O Mago da Caverna



Capitulo XXXIII


- Não desejamos ninguém ferido, concordam? – o homem disse estendendo a mão e fechando assim que as varinhas de Rose e de Scorpius voaram para ela.


- Mas... – Rose disse surpresa do homem não ter usado varinha alguma.


- Deveras impressionante, não? – ele perguntou sorrindo – Apenas algo que tenho aperfeiçoado nos cinco séculos passados.


- Nossa – Scorpius assoviou impressionado e então balançou a cabeça – E quem seria você?


- Meu nome é Guaspar Avery Willian Ewan Emengar VI – ele disse fazendo uma reverência – Venho da antiga casa de Seburg – ele completou – Mas chamam-me de Gasp. E vocês?


- Bom, eu sou Rose Elizabeth Weasley e ele é Scorpius Hyperion Malfoy – Rose os apresentou.


- Interessante. E atualmente? Vossas famílias estão em guerra ou há a paz? – ele perguntou interessado.


- Acho que estamos no meio-termo – Scorpius disse estranhando a pergunta.


- Ótimo, ótimo – ele sorriu – O que vindes procurar por aqui? – continuou os rondando.


- Um livro.


- Uma cura. – disseram os dois ao mesmo tempo.


- Hum, geralmente as pessoas chegam aqui querendo que arrume suas vidas, vóz possuem pedidos interessantes – ele sorriu – Me explique mais sobre esse livro – ele se virou curioso para Scorpius.


- Bom – Scorpius sorriu amarelo – Eu não sei exatamente.


- Hum, poucas informações – o Mago disse coçando a barba – Mas algo me diz que sei qual é esse livro – ele se levantou procurando algo em sua estante – Hum, deveria estar por... achei! - ele sorriu pegando um livro gasto de capa laranja, logo depois voltando a se sentar na frente do menino.


- Muito obrigado, acho... – Scorpius começou sorrindo aliviado.


- Mas espere, se esse realmente for o livro que procura – Guaspar o olhou sério aproximando o livro se seu corpo – Tenha cuidado, esse livro é muito poderoso, muitas guerras começaram e foram ganhas com a assistência deste livro.


- Claro, tenho certe... – Scorpius foi interrompido.


- Menino Malfoy, é de extrema importância que você entenda que esse livro pode provocar uma destruição que só se viu em grandes guerras no meu tempo – ele disse em um tom sombrio olhando firme nos olhos do loiro que retribuiu o olhar.


- Tenho certeza que minha mãe cuidará muito bem dele – Scorpius assegurou – Ela é a melhor – Scorpius disse com os olhos brilhando e o Mago estendeu o livro para o menino.


- A cozinhira? – Rose perguntou o olhando confusa, Scorpius se virou para ela.


- Ok, acho que posso confiar em você – Scorpius disse suspirando profundamente – Minha mão não é bem uma cozinheira – ele hesitou – ela é... bem... ela é uma Inominável de alto cargo no Ministério, ela tinha parado quando eu nasci, mas então surgiram coisas que a levaram a voltar a esse trabalho – Scorpius soltou tudo de uma vez.


- Interessante – o velho os observava, Rose estava estática – Por algum acaso sua mãe não se chama Astória, chama? – o velho o olhou intensamente.


- Ela chama sim – Scorpius o olhou desconfiado – Por quê?


- Bom, então isto não é o que procura – o Mago disse tirando rapidamente o livro das mãos do menino.


- Hei! – Scorpius protestou.


- Não se preocupe garoto, esse livro não causará a destruição por algum tempo – Guaspar disse sorrindo ao guardar novamente o livro – Sabe, garoto, conheci sua mãe – o mais velho o olhou sorrindo feliz e se sentando novamente na frente dos dois – Donzela adorável, só estar ao lado dela já nos trás um pouco de segurança – ele sorriu olhando para o nada – Todavia não creio que ela daria uma tarefa como essas para seu adorado filho – ele o olhou desconfiado.


- Mas ela deu, pode acreditar – Rose disse ainda tentando processar a informação sobre a mãe de Scorpius.


- Se estão dizendo – o homem bufou e se levantou, Scorpius o olhou atentamente enquanto ele procurava algo em um baú.


- Mas como sua mãe pode ser uma Inominável? Ela é tão... bom, agitada – Rose perguntou tentando achar alguma palavra.


- Então, quem imaginaria que Astória Malfoy tem esse trabalho? – Scorpius perguntou a olhando com um sorriso de lado – Minha mãe é inteligente, usou seu gênio a seu favor – Scorpius tinha um brilho encantado no olhar.


- Nossa, a Sra. Malfoy é uma Inominável – ela repetiu para ver se assimilava a ideia – Realmente não sei nada sobre as pessoas – ela completou sorrindo.


- Nunca se sabe tudo de uma pessoa, apenas o que ela resolver lhe mostrar – Guaspar disse sabiamente – Mas antes de tentar desvendar as outras pessoas, procure saber um pouco mais sobre si mesma, Srta. Weasley – ele completou se voltando para os dois com um pergaminho enrolado na mão.


- Não se preocupe, eu me conheço plenamente – Rose assegurou.


- Se dizes – o Mago disse simplesmente – Mas voltando ao livro, venham aqui – ele chamou os dois para uma mesa e estendeu o pergaminho.


- Uau! – Scorpius soltou uma exclamação quando o pergaminho se tornou um mapa mundial em miniatura, com tudo que existia no verdadeiro.


- Eu sei, a algum tempo a area verde deu lugar para essas massas cinzentas – ele disse fazendo uma cara triste – Era mais bonito há alguns tempos atrás – ele assegurou – Enfim, aqui está, o livro se encontra embaixo dessa construção – ele apontou para algum lugar da Grécia.


- Uma ilha? – Rose perguntou olhando o local – Que bom, assim facilita mais as coisas.


- Não deveis esquecer que esse local foi um dos grandes centros mágicos da antiguidade, qualquer coisa pode aparentar ser o que não é – o Mago alertou.


- Como sempre, temos de ser cautelosos – Scorpius rolou os olhos, Rose acenou com a cabeça.


- Hum, Gasp, será que você poderia me falar como que é o livro e o que contêm? – Scorpius perguntou.


- Que bom que perguntou, é um dos melhores livros que já tive o prazer de ler – ele sorriu animado – Sua capa é marrom com algumas pedras brilhantes cravadas e diz apenas “Contos Magicos” e seu conteúdo é uma coleção de histórias, cada uma mais emocionante que a outra.


- Apenas histórias? – Scorpius perguntou desapondado.


- Não apenas histórias – ele desdenhou da fala de Scorpius – E sim as melhores aventuras e desventuras que alguém poderia ter vivido, tenho certeza que se encarará assim como sua mãe quando pela primeira vez o leu, naquele dia ela levou-o e depois me contou que estava com outra dama que vivia nesta ilha.


- Outra dama? – Scoupius levou a mão a testa – Essa deve ser a ilha que minha tia mora – Scorpius disse passando a mão pela face e respirando fundo.


- Tem certeza? – Rose perguntou apreensiva.


- Quase – ele disse – Pelo menos sei que lá não teremos de enfrentar nossos piores pesadelos para entrar – ele fitou o ancião.


- Sim, sim, me desculpe por isso – o homem pediu – Esse foi um dos grandes erros cometi nessa vida – ele disse melancólico – Querem uma dica, jovens? Nunca ousem praticar magia negra, o preço é grande demais – ele disse olhando sombrio para o vazio, Rose olhou para Scorpius que encarava o velho com compreensão.


- É, minha família era muito íntima da magia negra – Scorpius comentou – E hoje meu pai precisa reconstruir o nosso nome de tão degradado que deixaram – ele continuou – Não é apenas você que sofre, mas as pessoas ao redor de você também.


- Bom, não conheço ninguem na minha família que fez algo parecido com isso – Rose disse como se pedisse desculpas.


- Ah, menina Weasley, não esteja tão certa disso – o homem disse com um mínimo sorriso – Toda família tem uma ovelha negra, e eu, infelizmente, conheci essa pessoa da sua – os olhos de Rose estavam descrentes.


- Sendo assim, conte-me a história – ela desafiou.


- Certo, sentem-se – ele disse apontando para o sofá onde estavam sentados antes  – Bom, creio que conheça sua alguém da sua família chamada Muriel, não? – ele perguntou para a ruiva.


- Sim, é minha tia-bisavó, é tão azeda quanto um limão – Rose disse com uma careta.


- Bom, ela tem motivos para isso – ele disse a olhando sério – Eu conheci ela na mocidade, uma menina linda e gentil, digna do sobrenome Prewet – Rose fez uma careta com a comparação – Eu tenho quase certeza que você não sabe, mas ela tinha um irmão – Rose abriu um pouco mais os olhos surpresa – e também um primo chamado Lancelot... hum, não lembro seu sobrenome, mas o que deves saber é que ele e Muriel eram apaixonados.


- Muriel, apaixonada? – Rose perguntou baixinho sem acreditar.


- Pois bem, eles eram, mas naquela época era terminantemente proibido o casamento entre primos, exceto pelos Blacks, mas aquela família sempre foi estranha – ele comentou – Enfim, eles eram sim apaixonados e ninguém poderia saber. Nem mesmo o irmar dela e melhor amigo de Lancelot, Hector Prewet.


“Ele era bem conhecido na vila em que moravam, era um rapaz muito bonito e bem afeiçoado. Era tido como um jovem com um futuro promissor, mas então aconteceu.” – o Mago parou para beber agua.


- O que aconteceu? – Rose perguntou curiosa.


- Bom, ele se apaixonou – ele disse como se fosse obvio – Se apaixonou pela menina mais bela da cidade, Lady Cassandra Fowlan, mais conhecida como Lady dos Cachos Dourados – ele sorriu – Os dois realmente faziam um belo par, ele até pediu sua mão em casamento – ele comentou – Essa era a distração perfeita para Muriel e Lancelot fugirem.


”Tudo estava pronto, o casal de primos iria fugir e o casal promissor da cidade iria se casar, todavia o destino não poderia deixar de pregar sua peça – ele disse abaixando os olhos, triste – Não, algo tinha de acontecer e eis o que veio a seguir:


- Lady dos Cachos Dourados adoeceu logo depois do casamento e da fuga, e rapidamente morreu, Hector ficou desolado, não sabia o que faria de sua vida, e nesse momento percebeu a falta de seus amigos, de fato só agora notara que eles haviam sumido. Uma raiva, uma cólera se apoderou de seu ser, afinal Lancelot era o melhor curandeiro da vila assim como Muriel a melhor com as plantas, se eles estivessem ali, com certeza sua amada não teria morrido! A culpa era toda deles! – Rose se inclinou melhor para ouvir a história.


“Tomado por esses vis sentimentos, Hector se entregou a magia negra, tudo que queria era encontrar o ex-melhor amigo e sua irmã traidora. E não mediria esforços para esse desfecho. Estudou, praticou e dominou a arte da magia negra, nesse ponto suas feições já estavam mudadas, seus cabelos e olhos tinham perdido o brilho tão charmoso de sua mocidade, seus dentes estavam amarelados de má alimentação assim como seu visual mal cuidado e, agora, andava curvado como se algo estivesse sempre montado em seus ombros. Sua mente só se ocupava com uma coisa: Vingança.


- Depois de anos encontrou um feitiço que o levava a seu mais íntimo desejo, claro que naquele momento era o de se encontrar com seus ex-queridos. Demorou-se um mês, mas enfim os encontrou vivendo juntos em um povoado distante de sua vila natal, pareciam felizes e isso o enraiveceu ainda mais. Certa noite, ele foi visitar a casa onde moravam, foi recebido com grande alegria por parte dos conhecidos que ficaram felizes em finalmente contar a seu melhor amigo/irmão o quanto seus desejos tinham se tornado realidade. Lancelot agora era curandeiro do hospital local e ela estava com suspeitas de estar grávida.


“A cada palavra Hector ficava mais irritado e então, como se não pudesse aguentar mais, tirou a varinha se suas vestes e atingiu em cheio o coração de Lancelot com a maldição da morte. Muriel ficou horrorizada com a ação do irmão e se atirou ao chão tentando reanimar seu amado, sem, no entanto, sucesso algum.


- Nossa – Rose disse com uma cara horrorizada.


- Sim, mas não foi apenas isso, Hector, percebendo o horror que fizera, matou-se logo em seguida, não conseguiria mais viver com o peso de ter matado o melhor amigo e destruído o amor de sua querida irmã, acontece que as artes das trevas não o deixam ver esse lado, e agora que vira, não aguentou mais um minuto.


“E foi assim que Muriel foi encontrada no dia seguinte, chorando descontroladamente agarrada a seu irmão e seu querido Lancelot. E desde aquele dia, ela nunca mais foi a mesma. Sempre que vê alguém feliz, logo decide tirar essa ilusão da cabeça da pessoa, não quer que ninguém sofra o que sofreu, sempre procura defeito em todos, pois assim nunca poderá amar outra vez, mesmo que seja de sua própria família, sempre diz o pior das pessoas, para nunca cair no erro de apenas ver o lado bom e se enganar novamente.


- Meu Merlin – Scorpius exclamou – Que história! – ele completou abismado.


- Eu nunca... eu nunca soube dessa história – Rose disse em choque.


- Estaria surpreso se soubesse, digamos que ela não é muito bem apreciada na sua família, duvido até que seu pai ou avó saibam, Muriel a esconde à sete chaves – o Mago sorriu – Enfim, toda família tem seu parente não muito memorável, o importante é que vocês aprendam a não fazer o que eles fizeram, não cometerem os mesmos erros.


- Sim, sabemos que... – Scorpius começou.


- Não – Gaspar o interrompeu sério – O poder das trevas pode ser o mais atraente e até mesmo a única opção aparente, é muito importante que vocês não caiam em tentação! – ele disse os encarando avidamente – Me prometam que irão lutar com todas suas forças contra esse desejo! Prometam!


- Prometo! – disseram os dois com um pouco de medo do ancião.


- Muito melhor – Guaspar sorriu – Agora, a senhorita disse algo sobre uma cura?


.....


- Eu não acredito que eles nos enganaram! – Albus exclamou chutando uma pedra.


- Isso que dá acreditar em um plano feito pela pregadora de peças de Hogwarts – Elizabeth comentou emburrada.


- Enfim, não adianta nada ficarmos aqui – Brandon comentou se levantando da areia.


- E o que o castanho sugere? – Tammy perguntou emburrada também.


- Se eles podem se arriscar em uma caverna, nós podemos nos arriscar vendo como está a situação em casa – Brandon disse como se fosse o obvio.


- Mas o objetivo não era ficar longe de lá? – Albus perguntou se levantando também.


- Estaremos disfarçados e voltaremos no amanhecer – Brandon disse convicto estendendo a mão para ajudar Tammy a se levantar, Albus fez o mesmo com Elizabeth.


- Bom, não custa nada ver o que está acontecendo por lá – Tammy deu de ombros.


- Seria bom fazer alguma coisa – Elizabeth afirmou também.


- Para a casa então – Brandon disse estendendo a mão, todos de entreolharam hesitantes, mas por fim quatro mãos estavam sob a de Brandon, poucos segundos depois os quatro desaparataram.


.....


- Certo, o que fazer agora? – Tammy perguntou enquanto os quatro andavam pelo Beco diagonal com os respectivos disfarces de quatro amigos comuns.


- Para começar, acho que podemos descobrir o por que dessa rua estar tão abandonada em plena tarde de sábado – Brandon comentou olhando para os lados.


- Verdade, cadê a... – Albus parou de falar de repente arregalando os olhos para uma fachada de cor desbotada e sem vida – O que aconteceu com a Gemialidades Weasley?





..........



N/a: Pronto, ai está um novo capitulo :)

Eu também gostei de fazer o ultimo capitulo Lana, que bom que você gostou ^^. Haha, aposto que o Scorpius alegaria que estava nervoso no momento, hehe... Gostei de saber que está gostando da trama *-*


Esse foi meio parado, mas espero que gostem.

Bjs,

Bibi 

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Comentários (2)

  • Ana CR

    Ahhh o que aconteceu xcom a geminialidades weasley?

    2013-07-12
  • Lana Silva

    É obvio que estou gostando, seria uma idiota se não estivesse. Nossa amei o capitulo , o que aconteceu com as Gemialidades Weasley ? O.O será que o mundo tá totalmente louco depois que eles sairam de Hogwarts ? O.O Nossa, choquei com a historia da Muriel, isso explica muita coisa, de ela ser tão amarga e chata...Acho que agora Rose e Scorpius vão começar a dar mais valor um ao outro, ele já até contou a ela que a mãe dele é Inominavel! Acho que quando essa fanfic acabar - que eu espero que demore muito pra isso acontecer - eu vou ter que reler pra matar a saudade, serio *-*bjoos flr *-* 

    2012-10-17
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