Dia de Folga



Capítulo 6 – Dia de Folga


 


Gina acordou sem saber onde estava novamente. Aquele colchão era melhor que o dela, e também que o de Hogwarts. Ainda tinha aquele cheiro agradável vindo do seu travesseiro, que a impelia a continuar dormindo.


- Se você continuar a fingir que dorme, vou ser obrigado a desistir dos meus planos para hoje.


- Harry. – disse ela abrindo os olhos e se lembrando de onde estava, tentando se cobrir.


O moreno não fez nenhum comentário sobre isso, já que eles dividiram a cama.


- Esperava quem? – perguntou ele fazendo graça.


- Ninguém.  – disse ela o desafiando, mas como ele continuou a comer normalmente. – Que planos, você tem pra gente?


- Algo bem monótono. Vamos assistir a um jogo de quadribol entre Harpias de Holyhead e Gaviões de Heidelberg. Nada mais que isso.


- O QUE? – gritou ela, sem se importar se alguém ia ouvir, e começou a pular na cama. - Por Merlin. Eu esta louca para ver esse jogo. Um clássico mundial. Eu até pensei em guardar algum dinheiro para poder ir ver, mas como ia estar em Hogwarts, não ia conseguir sair.


- Achei mesmo que você ia gostar. – disse Harry.


- Eu amei, sou fã das Harpias. Mas infelizmente nunca conseguir ir a um jogo. Como você conseguiu ingressos?


- Um dos patrocinadores é meu amigo. – disse ele. – Bem, pedi para Dobby salvar o neto dele em um dos ataques que fui com a Bella, e através do Dobby eu consigo ingressos e outras coisas, com mais facilidade. E quanto ao dinheiro, digamos que os comensais adoram apostar, mas como não conseguem trapacear de mim, tenho uma boa quantidade de galeões, que não tenho muito onde gastar. Vem vou te mostrar uma coisa.


Eles foram em direção ao closet. Lá Harry apertou uma sequência de figuras nas prateleiras, fazendo com que elas saíssem do armário e abrissem um espaço extra.


 Lá dentro era possível ver uma quantidade boa de uniformes e camisas de times de quadribol, outros suvenires.


- Incrível. – disse a menina.


- Uma pena que ninguém mais vê. – disse ele. – Mas não é para te mostrar minha coleção que viemos aqui. Toma pega.


Ele entregou para ela uma camisa verde limão. Ela abriu e viu as garras douradas, símbolo das Harpias.


- Eu acabei ganhando ela, mas não pude usar, já que é feminina. Mas vai ficar perfeita em você. – disse Harry fazendo a corar.


- Eu não posso aceitar. – disse ela.


- Se você não for com ela, vai ter que ir com alguma outra minha. – disse ele dando de ombros. – Nos precisamos nos misturar, não queremos que alguém te reconheça, ainda mais um comensal. E você mesma disse que é fã das Harpias, por que não mostrar isso para todos?


- Tudo certo, então. – disse ela com um brilho no olhar.


Depois ela olhou da camisa para a roupa que vestia e corou mais ainda.


- Enquanto você se arruma e toma café, eu vou ver o que Voldemort quer comigo.


- Isso não pode atrapalhar nossos planos? – disse ela.


- Não me parece que ele vai me dar alguma missão. – respondeu o moreno. – Ele está calmo, e não costuma fazer coisas por impulso. Ele ainda está avaliando os impactos de seu sequestro.


- Hum. – disse ela, sem saber o que falar.


Ele saiu quando ela sentou-se à mesa para tomar seu café, sem esquecer de colocar a máscara e fazer aparecer suas asas.


Seguiu para a sala de Voldemort. Lá se encontravam, além do Lorde das Trevas, os dois Malfoy.


- Anjo do Caos. – disse Voldemort.


- Mestre. – disse ele com um leve abaixar de cabeça, mas sem se importar em se dirigir aos dois loiros.


- Ainda não sei por que me incomodo em mandar alguém atrás de você. – disse Voldemort. – Você sempre aparece quando preciso de você.


- Eu vivo para servi-lo. – disse o menino.


Voldemort ficou feliz com a resposta, ainda mais na frente de Lucio. A maioria dos comensais tinha uma vida fora dali, e muitas vezes atrapalhavam os planos dele.


- O jovem Malfoy acabou de me informar a identidade de sua prisioneira. – disse Voldemort. – Seu nome é Gina Weasley.


- Uma traidora do Sangue. – disse Harry, em seu treinamento ele aprendeu quais as famílias que estavam ao lado de Tom, e quais as que estavam contra. Não que algumas vezes acontecesse de um individuo mudar de lado, contrariando a família.


- Sim, mas de uma família antiga e que demonstra grande poder. – disse Voldemort. – Acredito que podemos usar a menina para trazer os Weasley para o nosso lado. Então ela deve permanecer viva, por enquanto. Você pode fazer o que quiser com ela, desde que ela permaneça viva. Vai lhes ensinar uma lição a não me combater.


- Sim, mestre. – respondeu Harry.


- Isso é tudo, Pode ir. Vocês também. – disse Voldemort em direção aos Malfoy.


Harry seguiu para o seu quarto, e percebeu que era seguido.


- Aonde você pensa que vai? – Perguntou Harry sem se virar.


- Você ouviu o Lorde das Trevas. – respondeu Draco Malfoy. – Podemos fazer o que quisermos com a menina, Anjo do Caos.


O sorriso do menino era malicioso, o que fez Harry quase arrebentar a cara dele ali mesmo.


- Não. As ordens foram que EU poderia fazer o que quisesse com ela. Não nós. – respondeu ele calmamente. – E eu não quero compartilhá-la com ninguém, muito menos com você.


- Mas, eu tenho meu direito. Eu a identifiquei. – disse o loiro.


- Se Voldemort tivesse interesse em saber o nome dela teria me dado ordens para descobrir. - Disse Harry. – E essa era uma informação que qualquer espião dentro do ministério já deve ter, só não tiveram oportunidade de revelar.


- Mas.... – disse Draco.


- Qual é o seu interesse nela? Já sei. – disse Harry finalmente se virando para ele. – Ela é aquela menina que sempre te vence no quadribol, mesmo usando uma vassoura velha e inferior a sua. Você é patético. Você acha que qualquer uma tortura que você fizer vai ser mais dolorosa que a minha?


- Meu pai me ensinou.


- Seu pai é um fraco. Meus feitiços são mais fortes que o deles desde que eu tinha nove anos. E você é pior que ele. – disse Harry com desdém. – Não você quer humilhá-la de outra forma, já que ela não se abala por você. Melhor nem tentar, ela vai rir de você, Pansy me disse que você não consegue funcionar de jeito nenhum.


- Você dormiu com a minha namorada? – perguntou Draco sacando a varinha.


Mas a varinha pulou de sua mão, quando um choque passou por ela, e no instante seguinte, ele estava a alguns centímetros do chão, preso por uma mão pelo pescoço.


- Eu avisei para seu pai que não queria você no meu caminho. Só não te mato que Voldemort está iludido pelo seu pai, que você pode ser uma grande comensal. – disse Harry venenosamente. – Dormir não foi propriamente o que fizemos. E você não é ninguém a quem eu deva respeitar.


Harry soltou Malfoy no chão, que soltou um suspiro aliviado. Cedo de mais. Um punho veio certeiro no seu rosto.


Imediatamente o olho esquerdo inchou, atrapalhando a sua visão.


- Isso é por me seguir. – disse ele. – Não termino o serviço que tenho coisas mais importantes pra fazer. Desencravar uma unha.


Harry mal notou que Gina voltou a pular sobre a cama.


- Você está mesmo empolgada. – disse ele quando percebeu o fato, mas sem passar a alegria que devia na voz.


- O que aconteceu? – perguntou Gina.


- Malfoy. – disse ele tirando a máscara. – Ele disse para Voldemort seu nome. Até ai tudo bem, ele quer que eu te mantenha viva, para tentar usar contra sua família. O que ele não vai ter tempo de fazer. Depois o loirinho aguado veio me seguindo, querendo participar da diversão.


- E o que houve depois?


- Eu o coloquei no seu devido lugar, dei um soco e posso ter insinuado que tive algo com a Parkinson.


- Eca. – disse ela. - Com aquela vaca?


- Ela se atirou em mim, mas depois de ouvi-la reclamando que o namorado não tinha potência, não deu pra nada, não que quisesse. Falei só para irritar ele.


- Ah bom. – disse ela mais tranquila.


- Mas posso usar essa vontade do Malfoy de ter você. – disse ele pensativo. – Mas deixemos isso de lado, agora temos um jogo para ir.


Ele trocou de camisa rapidamente, sem se importar com a menina ali. Agora estava com a camisa do uniforme dos Gaviões.


Depois a conduziu para a sala de treinamento, onde uma grade janela apareceu em uma das paredes.


- Vamos voar um pouco e depois vou aparatar para perto do estádio. – disse ele pegando a menina no colo como fez quando a tirou dos comensais e se jogou da janela.


 Gina apreciou o voo, e notou que o moreno não tinha inventado nada quando disse que seria praticamente impossível fugir e sobreviver.


Depois de uns dez minutos de voo, numa velocidade que Gina nunca conseguiu com a sua vassoura, eles aparataram. Para a ruiva ficou claro que a magia do moreno era diferente, já que ela não sentiu como geralmente se sente quando aparata com seus pais, e por ele ter surgido em pé.


Seguiram para o estádio e se misturaram a multidão que estava ali para o jogo. Pareciam um jovem casal de namorados.


- O ministério arma algumas coisas assim para distrair o pessoal da guerra. – disse Harry no ouvido da ruiva.


Gina estava tão deslumbrada com tudo que nem reparou no assombro do responsável por pegar os ingressos.


- Estes são os nossos lugares? – perguntou ela ao notar onde estavam. Bem no meio do estádio, na altura ideal para ver o jogo, e se ela prestasse atenção ia perceber que estava de frente para as tribunas de honra.


- E o que diz os ingressos. – disse Harry, dando de ombros, deixando a ruiva espantada com as coisas que ele consegue resistindo a Voldemort dentro de seu QG.


 


O jogo foi bem empolgante, como sempre acontecia, desde o fatídico jogo que durou sete dias, e que terminou com o pedido de casamento do capitão dos Gaviões para a apanhadora das Harpias, que havia capturado o pomo, recebendo um soco com resposta.


As duas equipes se revezavam na liderança do placar, até que as Harpias conseguiram marcar cinco vezes seguidas e se mantiveram na liderança até que sua apanhadora pegou o pomo. Desta vez sem pedido de casamento.


 


- Adorei o jogo. – disse Gina. – Vou ficar esperando muito tempo para poder repetir algumas coisas que aprendi aqui.


- Calma ainda não acabei. – disse Harry a levando contra o fluxo de gente que deixava o estádio.


Logo eles passaram por dois bruxos, de cara fechada e o caminho se abriu, Ninguém mais estava ali.


Harry bateu na porta em que estava um desenho das garras douradas.


- Esse é o vestiário das Harpias. – disse a ruiva arregalando os olhos.


- Sim, elas não gostam muito de ver homens lá dentro. Por isso vamos ter que esperar aqui.


- Caos. – disse alguém abrindo a porta, Gina reconheceu como Gwenog Jones, a mesma que ela tinha um pôster em seu quarto.


- Oi Guga. Viemos dar os parabéns para as meninas pelo Jogo. – disse ele.


- Vejo que a camisa que te dei tem uma nova dona. – disse a jogadora, com um sorriso. – Entrem. As meninas vão ficar felizes em ver vocês.


- De onde vocês se conhecem?  - perguntou Gina para Harry, mas foi Guga quem respondeu.


- Ele me avisou de um ataque contra o meu irmão. Ele nem sabia que era uma jogadora, vê se pode.


- Eu não acompanhava as notícias de quadribol. – disse Harry. – Meu tutor não gostava que eu lesse jornal, dizia que era muita bobagem.


Gina entendeu tudo. Ele não havia feito aquilo por que era uma pessoa famosa, ele fez por que era certo.


Logo ela foi apresentada a todo o time.


Em poucos instantes parecia que ela era amiga de todas ali há anos. Um das reversas até a reconheceu de Hogwarts, onde ela finalizou o sétimo ano no mesmo ano que a ruiva tinha entrado, mas em casas diferentes.


Nem se importou por elas acharem que era namorada de Harry, ou de Caos, como elas chamavam. A fazendo lembrar quando ele se apresentou, falando que seus amigos o chamavam assim. E reparou que tanto Bellatrix e Malfoy o chamavam de Anjo do Caos.


- Autografo é bobagem. – disse Harry. – Vamos tirar fotos.


Ele tirou varias fotos de Gina com as jogadoras. E depois de muita insistência de Gina e Guga, e lê acabou saindo em algumas.


- Assim que revelar, mando uma cópia para vocês. – disse ele para as meninas.


- Vou esperar aquela sua bela coruja branca. – disse a apanhadora.


Eles se despediram, sem antes Gina receber a camisa de Guga com o autógrafo de todas as meninas.


- Para o braço direito de Voldemort, você é bem popular entre aqueles que lutam contra ele. – disse a ruiva quando eles estavam para aparatar.


- Eu uso mais que a máscara dourada perto de Voldemort. – disse ele.


 


- As Harpias venceram.  – disse Tiago ao chegar em casa.


Ele tinha sido designado para proteger alguns figurões durante o jogo. Ele odiava isso, mas foi uma oportunidade de assistir ao jogo sem pagar. O moreno era mais fã do esporte do que de algum time. Por isso sempre deixava uma jogo feliz.


- Gina vai ficar feliz em saber. – disse Samanta, que torcia pelas Harpias por influencia da amiga e para irritar Sirius.


- Acho que ela não vai ficar sabendo. – disse Lílian.


- Por quê? Tem alguma noticia dela? – disse a menina de forma quase sofrida. – Eu garanto que o cara que a pegou se arrependeu amargamente disso.


Lílian sabia que a filha e a amiga haviam brigado com quase metade dos garotos de Hogwarts, a maioria das vezes sem sofrer nada. Algumas vezes por tentarem agarrar uma delas, ou por maltratarem Luna, ou por serem idiotas, desculpa preferida de Sam.


- Ele se arrependeu. – disse Tiago. – Tomou uma surra e depois foi morto.


- Não. – disse a ruiva assustada.


- Mas não foi a Gina, quem fez isso. – disse o moreno. – Voldemort o matou, não queria que a escola fechasse.


- E como ela está? – perguntou Samanta novamente.


- Não sabemos. – disse Lílian. – A única coisa que temos e que ela está com o que chamam de Anjo do Caos.


- Aquele que eu vi encima do telhado no ataque? – perguntou ela, e teve uma confirmação. – Ele não me parecia ser malvado.


- As historia que contam dizem que ele é um dos piores. – disse Lílian.


- Não me lembro de conhecer ninguém que tenha visto ele fazer algo ruim. – retrucou a menina. – Podem ser só historias.


- Ele derrubou um prédio com apenas um feitiço. – disse Tiago.


- Aquele prédio condenado, que os trouxas deram graças de ter caído e não machucado ninguém?


- Esse mesmo, minha filha. – disse Tiago, sem argumentos, ninguém havia sofrido nenhum ferimento naquele incidente, serviu para os comensais fugirem na verdade.


- Então a Gina ainda pode estar viva. – disse Samanta subindo as escadas, encerrando a discussão.


- Ela pode estar certa.  – disse Lílian. – Não devemos julgar um livro pela capa.


- O problema é o resumo que nos deram. – disse o moreno.


- O resumo nunca tem as partes que solucionam o livro.


Tiago ficou em silêncio absorvendo tudo. Até se lembrar de algo.


- Depois do jogo eu vi de longe um casal, parecido com a gente, quando começamos a namorar, um moreno e uma ruiva. Se eu consegui convencer você que eu era um bom rapaz, acho que não posso perder as esperanças em encontrar a menina viva. Assim como Harry.


 

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Comentários (3)

  • Sophie Lauren Potter

    Muito bom o capitulo, essa estoria ainda promete muitas emoções.  Assim como o Jonathan e a Barbara estou louca para ver o reencontro do Harry com os pais... Espero ansiosa pelo proximo capitulo...   :)   

    2011-10-01
  • Bárbara JR.

    Nooossa, como o Jonathan não vejo a hora deles se reencontrarem! Meu Merlin, que ansiosidade Ç.Ç'

    2011-10-01
  • Jonathan

    muito bom, fico imaginando a cena quando eles se reencontrarem. ancioso pelo proximo capitulo

    2011-10-01
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