A Falsa-Verdade Aparece

A Falsa-Verdade Aparece



Capitulo XVII


- O que você tem a dizer em sua defesa? – disse um Albus muito vermelho chegando perto de Rose com Hugo atrás de si vermelho também


- Só falo algo na presença de um representante! – ela disse sorrindo, mas eles mudaram suas expressões.


- Nem com um você se salva! – o moreno disse jogando o profeta diário que ela deveria ter recebido no café, mas tinha acordado mais cedo, então quando saiu muitas pessoas entravam; agora eles estavam no salão comunal da Grifinória.


- Obrigado por pegar ele pra mim, estava mesmo... – ela disse olhando para a primeira página que era ilustrada por uma foto do astro que passou por Hogsmead no dia anterior, entretanto não foi isso que chamou sua atenção e sim um detalhe mais ao fundo.


- E então? – Hugo perguntou cruzando os braços.


- Falo com vocês depois – Rose disse se levantando e saindo rapidamente pela porta, andou rapidamente por dois andares do castelo até achar quem procurava olhando pela janela, ele estava no jardim, lugar o qual ela se dirigiu rapidamente por uma passagem secreta – Ei, Malfoy! – ela chamou a atenção dele com uma voz estridente.


- Minha nossa! – ele fez uma careta a olhando – Que bicho te mor...


- Você já viu o Profeta Diário hoje? – ela perguntou rapidamente.


- Não, pra falar a verdade estava pres... – e ela jogou o jornal no peito dele que a olhou feio.


- Vê a foto da primeira página – ela disse batendo o pé e vermelha.


- Pare de me inter...


- Só vê, Malfoy! – ela disse impaciente; ele fez uma carranca, mas olhou a primeira página.


- O ator que foi no vilarejo, que... – e ele percebeu o detalhe mais ao fundo e arregalou os olhos.


- Isso mesmo, estávamos escondidos, ou quase pra quem olhava da rua ali perto, mas não estávamos escondidos que quem nos via de lado – o detalhe que aparecia era Rose com os braços ao redor de Scorpius que a segurava pela cintura, seus rostos estavam bem próximos e sorriam um para o outro enquanto se aproximavam.


- Mas que merda! – ele disse jogando o jornal no chão e levantando as mãos para o cabelo, mas desistindo no percurso.


- Em resumo! - disse Rose dando um suspiro e abaixando os olhos.


- Então todos que viram isso pensam que estamos juntos? – ela assentiu sem tirar os olhos do chão – Então agora é afirmar ou negar... – ela levantou os olhos, ele olhava pros lados, apreensivo, enquanto bagunçava o cabelo com as mãos, Rose riu – Qual a graça, Weasley?


- Você, óbvio – ela disse balançando a cabeça, ele a olhou confuso – Você sempre hesita de bagunçar os seus fios brancos perfeitamente arrumados, mas agora... – então ele percebeu onde suas mãos estavam e tirou-as de lá rapidamente, Rose riu mais ainda.


- Isso é sério, Weasley – ele disse com um inicio de irritação no rosto – O que faremos agora?


- Isso depende – ela disse ainda com um sorriso no rosto.


- De quê?


- Se afirmarmos tudo, conseguimos mais informações sobre esses desaparecidos – ela disse – Mas também, eu não quero namorar oficialmente você – ela fez uma careta.


- Idem – ele disse e os dois ficaram em silencio, cada qual com seus pensamentos.


- Puxa vida, justo agora que estamos começando a descobrir as coisas – Rose disse frustrada e se sentou em uma pedra lá perto, Scorpius acenou com a cabeça – Bem, você está interessado em alguém no momento?


 - Não, mas por... – ele levantou uma sobrancelha.


- Eu estou, mas tenho certeza que é uma batalha vencida, enfim – ela respirou levantando os olhos – Eu topo, eu quero muito descobrir o que está acontecendo.


- Eu topo também fazer esse sacrifício, mas você tem que me prometer uma coisa – ela o olhou esperando ele continuou – Parar de me interromper, eu já deixei bem claro que não gosto disso! – ele disse irritado, Rose riu.


- Prometo que vou tentar – ela disse, e então fitou algo atrás dele – Abaixa! – o menino abaixou e uma coruja negra chegou em alta velocidade e pousou no colo de Rose estendendo a patinha para a mesma.


- Oi, Bo, me achou então? – ela perguntou acariciando e pegando um jornal e uma carta vermelha que ele trazia – Ôou!


- Recebeu um berrador, Weasley? – Scorpius sorriu.


- Cala a boca, Malfoy! – a menina disse correndo com a carta na mão para se esconder em algum lugar, Scorpius a seguiu.


- É melhor abrir logo ou isso vai explodir! – ele disse sorrindo, Rose suspirou derrotada e abriu, logo o papel começou a falar com ela:


- ROSE WEASELY – Rose esperava uma voz masculina, mas quem iniciou o recado foi sua mãe – EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ESTÁ NAMORANDO E NÃO ME CONTOU! EU SOU SUA MÃE, PELO AMOR DE MERLIM! – e então a voz abaixou o tom, Rose pode ouvir atrás seu pai  – Olha, eu só quero que você saiba que pode contar comigo, certo. E bem, quando seu pai viu ele começou a gritar que você não sabia o que estava fazendo e outras coisas mais e agora está emburrado, boa sorte com ele, você vai precisar. E pra finalizar quero que convide-o para passar um dia na época do natal conosco, eu e seu pai  nós, queremos conhecê-lo, certo – e uma pausa – Bem, escreva para nós, beijos, mamãe e papai! – e o a carta se espatifou no ar, Rose olhava com a boca aberta para onde a carta acabara de estar; Scorpius também estava de olhos arregalados, ele decidiu sair de fininho.


- Estou morta – Rose sussurrou e ele parou e a olhou.


- Por quê? Sua mãe parece já ter extravasado e seu pai está quieto...


- Esse é o problema, ele está quieto, ele só fica assim quando algo realmente o irritou, tio Harry disse que ele aprendeu a fazer isso pois ele explodia de mais, ou algo assim, na escola, até houve algo com lesmas – ela riu um pouco, mas sua face logo voltou a ficar séria – Mas esse não é o ponto, o ponto é que estou encrencada – e ela encarou o nada novamente


- Hum – Scorpius murmurou e tentou sair de fininho também, ele não sabia o que dizer pra menina.


- Ei – Rose chamou despertada de seus pensamentos pelos passos – Então, você quer passar um dia na minha casa? É melhor já falar que se você não aceitar ela vai me fazer te importunar até o sim.


- Bom, se é assim, eu aceito, mas você também vai ter que passar um dia na minha casa, quem sabe assim minha mãe para de me irritar – ele disse coçando o queixo.


- Bem, seremos namorados então? – Rose perguntou estendendo uma mão.


- Seremos namorados então – ele disse e apertou a mão dela, que só agora reparava que ele estava todo suado com camisa, shorts e tênis trouxa.


- Onde estava, Malfoy? – ela perguntou limpando as mãos nas vestes – Decidiu aderir à moda de seus tão odiados trouxas?


- O quê? Ah, isso? – ele disse mostrando as roupas – Bem, foi o melhor que eu achei para os exercícios que pratico toda manhã agora – ele disse orgulhoso.


- Então está tentando colocar alguns músculos nesse corpo magrelo? – Rose perguntou divertida – Não se preocupe, daqui um tempo você vai conseguir levar sua mochila nas costas sem mágica.


- É, talvez, mas acho que se eu quiser carregar você ainda vai faltar uns anos, não? – ele disse entrando na brincadeira.


- Por acaso está sugerindo que estou gorda? De novo? – ela perguntou vermelha, infelizmente só seu irmão herdara a bênção de somente as orelhas ficarem vermelhas, coisa que seria facilmente escondida pelo seu cabelo.


- Não, eu nunca faria isso! – ele disse e sorriu – Estou afirmando, claro.


- Ora, seu vira-lata! – ela disse o empurrando e saindo raivosa dali, ele só ria.


- Isso vai ser interessante! – ele disse voltando pro castelo.


...


Rose estava se escondendo de todos o dia inteiro, bom, na verdade ela só se escondia de uma pessoa em particular, mas evitar as outras era bom também, parecia que por onde ela passava as pessoas a olhavam estranhamente ou começavam a cochichar, isso já a estava irritando.


- Ai está você – a última voz que ela esperava ouvir soou logo a sua frente, ela estava sentada no chão perto das escadarias onde o quadro da cozinha se encontrava.


- Eh, oi, Al – ela disse levantando seus olhos do livro e encarando a cara séria do primo.


- Desde quando? – ele perguntou cruzando os braços.


- Desde quando o quê? – ela se fez de confusa, mas isso só fez o primo estreitar os olhos, Rose suspirou – Bem, mais ou menos um mês e meio, mas não é isso que você está pensando – ela disse fechando o livro, o colocando no chão e logo depois se levantando.


- Não? – ele perguntou – Então você não está escondendo algo de mim, seu melhor amigo, ou é o que eu achava, por um mês e meio e isso tem a ver com o Malfoy, aquele que você xinga toda vez que vê?


- Ok, talvez seja um pouco do que você pensa, mas deixe-me explicar? – ela disse com um inicio de desespero ao ver uma cara desapontada na face do primo.


- Estou ouvindo – ele disse a encarando.


- Bem, a verdade é que... – ela hesitou, mas enfim contou para ele a história de que Scorpius queria uma garota e ela aceitou sobre a condição de o menino a deixar em paz e quem os estava ajudando - ...e eu só não te envolvi nisso porque eu sei que você não aprovaria.


- Claro que não! E... – ele respirou fundo – Ok, já entendi o seu ponto.


- Obrigada – ela disse um pouco mais aliviada, eles ficaram em silencio por uns instantes.


- Então, agora vocês vão assumir? – Albus perguntou – Digo, pra todos?


- Bom, conversamos e sim, decidimos não desmentir pra ninguém – ela disse aliviada por ele ter puxado assunto.


- Seu pai não vai gostar nada, sua família muito menos – Albus avisou.


- Eu sei, mas eu os encaro – ela disse sorrindo.


-Bom, se você contasse que é mentira, ficaria tido bem.


- Não vai dar, muita gente que com certeza espalhariam, até chagar na menina que ele quer – Rose disse – E assim que não vou me ver livre o peso se papel ambulante.


- Mas ninguém quer outro John Kerry, muito menos eu, Ro – ele disse com um olhar penetrante.


- Eu não gosto dele, muito menos estou apaixonada por ele – ela disse com uma careta, como se a ideia fosse absurda – Veja, é impossível ele ser outro John Kerry.


- Estou acreditando em você, viu – ele disse sorrindo.


- Claro que tem que acreditar, eu sou um anjinho – ela sorriu.


- Só pra quem não a conhece – ele disse sorrindo – Mas então, que livro está lendo?


- Bem, como eu estava estressada com esses olhares e cochichos, só peguei esse para me distrair – ela disse apontando para o livro no chão.


- Então você decidiu pegar o dicionário? – ele perguntou divertido.


- Ei, isso não é o dicionário, é só um livro explicando nossa história, digo, a dos bruxos, por um ponto de vista de um personagem, é bem legal – ela disse pegando o livro do chão.


- Cof, nerd, cof – ele fingiu tossir e ela bateu de leve nele com o cotovelo.


- Então é assim, vocês agora me largam pra ficarem sozinhos, estão me excluindo do grupo de amigos, é? – uma voz feminina apareceu atrás deles.


- Sabe o que é, Liz, sua agenda anda tão cheia que está difícil achar um horário, digo, seus pretendentes lotaram tudo! – disse Rose sorrindo.


- Haha, muito engraçado, na verdade esses dois, apenas dois, estão me tirando do sério – ela disse – e vocês nem pra me ajudar a me livrar deles, não?


- Opa, falha nossa – Rose riu, na verdade sempre que um dos dois as viam, ele se aproximava e Rose se sentia como se estivesse sobrando ali, então saia.


- Ei, mas eu vivo andando com você e eu nunca vi esses tal meninos – Albus levantou uma sobrancelha.


- E você acha que eles são loucos de enfrentar o capitão da Grifinória? Eles sabem que você é em possessivo com suas amigas – Elizabeth riu – E obrigado por isso, mas quando você sai pra sair atrás daquela metamorfoga novata...


- Mas eles não têm vergonha na cara, não? E do jeito que você fala parece que eu persigo a Nara por ai, e isso não acontece! – disse Albus ficando alterado, as menina riram.


- Mas e ai, Ro, eu vi a foto no jornal, e agora? – Elizabeth olhou para a amiga, preocupada.


- Bom, não vou desmentir nada, nem ele – ela disse simplesmente – e não quero falar sobre isso, ei, sua família vai passar o natal na minha casa de novo?


- Acho que sim, na verdade não ouvi nenhum plano ainda – ela disse sorrindo – e não fica assim, Alsinho, eu sempre vou ter um lugar especial pra você no meu coração, assim como a Rose – ela disse notando a carranca que ainda estava na face do amigo.


- Hum, sei – ele disse levantando uma sobrancelha.


- E vamos voltar logo pro salão comunal, daqui a pouco o sinal de recolher vai bater – Elizabth disse.


- E daí? Eu sou monitora lembram? – Rose disse sorrindo.


- Mas nós não, então é melhor irmos Albus, antes que percamos pontos pra nossa casa – Elizabeth disse puxando o amigo.


- Sua chata! – Rose disse mostrando a língua pra amiga.


- Boa noite, Rose! – ela disse sem mudar o caminho.


- Boa noite, prima – Albus disse com uma voz risonha.


- Boa noite, seus chatos! – ela disse e riu enquanto via seus amigos andaram com os braços entrelaçados e conversando algo.


Já que a ruiva não tinha nada a fazer pegou seu livro e começou a ler enquanto andava seguia até seu dormitório, já que não queria ganhar nenhuma detenção que a impedisse de voltar para a casa e ver sua família no natal.


- Ah, que saco! – ela ouviu uma exclamação em um corredor perpendicular mais a frente – Eles não podem fazer isso sozinhos, não? – a voz se afastou, ela era um pouco familiar; Rose viu uma pequena bola de papel em chamas aparecer ali no chão, como se alguém a tivesse jogado.


A menina usou um feitiço que saia vento da varinha para salvar uma parte, pelo menos, do papel, tinha um pressentimento que aquilo era importante.


“pegue na biblioteca e finja que esqueceu de devolver, ou só pegue mesmo sem falar pra ninguém, mas dê um jeito, quero ele no natal.


Ah, sua mãe mandou perguntar se está tudo bem, ela quer uma carta.


Abraços,”


Ela leu, o inicio e o final estavam chamuscados. Rose pensou em correr atrás da pessoa, mas mais a frente do corredor acabava numa bifurcação, como ela queria um mapa da escola como o que tinha na sala dos monitores! Está ai, ela iria fazer um, bom Albus era bom com feitiços e ele havia dito que já tinham feito um mapa daquele jeito, mas ele não funcionava mais por causa das mudanças que fizeram depois que a escola foi quase destruída por seus pais, Rose riu. “Mamãe vive dizendo que não devo me meter em encrenca, mas ela já derrubou algumas paredes da escola, belo argumento”, ela pensou ainda sorrindo.


Ela guardou o resto do papel, em alguma pagina do livro e seguiu novamente para o seu quarto, pensando em o que deveria significar aquela mensagem e de onde conhecia aquela voz.



....


 N/a: Esse cap. demorou mais pra fazer, não tinha gostado do que tinha feito de inicio, mas agora acho que está bom, certo? hehe

Valeu pelo comentário, Ilana da Silva Sodréespero que goste deste cap também :)

Bjs,

Bibi 

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Comentários (2)

  • Ana CR

    Ah, a fic é cada vez mais perfeita... e eu precisando dormir 

    2013-07-11
  • Lana Silva

    Eu amei o capitulo, tem como não amar ?? kk Ahh em chama de Lana...Isso de nome todo fica estranho kk. Mais um misterio, eu fiquei agora sem saida pra saber o que tem a Nara, porque ela não é a Tonks kkk  Tô imaginando como o Rony vai ficar kkk Ahh Mione sempre apoiando a Rose kkk. A Rose diz que não tá apaixonada pelo Scorpion mas daqui a pouco aposto que vai ficar até com pena de dizer isso. Então amei o capitulo e já tô louca esperando o proximo kk bjoos!

    2011-12-16
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