Primeiro Encontro



Capitulo XVI


Scorpius sorria ainda com as palavras dos amigos na cabeça: “Você está delirando se pensa que vamos sair no meio dessa água congelada com você!”, disse Brandon e espirrou novamente, “Minhas condições não permitem!”, disse Tammy com o nariz ainda vermelho, não achou que seria tão fácil despistar os amigos em Hogsmead, sorte que eles já o dispensaram por causa da neve.


“Atrasada, como sempre!” Scorpius bufou vendo o banco onde combinara se encontrar vazio.


- Desculpe pela demora, Malfoy – Rose chegou por trás do menino depois de um tempo.


- Ok – ele disse meio emburrado – Bom, vamos, sorte que com esse tempo pouca gente se aventura a andar por aqui fora.


- Ei, acho que você devia pegar minha mão, não? – ela perguntou e ele estendeu a mão para ela e logo que ela colocou a sua própria sobre ela, ele a puxou para o lugar.


- Posso ajudá-los? – uma moça apareceu logo que eles entraram, o lugar parecia uma lanchonete requintada com detalhes modernos, ali realmente só tinha casais e a maioria das mesas já estava ocupada.


- Nossos amigos, Hanna Warren e Richard Heike, nos indicaram aqui, disseram que eram reservados – Scorpius disse com uma cara desconfiada.


- Oh, sim, podem se sentar a sua escolha, logo alguém irá atendê-los – ela sorriu indo para o balcão mais ao fundo.


- Belo lugar – Rose comentou quando eles começaram a andar a procura de alguma coisa – Achou alguma coisa suspeita?


- Não, mas acho que aqueles dois... – ele parou abruptamente ouvindo algo.


- Belo trabalho, eles nem tiveram tempo de ver o que os atingiu! – uma mulher comentava ali perto, ela estava em um grupo de três casais.


- Achei o lugar perfeito – Scorpius sorriu para Rose e eles se sentaram à mesa vizinha ao grupo.


- Mas e você, como vai? – a mesma mulher perguntou.


- Bem, estamos tentando, mas o livro é muito difícil de recuperar e precisamos da história inteira para... você sabe – um homem disse brando, mas sua voz denunciava sua tenção.


- Vocês já escolheram o que vão pedir? – um rapaz perguntou encarando Rose e Scorpius.


- Eu quero um chocolate fumegante com cristais e açúcar – ele disse torcendo para que tivesse aquilo ali.


- E a senhorita? – ele perguntou.


- O mesmo – ela disse não querendo pensar.


- Algo para comer? – ele perguntou anotando.


- Trás um pedaço de torta de amora, por favo – ela sorriu.


- Claro, seu pedido vem em pouco tempo – o garçom sorriu se afastando, Rose e Scorpius se olharam meio aliviados.


- Peguem a minha mão, parecemos dois perdidos aqui assim sem fazer nada – ela disse baixo para ele estendendo a mão em cima da mesa, ele a obedeceu.


- Agora fica quieta! – ele disse tentando ouvir mais coisas.


- Mas eles só estão falando de livros – Rose disse achando estar perdendo tempo.


- Shh! – ele disse.


- A batida quente daqui é muito boa, já te parabenizei pelo descobrimento do lugar, ursinha? – um homem falou abraçando sua companheira, do jeito que ele falou deu para entender que aquele era o apelido ou codinome dela.


- Bom, não é qualquer pessoa que entra aqui, e quem entra nunca presta atenção no mundo a volta, então... – ela deu de ombros.


- Voltando ao assunto – o homem companheiro da mulher que ouviram primeiro chamou a atenção – Você estava dizendo, Torre?


- Estou preocupada, eu ainda acho que deixar essas coisas andando por ai vai começar, mais cedo ou mais tarde, chamando a atenção de alguém – a mulher que ainda não tinha falado se manifestou.


- Besteira, o Ministério é muito burro e nunca vê o que esta na frente a não ser se esfreguemos nos olhos deles – disse o acompanhante da mulher que falou primeiro, Scorpius levantou a sobrancelha para Rose que fingiu não ver nada – Eles se preocupam com desaparecimentos e assassinatos, gente nova para eles deve ser lucro!


- Seu pedido – o garçom voltou com as duas bebidas fumegantes e o pedaço de torta com dois garfos.


- Obrigada – Rose agradeceu e deu um gole em sua bebida – Hum, isso é bom.


- Eu sei, mas ninguém ganha do da minha mãe – Scorpius disse sorrindo consigo mesmo e os dois se calaram.


- Bom, como só falta mais dois artefatos para o plano dele dar certo, vocês e vocês devem melhorar seus esforços – disse a mulher do começo apontando para os outros dois casais – Se precisarem de alguém da escola não existem em convocar o principezinho, afinal aquele moleque tem de fazer algo!


- Certo! – os outros quatro disseram e o grupo inteiro se levantou, saindo logo em seguida.


- Interessante! – Rose disse e Scorpius assoviou.


- Você entendeu o que eles falaram? – Scorpius se espantou e pegou um garfo e pegou um pedaço do torta.


- Bom, o que entendi é que eles fizeram alguma maldade com alguém, que precisam de um livro, estão preocupados se alguém descobrirem algo, alguma coisa sobre faltar artefatos e algo sobre ajuda de um príncipe de alguma escola – Rose disse pegando um pedaço da torta também – Ou seja, essa conversa só complicou mias a minha vida – e ela comeu o pedaço de amora.


- Bom, que eles têm relação com os aparecidos e que eles não são bonzinhos e inocentes já deu pra perceber, agora, o resto da conversa, só me confundiu ainda mais – Scorpius disse levando as mãos aos cabelos, mas desistindo de bagunçá-los – Ei, as vozes que ouvimos hoje são alguma que você já ouviu antes?


- Bem, não tenho cem por cento de certeza, mas a voz da menina que chamavam Torre era a mesma que ouvi vindo para cá antes – a ruiva disse incerta.


- Hum, acho que ela é a única “pé no chão” dali – Scorpius comentou pegando outro pedaço da torta.


- Eles têm motivos para essa segurança, certo? Digo, até agora não vi nada sobre aparecidos no jornal ou qualquer coisa suspeita, parece que estamos mais calmos que nunca – Rose comentou pegando um pedaço também.


- Dã, essa calmaria que fala que algo muito mal está acontecendo, veja bem, em tempos de guerra todo mundo vê e prevê o que acontecerá, pois todos sabem de tudo – explicou Scorpius – Mas quando as coisas estão calmas, a coisa deve estar feita pois não sabemos o que acontece, pessoas agem pelas sombras e nada é certo.


- Nunca pensei por esse ponto – Rose disse maneando a cabeça.


- Claro que não, é estranho alguém pensar assim – ele disse bebendo mais um gole de sua bebida.


- Você acabou de se chamar de estranho? – ela sorriu.


- Estranho não, só penso mais que as outras pessoas – ele disse convencido – bom, isso eu aprendi em um livro – ela revirou os olhos.


- Qual? Como dominar o mundo em seis partes? – Rose perguntou irônica.


- Não, ele chama Batalha de Dragões, e minha mãe que me deu – ele disse ignorando a ironia da menina – é uma história fictícia sobre uma briga de reinos e a introdução fala sobre isso, dos perigos dos tempos de paz.


- Hum, interessante – ela disse escondendo um bocejo falso e fazendo o menino bufar – Mas acho que agora devemos ir, quero ver só a cara do Adam quando souber que estive aqui – ela disse sorrindo.


- Adam? – Scorpius perguntou confuso.


- É, ele é um amigo meu que trabalha na Zonko’s – ela disse simplesmente – Ele duvidou que eu conseguisse entrar aqui, agora vai ver só – ela disse mais para si mesmo, mas então olhou o menino – E não é Adan, é AdaM – ela disse e começou a rir, Scorpius levantou uma sobrancelha para ela.


- Vai falar coisa com coisa ou está difícil? – ele perguntou.


- Ai, como você é chato, Malfoy – ela disse revirando os olhos.


- Idem – ele disse terminando sua bebida – Vamos? Acho que não há mais nada aqui pra nós.


- Certo – ela disse comendo rapidamente o último pedaço de torta e se levantando, ele já tinha deixado o dinheiro da conta na mesa.


- E então gostaram do lugar? – a moça da entrada apareceu de repente.


- Adoramos, é que estamos em uma relação meio secreta e aqui é perfeito! – Rose disse sorrindo pra mulher.


- É, aqui zelamos pelo bem estar dos casais e já chegamos a conclusão que cada um é único e não precisam ficar todos vendo o que estão fazendo, discrição é essencial – ela disse mais séria.


- Concordo plenamente – Scorpius disse – Mas sem querer ser grosso, nossos amigos desconfiarão se não chegarmos logo.


- Claro, claro, desculpe pelo incômodo – ela deu passagem para os dois – E não se preocupem com alguém ver vocês saindo juntos, parece que alguma celebridade está no vilarejo e a imprensa e todo mundo está em cima dele.


- Hum, obrigada – Rose disse.


- Voltem sempre! – a moça disse antes da menina fechar a porta as suas costas, assim que Rose saiu já foi puxada para o meio das árvores.


- Você enlou... – ela ia começar a falar alto, mas Scorpius a calou com a mão e ela pode ouvir alguns lufanos passando por onde eles estavam.


- Eu vou te soltar e você vai ficar quieta, certo? – ela concordou com a cabeça e ele o fez – Ah, beleza, adivinha quem está vindo e nos viu?


- Os sonserinos – Rose sussurrou – Sorria e coloque as mãos na minha cintura – e ele o fez enquanto ela enlaçava o pescoço do menino, ele então aproximou seus rostos e um flash rápido apareceu.


- E eles entraram – ele disse bem perto e então se afastou.


- Minha nossa, essa foi por pouco – ela disse baixo se apoiando na arvore as suas costas.


- Verdade – ele disse, o coração dos dois estavam acelerados e já não sentiam tanto frio, por causa da adrenalina da situação, é claro.


- Hum, bom, vou indo então – ele disse colocando as mãos nos bolsos – Vou pensar no que a conversa de lá dentro pode significar.


- Ok então, eu também vou pensar, até mais – ela disse acenando para ele e esperando ele sumir de vista para sair de trás das árvores, ela logo seguiu para a Zonco’s.


- Menina Weasley, achei que não vinha hoje! – Arthur disse assim que ela entrou, a menina sorriu.


- Só vim pegar coisas para renovar meus estoques, acredita que o Zelados pegou todos os meus Discos mordedores? Toda a vez que ele mordia alguém ele chegava e confiscava, parece que estava me perseguindo! – o senhor riu.


- Tenha mais cuidado então, quando eu estava na escola, meus discos sempre voltavam para mim, depois lhe ensino como, a melhor parte era ver as pessoas exclamando para quem estava ao seu lado “Ai! Por que você me mordeu?”, as caras que os outros faziam eram hilárias – ele disse e algumas lágrimas caíram por seus olhos por causa da risada.


- Ainda são, e as de quando não tem ninguém por perto também – eles ficam de dois em dois minutos checando pra ver se alguém voltará a mordê-lo – ela ria também.


- Bom, fique a vontade, menina Weasley – ele disse rindo ainda.


- Adam, bem quem eu queria ver – ela disse com os braços já cheios quando encontrou o garoto em um dos corredores da loja.


- Oi Rose, como vai? – ele disse arrumando alguns artigos na prateleira.


- Bem, e eu consegui – ela disse sorrindo vitoriosa.


- Entrei no pub e descobri algo pra você – ela disse e ele quase derrubou tudo que segurava pela surpresa.


- Como conseguiu? – ele perguntou impressionado.


- Jogando de acordo com as regras, arrumando um namorado falso – ela disse simplesmente.


- E o que descobriu pra mim? – ele disse levantando uma sobrancelha;


- Que o lugar é exclusivo sim, mas só para se adequarem melhor aos casais – ela disse lembrando-se da pesquisa dele, ele murchou imperceptivelmente – é que cada casal é cada um, sabe.


- Hum, interessante – ele disse coçando o queixo – Acho que usarei isso como introdução.


- Certo, prometo voltar lá para pegar mais coisas para o seu trabalho, ok – ela disse piscando pro menino – tenho que voltar logo pro castelo, andar na neve fica melhor quando o sol está mais alto no céu.


- Claro, até mais, Rose – ele disse – e passe aqui antes de voltar pra lá ok, quero ver se você não está mentindo sobre isso! – ele fingiu estar desconfiado, mas logo sorriu.


- Às ordens – ela sorriu e foi para o caixa.


- Por que não me surpreendo de encontrá-la por aqui? – ela ouviu uma voz familiar as suas costas.


- Por que você me conhece como ninguém, priminho – ela disse se virando para Albus que a encarava sorrindo d perto da porta – Então decidiu deixar a Liz sozinha de novo?


- Não, deixei ela com um dos admiradores, ela diz que são só amigos, mas mesmo assim me sinto de vela no meio deles – Rose riu – E então vim te procurar, já que saiu sem esperar ninguém.


- Eu sabia que iriam estar lerdos por causa da neve e não queria perder o pouco sol da manha e de agora – ela pegou suas compres e saiu da loja acompanhada do moreno – Já comprou seus doces?


- Claro, assim como você já comprou suas bugigangas – ele disse – E não somos lerdos, só não dá vontade de sair nesse frio – ele disse observando que a geada dava uma trégua – Ei, você viu que aquele ator, o Peter Nolan veio visitar o irmão dele aqui e foi o acontecimento, teve até imprensa!


- Puxa, não vi não, fiquei na Zonco’s a manhã inteira – ela comentou, Rose odiava ter que mentir pro seu melhor amigo, mas a essa altura do plano já não tinha coragem para contar-lhe tudo, já teve até seu primeiro “encontro” com o sonserino besta, era melhor deixar quieto, quem sabe um dia a coragem chegue?


- Do jeito que te conheço, não duvido nada! – ele disse sorrindo e ela disfarçou um suspiro de alivio.


- E você, onde passou a manhã?


- Primeiro eu deixei a loira estudando para nossa ultima prova na terça e depois vim para cá, de inicio era para te procurar, mas não resisti em entrar na Dedos-de-Mel antes – ela riu – e depois te achei comprando as geringonças para atazanar a vida alheia.


- Não atazano ninguém, só trago acontecimentos novos para a vida de algumas pessoas, é que se não elas ficam monótonas de mais, sabe? – Rose sorriu travessa.


- Por que você não explica isso para as pessoas que te dão detenção ou que te tiram pontos? – Albus levantou uma sobrancelha.


- Eles nunca entendem – ela se lamentou, balançando a cabeça.


- Muito menos a sua mãe – e os dois riram.


- Ei você soube que sua irmã está saindo com um menino? – Rose perguntou de repente.


- Ah soube, soube até que ela brigou com o Hugo por causa disso, na verdade estava conversando com ela semana passada.


- Puxa, também estava falando com Hugo semana passada – ela sorriu.


- Legal, somos gêmeos – Albus brincou.


- Como falar com nossos irmãos semana passada nos tornam gêmeos? – Rose levantou uma sobrancelha.


- Não sei, só sei que estou morrendo de frio e aquelas carruagens não chegam! – ele disse afagando seus braços e olhou para onde as carruagens estavam, Rose riu.


 



.....

N/a: Ai esta, mais um cap., não seu se esclarecerá alguma coisa ou piorará tudo ainda mais, hehe, espero que gostem...

E obrigada pelos comentários,  Marcela Prince Snape, como sempre, e agora Ilana da Silva Sodré também, hehe, que bom que está gostando e sinto dizer, mas a Nara não é a Tonks, apesar de eu adorar a família Lupin, como aponta o meu nickname, eu nem tinha pensado nisso :p... mais pra frente tudo vai ser revelado, hehe

Bjs, 

Bibi.

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Comentários (2)

  • Ana CR

    Amando os encontros Rose e Scorpius, só que acho que podia ter mais, né? hauahuahauahauahua

    2013-07-11
  • Lana Silva

    kkkk nossa mas ela parece muito com a Tonks nossa agora que eu fiquei mais curiosa ainda lendo o capitulo. O pessoal no reticências falava tudo em codigo, então isso intriga afinal quem precisa falar tudo em codigos ??? Rose e Scorpion não sei não viu...Alvo ainda acreditou nele kkk acho que ele tá com ciumes da Liz ...Ameii o capitulo *----------* ...E você ainda diz em breve tudo será revelado...Me deixa mais curiosa ainda kkk bjoos!

    2011-12-05
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