Primeiro Dia de Neve



Capitulo XIV


- Que saco sua vingancinha, não Rose? – Elizabeth disse no café da manhã do sábado – aquele negócio grudou como seu eu tivesse usado um feitiço colante.


- Essa foi a intenção, e o mais engraçado depois foi ver vocês brilhando e correndo como fadinha animadas do Atlantes – Rose disse sorrindo marota – Mas vocês tentarem me pregar uma peça usando as minhas idéias do ano passado? Foi meio burrice, não?


- O Davies disse que era ideia dele, maldito sonserino! – Elizabeth praguejou.


- Talvez fosse, ele não participou da pegadinha ano passado – Rose  lembrou.


- Humpf – a loira bufou – Mas foi dispensável, assim como sua brincadeira.


- Oh, quem é a amiga que não sabe perder? Quem é? – Rose brincou com a amiga emburrada usando uma voz infantil.


- Puxa, vocês caem da cama? – Albus chegou sonolento.


- Não, você que demora anos para acordar! – Rose comentou de bom humor.


- E não é que eu não sei perder, é que é tão chato não conseguir ganhar de você – Elizabeth sorriu.


- Ainda falando de ontem? – Albus perguntou antes de um bocejo – Pois saiba que assim que começou a gaguejar, eu percebi que estava mentindo, você só gagueja quando está confusa, quando está com medo você treme.


- E agora você virou um especialista em Rose Weasley, por acaso? – Elizabeth perguntou levantando uma sobrancelha.


- Talvez – Albus sorriu.


- Ninguém é especialista em Rose Weasley – a ruiva disse firme – A não ser que alguém saiba minha fruta favorita.


- Framboesa – disse Elizabth.


- Maçã – disse Albus.


- Que feio, os dois chutaram! – Rose acusou – Não é nenhuma dessas!


- Bom, eu tenho certeza que é vermelha – Albus disse e a loira concordou – Pode ser...


- Hum, Albus – uma menina do quinto ano chegou timidamente perto do grupo – O treino é que horas mesmo?


- É as dez e... – o menino disse olhando para o grande relógio em cima da porta do Salão Principal – Epa, estou atrasado, pode ir indo, Kim, eu já vou! – o menino sorriu pra castanha tímida que assentiu e saiu dali – Então, vocês vão assistir o treino ou as vejo mais tarde?


- Eu vou, apostei que ganhariam da Corvinal com o Vincent – Elizabeth sorriu divertida se levantando.


- Nem por um decreto, eu tenho certeza que vou ficar nervosa porque parece que você vai cair da vassoura a qualquer momento e quando eu fico nervosa que não presto muita atenção então eu é que posso cair da arquibancada, sem contar que está nevando, deviam cancelar esses treinos quando neva – Rose discursou – enfim, já basta eu passar esse risco nos jogos!


- Cada vez suas desculpas ficam mais criativas, continue assim – Albus riu da prima e piscou saindo do salão acompanhado de Elizabeth.


Rose demorou mais um tempo saboreando seu café da manhã e pensando no que iria fazer até o almoço, decidiu por fim que uma ida ao jardim era sempre boa, entretanto no caminho encontrou Nara absorta em pensamentos sentada num parapeito de uma das muitas janelas do castelo fechadas pelo frio e decidiu falar com a menina.


- Olá – a menina balançou a cabeça e piscou antes de responder – Opa, desculpa te tirar da sua viagem – a ruiva sorriu.


- Oh, que nada, só estava pensando – a menina sorriu.


- Em que exatamente? – Rose perguntou se sentando de frente para ela no parapeito também.


- Em ontem... – ela disse.


- Oh, você estava no jardim? – Rose perguntou com a cara culpada – Desculpa, mas é costume ter uma pegadinha no Dia das Bruxas aqui.


- Eu estava, mas tudo bem – a, hoje, de cabelos verdes falou – Então, você pode me contar mais sobre essa tradição?


- Claro – Rose sorriu – Na verdade, acho que quem começou com isso foi minha prima Victoire, porque meu outro amigo mais velho, Teddy, disse que não tinha na época dele – ela explicou – Eu acho que ela aprontou uma com alguém nesse dia e disse que era tradição – Nara riu – Bem, hoje em dia até o diretor aprova e ri com as nossas pegadinhas, e o melhor, podemos ir pra cama a hora que quisermos, e o melhor... sem ganhar nenhuma detenção! – os olhos de Rose brilharam – antes só podia participar os alunos do sétimo ano, mas hoje e dia os do quinto pra cima podem participar, normalmente é só uma pessoa que é assustada, entretanto esse ano foram várias – Rose sorriu.


- E como vocês se organizam? Digo, tendo tantas pessoas assim? – Nara perguntou.


- Normalmente uma pessoa chama todos que querem participar quando eles estiverem longe da “vitima” e pede palpites e ajuda em um plano já formado - Rose disse fazendo aspas com os dedos – No ano passado eu que fiz isso e no anterior foi o meu primo... quem foi esse ano?


- Um menino chamado alguma-coisa Zabini – ela sorriu.


- Ah, o Jacques Zabini? – Rose perguntou.


- O chamaram de Zack ou Jack, alguma coisa com Ack – a menina sorriu.


- Jack, provavelmente, é o apelido dele – Rose comentou – Bom, ele com certeza fez aquilo por causa do Malfoy, eles são meio que inimigos.


- Ah, então foi por isso que ele queria que o “Espectro” assustasse vocês para a varanda, acho que ele pretendia que alguém caísse de lá, que crápula – Nara fez uma careta.


- Bom, eu entendo um pouco o porque de ele não gostar do Malfoy, ninguém merece aquele menino, mas não é pra tanto – Rose avaliou – Bom, mas mudando de assunto, está se acostumando com a escola nova? Não tem ninguém te enchendo o saco, certo? Por que se tiver pode deixar que ...


- Não, são todos legais – a Metamorfoga riu – E essa escola é bem legal sim, bem melhor de onde eu estava antes.


- Hum, que bom – Rose ficou com a pergunta de onde era na língua, mas sabia que se falasse ela iria se esquivar como sempre, Rose então olhou pela janela e viu a neve caindo – é lindo todo esse manto branco que cobre tudo, não? Ou você é daquelas que também não gosta de neve?


- Bom, pra falar a verdade... sou – Rose fez uma careta – Sei lá, ela sempre está cobrindo as coisas, olha como a grama não está mais visível – ela apontou para o jardim.


- Mas essa é a mágica da neve, é pra mudar a aparência dos lugares, pra dar uma atmosfera diferente – Rose comentou.


- Eu prefiro a atmosfera da primavera, então – Nara sorriu.


- Então pense que basta só acabar essa estação – Rose disse – que acabará mesmo, infelizmente – Nara riu.


- Flores e mais flores perfumadas, quem não gosta disso?


- Não consigo sentir o cheiro de algumas, então... – Rose de repente lembrou de algo – Ei, a dissertação sobre a Flor Sonhadora é pra quando?


- Pra segunda, por quê? – Rose pulou do parapeito.


- Porque eu sempre sou mole nos domingos, então só me sobra hoje para fazer alguma coisa, se precisar estarei na biblioteca! – a ruiva disse enquanto seguia pelo corredor rapidamente.


.....


- Ai está ele, achei que o tinham feito quebrar alguma regra que acabou te arrumando uma depressão profunda e se suicidado ou, sei lá, que tinha sido abduzido – alguém se sentou na cadeira ao lado de Scorpius e ele riu com o comentário – Ainda bem que My disse que era melhor te procurar na biblioteca antes de eu iniciar os preparativos pro seu funeral.


- Claro, só um gênio como ela poderia ter me encontrado na biblioteca, lugar que eu adoro, não? – Scorpius levantou as sobrancelhas – Quem conseguiria pensar nisso?


- Fazer o que, alguém tem que ser a esperta do grupo, não? – Tammy riu.


- Ufa, que bom que não sou eu – Scorpius soprou o ar, fingindo-se aliviado, e os três riram.


- Lendo esse livro de novo? – Tammy perguntou pouco tempo depois ao notar o nome da capa do livro azul claro.


- Ei, eu não o leio há anos – Scorpius se defendeu.


- Só porque você foi proibido de pegá-lo – Tammy sorriu – Lembro me até de uma frase da carta:  “O senhor está estabelecendo um monopólio sobre esse livro” – e ela riu acompanhada por Brandon.


 - Haha – ele ironizou voltando a atenção para o livro.


- A cara, você já sabe essas histórias de trás pra frente e até embaralhada, vamos ao jardim – Brandon chamou.


- Podem ir, estou no meio de uma história.


- Ah cara, você sabe que sair apenas com ela é chato, eu tenho que ter alguém que saiba lidar com uma menina – Brandon cobriu sai boca como se fosse um segredo, mas a menina ouviu e fez uma careta pro castanho.


- Ei, eu é que preciso de alguém para lidar com a sua estupidez, sozinha não dá – ela sorriu falando do mesmo jeito que o amigo para Scorpius.


- Sem contar que todos já conhecem de cor e salteado essas fabulas infantis, eu, por exemplo ouvia antes de dormir – Brandon comentou – E quando minha mãe me falava da bruxa malvada de A Menina dos Lábios Vermelhos, eu imaginava ela com a cara pior do que a da Tammy, se é que for possível.


- Ok, ok – Scorpius interrompeu quando a metamorfoga fez menção de se levantar – Já entendi o que estão fazendo, vão brigar enquanto eu não levantar – os dois acusados desviaram o olhar – Olhem, estou levantando, só me deixem guardar esse livro... – os amigos bateram as mãos comemorando antes do loiro voltar – Vamos? 


- Hum, Senhor Gale – a bibliotecária chamou arrumando seus óculos – Devo lembrá-lo de que está com cinco livros atrasados? Um estourou o prazo há duas semanas!


- Er, claro, já terminei de lê-los, pode deixar que trago-os logo – o menino disse com um sorriso amarelo e se virou para seguir seus amigos.


- E Sr. Gale – o menino se virou novamente – Você tem uma sujeita brilhante no seu pescoço, no lado direito.


- Ah, bem obrigado – ele respondeu corando e esfregando o lado que ela disse, Tammy e Scorpius tentavam esconder o riso quando ele se aproximou – Vê o que sua pegadinha me causou, Malfoy?


- Só me defendi! – ele levantou as mãos inocente.


- Mas então, você já leu cinco livros em duas semanas mesmo? – Tammy perguntou com a sobrancelha levantada, ela tentava remediar a situação.


- Claro, se não se engano, terminei na primeira semana, não eram tão grandes, sabe? – o moreno disse já esquecendo a mancha; “Na mosca!”, a menina pensou – Meu único problema agora será achá-los.


- Bom, se o quarto dos meninos estiver do jeito que ficava ano passado, só há uma coisa a dizer – Scorpius deu tapinhas amigáveis no ombro do amigo – Boa sorte – e ele riu.


- Então é melhor eu começar a procurar agora, não? – o castanho disse se virando na direção das masmorras.


- Claro que não – Scorpius o puxou – Me tiraram da biblioteca pra irmos ao jardim, então vamos ao jardim, então arrume ai seu cachecol, ainda esta nevando, de leve, mas está – Scorpius sorriu.


- Ah – Brandon reclamou, odiava o frio – Como sugeri isso?


- Sabia que estavam armando alguma desde essa sugestão vinda de você.


- Sua cobra! – Brandon cruzou os braços.


- Idem! – Scorpius respondeu – Planejar como atazanar o amigo é feio sabiam?


- Tirar proveito desse plano também, sabia?


- Ah, silencio seus bebês chorões – Tammy chamou a atenção dos dois – Será que não podíamos simplesmente...


- Essa menina acabou de nos chamar de “bebês chorões”? – Brandon levantou uma sobrancelha e se virou para Tammy.


- Eu posso ter ouvido errado mas acho que sim – Scorpius se virou também com os braços cruzados – Acho que devemos dar uma lição nela?


- Totalmente de acordo! – Brandon disse e os dois sorriram malignamente para a menina que sorriu amarelo e começou a correr para os jardins.


O plano inicial era apenas fazer cócegas na menina até ela se desculpar, mas assim que os dois viram aquela neve que rodeava o jardim, eles trocaram um olhar divertido e se abaixaram para fazer uma bola de neve, a bola de Scorpius bateu em uma arvore, mas a de Brandon acertou as costas da menina em cheio, a guerra de bolas de neve estava declarada.


.....


- Bom, aqui estão, Senhora Scolt, todos os cinco como disse mais cedo – Brandon disse jogando uma pilha de livros na mesa da bibliotecária e depois batendo as plasmas das mãos uma na outra – Estou livre?


- Por enquanto sim – ela disse com um olhar de aviso.


- Beleza, até mais – ele se despediu saindo dali, logo o jantar seria servido e não queria se atrazar, mas então assim que saiu dali viu alguns livros empilhados andando por ali, quer dizer, alguém carregava tantos livro que conseguia sumir por trás deles, com uma dificuldade notável, diga-se de passagem – Olá, pilha de livros andante, quer ajuda?


- Oh, se não for incômodo – uma voz fina apareceu por trás da pilha e o menino pegou a maior parte da pilha, conseguindo, assim, ver quem a trazia.


- Vejam se não é a amiga a Tammy – Elizabeth riu.


- Como vai Brandon, anda sumido por aqui, heim? – ela disse o guando de volta para a biblioteca.


- Sumido? – ele estanhou.


- É, sempre via você por aqui lendo algum livro ou fazendo algum trabalho quando vinha – ela respondeu – Deixe-os aqui.


- Mas eu ainda continuo vindo, eu também costumava a ver você por aqui ler, mas agora parece que vem mais para conversar – ele sorriu malicioso e deixou os livro ali – Uau, você pegou tudo isso? – ele disse ao ver que estava no mesmo lugar que pouco tempo atrás.


- Claro que não! – ela disse um tom mais alto e a mulher ali sentava dez sinal para ela se calar – É que cometi a burrice de anunciar no dormitório que estava vindo pra cá e ainda por cima perguntar se queriam que eu trouxesse algo pra cá – ela sorriu – Bom, no final não estava mais levando dois e sim todos esses livros – ela apontou para a pilha que sumia no ritmo que a senhora ali sentada lia suas capas.


- Aprendi que essas palavras são proibidas no primeiro ano – ele fez uma careta e ela riu.


- Dividir conhecimento não mata ninguém, sabe.


- Bom, se eu falasse com você, claro que lhe contaria, entretanto meio que estamos seis anos atrasados – ele disse olhando para o relógio prata no pulso.


- É, talvez meu relógio tenha parado – ela disse olhando para o pulso nu – Será que está com algum problema? – ela perguntou e mostrou o pulso para ele.


- Bem, não sou especialista, mas creio que relógios invisíveis não são tão eficiente assim – ele disse balançando a cabeça.


- Quem diria, não? – ela perguntou surpresa.


- Hum, sem querer interromper o que quer que seja que estão fazendo, mas aqui não é lugar para conversar, sugiro o salão principal, o jantar já deve estar servido – a bibliotecária chamou a atenção dos dois que saíram dali com acenando com cabeça para ela.


Conversar na frente da mesa da bibliotecária realmente não é uma ideia brilhante – Elizabeth comentou.


- Nem me fale – ele sorriu.


- Mas então, mudando de assunto, já descobriu o que Rose e Scorpius estão tramando? – ele disse depois de um tempo.


- Não, e você?


- Estamos na mesma.


- Bom, mas eu estou desconfiada de que... – ela começou a falar e eles começaram a conversar até chegar no Salão comunal onde se separaram e cada um foi pra sua mesa jantar com seus amigos.




*****

N/a: Oi!!!

Bem, espero que gostem desse capitulo...
E obrigada, Marcela Snape, pelo incentivo, espero que goste desse cap. também ;)
Até a próxima,

Bjs,

Bibi.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (2)

  • Lana Silva

    KKKKKKKKKKKK A Lize é louca....Me lembra alguém que conheço mas não sei quem agora...Eu tinha esquecido de comentar em outro capitulo eu acho que todo o misterio que está bem na nossa cara tem dedo da Srta. Trevor...Serio eu nem sei se posso chamar ela de Trevor acho mesmo que ela é Tonks mas talvez eu só esteja ficando louca.

    2011-11-27
  • Marcela Prince Snape

    Adorei o capítulo sim! A guerra de boas de neve foi muito legal. E esse mistério de Rose e Scorpius! Ansiosa pelos próximos capítulos! Beijos!

    2011-11-16
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.