Mansão Black



Capítulo 17 – Mansão Black


 


- Lilian? – perguntou Gina não acreditando na coincidência.


- Sim. Parece que ela nunca gostou muito do rato. Se tornou amiga do Lupin, depois Black, e por fim começou o namoro com Potter, mas nunca ligou para o outro do grupo. Não posso culpa-la por isso. – disse ele. – Por quê? Você a conhece?


- Ela é minha professora de Poções. – disse a ruiva. – E mãe de uma amiga, aquela que estava comigo em Hogsmeade.


- Um dia você vai ter que me apresentar essa sua amiga.


- Pode deixar. – disse ela. – Ela te responde?


- Não. Prefiro assim. Edwiges sempre volta assim que entrega a carta. Alguém poderia colocar um feitiço de rastreamento na carta e acabar com tudo.


- Mas eles podiam fazer isso com a sua coruja.


- Sim, na verdade fizeram, mas eu coloquei um feitiço que cancela qualquer outro quando ela se dirige para perto de mim.


 - Você é muito esperto. – disse ela.


- Tenho que ser. Enganava Voldemort bem debaixo do na..., não nariz não, ele não tem. Enganava ele de dentro de seu covil.


Ficaram namorando um pouco ali nos jardins mesmo.  


- Achei que ia ter gente aqui para atrapalhar nosso namoro. – disse Harry.


- Rony saiu com a Mione. – disse ela. – Mas a mamãe está de olha na gente.


- Que tal sairmos também? – disse ele. – Eu, você e sua mãe? Conhecer a Fazenda?


- Achei que nunca ia pra lá. – disse ela se levantando. – Só temos que convencer a mamãe.


Não foi difícil convencer Molly de ir, ela não queria ficar mais um dia sozinha, e queria saber mais sobre o moreno.


Harry aparatou com elas na entrada da fazenda. Foram andando pela propriedade, e novamente muita gente cumprimentando o moreno enquanto passavam.


- Você é querido aqui. – disse Molly.


- Salvei a maioria destas pessoas. – disse o moreno, mas com dor que arrogância. – Elas são gratas pela vida que receberam de volta. Preferia não ter nada disso.


Molly entendeu o ponto dele, ela ficava preocupada com a sua família. Ali era um oásis no meio desta guerra sangrenta. Sem contar que aquele provavelmente seria o local que sua filha estaria, caso Harry não tivesse se apaixonado por ela. E só a veria no fim da guerra.


Logo chegaram a casa principal.


- Caos. – chamou Michelle. – Achei que você não viria para o almoço.


- Oi, Michelle.  – respondeu ele. – Trouxe umas convidadas.


Ela olhou para as duas e ergueu a sobrancelha.


- Essas são Gina e Molly. – disse ele. – Minha namorada e minha futura sogra.


- Só você mesmo para gostar de ruivas. – disse Michelle que também era ruiva.


- A culpa não é minha. – disse ele, enquanto Gina e Molly riam dele, sabendo que era culpa dos pais.


- Eu sou Michelle, a dona destas terras. Apesar de todos acharem que é ele.


- Deixa de assustar as duas. – disse ele.


- Eu não quero assusta-las. Quero te envergonhar. Sua mãe não pode fazer isso, eu faço.


Michelle contou algumas coisas sobre o menino, enquanto este bufava.


- E normal perder o controle dos poderes quando se está doente, ainda mais quando pequeno. – disse Molly com carinho depois que ele fechou a cara quando Michelle contou que toda vez que ele espirava, o moreno transfigurava algo.


- Mas não é legal quando continua acontecendo. – disse ele.


- Vamos ter que tomar cuidado com você então. – disse Gina.


- TIO! – chegou Felipe pulando nele.


- Oi Pequeno. Onde você estava? – perguntou ele.


- Estava com a Emma vendo os cavalos. – disse o menino empolgado. – Mamãe disse que quando eu crescer mais um pouquinho vou poder montar.


- Que legal. – disse ele. – Agora cumprimente as minhas convidadas. Gina, minha namorada, e Molly a mãe dela.


- Oi. – disse o menino sem vergonha nenhuma. – Você é bonita.


- Não sei se é melhor um menino tímido quanto o Caos, ou pra frente quanto esse. – disse Michelle.


- Prefiro os tímidos. – disse Gina.


- Eu prefiro os atirados. – disse Emma que entrava logo depois.


- Eu te conheço. – disse Molly.


- Sim, nos conhecemos na festa do Gideon. - Disse ela. – Sou Emmeline Vane, noiva de Sirius Black.


- Mas você não estava morta? – perguntou Molly.


- Você deve ter recebido a notícia que Gina também tinha morrido. – disse Emma.


- Mas eu já estava com ela em casa. – disse a ruiva. – Muita gente viu você recebendo a maldição da morte e seu corpo ser incinerado.


- Por mim. – disse Harry. – Nem sempre dava para fazer o pessoal sumir do nada, tinha que criar uma situação para isso.


- Essa parte da história não me foi contada. – disse Molly. – sabia que ele salvava pessoas, mas ninguém me contou que ele podia fazer isso.


- Não gosto de contar essas historias. – disse o moreno, que corou, mas ninguém viu, pois estava de máscara. – Nem sempre consigo salvar as pessoas.


- Nós sabemos que você faz o possível. – disse Gina dando um beijo nele.


- Eca. – disse Felipe. – Vocês fazem que nem o papai e mamãe.


Todos riram.


 


Depois do almoço, Gina arrastou Harry para os estábulos, ela também era fascinada por cavalos.


- Gostaria de agradecer você por cuidar do menino. – disse Molly para Michelle. – Os pais dele vão ficar feliz com você.


- Pais? Ele tem pais vivos?


- Sim. – disse Molly. – Gina desconfiou disso quando estava presa com ele. Mas não conseguia falar com ele sobre isso. Eu tive certeza quando o vi, ele se parece muito com o pai.


- Você o viu sem máscara? – perguntou Emma.


- Ele não costuma deixar que outras pessoas o vejam sem ela. – explicou Michelle. – Acho que para poder viver tranquilamente depois da guerra.


- Mas quem são? – perguntou Emma.


- Acho melhor contar pra ele primeiro. Gina está indo com calma para isso. – disse a matriarca Weasley. – Já o convenceu que os pais estão vivos, e que estamos procurando por eles, mas isso o distrairia de seus objetivos. Derrotar Aquele-que-não-deve-ser-nomeado é prioridade.


- Certo. – disseram elas.


 


Harry deixou as ruivas em casa, e partiu para Londres. Voldemort ia lançar um ataque em uma cidade ali perto e sabia que quase toda a Ordem iria, e isso incluía Sirius Black.


Emma havia indicado o endereço, que por sorte não estava enfeitiçado com o Fidelius, apesar de Sirius ter acrescentado um feitiço que impedia que qualquer um com a marca da morte entrasse. Ironicamente, esse é um feitiço inspirado no que os comensais usavam para proteger suas casas, que tinha a finalidade oposta. Foi feito e enviado para Lilian, por Harry.


Assim que apareceu na praça, o número 12 apareceu para ele.


Foi fácil entrar, depois que ele percebeu que não havia nenhum bruxo na casa.


Tudo estava como Emma havia dito, inclusive o quadro da mãe de Sirius, que até tomou ar para gritar, mas recebeu um olhar de Harry que a fez ficar quietinha no seu lugar.


Seguiu até a sala de estar, onde provavelmente ele encontraria o medalhão.


Ele abriu o armário, mas não conseguiu procurar muito. Um feitiço fechou o armário.


- Você não pode mexer nas coisas dos mestres de Monstro. – disse uma voz atrás dele.


- Interessante. Você ainda está vivo? – perguntou ele para o elfo.


- Sim, Monstro está vivo. – disse o elfo, mas logo percebeu que não podia se mexer.


- Você está preso por um feitiço. – disse Harry se virando. – Eu já te vi antes.


- Monstro nunca viu menino de máscara dourada. – disse Monstro.


- Nem poderia. – disse o moreno. – Te vi em uma lembrança. Você foi o elfo que Voldemort usou para esconder o medalhão.


- O mestre do Amo Régulos fez Monstro tomar aquela poção horrível. Se Amo Régulos não tivesse chamado Monstro, Monstro teria morrido na caverna.


- O que aconteceu depois?


- Amo Régulos perguntou para Monstro o que o Lorde das Trevas me mandou fazer. Depois pediu para Monstro levar Amo para a caverna, onde Amo Régulos bebeu a poção e Monstro trocou os medalhões, deixando o do Amo. Mas Monstro não conseguiu seguir a ordem do Amo e não destruiu o medalhão do Lorde.


- Seria esse o medalhão de Régulos? – perguntou Harry mostrando o objeto que estava com ele.


- Sim, é esse. – disse o Monstro.


- Podemos fazer uma troca. – disse Harry. – Você fica com esse, do seu amo. Em troca eu termino o serviço que ele pediu para você fazer no outro.


Monstro aparatou e voltou com o medalhão verdadeiro.


- Monstro escondeu depois que Amo Sirius quase destruiu tudo quando a noiva morreu.


E houve a troca de medalhões.


Harry percebeu que era a verdadeira horcruxes.


- Queria que você não comentasse nada com Sirius. – disse o menino.


- Amo Régulos pediu segredo para o irmão, e a família. Mas podia contar para alguém que descobrisse sobre o outro medalhão. – disse o elfo aparatando.


Sem perder tempo, Harry retirou o pedaço da alma e prendeu em um novo cristal, como havia feito com o que estava no anel.


- Duas já foram. – disse ele, guardando os dois objetos no bolso.


Assim que descia a escada, a porta da entrada se abriu. Por ela entrou Lilian e um Tiago carregando uma mulher desacordada, que pelos cabelos devia ser a auror prima de Sirius. Ele ficou sem reação, ao ser pego em flagrante.


O casal Potter parou ao ver o Caos ali, surpresos.


- Tonks precisa de cuidados. – disse Lilian tomando conta da situação. – Temos que levar ela para um quarto.


Harry subiu e abriu o primeiro quarto que encontrou. Tiago depositou a auror ali.


- Tentei alguns feitiços de cura, mas não tiveram muito efeito. – disse Lilian.


- Ela vai precisar de uma poção para repor sangue, e outra para reanimar. – disse Harry. – Bella usa esse feitiço quando realmente odeia alguém, e quer que todos sofram, já que ela deveria morrer em alguns dias.


- Sirius tem algumas destas por aqui.


- Mas ela vai ficar bem? – perguntou Tiago.


- Sim. – disse Harry. – Conheço o feitiço e sua cura. Ela devia estar dando trabalho para a tia. Não costuma gastar seus feitiços assim, prefere a maldição da tortura.


Harry realizou alguns movimentos com as mãos e Tonks pareceu voltar a respirar normalmente.


- Aqui estão. – disse a ruiva com as poções.


- Dê a de repor sangue agora. – disse ele. – Depois de duas horas, de outra dose e a para reanimar. Ela só deve comer algo pela manhã.


- Obrigada. – disse a Lilian, grata com o filho ser um bom menino e ter ajudado.


- Não podemos deixar um lobisomem desacompanhado. – disse ele.


- Rabicho contou isso? – perguntou Tiago. – Pensei que ele não tivesse percebido.


- Ah, ele não percebeu, mas podia ver tudo nas suas memorias. Apesar da memória dele ser mais olfativa e auditiva que visual. Ele realmente pensava como um rato.


Tiago queria falar para ele, mas Lilian fez um sinal negativo.


- Caos, é melhor você ir agora. – disse ela. – Sirius não vai gostar de ver você aqui.


- Já fiz o que precisava. – disse ele. – Peçam para ela não aparecer, e dizer no ministério que ela está mal. Tirando eu e Bella, só existe mais uma pessoa que sabe curar esse feitiço, e temo que ele seja um espião para Dumbledore. Não quero estragar nenhum disfarce.


Lilian não se conteve mais e o abraçou agradecendo. Suas lágrimas foram confundidas com alegria de ver que a amiga ia sobreviver.


Harry saiu confuso. Ele havia gostado do abraço.


- Ele é melhor que poderíamos pedir, Foguinho. – disse Tiago a abraçando. – Sabíamos que ele estaria na guerra, mas pelo menos tem condições de se defender. Coisa que ele não teria com a gente o superprotegendo.


 


 


 

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Comentários (5)

  • LiarGranger

    Não sei como ainda me surpreendo com suas fics! São as melhores que eu leio, sem brincadeira. Estou anciosa demais para o próximo cáp. cadê ele??????Beijos! 

    2012-03-27
  • Giselle di Launnblecc

    Ai que lindo! 

    2012-03-24
  • Bárbara JR.

    Aah véi, tem como ser mais perfeito? Meu Deus, já estou ansiosa!

    2012-03-20
  • Evandro Bernardi

    Muito boa mesmo caro amigo

    2012-03-18
  • Natascha

    ótimo! o Tiago falou uma verdade.

    2012-03-17
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