Pegando o Rato



Capítulo 11 – Pegando o Rato

- Por falar nisso, seu pai já avisou a eles que você voltou. Portanto, podem esperar muitas visitas. – disse Molly. – Menos ao Rony. Ele virá de qualquer jeito.
- Sem contar que o espião de Dumbledore já deve ter avisado a Ordem de nossa “morte” – disse Harry. – Deve ter alguém vindo para dar a má notícia.
- Quem nos deu a notícia do sequestro foram os Potter e Dumbledore. – disse Molly mais para Gina que para Harry. – Devem ser eles quem deverá vir aqui de novo.
- Devemos ter cuidado com quem sabe disso. – disse Harry. – Se Voldemort descobrir que estamos vivos tentará se vingar de todos.
- Teremos cuidado. – disse Molly. – Agora vou descer para preparar algo para todo esse pessoal comer.
- Como você está? – perguntou Gina ao se aninhar aos braços dele.
- As costas ainda ardem um pouco. – disse ele. – Não se pode esperar enfrentar uma maldição destas e não sofrer um pouco. Ainda bem que foi do Malfoy, se fosse a Bella teria toda a minha pele queimada.
- Que bom que você sabe a quem irritar. – disse ela.
- Como se você não tivesse irritado ele várias vezes.
- Malfoy é fácil de ser irritado.
Logo esse assunto foi esquecido. Harry perguntou para Gina qual seria a reação dos irmãos ao verem que ela estava realmente bem. Ela explicou cada um. Apesar de achar que Percy não apareceria, nem Carlinhos que estava fora do país. Ela lamentava mais a ausência do segundo do que do primeiro. Mas ela falou pouco do Gui.
- Qual o problema do Gui? – perguntou o moreno. – Achei que você gostasse dele.
- E a namorada dele. – disse a ruiva. – Uma francesinha metida, meio veela. Sempre feliz, encantando a todos a sua volta.
- Entendi.
- Entendeu nada. – disse ela com raiva se afastando. – Eu não estou com ciúmes.
- Eu não estou achando que você está com ciúmes. – disse ele rindo. – Você só está preocupada com seu irmão. Achando que ele pode sofrer nas mãos dele. Mas é mais fácil Voldemort pedir desculpas que uma veela magoar seu companheiro. Sabia que elas são fieis, carinhosas e possessivas. Me lembra você.
- Eu não me pareço com ela.
- Eu disse que você é possessiva. – disse ele. – não quer nem dividir os irmãos, e olha que tem muitos.
- Você também... – ela mais uma vez não conseguiu dizer que ele tinha uma irmã.
Ele novamente levou a mão à testa e começou a se contorcer.
Gina pacientemente esperou que ele se sentisse melhor.
- O que aconteceu? – perguntou ela.
- Voldemort está torturando o comensal que recebeu a incumbência de observar a cidade que eles atacaram ontem.  – disse ele. – E como ele jura inocência, a tortura é pior.
Logo o som de alguém aparatando foi ouvido.
- Um dos seus irmãos chegou. – disse ele. – Melhor você ir recebê-lo. E não conte que eu estou aqui. Melhor que eles se acostumem que eu sou seu namorado antes, afinal eu ainda sou o Anjo do Caos.
Ela desceu as escadas e viu que quem tinha chegado era o Gui junto com a Fleur. Nem ligou para a loira e correu para abraçar o irmão.
- Você gosta de nos preocupar, Foguinho. – disse ele.
- Não tem graça ser igual a todas as outras. – disse Gina.
- Você está bem mesmo? Não fizeram nada de mal para você?
- Eu estou bem, juro. – disse ela. – Não encostaram nem um dedinho em mim, lá. Um amigo cuidou de mim o tempo todo.
- Amigo? Como você pode ter encontrado um amigo no meio daquela gente?
- As pessoas podem ser diferentes do que imaginamos. – disse ela. – E bem agora ele é mais que um amigo, é meu namorado.
- Só você mesmo. – disse ele a abraçando.
- Fico feliz que esteja bem, Ginevra. – disse Fleur. – Tive que segurar o seu irmão para que ele não fizesse uma bobagem. Seus irmãos estavam planejando te resgatar antes de sabermos que você estava de volta.
- Obrigada. – disse a ruiva, realmente espantada com a cunhada. Ela também devia ver que nem todos são o que parecem.
Neste momento apareceram os gêmeos. Que já chegaram a abraçando e rodopiando com ela.
- Se existe alguém que poderia entrar no covil do lordinho e escapar, esse alguém era a nossa Gininha. – disse Fred.
- Nossa maninha deve ter posto fogo na casa toda. – disse Jorge.
- Algo assim. – disse ela.
- Conte tudo. – disse Gui curioso.
- Acho melhor esperar o resto. – disse a menina. – A historia toda é meio estranha e longa.
- Bom, teremos mais gente para bater no seu namorado. – disse Gui.
- Namorado? – perguntou Jorge.
- Você é sequestrada e volta com um namorado? – foi a vez de Fred.
- Parem de amolar a sua irmã. – disse Molly aparecendo com uma bandeja nas mãos. – Ela passou por uma situação complicada, mesmo tendo um final bom.
Pouco depois, apareceu Rony com Mione. A reação dele foi exatamente a que ela tinha falado com Harry. Primeiro ele se assustou, já que não sabia de nada, depois se aproximou com cautela e encostou um dedo para ter certeza de que era real. Em seguida a abraçou como se ela fosse sumir.
- Nunca mais faça isso. – disse ele.
- Pode deixar. – disse ela.
Mione a abraçou e falou algo baixinho para ela.
- A Sam vai ficar doida quando descobrir. – disse a morena agora para que todos pudessem ouvir.
- Ela saiu daqui poucos minutos antes que eu voltasse.
- Agora você pode contar tudo. – disse Gui. – Carlinhos não está podendo vir, mas mandou um abraço, e o Percy... bom, o ministério está de cabeça para baixo e ele acha que se faltar um dia, não vai encontrar mais nada por lá.
- Bom tudo começou quando acabei me separando da Sam em Hogsmeade. – ela começou a contar. Ela deixou de fora alguns detalhes sobre Harry, principalmente sobre sua identidade.
Molly estava do lado escutando tudo, e sentia que apesar de tudo, a menina tinha se divertido lá.
- Ai ele teve uma ideia para nos tirar de lá. – disse Gina, parando para tomar um pouco de suco e deixar todos curiosos.
- A comissão das más notícias chegou. – disse Molly olhando para fora. – Vou recebê-los.
Fora da Toca, um grupo acabou de aparatar. Os Marotos foram escolhidos para dar a má notícia. Lílian e Sam estavam com eles.
-Molly, o que viemos fazer aqui hoje, não é uma visita comum. – disse Lílian. – temos algo para te contar que não é nada agradável.
- Já sei. – disse Molly. – Gina morreu.
Todos ficaram espantados com a forma com que ela contou isso. Ela está calma, feliz, o oposto de quando contaram sobre o sequestro.
- Foi o relógio? – perguntou Tiago, achando que aquilo era somente por fora.
- Ah, não. Foi ela própria. – disse a anfitriã. – Podem ver com seus próprios olhos.
Gina tinha virado um fantasma?  Pensaram todos.
Assim que entraram viram a menina esperando por eles com os irmãos. Ela estava bem feliz e saudável.
- Mas como? – perguntou Rabicho.
- Aproveitei a confusão e fugi. – disse a ruivinha.
- Menina esperta essa sua amiga, Sam. – disse Tiago chamando a atenção de Gina, que estava na amiga, que era a primeira pessoa que ela queria contar sobre Harry, mas não ia fazer na frente de tanta gente.
Quando um olhou direito para o outro, houve o reconhecimento imediato. Gina viu que Harry era idêntico ao pai. E o auror se lembrou da menina que ele tinha visto no jogo de quadribol.
Abraços foram distribuídos e a alegria parecia estar na casa.
- Depois preciso falar com você. – disse Gina para Sam.
De repente, Remo e Sirius escutaram algo como um gemido.
- Tem alguém na casa. – disse o lobisomem.
Sirius subiu as escadas imediatamente. Saiu olhando em todas as portas.
No quarto de Gina, ele viu algo que o deixou sem reação.
Um homem de costas, sem camisa parado no meio do quarto. Mas o que o paralisou foi a tatuagem, igual a do seu melhor amigo.
O momento de hesitação dele, foi o que Harry precisava. Abriu suas asas e com um golpe forte de ar o arremessou para fora.
- Deviam ter de dado educação, Cachorro. – disse ele, já com a máscara. – Devemos bater nas portas antes de entrar. Mesmo assim vou de dar um aviso. Animagia pega as características da pessoa. Ratos são símbolos de covardia, e sempre salvam a pele antes de qualquer coisa. Não é a toa que é assim que são chamados os traidores.
Ele desapareceu.
- Ele não devia ter saído. – disse Molly. – Suas costas não estavam curadas. Se tivesse perguntado eu teria falado que tínhamos visita.
- Rato. – disse o auror pensativo. – Era o Anjo do Caos?
- Sim. – disse Molly.
Ele desceu as escadas correndo, vendo tudo vermelho de raiva.
- O maldito traidor é um rato. – disse ele.
Tiago, Remo e Lílian olharam para Pedro.
- Não sou eu. – disse Pedro.
- Estranho, sempre depois das reuniões que você participa que acontece algo com a Ordem. – disse Remo.
- Sempre acreditei que você foi torturado para revelar a nossa localização. – disse Tiago. – Mas a tristeza não me deixou ver que você se recuperou muito rápido.
- E... e... – disse Pedro, mas vendo que foi pego começo a correr.
- Nada disso. – disse Gina e Sam ao mesmo tempo.
Elas ergueram as mãos e uma chama saiu delas. Rabicho se viu cercado por um anjo e um grifo de fogo.
- Nem adianta se transformar, eles vão te perseguir por todo o lado. – disse Sam.
Um feitiço acertou o comensal e deixou ele desacordado.
Tiago se aproxima e verifica o braço. A marca negra estava presente.
- Maldito. – disse ele sacando a varinha.
- Tiago. Não. Ele não merece que você se suje por ele. – disse Lílian.
- Você tem razão, meu amor. – disse ele. – Vou apagar a memória dele. Não quero que mais ninguém saiba de Gina e seu amigo.
- A ruivinha tem muito a explicar. – disse Sirius. – Por que o Anjo do Caos estavam seminu no seu quarto? E Por que ele tem uma tatuagem de Grifo nas costas?

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Comentários (3)

  • Bárbara JR.

    AAI, É AGORA!

    2011-12-17
  • vivi couto

    Concordo com a natascha, to louquinha para o próximo capitulo... Quero saber a reação dos Potter's quando souberem que o Anjo do Caos é o meu Harryzito... Sorte da Gina, pegou log omais gatissimo e gostossisimo de todos... - leitora safadinha... kk' beijinhoooos  http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=41194 http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=41794

    2011-12-17
  • Natascha

    adorei! agora quero só ver como eles vão explicar tudo isso!

    2011-12-17
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