois recontada, inúmeras vezes – o Mago piscou pro garoto – A fantasia pode existir, todavia sempre uma parte pelo menos da história foi vivida.


- Nossa – Scorpius disse de olhos arregalados com sua mente pensando em todas as histórias que já lera.


- Hum, Gasp, será que pode me dar alguma cura ou algo assim? – Rose perguntou interrompendo a conversa.


- Quanto a isso, creio que não – o Mago disse balançando a cabeça triste, Rose olhou para o chão desolada novamente lágrimas apareciam por seu rosto.


- Mas na história, você ao menos ajudou a bruxinha – Scorpius disse.


- Sim, eu posso amenizar a maldição, mas não consigo findá-la de uma vez – ele disse balançando a cabeça – Só o bruxo que a criou pode – ele disse e Rose então levantou a cabeça com um brilho.


- Então é só encontrá-la – Rose disse alegre.


- Mas você não sabe quem é a pessoa – Scorpius disse observando a caverna, Rose abaixou os olhos novamente.


- Verdade, eu nem sei como aconteceu – Rose disse triste – Parece que acordei um dia meus lábios já estavam vermelhos – ela completou limpando algumas lágrimas que teimavam em cair.


- Bom, neste caso – ele disse coçando o queixo – Eu só posso amenizar sua maldição mesmo – ele disse a olhando triste.


- Tudo bem, amenizar é melhor que nada – Rose disse sorrindo minimamente, o Mago retribuiu o sorriso e se virou indo para um armário mais ao fundo – Pelo menos assim não vou mais ser um monstro tão horrível – ela disse mais para si mesma.


- Você não é um monstro Weasley – Scorpius disse a encarando de repente.


- Eu posso matar pessoas Malfoy – Rose disse simplesmente – Apenas com um beijo.


- Qualquer um pode matar uma pessoa – Scorpius afirmou – O importante é se você escolhe fazê-lo ou não.


- Desde quando é tão bom em animar uma pessoa, Malfoy? – Rose perguntou o olhando interessada, o garoto recolheu os ombros e voltou em sua tarefa de observar tudo de interessante que havia na caverna. Rose o observava intrigada, onde estava, afinal, aquele menino irritante que conhecia? E o que exatamente ele era agora?


- Sabe falar muito bem, garoto – o Mago disse levando alguns ingredientes a uma poção – Mas essas são palavras de quem sabe o que está falando – e o Mago o olhou triste – O que poderia causar tanta vivência em uma alma tão jovem?


- Bom, digamos que eu não tenha uma família muito ligada a “luz” – Scorpius fez aspas com os dedos e encarou o Ancião – minha infância, quando meus avós maternos ainda estavam vivos, foi cheia de duplos pensamentos – ele contou – Tammy diz que eu era como uma massa preciosa que cada um queria formar a seu jeito.


- Tammy é uma amiga – Rose explicou a Guaspar.


- Bom, meus avôs me diziam que o poder era o centro de tudo, minhas avós defendiam a família, minha mãe dizia que não poderia deixar-me corromper em circunstância alguma e meu pai... – Scorpius sorriu – Ele me salvava de qualquer apuro e dizia para eu seguir o que queria, mesmo se for por um caminho tortuoso.


- Interessante – o Mago disse levantando seu olhar da poção que preparava por um instante – Continue.


- E então tudo mudou – ele contou – Aconteceu um dia quando eu estava com os pais da minha mãe e então dois bruxos encapuzados entrarem em casa, um fez minha avó sofrer e eu avancei nele, levei um chutão que me deixou desorientado uns instantes – Rose olhava o menino vidrada – o pouco que consigo lembrar foi de uma conversa sobre minha mãe e logo depois eles foram embora.


- Oh – Rose disse horrorizada.


- Vovó não se recuperou e morreu ali no chão da sala, nunca vou esquecer-me de suas últimas palavras – ele disse fitando o chão intensamente – “Eu o amo!” – ela disse olhando para o meu avô – “Amo nossa família. Por favor, assegure-se que nossos netos não cometam nossos mesmos erros do passado.” – ele recitou – Enfim, desde aquele dia não me importunam mais sobre o meu futuro e nunca mais vi meu avô.


- É tão triste quando uma pessoa passa por algo pesado tão jovem – o Mago disse triste medindo a quantidade de um pó vermelho.


- Por isso você consegue ver os Testrálios – Rose disse séria.


- Sim – ele a olhou – Entretanto o que eu quis dizer é que o monstro só existe se você o criar, aquele encapuzado escolheu soltar o dele, você até agora não deixou nem sombra de um monstro aparecer – e ele sorriu para si mesmo – No máximo um diabinho, mas isso já é de infância.


- Cala a boca, Malfoy! – Rose disse com um mínimo sorriso, se sentia melhor com as palavras do loiro.


- Hum, vejamos, agora só falta um último ingrediente... – o Mago disse chamando a atenção de ambos – e vou precisar da cooperação de ambos.


.....


- Pessoal, olhem isto! – Elizabeth chamou num tom considerável para uma biblioteca – Aquela prima de vocês que é jornalista – ela sussurrou olhando para Albus – fez um obituário memorável, vou ler para vocês:


“É tão triste perder um camarada de longa data, entretanto é deveras pior perdermos camaradas com a idade não muito avançada. Na noite de ontem (sexta, dia 13), dois adolescentes foram mortos precocemente e outros quatro desapareceram sem deixar pistas.


Rose Weasley e Scorpius Malfoy tinham acabado de se descobrir apaixonados e esse amor tão jovem não pode se concretizar e ambas as famílias estão inconsoláveis pela perda. Rose era tão travessa que será difícil continuar sem o tom de diversão que ela deixava onde passava e quanto ao menino, ele era tão queto e gentil que sua falta não passará despercebida.


Sem contar que ale dessas duas perdas, as famílias Malfoy e Weasley ainda tem de lidar com mais dois desaparecimentos: o do charmoso Albus Potter e a da marcante Astória malfoy. Albus Potter desapareceu no mesmo dia que Elizabeth Morgan, Tammy Bronwen e Brandon Gale. Todas as famílias estão ávidas por notícias.


O mais preocupante no desaparecimento e morte dos jovens foi o local de ocorrência: A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Quero dizer, isso significa que o perigo esta rondando até os lugares mais seguros da comunidade bruxa. Os nervos estão alvoroçados, principalmente pela falta de pistas.


Esse atentado é tido como parte dos pequenos ataques que estão ocorrendo por toda Grã-Bretanha bruxa, o mais recente antes deste foi o ocorrido no País de Gales, quando cerca de cinco dragões desapareceram das reservas congeladas sem deixar rastros também. Os Aurores ainda investigam os casos.”


- Há, Molly deve ter sofrido para escrever isso tão curto – Albus comentou com um mínimo sorriso.


- Não acredito que Tammy Bronwen só é citada! – Tammy disse indignada, os outros riram um pouco.


- Não acredito que o loiro aceitará esse sumiço – Brandon disse balançando a cabeça e apontando para o nome de Astória no jornal.


- O melhor é ninguém contar por enquanto – Tammy disse concordando.


- Enfim, acharam mais alguma coisa? – Albus perguntou.


- Hum, eu encontrei muitos casos de desaparecimentos de criaturas e pessoas – Brandon comentou – Mas nada que diga o que pode estar acontecendo.


- É, nós também não achamos nada além dos sumiços – Albus comentou.


- Então acho melhor voltarmos para esperar os dois encrenqueiros – Brandon suspirou se levantando.


- Mas antes, eu quero um sorvete, o calor de Portugal é pior que o daqui! – Elizabeth reclamou.


.....


- O que precisa de nós? – Rose perguntou se levantando.


- Bom, essa poção precisa de um fio de cabelo de cada um – ele sorriu.


- Por que..? – Scorpius começou.


- Não importa, apenas faça, Malfoy – Rose disse já tirando um fio de sua cabeça.


Scorpius serrou os olhos para a garota, mas deu o fio de cabelo pedido. O mago agradeceu e os colocou no caldeirão, Rose e Scorpius olhavam seus gestos intensamente agora. A poção que antes era azul-escuro depois dos últimos ingredientes borbulhara e agora se encontrava branca e calma.


- Pronto – o Mago sorriu colocando um pouco da poção em um copo e entregando à Rose que olhou para Scorpius insegura, o mesmo assentiu e então ela bebeu.



..........


N/a: Desculpem pela demora, o final de ano é uma loucura :)

Oi Lana :) É, eu sempre imagino que ninguem é rabugento desde nascença, sempre há algo e eu decidi inventar esse algo para a Muriel, hehe. É, eu também acho que agr Rose e Scorpius se entenderão mais :) Obrigada pelo incentivo ^^ Bjs

Espero que gostem 

Bjs,
 
Bibi

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Ahhh minha linda, sua fanfic é perfeita. Sou totalmente apaixonada por ela. Hoje quando vi atualização tive que correr pra poder ler antes de dormir. Amei o capitulo, e acho que eles estão ligados por esse fio de cabelo e bem, imagino que esse feitiço de Ro tenha sido por causa da garota misteriosa! Acho que no fim eles vão conseguir reverter, os misterios estão me deixando mais curiosa ainda, acho que vou reler pra ver se encontro algo nas entrelinhas kkkkk bem eu espero que os 4, Tammy, Brandon, Alvinho e a Lize voltem seguros para perto de Rose e Scorpius, achei muito lindo a historia do Scorpius e o jeito dele, e dá pra ver nitidamente que ele e Rose já estão se entrosando mais e ela tá confiando muito mais nele :) Amei o capitulo flr *----------*BjooosEsperando o próximo ansiosamente! 

    2012-11-25
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