Negociações



Capitulo VII


- O quê? – ele arregalou os olhos pra murmurante menina – Você enlouqueceu ou o quê?


- Mas seria o plano perfeito, eu com um amigo dos frequent... – ela ainda na olhara para ele.


- Weasley, fala coisa com coisa, por favor? – ele pediu, Rose estava absorta em se plano, mas finalmente encara a pessoa com quem falava.


- Verdade, esqueci que estava falando com você – ela estreitou os olhos – Você sabe se aquele seu amigo legal está solteiro?


- Quê? – ele perguntou não entendendo nada.


- Ai esquece, seus genes loiros estão dominando hoje! – ela disse passando por ele e se dirigindo pro castelo, entretanto o menino segurou seu pulso impedindo avanço.


- Pode me explicando tudo! Namoro? Brandon? Como assim? – ele disse com a sobrancelha levantada.


- Se bem que você já sabe uma parte, seria o mais indicado pra... – sua cabeça funcionava a mil pensando no plano.


- Ok, do começo, agora! – ele se irritou.


- Você não pode me obrigar a nada! – ela disse tentando liberar seu pulso.


- Se você contar, não falo nada a ninguém de seu feitiço – ele propôs.


- Hum, ok! – ela disse meio duvidosa – Bom, do começo, eu estavam num lugar escuro, não sabia o que estava acontecendo até que me puxaram e eu vi um homem com mascara e jaleco que sorria para...


- Weasley! – ele repreendeu.


- Me solte então, sim? – ela disse e ele liberou o pulso da menina – Mas não vou falar aqui, me siga – ela disse e os dois foram para um lugar escondido perto do lago. Ela então começou a narrar a conversa que ela ouviu e o que soube sobre a exclusividade do Reticências.


- Nunca vi um pub com esse nome no vilarejo – ele comentou duvidoso.


- E eu só o vi ontem e, bom, essa é a história.


- Hum, então eles aprenderam a se esconder pra conversar, mas não tão bem assim? – ele resmungava para si mesmo – Mas foram inteligentes em arranjar um local só pra casais.


- É, é, agora se você me der licença! – ela disse tentando passar por ele.


- Sim! – ele disse depois de pensar um pouco.


- Então dá um passo pro lado – ela disse impaciente.


- Não! Sim, eu aceito!


- Aceita o quê, garoto? – ela perguntou levantando uma sobrancelha.


- Eu aceito ser seu namorado – ele disse sorrindo.


- Como? – ela arregalou os olhos.


- Bom, um dos grandes problemas de ser curioso é isso, a maioria das vezes você acaba fazendo algo que não quer – ele disse fazendo uma careta para a menina.


- Mas agora eu que não quero! – ela disse cruzando os braços, não faria isso só pra ele se achar mais.


- No dia que alguém te entender, eu próprio o parabenizo pelo feito – Scorpius disse balançando a cabeça – Vamos, Weasley, quero saber o que está acontecendo no mundo bruxo, você não?


- Sim – ela disse desgostosa pela verdade de suas palavras.


- Então... – ele disse sorrindo forçado.


- Ok, mas será um segredo e só vamos agir diferente na frente daqueles sonserinos – ela disse cedendo e descruzando os braços.


- Não esperava diferente – ele topou.


- Olha, é o pôr-do-sol! – Rose notou de repente e então soltou um risinho.


- Do que está rindo? – ele perguntou levantando uma sobrancelha.


- Bom, se um dia eu imaginei ter um menino me pedindo em namoro, no pôr-do-sol as margens do Lago Negro, creio que teria mais paixão – ela disse ainda sorrindo pros reflexos dourados no lago – E com certeza você não seria o menino.


- Se olhar para esse ponto, pensei parecido –Scorpius fez uma cara pensativa – Se algum dia eu pedisse alguém em namoro, pensava que não seria você também – ele completou – Sem contar que foi você que me pediu!


- Claro que não, você quase se arrastou no chão para eu aceitar isso! – ela disse.


- Não. Você que chegou com es...


- Mentira! Eu só estava pensando alto!


- Pensando alto? Então o que foi aquele primeiro ped...


- Claro que estava! não conheço motivos para alguém como eu pedir você em namoro! – ela disse e o menino já começava a ficar escarlate.


- Muitos, afinal sou cheio de...


- Chatices!


- Quer parar de me interrom... – ele elevou a voz, irritado.


- Não! – ela disse sorrindo divertida.


- Irritante! – ele agora estava vermelho.


- Chato! – ela disse divertida, irritar o Malfoy era a coisa mais divertida para ela, e eles continuaram nessa troca de qualidades por um tempo.


- Sua... – ele estava tremendo de ódio, mas não lembrava de mais nenhum adjetivo – E quer saber, eu vou sair daqui, já perdi muito tempo com você!


-Até mais, estressadinho! – ela diz ainda sorrindo divertida e ele sai dali a passos duros, ela apenas se senta encostada em uma árvore olhando o sol descer sob o Lago Negro.


“Será que esse negócio ia realmente dar certo?”, ela se perguntava, afinal não conseguiam passar nem uma conversa inteira juntos que já começavam a brigar, fora na monitoria, claro. Ela não sabia o que, mas algo dentro dela nunca deixava passar nada, sempre que tinha algo para implicar com o menino, ela usava. Sendo assim, como iria conseguir passar para o casal de sonserinos, um casal astuto, que estava apaixonada por aquele idiota controlador? É seria um trabalho difícil.


......


- Ah, o domingo, dia de não fazer nada – disse Brandon enquanto os três estavam na sala comunal da Sonserina.


- Nem me fale! – disse Scorpius relaxando e sorrindo.


- Sem nada que atrapalhe! – disse Tammy sorrindo de olhos fechados com a cabeça no colo de Brandon.


- Sr. Malfoy? – um menino do primeiro ano chamou.


- Obrigado pelo comentário, My (lê-se: Mi) – o loiro disse rabugento aceitando o bilhete do menino – Volto mais tarde!


- Até mais, trabalho escravo! – brincou Brandon sorrindo pro menino que já estava pra sair da sala ele apenas revirou os olhos sorrindo e foi o mais rápido possível pra sala do diretor.


- Ah, você está aqui também? – Rose perguntou aliviada, já pensava que havia feito algo.


- Não, é sou uma miragem, você não sabia? – Scorpius disse irônico – Oslo – ele sussurrou para a gárgula que guardava a sala do diretor, a qual começou a se mexer.


- Maravilhosas férias em Oslo, criativo – murmurou Rose subindo na escada.


- Oh, meus confiáveis monitores chefe, que bom que chegaram! – o diretor sorriu.


- Sr. Fingal – eles cumprimentaram.


- Sentem-se, sentem-se! – ele disse apontando as duas cadeiras a frente de sua mesa – Muito bem, o que quero tratar com vocês é algo meio complicado, enfim, descobri recentemente que esse próximo dia das bruxas é o de numero mil e quinhentos – os monitores franziram a testa confusos – No mundo bruxo, claro, como devem se lembrar das aulas de História da Magia, nesse dia, há exatamente mil e quinhentos anos,  a primeira comunidade bruxa foi criada, longe dos olhos dos trouxas, de certo – ele disse.


- Sim, mas o que isso implica em nós? – Scorpius perguntou depois de um tempo em silêncio.


- Tenho certeza que os dois entendem que não podemos deixar essa data passar em branco, então quero que armem, pra depois do banquete do dia das bruxas, um baile! – ele disse e ficou entusiasmado.


- Mas o dia das bruxas é em duas semanas! – Rose arregalou os olhos.


- Eu sei, mas só descobri a importância da data há poucos dias, por isso disse no começo que poderia ser meio complicado – ele disse calmo.


- Mas isso é muito de repente, teremos de organizar todo um evento em praticamente quinze dias! – disse Scorpius.


- Mas podem ter certeza que terão ajuda de quem pedir – ele disse – Agora dispensados, creio que terão muito que fazer, certo?


- Mas... – Começou Rose, mas Scorpius a cortou.


- Claro, diretor – Scorpius disse se levantando, cutucou Rose para se ela se levantasse também, coisa que ela o fez de mau gosto.


- Boa sorte! – ele desejou quando os monitores saiam.


- Agora é sério, eles pensam que somos o quê? – Rose se exasperava.


- Monitores chefes? – Scorpius disse.


- Não, pessoas que não tem vida social e só vivem para a monitoria!


- Bom, não adianta ficar reclamando agora, temos que arrumar um baile para daqui duas semanas – ele disse já começando a pensar em como seria.


- Humf – Rose bufou.


- Certo, qual vai ser o tema?


- Tema?


- Sim, todos os bailes tem temas, festas não, mas bailes sim – ele disse como se fosse obvio.


- Bom, não estou a fim de pensar, pode ser de fantasias mesmo – Rose disse.


- É.


- E pra deixar bem clichê mesmo, pode ser fantasias mascaradas, noite de mistérios – ela disse com desdém.


- Certo agora é só planejar os adereços, os comes e bebes, arrumar uma banda, ver a iluminação, arrumar algo para melhorar o tema, ... – ele dizia enquanto contava nos dedos.


- Pare! Vamos colocar isso num papel depois.


- Sem contar que a semana que vem terá de ter outra saída, pros alunos comprarem as fantasias e tal – Scorpius disse.


- Mas as famílias não podem mandar as roupas? – Rose perguntou.


- Até podem, mas com certeza eu não confio na escolha da minha mãe – ele disse sorrindo pra si mesmo.


- Certo, mais uma saída – ela concordou.


- E sobre a decoração, acho que podemos colocar a história da criação da vila, com destaque no fundador – Scorpius comentou.


- Claro, porque as pessoas realmente vão prestar atenção na história, não? – Rose comentou irônica.


- Claro que não, mas pelo menos podemos ocupar espaço – ele disse dando de ombros.


- Muito bem – e ela olhou pra porta da sala de monitoria – nossa não acredito que é domingo e eu vou passar fazendo isso – ela desanimou.


- Você quer deixar pra depois? – Scorpius perguntou levantando uma sobrancelha.


- E deixar isso acumular com os trabalhos? Nem pensar! – ela disse entrando na sala.


- Ok, primeiro vamos a lista de coisas a fazer – ele disse pegando um pergaminho.


- Certo, põem ai “Baile dos Mistérios” – ela disse centrada – Decoração, iluminação, atração, comida, bebida,... – ela dizia e ele colocava os nomes e um quadrado à frente, e ela foi falando mais alguns itens – E... acho que só!


- Beleza, por hoje acho que está bom, amanhã convocaremos uma reunião e dividimos as tarefas – ele disse se levantando da mesa.


- Tudo bem – ela repetiu o movimento do menino que agora abrira a porta e notara um grupo de sonserinos passando, os cumprimenta ligeiramente – Hum, Malfoy, isso me lembra que temos um assunto a tratar.


- Ah não, Weasley, é domingo! – ele reclamou se voltando para ela e fechando a porta.


- Pode ser, mas ainda quero que você me ouça – ela disse autoritária e Scorpius se sentou novamente, mas dessa vez de frente para a menina – Ok, quero que você me convença que está apaixonado por mim.


- Hã? – ele perguntou confuso.


- Como você espera convencer alguém disso se nem consegue convencer a mim? – ela levantou uma sobrancelha, Scorpius ponderou e enfim afirmou com a cabeça, logo depois sorrindo claramente forçado para Rose que não conteve um riso – Essa é a sua cara apaixonada?


- Se acha tão fácil assim, quero ver você tentar – ele disse emburrado.


- Sem problemas – Rose disse e então fez uma face abobada, dessa vez foi ele que riu.


- Isso é paixão ou retardamento? – ele perguntou.


- Haha, a sua foi pior! – ela acusou fechando a cara.


- Nada a ver, a min...


- Não, não vamos brigar porque eu quero sair daqui logo – Rose disse abafando a fala dele – bom, se eu não gosto da sua cara e você não gosta da minha, acho que precisaremos de ajuda.


- Mas como? Não podemos chegar em uma pessoa do nada e perguntr se ela quer nos ajudar nisso!


 - Certo, então plano B, pedirei pra minha melhor amiga me ajudar...


- Então eu chamo meus amigos!


- Que seja – ela solta impaciente – E conseguirmos saber o que está acontecendo por aqui.


-Ok!


.....


- Bem, que quero sua ajuda porque sabe, o Malfoy?...


- Bem, a Weasley disse que precisa de um namorado falso urgentemente...


- E como ele não achou ninguém interessante nessa escola...


- Ela pediu que eu fizesse, e em troca ela iria parar de me atazanar...


- Pelo resto do ano...


- Então eu disse sim...


- Contanto que ele mantivesse em segredo...


- Mas eu não sei como posso parecer apaixonada por um ser tão estressado...


- Irritante como ela, então eu preciso da ajuda de vocês...


- Da sua ajuda para todos pensarem que...


- Estamos mesmo apaixonados.


- Hum, acabar o ano sem você ficar me atazanando pra reclamar da Weasley, oferta tentadora – disse Tammy e trocou um olhar de concordância com o amigo – Receio que... estamos nessa, Escorpiãozinho!


- Claro, Ro, faço apenas pela minha paz futura sem a rivalidade de vocês! - Elizabeth sorriu, Rose até pensou em chamar Albus, mas iria ser encrenca de mais, coisa que ela queria distância nesse momento. 

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Pilantras. Nossa eu amei o capitulo, só quero ver "Os apaixonados", vai ser hilario os dois tendo que fingir...Amei o capitulo!

    2011-11-27
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