13 - Fuck You.






Capítulo 13 Fuck You.


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“Alguém tocou em seu ombro fazendo-a virar. Lana sorria de lado, acompanhada de Jason e Jacob.


- Argh... será que as pessoas não podem me deixar em paz? – Perguntou nervosa. – O que você quer?


Lana ergueu a sobrancelha.


- Apenas falar com você. Tem um minuto?”


Alexis bufou, irritada. Revirou os olhos enquanto cruzava os braços.


- Eu estava jantando. Será que não dá para ter essa conversa depois da minha digestão? Vou acabar passando mal se ficar muito perto de você depois de comer tanto – provocou Alexis sorrindo de lado. Lana fechou a expressão enquanto Jason virava-se como se estivesse apreciando o salão. Do outro lado Dominique viu o menino e lhe mandou uma careta, ficando vesga. Jason riu divertido, atraindo a atenção de Jacob, mas fingiu não estar acontecendo nada e virou-se para a irmã.


- Será que não dava para fazer menos aparições públicas? Sinto-me como o primeiro ministro com todo o Salão me olhando. O próximo passo errado e eu posso ser linchado – brincou Jason irônico. Lana revirou os olhos.


- Chega de palhaçada – mandou autoritária. – Brown, venha logo conosco antes que eu perca mais um minuto meu precioso tendo que falar com você. Largue esse jantar antes que você fique mais gorda do que já é. Ande garota! Mexa-se.


- Como você é simpática – ironizou Alvo ficando na defensiva. – Será que não pode largar do pé das pessoas nem por um momento? Sua vida é tão desprezível e chata assim para ficar toda hora tentada a acabar com a vida dos outros?


- Cuidado querido, antes que eu acabe com a sua. – Avisou Lana sorrindo e depois soltou uma risada. – Ops, eu esqueci! Eu já acabei.


Alvo ergueu a sobrancelha e estreitou os olhos. Scorpius olhou para Rose como se estivessem em uma conversa particular.


- Como assim? – Perguntou Alvo com um pouco de raiva. Lana riu um pouco mais e virou a cabeça sugestivamente para o outro lado do salão. Anna comia, olhando tristemente para o prato. Aquele gesto de Lana fez Alvo entortar o garfo que segurava.


- O que você fez? – Perguntou o garoto com raiva. Lana parecia apreciar aquela cena.


- Querido, foi você quem começou tudo. – Brincou mexendo no cabelo. – Vai continuar com a bunda gorda sentada aí, Brown?


- O que está acontecendo aqui? – Perguntou uma voz masculina um tanto fria. Todos se viraram e viram Fred com os braços cruzados e os olhos fixos em Lana. A sonserina sorriu para o recém-chegado.


- Ora, ora... o que veio fazer aqui, forasteiro? Se meter aonde não foi chamado? – Perguntou Lana erguendo o dedo para Fred. – Fora daqui, ralé.


- Ela está te enchendo? – Perguntou Fred olhando protetor para Alexis. A menina ficou vermelha e desviou o olhar voltando-se para a comida. Lana olhou de Fred para Alexis e começou a rir.


- Meu Merlin, você arranjou um namoradinho! Que lindo! Ain, o amor sempre me emociona – disse enquanto enxugava lágrimas falsas. – Brown, querida, para quando é o casamento?


Alexis levantou o rosto e parecia mais irritada do que antes.


- Não tem namoro nenhum. Vamos logo com isso – falou levantando. Lançou um olhar raivoso para Fred. O menino ergueu a sobrancelha.


- O que eu fiz? – Perguntou sem entender. Alexis bufou.


- Não preciso de ninguém me protegendo – murmurou para o menino. – Eu posso me virar.


E saiu sem dizer mais nada atrás de Lana e os outros dois sonserinos.


Fred arregalou os olhos e afundou-se no banco que a garota deixara vago.


- Eu juro que estou desistindo de entendê-la – murmurou revirando os olhos. Começou a cutucar a comida de Alexis com um garfo.


- Não adianta você tentar conquistar uma sonserina desse jeito – comentou Daniel com pena. Sorriu para Fred. – Você tem que imaginar como uma sonserina pensa antes de agir. Alexis não gosta que a protejam, ela gosta de se sentir no poder. Na realidade ela não gosta da sensação de terem poder sobre ela. E você fez exatamente isso quando veio aqui tentar defende-la. Por mais que ela possa estar com problemas, ela nunca vai querer que alguém tente tratá-la como se ela não fosse capaz de se defender das pessoas.


- Acho que estou começando a entender – disse Fred sorrindo de lado fracamente. – Orgulhosa...


- Mas quem sabe ela não mude um pouco por você? – Perguntou Patrícia sorrindo. – Veja o meu caso... Daniel é o garoto mais ciumento da Terra, mas nem por isso eu terminei com ele.


- Exatamente e... EI! – Daniel parou de falar e olhou para Patrícia. – Como assim? Eu não sou tão ciumento!


- Não, amor. Claro que não – Patrícia passou a mão no rosto de Daniel. Scorpius riu da cara de indignação do amigo.


- Ei Al, está tudo bem? – Perguntou Rose olhando para o menino. Alvo olhava Anna naquele momento. A sonserina acabou erguendo o rosto e deparou-se com Alvo o encarando. Ficou vermelha e levantou-se. Retirou-se rapidamente do Salão Principal.


- Não, não está tudo bem. – Respondeu Alvo triste. Olhou para os amigos por alguns segundos. – Com licença, mas eu tenho alguns assuntos para resolver.


Levantou-se e seguiu a menina que tinha saído. Fred retirou-se também, indo para a própria mesa. Rose, Patrícia, Scorpius e Daniel se entreolharam sorridentes.


- Finalmente – comentou Rose voltando a comer. – Esse é o Alvo que eu conheço.


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Alexis acompanhou o grupo até uma sala vazia. Entraram os três e Jason sentou-se em uma carteira perto da porta. Jacob andou até a janela e ficou observando a noite.


Alexis postou-se de frente para Lana. As duas garotas se encararam por alguns minutos, até um sorriso aparecer no rosto de Lana.


- Andou fugindo da gente, Alexis? – Perguntou Lana com um tom de deboche na voz. Alexis revirou os olhos e apoiou-se à parede.


- Não, só acho que ficar sozinha é melhor do que em má companhia. – Respondeu fazendo Lana crispar os lábios.


- Você anda bem respondona para uma menina tão medrosa – provocou Lana. Alexis ficou vermelha.


- Não sou medrosa, ou pelo menos, não mais. – Falou fechando o punho. – Se você veio me encher com essa história de passado pode esquecer. Não cairei nas suas ladainhas como a Letícia e a Anna caíram. Não sou burra, Lana. Já errei uma vez. E quem erra aprende com os erros.


- Nossa, me emocionou esse discurso – disse Lana batendo palmas. – Alexis, você está se saindo uma verdadeira grifinória. Ergh... que insulto.


- Uau Lana, quanta ironia numa frase só. Você ao menos consegue entender o que diz? – Perguntou Alexis como quem não quer nada. Lana revirou os olhos e olhou com raiva para a outra.


- Já chega! Vamos parar com isso, tá legal? E vamos direto ao que interessa. Você realmente não espera que seus segredinhos sejam revelados em Hogwarts, então eu sugiro que pare de andar com esse pessoal e passe a andar com gente que seja destinado a você. Brown, você nasceu para andar com pessoas como nós.


Alexis gargalhou ao término da fala de Lana.


- Esse desespero todo é por que você está perdendo seus seguidores? Fala sério, Lana. Admita, você perdeu. Tomou um tombo e não irá levantar por um bom tempo, amor. De preferência nunca mais. Eu não nasci para andar com pessoas como vocês. Meu sobrenome não me define, e eu não tenho medo de que você revele meus segredinhos. Já não fez isso com os da Letícia? Então, ela está muito bem obrigada vivendo com todo mundo falando pelas costas dela sobre como ela amaldiçoou um garoto. As pessoas mudam, Miller. Só você não percebe isso.


- Ótimo. Será triunfante quando seus amigos souberem seu sobrenome, não é? Alexis Brown Nott.


Alexis adquiriu um tom de vermelho em sua pele.


- Ele não é meu pai! – Urrou irritada. – Eu não tenho pai. Teodoro Nott nunca foi e nunca será meu pai, nem nessa vida e nem em outras.


- Você não pode mudar o que está no sangue, Nott – provocou Lana falando o sobrenome da garota. – Seu avô foi um dos primeiros comensais da morte e preso em Azkaban. Seu pai praticamente seguiu os rumos do seu avô. Além do mais, seu pai caiu na miséria logo depois que saiu de Hogwarts, não é? E teve que recorrer ao ministério para pedir ajuda, e nem assim conseguiu. Só ganhou algo na vida quando foi para a Bulgária recorrer às pessoas que realmente o valorizam. Acho que você não deveria esquecer quem o valorizou, Nott.


- Pare de me chamar de Nott – brandou Alexis com raiva. – Eu não irei andar no grupinho de vocês! Ótimo! Espalhem pela escola que meu avô era um comensal! Espalhem que meu pai ficou a rua da amargura e que foi recolhido por lixos na Bulgária.


- Lixos no seu ponto de vista... – falou Lana irritada. Alexis riu.


- Ficou ofendida foi? Espalhe! Espalhe que eu sou uma bastarda sem pai. Espalhe que minha mãe ganha pouco para sustentar nós duas e que por isso eu passo muito tempo na casa dos meus outros familiares. Pode dizer tudo, Miller. Nada vai mudar quem eu sou ou de onde eu vim. Principalmente: nada vai mudar meus valores. Foda-se você, Lana Miller. – Dizendo isso ela saiu da sala deixando-os para trás.


- Wow, a menina tem culhões – falou Jason de cabeça para baixo. O menino havia deitado na carteira. Lana, irritada, foi até o irmão o empurrando. O garoto quase caiu, mas segurou-se a tempo. – O que deu em você, porra?


- Vai à merda, Jason. Você e sua mania de achar graça em tudo! Não vê que nós estamos simplesmente ferrados quando contarmos isso a eles?


- Não – falou Jason com raiva. Sentou-se e passou a mão no cabelo. – Você está ferrada... a Brown talvez esteja ferrada, mas eu não estou. Porque eu simplesmente estou cansado de tudo isso. – O garoto retirou-se como Alexis. Lana ergueu as sobrancelhas e olhou para Jacob. O menino estava encolhido no outro lado da sala.


- O que ele quis dizer com isso? – Perguntou irritada. Jacob deu de ombros.


- Eu realmente não sei.


Lana berrou e derrubou a carteira na qual Jason sentara.


- Imprestáveis.


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Anna sentou-se na beirada do degrau da escola. Estava praticamente congelando. Os tempos de dezembro não eram os melhores, principalmente para passeios noturnos nos jardins. Suspirou derrotada enquanto enfiava o rosto entre as mãos. As palavras de Alvo vinham em sua mente, afundando-a na amargura. Nunca se sentira tão vulnerável. E também nunca vira Alvo falar com algum amigo, ou ex-amigo, daquele jeito. Ela simplesmente metera-se em uma enrascada e não havia como sair. Era ciumenta, claro! Quem não era?! Era nervosa, mas isso era um defeito desde criança. Mas o pior de tudo, ela desconfiara dos amigos e os traíra, indo para um grupo completamente oposto.


Sentiu alguém sentar-se ao seu lado. A pessoa suspirou cansada fazendo Anna erguer o rosto. Alvo encarava o jardim, os olhos brilhavam e Anna reconheceu a tristeza tomar conta do ex-namorado.


- Quando teremos uma conversa racional? – Perguntou Alvo olhando para o lado. Anna suspirou enquanto passava a mão no cabelo.


- Eu não sei. – Falou derrotada tentando impedir-se de chorar ali mesmo. Alvo sorriu fracamente segurando a mão da garota.


- Acho que esse é um bom começo. – Brincou o menino. Anna afastou a mão de Alvo fazendo o braço do garoto cair ao seu lado. Todo o traço de humor desapareceu do rosto de Alvo. – Será assim para o resto de nossas vidas?


- Não – murmurou Anna sentindo a voz embargada por causas das lágrimas. – Será assim só até eu me suicidar em uma ponte. A mais próxima de preferência, ou quando eu me mudar para a Nova Zelândia e começar a criar camelos.


- Não quis dizer ovelhas? – Perguntou Alvo confuso. Anna deu de ombros.


- Tanto faz, tudo que eu faço é uma merda mesmo. – Falou irritada. – Acho que eu só faço merda.


- Bom... que você faz merda nós concordamos – começou Alvo. – Mas merda eu acho que é exagero, quero dizer... não é como se você tivesse tomado um poderoso laxante.


Anna soltou uma risada fraca.


- Só você mesmo, Potter. – Falou dando um soco no braço do garoto. Alvo segurou-a pela mão de novo.


- Anna – chamou-a pelo nome fazendo-a estremecer. – Já passou pela sua cabeça que fomos pegos em uma armadilha? E que toda a confusão foi resultado de brincadeira de mau gosto feita por outras pessoas?


- Sim – respondeu Anna prontamente. – É óbvio que Lana Miller quis espalhar esse boato, mesmo que seja verdadeiro.


- Foi há tanto tempo – falou Alvo exasperado. Anna concordou com a cabeça.


- Eu sei. – Declarou derrotada. Alvo arregalou os olhos. Anna riu da reação. – Não precisa de tudo isso. Depois daquele seu discurso eu realmente me senti mal, quero dizer, você falou que não queria ter me namorado.


- Eu não quis dizer isso... – falou Alvo vermelho. Anna sorriu de lado.


- Quis sim. No momento da raiva você quis, mas fala sério, Alvo! Nosso namoro tinha tudo para dar errado – falou Anna encolhendo os ombros. Alvo olhou sem acreditar para a menina.


- Como assim? Você não gostava? – Perguntou temeroso. Anna bufou indignada e passou as mãos no cabelo.


- Claro que gostava! Nunca amei ninguém como você, mas começamos tão cedo. Alvo, eu sonhava contigo desde o meu segundo ano, acabou virando fanatismo. E nós éramos infantis, íamos acabar tendo uma briga daquelas. Na verdade a gente continua infantil. – Contou Anna como se fosse um segredo. – Namoros entre melhores amigos acabam tendo alguma briga, principalmente se for igual ao nosso caso.


- Mas sabe, um primo de um amigo de uma conhecida minha – começou Alvo fazendo Anna gargalhar -, disse que no caso dele ele também começou a namorar a melhor amiga. Sabe o que aconteceu?


- Não – falou Anna erguendo a sobrancelha. – O que aconteceu?


- Eles terminaram – respondeu Alvo fazendo a menina o olhar de forma interrogativa. – Terminaram depois de uns cinco meses de namoro, mas depois de um ano voltaram. E continuam até hoje juntos.


- Eles estão namorando até hoje? – Perguntou Anna sorrindo. Alvo fez que não com a cabeça.


- Eles casaram – murmurou sem jeito. Anna sentiu que estava corando e apenas encolheu os ombros novamente.


- História bonita – falou com um sorriso de lado.


- Anna – Alvo pigarreou antes de continuar e chegou mais perto da garota -, não estou pedindo para nós voltarmos, até porque acabaríamos por lavar as roupas sujas de novo mais tarde. Não dá muito certo voltar assim do nada. Mas eu estou pedindo para apenas continuarmos a sermos aqueles dois melhores amigos que eram loucos por bananas e algumas insanidades. Estou apenas pedindo para você voltar para o nosso grupo. – O garoto deu um sorriso fraco. – Sabe? Um novo começo.


Anna desviou o olhar de Alvo e contemplou o jardim por alguns minutos.


- Acho que eles não irão me querer mais no grupo – falou apoiando o rosto nos joelhos. – Todos devem me odiar.


- Eu não diria odiar – falou uma voz feminina atrás deles. Os dois se viraram assustados. Patrícia os encarava com as mãos na cintura. Daniel estava ao seu lado, sorridente. Rose e Scorpius estavam mais atrás, abraçados. – Eu diria apenas que não gosto muito de você no momento.


Anna sorriu envergonhada e ergueu a mão.


- Olá – murmurou fazendo Alvo abrir um sorriso. O garoto levantou-se e estendeu a mão. Anna mordeu o lábio, incerta.


- Vamos – pediu Alvo insistente. – Vamos pra casa.


Anna franziu o cenho e o encarou sem entender. Alvo sorriu maroto enquanto todos tinham expressões confusas no rosto.


- Eu sempre quis imitar aquelas falas de filmes românticos em que os amantes se reencontram.


- Ninguém merece você, Alvo – falou Anna aceitando a mão do garoto e levantando. Daniel suspirou aliviado. – “Vamos pra casa”? Que coisa clichê!


- É romântico – disse Alvo contrariado. Abraçou Anna pelo ombro. – Hein? Que tal uma banana?


Os dois aproximaram-se dos amigos. Patrícia e Daniel abraçaram Anna, os dois com sorrisos bobos.


Quando chegaram mais perto de Scorpius e Rose, o loiro apenas deu um tapinha no ombro da amiga.


- Seja bem vinda ao lar – brincou entrando na pilha de Alvo. Anna revirou os olhos e virou-se para Rose. A ruiva tinha lágrimas nos olhos e teimava em prender o choro.


- Desculpa – murmurou envergonhada. Anna sentiu as próprias lágrimas teimando em descer. – Me perdoa?


Anna puxou Rose, abraçando-a com força. As duas soluçaram juntas enquanto apertavam cada vez mais o abraço.


- Nunca mais me deixe agir como uma idiota, amiga – pediu Anna. Rose fez que sim com a cabeça.


- Nunca – concordou separando-se de Anna. – Então...


Anna abriu um sorriso.


- Então o que? – Perguntou divertida. – Então, eu finalmente estou hm... em casa. – Alvo riu de Anna e a abraçou por trás.


- Nossa pequena banana está de volta – cantarolou no ouvido da menina. A sonserina sentiu um arrepio, mas apenas bateu no braço do amigo.


- Largue-me Alvo Potter – Alvo soltou uma exclamação quando sentiu o tapa de Anna. – Modos no corredor.


- Sim senhora – falou Alvo prestando continência.


- Eu quis saber como vai ficar sua história com a Lana – murmurou Rose. Anna mordeu o lábio.


- Como você acha que deveria ficar? – Perguntou Anna sem entender. – Eu vou falar pra ela ir à merda.


- Não sei se você deveria fazer isso – disse Scorpius dando um sorriso torto. – Quero dizer, com todas essas brigas e tal eu tive uma ideia, mas não sei se vocês estarão de acordo.


- Qual idéia? – Perguntou Daniel curioso. Scorpius ampliou o sorriso.


- Anna poderia ser... sei lá... um tipo de agente dupla – comentou.


- Você quer que eu continue no grupinho da Lana? – Perguntou Anna sem acreditar. – Quero dizer, finjo que faço parte do grupinho deles?


- É – Scorpius olhou para os amigos. – Seria bom ter uma pessoa lá para saber o que ela anda tramando, e a Anna seria perfeita. Finja que não é nossa amiga, que nos odeia e que os venera. Não é tão difícil.


- Mas é perigoso – falou Alvo com raiva. – Você quer meter a Anna no meio das cobras.


- Ei, eu consigo me virar! – Falou Anna estreitando os olhos na direção de Alvo. – Está dizendo que eu não conseguiria fazer isso?


- Estou dizendo que eu não quero que você faça isso – disse Alvo teimosamente. Daniel riu dos dois.


- Bom, eu gostei do plano, mas concordo com o Alvo quanto ao perigo. Quero dizer, não sei do que essa Miller é capaz. Ela é uma vadia.


Patrícia arregalou os olhos com a fala do namorado.


- Desde quando você chama os outros de vadia? – Perguntou meio risonha. – Que coisa mais gay, Daniel. Deixe-me com essa função, por favor!


- O que eu disse demais? – Perguntou Daniel fazendo todos rirem. Scorpius deu um tapa na cabeça do amigo.


- Só as meninas chamam umas as outras de vadia, não entre no clube Danny. – Pediu piscando. – Se não terei que começar a te comprar vestidos.


- Babaca – murmurou Daniel contrariado. Patrícia apenas deu um beijo na bochecha do namorado.


- Eu gostei da sua idéia, Scorp – disse Anna sorridente. – E acho que seria realmente muito útil ter uma “agente dupla” nesse caso. Pronto, trabalho aceito.


- Não! Nós temos que decidir os prós e contras – falou Alvo nervoso. – Anna, sério, imagina se eles descobrem! – Anna suspirou derrotada.


- Ok, eu irei pensar – disse erguendo as mãos. Alvo franziu o cenho.


- Sério?


- Não. – Anna sorriu para o amigo. – Alvo Potter, não se meta no meu caminho. Está feito, Scorpius. Gostei.


- Ah Anna, mas nós acabamos de voltar a sermos amigas, você já vai embora? – Perguntou Rose cruzando os braços. – Que coisa chata!


- Calma Rose – Anna riu da amiga. – Eu vou continuar amiga de vocês, só não poderei demonstrar isso em público.


- Feito. – Concordou Rose erguendo a mão. Anna apertou-a. – Mas isso significa que você voltará às reuniões dos Animagos?


- Claro. Estou louca para voltar a fazer isso – Anna exclamou. Os seis sorriram e se abraçaram. – Bom, acho que está na hora de eu procurar minha turminha – ironizou Anna revirando os olhos. – Até mais pessoal, qualquer coisa estranha eu os chamo.


- Certo – falou Alvo mal humorado. Anna riu enquanto aplicava um beijo na bochecha do garoto.


- Até mais, Alvo. – Anna acenou para os demais e desapareceu pelos corredores.


- Acho que nada poderia dar errado – comentou Patrícia suspirando. – Quero dizer, eu espero que nada dê errado.


- É só ninguém descobrir – falou Daniel abraçando Patrícia. – E para isso não podemos conversar sobre esse assunto em público.


- Certo – concordaram todos enquanto encaminhavam-se para as Masmorras.


- Certo – murmurou alguém atrás da parede do outro lado do corredor. Um sorriso tomou conta do rosto da pessoa enquanto ela voltava a andar como se nada tivesse acontecido. Como se nunca tivesse ouvido a conversa dos seis amigos.


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Anna voltou para as Masmorras e encontrou Lana sentada em um canto da Sala Comunal com Jacob. Os dois cochichavam rápido enquanto o sonserino escrevia alguma coisa em um pergaminho.


- Olá – cumprimentou Anna dando seu melhor sorriso. Lana olhou para cima com a sobrancelha erguida.


- O que faz aqui? – Perguntou com desdém. – Há algumas horas você não estava prestes a se matar?


Anna sentiu que estava corando. Fingiu não ouvir a pergunta da outra e sentou-se em uma cadeira ao seu lado. Apoiou os pés na mesa.


- Dá pra tirar isso daí? – Perguntou Jacob irritado puxando a pergaminho. Anna apenas sorriu debochada e continuou na mesma posição. Lana estreitou os olhos.


- O que faz aqui? – Perguntou Lana. Anna apenas suspirou.


- Eu? Que eu saiba essa é minha Sala Comunal e eu sento onde bem entender. Ah, você quis dizer aqui com vocês? – Perguntou com um tom leve de sarcasmo. – Apenas quis sentar com vocês, não posso? Ou você prefere que eu volte aquele bando de macacos que se diziam meus amigos?


Lana refletiu um pouco sobre a frase da menina e depois sorriu de lado.


- Não, pode sentar-se conosco.


- O que estão fazendo? – Perguntou Anna tentando olhar o pergaminho. Jacob o puxou para si. Lana apenas revirou os olhos tirando o pergaminho da mão do garoto e o entregando à Anna.


- Uma lista daqueles que sabemos que podem se reunir ao nosso grupo.


- Vão usar da ameaça de novo? – Perguntou Anna como quem não quer nada. Lana pensou um pouco antes de responder.


- Se for preciso... mas não. Essas pessoas eu sei que querem se juntar a gente a um bom tempo.


- Tudo sonserino – comentou Anna dando uma olhada na lista. Lana tirou-a da mão da garota e pegou a pena que Jacob usava anteriormente.


- Sim, tudo sonserino. Eu não me misturo com ralé – falou friamente. Anna concordou com a cabeça. Lana deu um sorriso de lado. – Vai entrar na lista, Zabini?


Anna mordeu o lábio inferior – pequeno hábito que adquirira.


- Pensei que já estivesse dentro – falou com o melhor tom frio que conseguiu. Lana deu uma risada divertida.


- E eu pensando que você fosse voltar para os otários – disse escrevendo o nome de Anna na lista. – Pronto, mais uma para se juntar a gente. Alguém por um acaso viu Jason?


Anna e Jacob fizeram que não. Lana bufou irritada.


- Eu vou dormir. Boa noite.


“Lista de Lana Miller:


1 – Amber Greengrass (sétimo ano) – filha de Dafne Greengrass.


Parentesco: Astoria Malfoy (tia).


Amizades: nunca pareceu próxima ao seu primo Scorpius Malfoy devido as amizades do garoto. Amiga de Naomi Bletchley.


2 – Morgan (quarto ano) e Aidan (quinto ano) Bulstrode – filhos de Emilia Bulstrode.


Amizades: Marcus Flint II.


3 – Marcos Flint II (quinto ano) – filho de Marcos Flint.


Amizades: Aidan e Morgan Bulstrode.


4 – Naomi Bletchley (sétimo ano) – filha de Miles Bletchley.


Amizades: Amber Greengrass.


5 – Brandon Montague (sexto ano) – filho de Montague.


Amizades: Harvey Higgs.


6 – Harvey Higgs (sexto ano) – filho de Terence Higgs.


Amizades: Brandon Montague.


7 – Anna Zabini (sexto ano) – filha de Blaise Zabini.


Parentesco: Daniel Zabini (irmão).


Amizades: Lana e Jason Miller; Jacob Key.”


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Uma semana depois...


- Nós estamos ferrados – murmurou Rose enterrando o rosto entre as mãos. – Se ela chamar todo esse pessoal nós estamos fudidos – ela, Anna, Patrícia, Scorpius, Alvo e Daniel conversavam nos vestiários do time de Quadribol da Sonserina.


- Tarde demais, ela já chamou – comentou Anna derrotada. A garota estava deitada com a cabeça no colo de Alvo. – Ela tirou o dia para chamar todo esse pessoal para o grupinho dela, e hoje a noite ela vai fazer uma “reunião” na Torre de Astronomia.


- E você vai – falou Scorpius. Anna fez que sim. – Eu não acredito que minha prima aceitou participar disso.


- Nós sempre soubemos que sua prima tinha titica de coruja na cabeça – disse Alvo indignado. – Desde que ela te acusou a fazer amizades com filhos de sangue-ruim.


- Ela é uma idiota – murmurou Scorpius com raiva. – E agora vai virar mais idiota ainda.


- Odeio a Miller – falou Patrícia que estava sentada no chão. – Ela é insuportável.


- Alguém disse não para ela? – Perguntou Rose. Anna mordeu o lábio tentando se lembrar.


- Acho que algumas pessoas chegaram a dar para trás, mas acabaram aceitando. Pelo que eu me lembre a Morgan meio que ficou na dúvida, ela é muito nova sabe? E o Harvey falou que iria pensar. O Brandon aceitou na hora, assim como a Naomi. E parece que ela ainda mantém contato com os amigos da Durmstrange. Vocês sabiam que a filha da Pansy Parkinson estuda na Durmstrange?


- Sabia – falou Scorpius. Todos olharam sem entender para ele. Rose cruzou os braços, irritada em sinal de ciúmes. Scorpius ficou vermelho.


- Nossos pais se conhecem, oras – tentou se explicar. – Antes de entrar em Hogwarts eu era “colega” dela. Ficávamos brincando na casa dela, até que os pais resolveram que a colocariam na Durmstrange por ser uma escola mais centrada. Até parece...


- Pois é, a questão toda é que esse pessoal se sentiu honrado de serem chamados. – Disse Anna revirando os olhos. Rose bufava ainda olhando para Scorpius. O loiro apenas se encolheu e deu um sorriso fraco para a namorada. – E Lana fez questão de falar que eles não se arrependeriam quando saíssem de Hogwarts. Nem eles, nem as famílias.


- E vocês já souberam dos boatos que a Lana espalhou a respeito da Alexis? – Perguntou Rose surpresa. – Eu não sabia que o sobrenome dela era Nott. Quero dizer, o avô dela foi um Comensal da Morte.


- Algo contra? – Perguntou Scorpius erguendo a sobrancelha. Rose corou, mas sorriu de lado.


- Nada contra, acho excitante – brincou fazendo carinho em Scorpius. O menino bufou.


- Excitante? É uma merda, isso sim. – Falou Scorpius com ódio. – Não me admiro que ela tente esconder isso, principalmente porque o pai a largou com a mãe.


- Ela está um pouco mal com os boatos. – Falou Daniel com pena. – O pessoal não dá um descanso com as perguntas para ela e a Letícia.


- Eu já vi a Letícia quase azarando um aluno do terceiro ano que veio perguntar-lhe como era lançar uma maldição – falou Patrícia meio risonha. – Eu queria ter o visto voando pelo Saguão Principal.


- A Alexis me ignorou a semana inteira que eu tentei falar com ela... – Disse Rose indignada. – Quero dizer, ela acha que eu vou julgá-la? Pelo amor de Merlin, olha quem é meu namorado!


- Considerarei isso um elogio – sussurrou Scorpius duvidoso. Rose riu enquanto abraçava-o.


- Considere, amor.


- E eu que estou cercado de seres do mal – disse Alvo apontando para Daniel, Scorpius e Anna. – Vocês deveriam ter vergonha de quem são!


- Vai à merda, Alvo – disse Daniel enquanto Alvo ria. – A questão é que a Alexis realmente acha que o pessoal vai julgá-la por isso.


- A maioria vai – disse Rose. – Até o Fred pareceu meio abalado com a notícia. Eu não os vejo juntos desde que ela deu um fora nele na mesa da Sonserina.


- É um broxa mesmo – rugiu Alvo fazendo todos concordarem. – Mas eu soube que ela deu um fora lindo na Lana naquela conversa, ain... queria ter visto.


- Eu também – falou Anna rindo. – A cara de pateta da Lana. Por falar em Miller, o Jason está cada vez mais afastado da irmã. Antes andavam o dia inteiro juntos, agora eu raramente os vejo no mesmo ambiente. Ele prefere andar sozinho, isso quando não está discutindo com Dominique ou com a Roxanne no meio do corredor.


Todos reviraram os olhos e sorriram divertidos.


- Mas vamos mudar de assunto – disse Anna sorridente. - O que faremos no Natal? – Perguntou. – Eu posso fingir que meu pai me obrigou a ir para a casa. Lana não poderá falar nada.


- Vamos para a Toca, é claro – disse Alvo ultrajado. – Será demais.


- Ain, Natal chegando – os olhos de Patrícia brilharam. – Adoro presentes!


- Bananas com calda de chocolate da senhora Weasley – disse Alvo com água na boca. – Cheguem logo, férias!


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Alexis acabara de chegar à porta da sala do novo professor. Simas Finnigan esperava na sala de Transfiguração pela turma.


- Ei Alexis! – Alguém berrou seu nome. A garota se virou e deu de cara com uma Rose ofegante.


- Sim, Weasley? – Perguntou formalmente. Rose fez uma careta.


- Weasley? O que está acontecendo? – Perguntou sem entender. – É Rose, eu tenho nome, sabia? Vem cá, preciso falar com você.


Simas ficou olhando as duas garotas se distanciarem enquanto o resto da turma entrava.


- O que foi? A aula já vai começar – falou Alexis cruzando os braços. Rose bufou irritada.


- Pare de se colocar na defensiva, Alexis. Ninguém está te julgando por você ser filha do Nott, ou não! Pelo amor de Merlin, eu namoro um Malfoy! E também não estou chocada com o seu pai ter te abandonado e ido morar na Bulgária. Além do mais, você não é igual a ele. E também estou pouco me fudendo se seu pai estava na miséria. Pronto, só queria que você soubesse disso – disse Rose sorridente. Alexis encarou a garota por alguns minutos, atordoada com a quantidade de informação despejada sobre ela.


- Vocês não ligam para o meu pai? – Perguntou ansiosa. Rose fez que não com a cabeça. – É que eu tenho recebido constantes xingamentos aqui em Hogwarts depois que isso virou fofoca. Eu e a White.


- E nós não ligamos para qualquer um desses boatos – disse Rose tranqüilizando a menina. – Somos amigas, não somos?


Alexis ponderou por alguns minutos, mas depois deu um sorriso fraco.


- Pelo visto sim. – Disse a menina enquanto as duas voltavam para a sala.


- Agora nos conte, porque estamos todos curiosos – começou Rose sentando-se ao lado da sonserina -, como foi que você deu um fora na Miller?


Scorpius, Daniel, Alvo e Patrícia se inclinaram tentando ouvir. Anna já estava mais afastada do grupo, fingindo que não ligava para eles. Alexis riu enquanto admirava os rostos curiosos.


- Bom, vamos começar uma nova fofoca...


x-x


Assim que a aula de Transfiguração terminou os alunos começaram a se retirar. Simas Finnigan era um excelente professor, e sua aula extremamente divertida.


- Srt.Brown, será que você poderia ficar por mais alguns minutos? – Perguntou Simas de sua mesa. Rose olhou curiosa para o professor, mas esse apenas sorriu. Alexis fez que sim com a cabeça enquanto recolhia o material.


- Nos vemos por aí – falou para Rose. A menina se despediu da amiga enquanto seguia os outros para fora da sala.


- Sim? – Perguntou Alexis indo até onde o professor estava. Simas pegou a varinha e apontou para a porta. Essa rapidamente fechou-se em um estalo. Alexis ergueu a sobrancelha. – Algum problema, professor?


- Problema? – Repetiu Simas parecendo achar graça. – Problema nenhum, senhorita Brown. Sei que não sou o diretor da sua casa, mas gostaria de saber se a senhorita está bem.


- Como assim? – Perguntou Alexis passando a mochila pelo ombro. – Creio que não entendi.


- A senhorita Miller causou um grande alvoroço a seu respeito, e sei quanto os estudantes podem ser maldosos quando querem – começou Simas meio sem jeito -, queria apenas me certificar que a senhorita está bem.


Alexis assustou-se com a generosidade do professor, mas apenas sorriu.


- Estou bem, obrigada. Meus amigos não parecem querer me abandonar – disse Alexis divertida. – São piores do que carrapatos, principalmente Rose Weasley.


Simas riu com a garota.


- E pelo visto o senhor Weasley tem uma grande afeição pela senhorita – falou enquanto recolhia alguns trabalhos que passara. Alexis ergueu a sobrancelha.


- D-desculpe? – Gaguejou desajeitada. – O senhor Weasley?


- É – concordou Simas enquanto colocava a pilha de pergaminhos ao seu lado. – O senhor Fred Weasley.


Alexis sentiu que estava corando.


- Não sei do que o senhor está falando, professor. – Disse Alexis um pouco nervosa. – Além do mais ele não vem falar comigo desde que os boatos se espalharam pela escola.


Simas franziu a testa enquanto tentava lembrar-se de algo. Alexis esperou impaciente.


- Engraçado, eu tive a impressão de que ele atacou um dos amigos que estava debochando de você na sala.


- Ele atacou? – Repetiu Alexis, incrédula. – Ele o atacou?


- Sim, sim – disse Simas sorridente. – Coitado... isso lhe rendeu algumas semanas de detenção. Eu falei para ele que poderia resolver o problema eu mesmo, mas ele não pareceu me escutar na hora. Mas pode ter sido erro meu. De repente foi outra pessoa.


- Não se tem muitos ruivos em uma sala – disse Alexis meio incerta. Simas soltou uma risada enquanto pegava sua maleta.


- Não. Tem razão, não se tem – disse atrapalhado com o material. A pilha de pergaminhos que montara acabara caindo no chão. – Droga!


- Deixe que eu ajude o senhor – disse Alexis abaixando-se para pegar os pergaminhos.


- Obrigada, senhorita – agradeceu Simas enquanto esticava a mão para pegar um dos pergaminhos. Alexis parou o que estava fazendo e olhou assustada para o professor. Simas reparou no ato da garota. – Está tudo bem?


- O senhor tem uma marca – disse Alexis apontando para o braço do professor. – O senhor tem uma marca no pulso direito.


Simas ergueu a palma da mão para cima e analisou a marca.


- É de nascença. Minha mãe tem uma igualzinha – falou apreciando a pequena mancha em seu braço. – Não tem como tirá-la.


- Não, de fato não tem – comentou Alexis meio distante. Simas observou a menina por um tempo.


- A senhorita tem certeza de que está bem? – Perguntou preocupado. Alexis sorriu ainda meio distante.


- Estou ótima, obrigada por perguntar. Até mais, professor – acenou para Simas enquanto saía da sala. Simas apenas deu de ombros e voltou a arrumar o material.


x-x


Mal saíra da sala de Transfiguração, ouviu uma voz masculina chamando-a.


- Ei Brown! Ei Brown! – Virou-se e viu Fred vindo em sua direção. Bufou e saiu praticamente correndo daquele corredor. – BROWN!


Alexis sentiu Fred conseguir agarrá-la pelo braço. Revirou os olhos enquanto virava-se para encarar o garoto.


- O que foi, cabeça de cenoura? – Perguntou Alexis, irritada. Fred pareceu um pouco abalado com o apelido, mas se recompôs.


- Pelo amor de Merlin, Brown, colabore um pouco – pediu Fred suplicante enquanto segurava a garota pelo braço. Alexis ergueu a sobrancelha e sorriu de lado com um traço maroto.


- Se você queria algo fácil não deveria ter me procurado. – Cantarolou e deu um suspiro. – Me solte, Weasley.


- Você tem me ignorado a semana inteira. Andou fugindo? – Perguntou Fred. Alexis encarou o garoto sem acreditar.


- Quem não veio falar comigo foi você – disse apontando acusadoramente para o menino. – Desde que... desde que... bom, desde que as fofocas da escola começaram você não me procurou.


- Você fugia de todo mundo – exclamou Fred exasperado. – E eu te chamei no corredor depois da aula de DCAT, mas você nem se virou quando gritei seu nome.


Alexis sentiu que estava ficando vermelha. De fato alguém gritara seu nome, mas...


- Eu não virei – concordou Alexis abaixando o rosto. – Pensei que fosse mais alguém querendo me atacar com piadinhas de mau gosto.


Fred largou o braço de Alexis e já estava quase se aproximando da garota quando lembrou o que Daniel havia dito.


- Você vai ficar bem. – Disse Fred sorrindo de lado. – As pessoas são babacas por agirem assim, um bando de irracionais.


Alexis ergueu o rosto, meio curiosa e meio perturbada.


- Peraí! Sem abraços? Sem “eu te protejo, Alexis”? Sem pose de machão achando que pode me defender? – Perguntou Alexis sem acreditar. Fred adquiriu um tom de coloração vermelha. Alexis achou aquilo extremamente divertido. – Andou pedindo algumas dicas de como tratar uma sonserina?


- Não. – Falou Fred se afastando um pouco. – Eu apenas pensei em te tratar como você gosta que os outros te tratem. Pensei em conhecer melhor esse seu lado meio egocêntrico que não deixa os outros se aproximarem e tem medo de ser magoada. Sei lá... talvez eu tenha pedido ajuda mesmo para entender como funciona sua cabeça. Adeus, Brown. Eu sou um idiota por achar que um dia você ia tentar me entender.


Fred afastou-se de Alexis, andando a passos largos.


- Obrigada Weasley – agradeceu Alexis fazendo Fred se virar. O garoto a encarou sem entender.


- Pelo que? – Perguntou. Alexis sorriu de lado.


- Por ter me defendido na sua aula de Transfiguração – disse Alexis. Fred murmurou alguns palavrões.


- Quem foi o linguarudo que te contou isso? Não era para você saber – murmurou derrotado. – Desculpe, sei que não gosta quando te defendam.


- Na realidade eu achei meio fofo – contou Alexis como se estivesse falando um segredo. Fred ergueu a sobrancelha.


- Achou, foi? – Perguntou divertido. Alexis revirou os olhos.


- É, achei. Mas não vai sair batendo nos outros por mim ou azarando cada um que vier tentar dar uma de espertinho pra cima de mim. Eu me defendo, Weasley. Só achei fofo porque eu não estava no momento para azarar o infeliz.


- Alexis Brown Nott falando que eu sou fofo? – Perguntou Fred chegando perto de Alexis. A garota fez uma careta com o último sobrenome, sabia que ele fizera aquilo de propósito.


- Eu não falei que você é fofo. Está colocando palavras na minha boca! Falei que o que você fez foi fofo – disse contrariada. Fred já se encontrava a apenas alguns centímetros dela, e aquilo estava sendo extremamente desconcertante. – Mas eu posso muito bem retirar o que eu disse e te azarar agora mesmo. Não seria de todo ruim.


- Ou você simplesmente poderia calar a boca e me beijar – disse Fred sorrindo de lado. Alexis prendeu a respiração.


- Ou você poderia me deixar ir embora e não voltar a falar comigo. Sempre achei que essa fosse a melhor opção. – Disse Alexis mordendo o lábio. Fred suspirou derrotado.


- Tudo bem, se é isso que você quer – falou dando de ombros. – Até mais, Brown.


- Wow – Alexis exclamou antes que desse conta. Fred estava de costas, mas não havia começado a caminhar para longe dela. Tinha um sorriso brincando no rosto, mas Alexis não sabia disso. – Sem “Alexis, você é tão fria, me deixe te derreter”? Sem “eu sou grifinório, nunca desisto do que quero”? Sem “eu sou idiota, mas mesmo assim te beijarei porque esse é o certo a fazer. Não tente fugir, Brown. Todos têm que encarar as dificuldades um dia”? “Não, Weasley, eu prefiro fugir enquanto é tempo”, “Mas eu sei que você pode ser melhor do que isso, Brown”, “Weasley, você não me conhece. Eu não gosto de relacionamentos”, “Podemos tentar mudar esse fato”, ”Weasley, vai à merda e...”


Alexis não terminou, pois Fred virou-se e pegou-a pela cintura trazendo-a para mais perto de si.


- Que ótimo diálogo – falou divertido com a testa colada na da garota. Alexis riu enquanto pegava-o pela gola da camisa.


- Gostou? Andei ensaiando no banheiro. – Disse Alexis sorrindo sem se dar conta. – Achei que fosse desistir de mim.


Fred sorriu com a frase da garota.


- Nunca. – O garoto selou seus lábios fazendo Alexis segurá-lo com mais força pela gola da camisa. A garota pousou a mão no pescoço do grifinório trazendo-o para mais próximo de si. Fred sorria entre os beijos, mordendo os lábios de Alexis. Aprofundou o beijo fazendo-a soltar um suspiro enquanto suas mãos passeavam pela cintura da sonserina. Alexis envolveu-o pelo pescoço explorando cada milímetro de Fred que conseguia. Quando finalmente já estavam sem ar, afastaram-se apenas alguns centímetros um do outro. Fred tinha um sorriso bobo nos lábios.


- Nada de me empurrar hoje – murmurou com a voz rouca. Alexis sentiu um arrepio involuntário quando as mãos de Fred apertaram suas costas.


- Acho que posso dar uma trégua hoje. – Falou passando a língua no lábio inferior de Fred. Ele ampliou o sorriso. – Mas é só hoje, ruivo. Não pense que serei fácil assim para você.


- Isso nem se passou pela minha cabeça – Alexis deu uma gostosa gargalhada enquanto Fred puxava-a pela nuca para novamente selar seus lábios.


x-x


- O que está fazendo aqui? – Perguntou Dominique para um moreno parado no corredor. Jason pulou assustado e virou-se para a loira. – Nossa, isso tudo é medo de ser pego pela mamãe fazendo coisa errada?


Jason apenas revirou os olhos e andou de um lado para o outro. Já eram dez horas da noite de acordo com seu relógio no pulso.


- O que está fazendo? – Repetiu Dominique chegando mais perto do garoto. Jason murmurou algumas coisas indecifráveis voltando a dar voltas. – O que?


- Estou me escondendo cacete – murmurou Jason sem jeito. Dominique ergueu a sobrancelha.


- Se escondendo? De quem? Uma fã neurótica ou um fantasma ameaçador? – Perguntou curiosa. Jason revirou os olhos.


- Minha irmã – disse por fim. Dominique deixou a cabeça pender um pouco para o lado.


- Ela está forçando você a alguma coisa? Oh meu Merlin! Incesto! – Berrou tapando a boca com a mão. Jason fez uma expressão de desgosto.


- Óbvio que não, que nojo, Barbie. Eu apenas não estou com saco de ir à reunião que ela convocou hoje. – Disse em um tom baixo com medo de alguém ouvir. – Quero dizer, não que eu tenha medo dela, mas não estou com saco para ficar ouvindo mulher falar no meu ouvido. Nesses dias a última coisa que eu quero é alguém me enchendo o saco.


- Nossa, Jason, você daria um ótimo psicólogo – ironizou Dominique soltando uma risada. Jason murmurou alguns palavrões e fingiu que a garota não estava ali. Ouviram passos no corredor e Jason estancou no lugar.


- Merda, é a voz dela?! O que eu faço? Porra, terei que ir nessa merda de reunião! Cacete, que saco e... – Jason não terminou de falar, pois Dominique o puxara pelo braço e o colocara dentro de uma sala escura. – O que você pensa que está fazendo? É óbvio que ela vai me procurar nas salas.


- Não na Sala Precisa, idiota – disse Dominique revirando os olhos. – Você não se tocou de que estava do lado da Sala Precisa?


- Acho que eu estava tão distraído que nem prestei atenção – disse Jason meio inconformado com o fato de ter deixado aquilo passar. Olhou para os lados. Eles pareciam estar em uma Sala Comunal comum. – Engraçado... geralmente quando eu entro aqui eu me deparo com uma cama.


Falando naquilo Jason percebeu que aparecera uma cama do outro lado da sala.


- Opa, e não é que eu estava certo? – Perguntou divertido para Dominique. A loira bufou entediada.


- Está tentando me seduzir? – Perguntou fingindo espanto. – Merlin, ele quer tirar minha pura virgindade.


- É Weasley, você é tão virgem quanto eu – ironizou Jason caminhando até o outro lado da sala e sentando-se em um sofá.


- Somos santos – disse Dominique rindo. – Deveriam construir esculturas nossas nessa escola. Somos exemplos de alunos. – A loira sentou-se ao lado do moreno e apoiou o rosto na mão.


- Você bateu com a cabeça? – Perguntou Jason olhando de esguelha para Dominique.


- Não, mas hoje a Roxanne me deu um tapa tão forte que eu pensei que fosse ter sérios danos cerebrais. – Disse contente. Jason apenas fez uma careta.


- É, sua prima tem mania mesmo de partir para a agressão física, embora ela esteja diferente nesses dias. – Disse Jason coçando o rosto. Um resquício de barba já podia ser visto ali.


- Você reparou na mudança dela, foi? – Perguntou Dominique feliz. Jason olhou-a incrédulo.


- E quem não reparou? – Falou fazendo Dominique rir. – Fala sério, ela está se vestindo igualzinha a você.


Dominique corou com o comentário.


- E aquilo a fez ficar extremamente gostosa – falou Jason. – E ela também anda tentando aprender uns foras, você deve estar ensinando-a. Bom trabalho.


- Soube que você se atracou com ela no meio do corredor um dia desses – disse Dominique maliciosa. – Não resistiu, não foi, playboy?


- Ela é divertida – comentou Jason rindo. Dominique mordeu o lábio inferior. Deveria estar feliz com aquilo certo? – E extremamente gata, mas eu não sei...


- Não sabe o que? – Perguntou Dominique curiosa. Jason olhou-a com um sorriso de lado.


- Ela está querendo se portar como outra pessoa. – Disse Jason. – Como você.


Dominique desviou o olhar de Jason e sentiu que estava ficando mais vermelha ainda.


- Minha prima sempre teve uma personalidade diferente da minha, mas talvez por isso a gente se dê tão bem. Ela me atura desde criança e eu a ajudo. Ela é esquentada, sempre falei para levar a vida com menos estresse. Ela parte logo para a agressão, então nesses dias nós andamos conversando e tal, e ela decidiu tentar ser um pouco diferente.


- Não estou dizendo que isso seja ruim – concordou Jason. – Ela está melhor, de fato. Mas você não se pergunta por quanto tempo ela conseguirá se manter assim? Eu reparo como ela anda por aí, às vezes com uma expressão de dor devido ao sapato de salto a machucando, ou às vezes com uma expressão de tristeza.


- Ela gosta de você, Jason – soltou Dominique e arregalou os olhos. Jason ergueu a sobrancelha.


- Ela o que? – Perguntou o garoto chegando mais perto de Dominique. – Ela o que? – Repetiu incrédulo.


Dominique suspirou derrotada.


- Ela gosta de você. – Repetiu olhando-o nos olhos. – E ela mudou por isso.


- Não pedi para ela mudar – comentou Jason um pouco abalado com a notícia.


- Ela sabe – falou Dominique mordendo o lábio inferior. Jason estava tão perto dela que conseguia sentir seu perfume. – Mas ela o fez, e eu acho que talvez você possa gostar dela, Jason. Não negue que você sente uma forte atração por ela.


- Eu não nego – admitiu Jason sorrindo de lado. Dominique sorriu junto. – Mas fico me perguntando se essa atração foi antes ou depois da mudança.


- E qual é a diferença? – Perguntou Dominique sem entender. Jason soltou uma risada.


- Ora, Barbie, pensei que fosse mais inteligente. Depois da mudança ela simplesmente virou... você. – Terminou ficando sério. – Me pergunto se eu estava afim da Roxanne Weasley, ou da versão Dominique Weasley da Roxanne.


Dominique começou a sentir-se enjoada. Passou a mão na barriga e mordeu o lábio inferior.


- É normal nos sentirmos atraídos, playboy – começou incerta do que deveria falar. – Somos a cópia um do outro. Você já deve ter se perguntado, assim como eu, como seria pegar alguém como você. E nós simplesmente somos iguais.


- Você tirou as palavras da minha boca, Barbie – falou Jason inclinando-se um pouco. Dominique fechou os olhos com receio do que a distância poderia resultar. – Realmente, venho me perguntando com freqüência como seria ficar com você.


- E a que conclusão chegou? – Perguntou Dominique sentindo as mãos de Jason puxando-a pela cintura até ela estar praticamente sentada em seu colo.


- Não sei, primeiro eu tenho que experimentar – Dominique abriu os olhos e viu-se admirando os de Jason. Não resistiu. Quando deu por si já estava passando as mãos no cabelo do garoto enquanto o puxava para um beijo. Jason apertou a mão em sua cintura enquanto sentia os lábios de Dominique sob os seus. Jason passou a língua pelo lábio da garota fazendo-a entreabri-los. Aprofundou o beijo sentindo as unhas de Dominique arranharem sua nuca enquanto passava a mão para dentro da blusa da garota. Um arrepio percorreu as costas de Dominique ao sentir as mãos frias de Jason fazerem contato com sua pele. Soltou um suspiro fazendo o garoto beijar-lhe com mais avidez. O beijo era quente, sedutor, rápido e experiente. De fato nenhum dos dois conseguia achar um defeito naquilo que estavam fazendo e se perguntavam como se deveria parar. Na realidade a questão era se queriam parar.


Os dois exploravam a boca um do outro sem nenhum obstáculo. Jason sugou o lábio inferior de Dominique fazendo-a morder, divertida, seu próprio lábio. Inclinou-se um pouco, as pernas de Dominique entrelaçadas em sua cintura. Sentiu que estava saindo do conforto do sofá. Seus joelhos já entravam em contato com o tapete que cobria o chão. Em alguns segundos o corpo de Dominique estava deitado com Jason beijando-a no pescoço. Passeava com as mãos pelas costas do sonserino sentindo os músculos se contraírem. Dominique pareceu despertar quando as mãos de Jason começaram a levantar sua blusa.


- Miller? – Dominique conseguiu pronunciar o sobrenome do garoto com grande dificuldade. Jason apenas fez um som com a garganta para indicar que estava ouvindo. – Isso não seria traição?


Jason parou de morder o pescoço da loira para encará-la por alguns segundos.


- Não, não. Traição é o que nós estamos prestes a fazer. – Contou como se fosse um segredo. Dominique riu divertida enquanto Jason a beijava com vontade fazendo-a arquear as costas procurando por algum contato a mais com Jason. Começou a desabotoar a blusa do garoto, tirando-a de qualquer jeito e jogando-a no chão.


- Puta merda – exclamou enquanto analisava o peito de Jason. O garoto riu divertido enquanto Dominique erguia-se ficando apoiada com o cotovelo no chão. – Peraí, mude de posição, por favor.


Jason sentou-se ao lado dela. Dominique inclinou-se para o lado e sentou no colo de Jason – as pernas entrelaçadas na cintura do moreno. Aproveitou para passar a mão sob o peito desnudo do garoto, beijando-o no pescoço e descendo os beijos para os ombros. Mordiscava Jason, fazendo-o fechar os olhos aproveitando o toque da grifinória.


- Aquela cama está me parecendo muito confortável – murmurou Jason com a habitual voz rouca no ouvido de Dominique. A menina concordou com o garoto.


- Quem sabe a gente não aproveita mais nela? – Sussurrou para Jason. O sonserino se ergueu segurando Dominique pelas coxas para ela não cair. Quando deitou-a na cama, aproveitou para se livrar da blusa da garota com certa pressa. Dominique mordeu o lábio inferior enquanto Jason a analisava. O garoto sorriu de lado, uma expressão maliciosa tomando conta de seu rosto e seus olhos brilharam.


- Apreciando o que está vendo? – Provocou Dominique. Jason olhou para o rosto da garota.


- Amando – murmurou Jason fazendo Dominique sorrir de lado. – Lingerie preta e vermelha... era de se esperar.


- Tinha que ver a de ontem – contou Dominique com um sorriso sapeca. Abaixou o tom de voz e ergueu o dedo como se chamasse Jason para contar um segredo. – Era verde.


- Puta merda, por que eu não fiz isso ontem? – Perguntou Jason soltando um gemido de desespero. Dominique gargalhou enquanto o sonserino a puxava para mais um beijo, um tanto urgente.


- Vamos ver se você é tão bom quanto eu de cama ou se isso é só fachada – disse Dominique sorridente. Jason ergueu a sobrancelha.


- Está na hora de você conhecer o rei do sexo. – Dominique riu mais ainda.


- Peraí! Essa sou eu!


- Não. Você é a rainha, eu sou o rei. – Contou Jason apontando de um para o outro. Dominique concordou com a cabeça.


- Os dois usam uma coroa, então tanto faz. Vamos logo, playboy, eu quero conhecer alguém que valha tanto à pena quanto eu.


- Você quem dá as ordens, minha rainha – provocou Jason beijando-a no pescoço. Dominique fechou os olhos aproveitando o toque do garoto.


“Minha rainha”? Ela não sabia o porquê, mas aquelas palavras mexeram com ela.


x-x


Um grupo estava reunido na Torre de Astronomia.


- Muito bem, acho que já estão todos aqui – disse Lana olhando para cada rosto. Jacob pigarreou.


- Falta o Jason. – Disse incerto. Lana bufou irritada fazendo-o se encolher.


- Foda-se o meu irmão, Key. Vamos começar logo essa reunião.


x-x


n/autora: Caracaaaaaaaaaa! Eu simplesmente amei fazer essa cena entre a Dominique e o Jason. Sério, não sei por quê! Haahahahha Agora, pessoal, não pensem que o romance entre Roxanne e Jason acabou não! Ainda tem muita água para rolar, até porque o Jason mesmo admitiu que tem uma ligeira queda por ela. ;D Para quem acha que o relacionamento da Dominique e do Jason avançou muito rápido, deixem-me explicar: eu não poderia fazer eles apenas se beijando! Fala sério, eles são iguais e os dois curtem sexo. Se ficassem só no beijo ia ser muito broxante para Dominique e Jason. Além do mais, estava doida para escrever essa cena. O que acharam? Achei fofo a Dominique tentar defender a prima, mas fala sério! Ela é humana! E se um Jason dissesse para mim que estava afim de mim, minha filha eu não pensava nem uma vez! Hauhaauhauahuau.


Aí, dedico essa cena à Souhait que me implorou para colocá-la no capítulo. Mas também dedico a todos os amantes de Jason e Dominique. Próximo capítulo: Jason e Roxanne, mas é claro que teremos Natal também. Então não sei se no próximo capítulo terá eles.


Acho que o capítulo 14 será exclusivamente Natal. E claro, muita cena entre Letícia e David para quem gosta; Carlinhos e Débora; Rachel e James ;D E Anna voltando ao grupinho que pertence. Quem não gostou da amizade da Anna com o Alvo, don’t worry. Só digo que ainda terá um pouco de romance entre os dois, mas não sei se eles acabarão juntos. MUAHAHAHA. Os novos personagens aparecerão no capítulo 15 se tudo ocorrer bem. :) No capítulo 14 terá muita comédia para quem estava com saudades do Alvo e suas maluquices como correr pelado pelo jardim. Aaah, vocês mal podem esperar para ver o que eu estou tramando pro Natal deles. ;D Só sei de uma coisa: confusão na certa.


Então lá vai uma pergunta: vocês gostariam de vê-los passar o Natal na Toca ou na Mansão Malfoy? Hohohoho, só imagino o tio Draco com tudo isso ‘-‘.


Espero que tenham gostado do capítulo. A cena entre Alexis e Fred; O professor Simas; A cena da Anna e dos outros cinco; Eles no vestiário conversando... O que acharam?


Agradecimentos: Júlia Griebeler, lunafanel, Tamara J. Potter, Elise Oliveira Schweig., Lolla_Reaser, Marlene Mckinnon Black, Gabriele Ricarte, Manu_Black, Caderninho azul, LuhWeasleyPotter, Domi Parkinson, Luh Broekhart, Mirian Black, Claire_dark, Norminha, Anna.Weasley , Ana Potter, Mimi Potter.


Adoooooro os comentários. E os votos estão subindo! Obaaaaaa. Estou me sentindo muito motivada com essa fanfic.


E os personagens resolverão dar um olá a vocês:


Dominique Weasley – Olá, então, como eu sou foda eu sempre tenho que começar com essas histórias novas na fanfic. Primeiramente: quem me julgar e me chamar de puta nos comentários vai levar uma azaração quando menos esperar. Em segundo lugar: não se resisti a Jason Miller – dica para todas que tentarem dizer: eu não gosto do Jason. Terceiro lugar: Deixe que eu me entenda com a minha prima, então, não digam o quão eu vou machucá-la. Ok, eu posso estar um pouco arrependida... ok, eu posso estar MUITO arrependida, mas isso deixaremos para a história... Beijos a todos os leitores que dizem que me amam ;D


Lana Miller – Eu só gostaria de comentar uma coisa: percebi que a autora respondeu a uma leitora que eu ainda terei um futuro muito horrível nessa fanfic. Fala sério, vocês deveriam se espelhar em mim! Se eu tiver um futuro muito ruim prefiro logo acabar com isso e matar todos aqueles sonserinos que não são dignos de serem chamados sonserinos. Outra coisa: me odeiam? Ótimo, me odeiem. Mas sou eu que irei acabar com esses seres inferiores de Hogwarts e...


Domique Weasley – Aham, ela vai acabar sim com a gente. “Senta lá, Cláudia” _|_


Beijos a todos,


Cecília ;*****


 

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